CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 26 de Novembro de 2010 (OR. en) 16864/10 ESPACE 19 COMPET 390 RECH 392 IND 161 TRANS 349 ENER 343 REGIO 95 ECOFIN 759 CODUN 47 ENV 804 EDUC 213 RESULTADO DOS TRABALHOS de: Conselho (Competitividade) de 25 de Novembro de 2010 n.º doc. ant.: 16129/1/10 REV 1 ESPACE 11 COMPET 351 RECH 363 IND 145 TRANS 318 ENER 316 REGIO 83 ECOFIN 718 CODUN 42 ENV 761 Assunto: Resolução do Conselho: "Desafios globais: tirar o máximo partido dos sistemas espaciais europeus" Junto se envia, à atenção das delegações, a Resolução do Conselho "Desafios globais: tirar o máximo partido dos sistemas espaciais europeus", adoptada pelo Conselho (Competitividade) de 25 de Novembro de 2010, que reflecte as orientações aprovadas conjuntamente pela União Europeia e a Agência Espacial Europeia (AEE) na sétima reunião do Conselho Espaço em 25 de Novembro de 2010. 16864/10 ll/ll/iam 1 DG C II PT
ANEXO RESOLUÇÃO "Desafios globais: tirar o máximo partido dos sistemas espaciais europeus" O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA ATENDENDO ao Acordo-Quadro entre a Comunidade Europeia à qual sucedeu a União Europeia e a Agência Espacial Europeia ("Acordo-Quadro"), que entrou em vigor em 28 de Maio de 2004 1, e à crescente cooperação entre as duas partes; ATENDENDO à Política Espacial Europeia favoravelmente acolhida e apoiada pelo Conselho da UE e pelo Conselho da AEE a nível ministerial em 22 de Maio de 2007, e CONGRATULANDO- -SE com os progressos realizados pela Comissão Europeia e a AEE na aplicação da Política Espacial Europeia; RELEMBRANDO as resoluções do Conselho "Espaço" de 22 de Maio de 2007 e 26 de Setembro de 2008 e as orientações de 25 de Novembro de 2004, 7 de Junho de 2005, 28 de Novembro de 2005 e 29 de Maio de 2009; RELEMBRANDO a Resolução do Parlamento Europeu de 20 de Novembro de 2008 sobre a "Política Espacial Europeia: como aproximar o Espaço da Terra"; RELEMBRANDO as conclusões da Presidência do Conselho Europeu de 11 e 12 de Dezembro de 2008 sobre a necessidade de incluir a tecnologia e os serviços espaciais no proposto plano europeu para a inovação; 1 JO L 261 de 6.8.2004, p. 64. 16864/10 ll/ll/iam 2
REGISTANDO que as competências da UE no domínio espacial estabelecidas através da entrada em vigor do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia reforçam a dimensão política do espaço na Europa; PLENAMENTE CIENTE de que o espaço facilita a execução das políticas da UE e que pode representar um importante contributo para a estratégia decenal "Europa 2020 Estratégia para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo" adoptada pelo Conselho Europeu em 17 de Junho de 2010; AFIRMANDO que o espaço se reveste de importância estratégica e é um elemento crucial para uma tomada de decisões e de medidas independente; FAZENDO VOTOS para que a Europa possa continuar a desenvolver infra-estruturas e aplicações espaciais de craveira mundial, bem como a dispor de sistemas espaciais a funcionar eficazmente para servir os seus cidadãos; I Estratégia e investimento 1. CONVIDA a UE, o AEE e os Estados-Membros a desenvolver em conjunto uma estratégia espacial global a fim de a. proporcionar um novo crescimento económico e a criação de emprego na Europa, desenvolver as potencialidades de inovação e apoiar o progresso científico de nível mundial; b. dar resposta aos objectivos de política pública e às necessidades dos utilizadores a nível regional, nacional e europeu; c. contribuir para o desenvolvimento de vocações científicas e técnicas na Europa. 2. APELA à UE, à AEE e aos Estados-Membros para que tomem as necessárias medidas no sentido de a. desenvolver a base científica e industrial do espaço em toda a Europa a fim de facilitar a disponibilidade de tecnologias espaciais críticas (por exemplo, componentes electrónicos), lançadores, sistemas de satélites e know-how; b. promover um sector espacial comercialmente sólido, como factor essencial para uma indústria espacial europeia sustentável; 16864/10 ll/ll/iam 3
c. proteger os satélites e sinais de satélites e as frequências, tendo em conta novas ameaças emergentes contra os meios espaciais; d. garantir que as respectivas actividades espaciais actuais e futuras, incluindo I&D, sejam adequadamente programadas para uma utilização efectiva de financiamento disponível segundo as prioridades definidas; e. utilizar da melhor maneira possível os sistemas e tecnologias espaciais europeias; 3. CONSIDERA que a política industrial no domínio espacial deverá ter em conta as especificidades do sector espacial e o interesse de todos os Estados-Membros em investir em meios espaciais, e procurar alcançar os seguintes objectivos comuns: apoiar a capacidade europeia para criar, desenvolver, lançar, operar e explorar sistemas espaciais; reforçar a competitividade da indústria europeia tanto nos mercados nacionais como nos de exportação; e promover a concorrência e o desenvolvimento e envolvimento equilibrado das capacidades na Europa; 4. RECONHECE que o desenvolvimento e a operação de programas espaciais, que são por natureza actividades a longo prazo e de alto risco, exige meios financeiros específicos e normas de execução, bem como compromissos a longo prazo; 5. CONVIDA todos os actores institucionais europeus a darem a máxima prioridade à utilização de lançadores desenvolvidos na Europa, a fim de continuarem a beneficiar de um acesso independente, fiável e rentável ao espaço em condições economicamente acessíveis, e a explorarem questões relativas à sua eventual participação nas actividades de exploração relacionadas com lançadores; II A exploração sustentável e a aplicação bem sucedida dos programas emblemáticos 6. SUBLINHA que o Galileo e o GMES são os programas e prioridades emblemáticos da União Europeia no espaço; consequentemente REAFIRMA que a UE encara como prioritária a busca do seu financiamento adequado a longo prazo para o período pós 2013 sem prejuízo de futuras discussões sobre a revisão do orçamento e o próximo quadro financeiro plurianual; 16864/10 ll/ll/iam 4
7. SUBLINHA a importância de identificar rapidamente, com base em regimes de governação aprovados, os necessários esquemas operacionais para os programas emblemáticos, que são essenciais a. para assegurar a interface adequada entre as agências espaciais, os prestadores de serviços e os utilizadores finais; b. para assumir a responsabilidade pelas operações de longo prazo e a adaptação da infra- -estrutura; c. para garantir o fornecimento contínuo dos dados e serviços aos utilizadores; d. para utilizar da melhor maneira possível as capacidades existentes em toda a Europa; e. para maximizar as oportunidades de desenvolvimento dos serviços comerciais. A Galileo e EGNOS 8. INCENTIVA a promoção da utilização do EGNOS e a extensão da sua cobertura, em particular dentro da UE; 9. DESTACA a urgência em instalar a infra-estrutura Galileo, de acordo com o Regulamento GNSS 2, para garantir que os serviços sejam disponibilizados aos utilizadores em tempo útil, a um preço justo e livres de risco e para completar a revisão intercalar dos programas e, neste contexto, CONSIDERA, por conseguinte, que a Comissão Europeia deve analisar de que modo apoiar o período 2011-2013; 10. DESTACA a necessidade de uma cooperação permanente com todos os parceiros internacionais em questões de compatibilidade e interoperabilidade dos sistemas, em especial a nível bilateral e multilateral, com o objectivo de chegar a um compromisso aceitável e em tempo útil sobre a compatibilidade das frequências e sinais entre os respectivos sistemas globais de navegação por satélite, sem que isso tenha repercussões sobre a segurança nacional dos Estados-Membros; 2 Regulamento n.º 683/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao prosseguimento da execução dos programas europeus de navegação por satélite (EGNOS e Galileo) 16864/10 ll/ll/iam 5
11. APELA à Comissão Europeia para que prepare, em consulta com a AEE, a exploração sustentável a longo prazo do EGNOS e Galileo, baseada em opções para as disposições adequadas relacionadas com a evolução futura das infra-estruturas, tomando ao mesmo tempo plenamente em conta a competência e a experiência pertinentes da AEE; B GMES 12. SALIENTA a necessidade e a urgência de dar início à instalação da infra-estrutura e serviços do GMES, e de garantir que sejam disponibilizados aos utilizadores em tempo útil; neste contexto, CONSIDERA, por conseguinte, que a Comissão Europeia deve analisar de que modo apoiar o período 2011-2013; 13. INSTA a Comissão Europeia a aplicar o regulamento GMES 3 elaborando rapidamente em consulta com a AEE e os Estados-Membros os pormenores da política de dados e informação logo que possível, apoiando assim igualmente a criação de um sector comercial de serviços de observações europeus da Terra; e, como forma de resposta às recomendações do Comité de Segurança do Conselho sobre a Política de segurança de dados do GMES, apresentar no futuro próximo uma avaliação de risco dos meios do GMES ao Conselho de Segurança do GMES, prestes a ser criado; 14. REAFIRMA como prioridade para a UE a. finalizar em 2011 as decisões sobre a governação do GMES, incluindo um regime sustentável para as operações do GMES no espaço, in situ e componentes de serviços; b. elaborar um plano que contemple a propriedade e a responsabilidade da infra-estrutura Sentinel; 3 Regulamento n.º 911/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de Setembro de 2010, relativo ao Programa Europeu de Monitorização da Terra (GMES) e suas operações iniciais (2011-2013) JO L 276 de 20.10.2010, p. 1-10. 16864/10 ll/ll/iam 6
c. garantir um programa activo de envolvimento com utilizadores potenciais dos serviços GMES, incluindo através da rápida implementação do fórum de utilizadores do GMES; 15. APELA à Comissão Europeia para que a. convide as organizações europeias adequadas a propor requisitos para os utilizadores de cada um dos serviços GMES; b. prepare requisitos de utilizador europeu consolidados para os apresentar à AEE no planeamento da evolução da componente espacial do GMES; e c. especifique as conexões e interfaces entres os serviços do GMES e o esforço global do Grupo de Observação da Terra para construir um Sistema dos Sistemas de Observação Globais da Terra; III A contribuição dos Sistemas Espaciais Europeus para o acompanhamento das Alterações Climáticas e dos seus Efeitos 16. CONVIDA a Comissão Europeia, a AEE e todos os Estados-Membros, com o apoio das organizações europeias pertinentes (p. ex. EUMETSAT e o Centro Europeu de Previsão Meteorológica de Médio Prazo) a partir das capacidades existentes e implementar mecanismos adequados a fim de garantir a exploração dos dados existentes, a reanálise e o know-how para a sustentabilidade dos serviços de informação mais importantes relacionados com o clima; 17. CHAMA A ATENÇÃO para a necessidade de a. observações contínuas e a longo prazo a partir do espaço ao longo de várias décadas em conformidade com as recomendações do sistema global de observação do clima a fim de constituir registos de clima de alta qualidade necessários para melhorar as previsões e o acompanhamento, avaliar os impactos das alterações climáticas, desenvolver serviços inovadores no domínio do clima e identificar políticas de atenuação e adaptação de custos razoáveis; b. novas correntes de informação a desenvolver para uma compreensão mais completa das alterações climáticas e seus efeitos; c. fornecimento contínuo de dados de missões existentes, a fim de permitir uma rápida transição de capacidades de investigação comprovadas para serviços operacionais destinados ao utilizador; 16864/10 ll/ll/iam 7
18. EXORTA A Comissão Europeia e o Director-Geral da AEE, em estreita cooperação com os Estados-Membros e a EUMETSAT a, com base nas necessidades dos utilizadores e juntamente com os seus parceiros internacionais, coordenarem as suas actividades relacionadas com o espaço e, com base no sistema mundial de observação do clima, fazerem uma avaliação das lacunas existentes e futuras respeitantes aos sensores espaciais que são essenciais para se compreender melhor as alterações climáticas e os seus efeitos; ao fazê-lo, deverão ter especialmente em conta os sensores disponíveis na Europa e utilizar da melhor forma a cooperação internacional através de mecanismos de coordenação como o Comité sobre os satélites de observação da Terra, a fim de definir futuras medidas que colmatem essas lacunas; IV. O papel dos sistemas espaciais para as políticas de segurança e a segurança dos sistemas espaciais A Espaço em prol da segurança 19. SUBLINHA que o programa GMES permitirá à Europa tratar mais eficazmente as questões de segurança mundial e RECOMENDA que, no âmbito desse programa, se atente mais em como dar resposta às necessidades específicas das políticas de segurança e dos serviços que se ocupam sobretudo da vigilância marítima, do controlo de fronteiras e do apoio às acções externas da UE; 20. RECONHECE o empenhamento reforçado da UE em matéria de segurança e defesa consagrado no Tratado de Lisboa e a criação do Serviço Europeu para a Acção Externa (SEAE), bem como a importância da gestão de crises como elemento crucial das acções da UE e dos seus Estados-Membros quer na Europa quer a nível mundial; por isso CONVIDA a Comissão Europeia, o Conselho da UE, coadjuvado pela AED, juntamente com os Estados- -Membros e a AEE, a explorarem as formas de apoio às necessidades de capacidades, actuais e futuras, para a gestão de crises através de um acesso com uma boa relação custo-eficácia a meios e serviços espaciais robustos, seguros e reactivos (integrando as comunicações globais por satélite, a observação da Terra, o posicionamento e a cronometria), aproveitando ao máximo as sinergias de dupla utilização, se necessário; e CONVIDA a Comissão Europeia e o Conselho da UE a proporem soluções políticas se necessário; 16864/10 ll/ll/iam 8
21. CONGRATULA-SE com o crescente apoio dado pelo Centro de Satélites da UE às missões e operações desta; RECOMENDA o estabelecimento de modalidades adequadas para melhorar a eficácia da prestação de serviços do CSUE às missões e operações da UE, e para facilitar o acesso às imagens dos programas nacionais; B Segurança para o espaço 22. RECONHECE que a economia e as políticas europeias, em particular a Política Externa e de Segurança Comum, dependem cada vez mais dos meios espaciais e reconhece a natureza crítica das infra-estruturas espaciais para uma tomada de decisões europeia autónoma, bem como a necessidade de definir e introduzir medidas adequadas para controlar e proteger esses meios, inclusive no início do seu desenvolvimento. 23. REGISTA a proposta da UE relativa a um Código de Conduta para as Actividades no Espaço Exterior; 24. RECONHECE a necessidade de uma futura capacidade europeia de conhecimento da situação no espaço (SSA) como uma actividade a nível europeu para desenvolver e explorar os meios militares e civis existentes a nível nacional e europeu e CONVIDA a Comissão Europeia e o Conselho da UE a proporem um regime de governação e uma política em matéria de dados para que os Estados-Membros possam contribuir com as capacidades nacionais pertinentes, de acordo com os requisitos e a regulamentação aplicável em matéria de segurança, e CONVIDA todos os actores institucionais europeus a explorarem medidas adequadas que a. assentem nas exigências específicas dos utilizadores civis e militares b. utilizem os meios relevantes de acordo com as exigências de segurança aplicáveis c. tenham em conta as primícias do programa preparatório da SSA da AEE; 16864/10 ll/ll/iam 9
V A visão europeia sobre a exploração espacial 25. CONSIDERA que a Europa deve levar a cabo as suas actividades de exploração espacial (robótica e humana) no âmbito de um programa à escala mundial sem monopólios nem apropriações por um país o que pode ser desenvolvido a partir das actuais parcerias, nomeadamente a parceria da Estação Espacial Internacional (ISS); 26. INCENTIVA a Comissão Europeia e o Director-Geral da AEE, em estreita consulta com os Estados-Membros, a. a reforçarem o papel e a visibilidade da Europa nos futuros esforços de exploração internacional exprimindo uma posição única a nível internacional; b. a convidarem os parceiros internacionais, ideia acolhida favoravelmente na segunda conferência internacional sobre exploração internacional, a criarem plataformas de alto nível para trocarem ideias sobre os seus diferentes objectivos e estratégias provisórias, cenários e novos regimes de cooperação, complementando simultaneamente as instâncias técnicas existentes; 27. TOMA NOTA da decisão positiva tomada por alguns parceiros da estação espacial europeia relativa à prorrogação da sua utilização pelo menos até 2020 e SALIENTA que a exploração e utilização desta estação são cruciais para qualquer programa de exploração futuro; por isso CONVIDA a. o Director-Geral da AEE a concluir as consultas com os parceiros da ISS tendo em vista optimizar a exploração do seu potencial; b. os Estados-Membros da AEE a avaliarem todas as possibilidades para fazer face às implicações de financiamento das operações após a prorrogação da ISS; c. todos os actores institucionais europeus a explorarem questões relativas à sua eventual participação na exploração e utilização da ISS; d. a UE, a AEE e os respectivos Estados-Membros a considerarem com os parceiros internacionais os benefícios que advêm de uma política comum de transporte espacial para a exploração; 16864/10 ll/ll/iam 10
28. SALIENTA o forte interesse comum dos Estados-Membros na exploração de Marte e TOMA NOTA da adopção do programa "ExoMars" da AEE, no âmbito de um quadro de cooperação a longo prazo com a NASA; 29. À luz do que precede, APELA à Comissão Europeia e ao Director-Geral da AEE para que, em conjunto, desenvolvam e proponham uma estratégia europeia de exploração que abarque os seguintes princípios a. roteiros e programas associados, a longo prazo, para as tecnologias, nomeadamente nos domínios dos sistemas de automação e robótica, propulsão avançada, sistemas de energia e sistemas de apoio à vida; b. fomento da inovação e cooperação interdisciplinares; c. contribuição europeia para um programa de exploração internacional, baseado nos conhecimentos especializados e nos interesses europeus em consonância com os roteiros acima mencionados; VI A parceria espacial com África 30. RECONHECE o contributo que as tecnologias e aplicações espaciais, incluindo as comunicações por satélite, oferecem ao desenvolvimento global e sustentável do continente africano, ao contribuírem especificamente para a consecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio; 31. CONVIDA a Comissão Europeia, a AEE e os Estados-Membros a alargarem as parcerias com a Comissão da União Africana, os agrupamentos económicos regionais e as nações africanas, e a utilizarem as iniciativas e ambições existentes para que essas nações possam desenvolver as capacidades técnicas e institucionais que lhes permitam adquirir e explorar sistemas espaciais relevantes; 32. RECONHECE a potencial mais-valia do EGNOS para a segurança do transporte aéreo, o desenvolvimento económico em África e os intercâmbios intercontinentais; e CONVIDA a Comissão Europeia a trabalhar com a Comissão da União Africana sobre o desenvolvimento de capacidades neste domínio, e sobre o modo como uma infra-estrutura semelhante ao EGNOS poderá ser implementada em África; 16864/10 ll/ll/iam 11
33. SUBLINHA que o programa GMES e a iniciativa de África constituem uma etapa para a gestão sustentável dos recursos naturais e para a preservação do ambiente pelos cidadãos e decisores africanos; INSISTE em que sejam rapidamente tomadas as decisões para implementar as prioridades relacionadas com o GMES e o plano de acção de África; 34. CONVIDA a Comissão Europeia a estudar as possíveis modalidades para apoiar a implementação dessas actividades; VII Governação das actividades espaciais na Europa 35. RECORDA que a UE, a AEE e os respectivos Estados-Membros são os três intervenientes principais na Política Espacial Europeia, e CONVIDA-OS a reforçarem mais as suas parcerias em benefício de todos os cidadãos europeus; 36. SALIENTA que, no âmbito dessas parcerias, as relações entre a UE e a AEE baseadas na clareza e complementaridade de papéis que reflectem as respectivas vantagens de ambas as organizações são a pedra angular para assegurar a continuação do êxito da Política Espacial Europeia e dos esforços que futuramente serão envidados no espaço; 37. RECONHECE o interesse entre os Estados-Membros não pertencentes à UE ou à AEE em participarem em todas as fases dos programas de colaboração, SAÚDA o desejo por eles manifestado nesse sentido, e CONVIDA a Comissão Europeia e a AEE a facilitarem esse processo mediante a análise, e a proposta se necessário, de modalidades que facilitem a plena associação a esses programas; 38. SUBLINHA a importância de que se reveste uma definição rápida, para cada programa operacional, da(s) entidade(s) que serão o organismo operacional com base nos regimes de governação acordados; 16864/10 ll/ll/iam 12
39. CONVIDA a Comissão Europeia e o Director-Geral da AEE a avaliarem, até Maio de 2011, a experiência adquirida no âmbito do Acordo-Quadro à luz dos ensinamentos colhidos e da alteração do enquadramento jurídico da UE, bem como a trabalharem em conjunto, em estreita cooperação com os Estados-Membros, a fim de alargarem a colaboração entre a UE e a AEE num contexto evolutivo. 16864/10 ll/ll/iam 13