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1 Conselho da União Europeia Bruxelas, 27 de junho de 2016 (OR. en) 10668/16 RESULTADOS DOS TRABALHOS de: para: Secretariado-Geral do Conselho Delegações FSTR 36 FC 30 REGIO 43 SOC 435 AGRISTR 37 PECHE 244 CADREFIN 39 RECH 241 n.º doc. ant.: 9863/16 FSTR 20 FC 16 REGIO 26 SOC 382 AGRISTR 24 PECHE 201 CADREFIN 28 RECH 223 Assunto: Uma Política de Coesão mais inteligente, simples e favorável à I&I, e os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento em geral - Conclusões do Conselho (24 de junho de 2016) Envia-se em anexo, à atenção das delegações, as conclusões do Conselho sobre "Uma Política de Coesão mais inteligente, simples e favorável à I&I, e os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento em geral", adotadas pelo Conselho na sua 3478.ª reunião realizada em 24 de junho de /16 pbp/ml 1 DGG 2B PT
2 ANEXO Conclusões do Conselho sobre "Uma Política de Coesão mais inteligente, simples e favorável à I&I, e os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento em geral" O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA: (1) RECORDANDO que a missão da Política de Coesão é reforçar a coesão económica, social e territorial da UE e, em especial, reduzir as disparidades entre os níveis de desenvolvimento das diversas regiões a fim de promover um desenvolvimento harmonioso do conjunto da União, tal como estabelecido no artigo 174.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia; (2) RECONHECENDO que a Política de Coesão, na prossecução da sua missão acima referida, contribui de forma significativa para as atividades de investigação e inovação (I&I) na UE, através dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI); (3) RECORDANDO as suas conclusões de 27 de maio de 2016 sobre a "Regulamentação favorável à investigação e à inovação" 1, que sublinham que os obstáculos jurídicos desnecessários, os quadros regulamentares não favoráveis, pouco claros ou imprevisíveis, as falhas na aplicação e as lacunas regulamentares se contam entre os entraves que dificultam a investigação e a inovação na UE. Sinergias no contexto da I&I (4) RECONHECE as iniciativas já adotadas pela Comissão a fim de promover sinergias, em especial o "selo de excelência", o aumento da concentração temática, bem como o trabalho através de estratégias de especialização inteligente, e RECORDA o Quadro Estratégico Comum em anexo ao Regulamento (UE) n.º 1303/2013, que fornece orientações em matéria de coordenação e de sinergias; 1 Documento 9510/ /16 pbp/ml 2
3 (5) SALIENTA a necessidade de criar sinergias entre os FEEI e os programas e instrumentos diretamente geridos pela UE, respeitando no entanto os seus diferentes objetivos, e SUBLINHA que, no domínio da I&I, a Comissão e os Estados-Membros deverão ter como objetivo criar mais sinergias entre os programas dos FEEI e os programas geridos diretamente, em especial o Horizonte 2020, para minimizar as restrições jurídicas e regulamentares desnecessárias, com o objetivo de assegurar, nomeadamente, o aproveitamento a montante e a jusante dos resultados da investigação a fim de desenvolver produtos, serviços e inovações sociais comercializáveis, bem como para reforçar a contribuição dos FEEI para colmatar o fosso em matéria de inovação entre as regiões; (6) RECONHECE que as dificuldades em alcançar sinergias entre estes instrumentos reside tanto ao nível da execução como ao nível do quadro estratégico; (7) RECONHECE que no que se refere à execução dos programas ao abrigo dos FEEI, a harmonização, sempre que adequada, das regras de execução de diferentes programas como o Horizonte 2020 promoveria sinergias, tendo em mente a reciprocidade do processo. Esta harmonização é dificultada, nomeadamente, pela diferente aplicação das regras relativas aos auxílios estatais e aos contratos públicos, pelos diferentes processos de auditoria, bem como pelos diferentes requisitos de prestação de informações, de acompanhamento e de avaliação; (8) RECORDA o convite à Comissão para que estude as opções para o alinhamento e uma maior coerência das regras do programa-quadro Horizonte 2020 e dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento para os investimentos na investigação e na inovação, no âmbito das respetivas funções 2 ; (9) REGISTA a importância de desenvolver a fundamentação, os conceitos e a legislação adequada no domínio da I&I em paralelo e de forma coordenada, a fim de alcançar sinergias, estabelecendo simultaneamente uma diferenciação clara entre os objetivos destes instrumentos; 2 Documento 9510/ /16 pbp/ml 3
4 (10) APELA à Comissão para que: a) continue a apoiar as alterações de políticas com base em dados concretos, e a melhorar os dados e os sistemas de recolha de dados, a fim de promover e partilhar as boas práticas das sinergias; b) avance com novas medidas para melhorar as sinergias, se for caso disso, no contexto da atual reflexão sobre a simplificação, nomeadamente durante o atual período de programação e em coordenação com outras iniciativas e, se for caso disso, com base numa abordagem convivial e da base para o topo; c) estude as opções para o alinhamento e uma maior coerência, em particular no que diz respeito às regras relativas aos auxílios estatais e aos contratos públicos, de preferência, mas não exclusivamente, utilizando projetos que tenham um selo de excelência, como base para esse processo, e SOLICITA uma nota interpretativa da Comissão sobre as regras em matéria de auxílios estatais no âmbito dos FEEI e do Horizonte 2020; d) disponibilize dados sobre a implementação das sinergias para acompanhar a sua evolução, utilizando os mecanismos existentes, nomeadamente através dos beneficiários de fundos da UE geridos diretamente 3 ; e) apresente uma abordagem clara, harmonizada e coordenada para o período pós-2020 no que se refere ao futuro desenvolvimento do Programa-Quadro de Investigação e Inovação e dos FEEI no que diz respeito à investigação e à inovação, e apresente um roteiro sobre o processo supramencionado abrangendo ambas as vertentes na abordagem das sinergias a todos os níveis numa fase precoce. 3 Tal como referido no documento de trabalho dos serviços, "Enabling synergies between European Structural and Investment Funds, Horizon 2020 and other research, innovation and competitiveness-related Union programmes" (Criar sinergias entre os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, o Programa Horizonte 2020 e outros programas da União no domínio da investigação, inovação e competitividade) (2014), página /16 pbp/ml 4
5 O futuro da especialização inteligente (11) APOIA o conceito de especialização inteligente e a inclusão da condicionalidade ex ante em matéria de especialização inteligente no Regulamento sobre as Disposições Comuns 4 e tendo em conta os ensinamentos retirados para melhorar a eficácia do investimento, com base numa abordagem de parceria, e SALIENTA que as estratégias de especialização inteligente poderão ser instrumentos poderosos para ajudar a dar resposta aos desafios societais, e para estimular a inovação, o investimento e a competitividade, com base em especificidades socioeconómicas e territoriais; (12) RECONHECE que as estratégias de investigação e inovação para a especialização inteligente (a seguir designadas por RIS3) contribuem para a criação de sinergias com outras políticas e fundos da UE, tais como o Horizonte 2020 e o programa COSME, mas também com políticas e fundos nacionais e regionais. Por conseguinte, o desenvolvimento das RIS3 deverá ter em conta as estratégias atuais, tanto ao nível das políticas nacionais como regionais, consoante o caso, e resultar numa definição de prioridades e aplicação de instrumentos mais específicas e diferenciadas; (13) SAÚDA as numerosas iniciativas em que foi utilizada a especialização inteligente na cooperação com outros países e regiões, o que pode não só melhorar a eficácia dos programas pertinentes, mas poderá também incentivar o desenvolvimento de agregados transfronteiras, ecossistemas de inovação e cadeias de valor europeias construídos com base em prioridades de especialização inteligente; (14) CONVIDA a Comissão a apoiar continuamente os Estados-Membros e as regiões na definição e execução de estratégias de especialização inteligente e, deste modo, a explorar, em especial: 4 Regulamento (UE) n.º 1303/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, que estabelece disposições comuns relativas ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, ao Fundo Social Europeu, ao Fundo de Coesão, ao Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural e ao Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, que estabelece disposições gerais relativas ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, ao Fundo Social Europeu, ao Fundo de Coesão e ao Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, e que revoga o Regulamento (CE) n.º 1083/2006 do Conselho (JO L 347 de , p. 320) /16 pbp/ml 5
6 a) a promoção do apoio à cooperação entre diferentes países e regiões relacionada com as RIS3, incluindo os programas de cooperação territorial europeia, se for caso disso, por exemplo através de programas temáticos e de plataformas temáticas de especialização inteligente, de abordagens da base para o topo tais como a "Vanguard Initiative", e em colaboração com as plataformas das partes interessadas europeias, respeitando simultaneamente a lógica dos programas de CTE; b) os meios de promover as RIS3 que incidam sobre um conjunto de temas específicos que conduzam a uma melhor concentração e coordenação dos recursos; c) a avaliação da forma como a especialização inteligente pode ajudar as regiões com obstáculos específicos à investigação e inovação e ao desenvolvimento económico, incluindo exemplos sobre como envolver as diferentes partes interessadas nessas regiões; d) o apoio à aprendizagem mútua e à partilha de boas práticas no que diz respeito à implementação, gestão e acompanhamento das políticas de inovação, em especial através da plataforma-s3. Simplificação da execução dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (15) RECORDA que a simplificação da execução dos FEEI é uma responsabilidade e um objetivo partilhado da Comissão, dos Estados-Membros e outras partes interessadas 5 ; (16) RECORDA as suas conclusões de 18 de novembro de 2015 intituladas "Simplificação: as prioridades e expectativas dos Estados-Membros no domínio dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento" 6, em especial o princípio da proporcionalidade e as medidas concretas de simplificação aí identificadas e propostas. Neste contexto, SAÚDA o debate no âmbito dos seminários técnicos informais sobre a simplificação, organizados conjuntamente pela Presidência neerlandesa e pelo Comité das Regiões, e REGISTA com interesse as primeiras recomendações e conclusões do grupo de alto nível de peritos independentes sobre o acompanhamento da simplificação para os beneficiários dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento; 5 6 Documento 10228/15. Documento 13703/ /16 pbp/ml 6
7 (17) RECORDA que o processo de simplificação não pode ignorar o caráter justificável da despesa e que as propostas de simplificação podem implicar soluções de compromisso e, por conseguinte, tanto os benefícios como os custos associados a essas propostas devem ser ponderados 7 ; (18) Salienta que as medidas preventivas da Comissão e dos Estados-Membros para aumentar a eficácia, nomeadamente, mas não só, o reforço das capacidades, o mecanismo de alerta precoce e a partilha de informações sobre as interpretações e erros repetitivos, são uma parte fundamental da simplificação; (19) SALIENTA que a Comissão, os auditores a nível europeu e nacional, assim como as autoridades de gestão e outros organismos de coordenação, estão bem posicionados para contribuir para o esforço de simplificação e melhor execução dos FEEI, identificando e eliminando processos e procedimentos redundantes, quer estes decorram ou não da regulamentação, e sugerindo soluções mais eficazes, com base em boas práticas; (20) REITERA o seu apoio a medidas concretas de simplificação para o atual período de programação, nomeadamente através de alterações legislativas que proporcionariam melhorias substanciais às autoridades e aos beneficiários, desde que não comprometam a estabilidade das regras gerais; (21) CONVIDA a Comissão a apresentar propostas em matéria de simplificação, tendo em conta o trabalho do grupo de alto nível, no quadro da revisão intercalar do quadro financeiro plurianual e da revisão em curso do Regulamento Financeiro; (22) INSTA os Estados-Membros e a Comissão a conjugarem esforços para eliminar o excesso de regulamentação na execução dos FEEI e partilhar as boas práticas; (23) APELA à Comissão para que: a) disponibilize mais opções de custos simplificados "prontas a utilizar" e estude a possível utilização mais alargada das opções de custos simplificados; 7 Documento 13703/ /16 pbp/ml 7
8 b) promova a harmonização das condições de execução dos atuais programas de financiamento da UE quando estes se destinam aos mesmos beneficiários; c) apresente propostas, em particular sobre os procedimentos de certificação e auditoria, e previna ativamente os duplos controlos, designadamente mediante a promoção da utilização de uma abordagem "Single Information, Single Audit" (prestação de contas uma só vez e realização de uma única auditoria); d) reconheça que as orientações, pela sua própria natureza, não deverão ser interpretadas pelos auditores como juridicamente vinculativas; e) promova ativamente uma melhor cooperação e uma orientação mais eficaz para restabelecer a confiança entre os diferentes níveis administrativos; f) reforce a coordenação na Comissão de forma a melhorar a estabilidade e a coerência na interpretação das regras; g) implemente e alargue a aplicação do princípio da proporcionalidade e estude outras possibilidades para uma redução substancial da complexidade do quadro regulamentar, incluindo, se for caso disso, uma abordagem diferenciada em relação aos programas e ao seu conteúdo /16 pbp/ml 8
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