II ENCONTRO BRASILEIRO DE PESQUISADORES EM COOPERATIVISMO (EBPC)

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Transcrição:

II ENCONTRO BRASILEIRO DE PESQUISADORES EM COOPERATIVISMO (EBPC) TÍTULO RESPONSABILIDADE E SUSTENTABILIDADE SOCIAL: Uma análise da evolução dos investimentos sociais das cooperativas mineiras TEMA Responsabilidade e Sustentabilidade Social AUTORA AGUIAR¹; Cristina Caetano de ¹Graduanda em Bacharelado em Cooperativismo pela Universidade Federal de Viçosa ¹Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica- PIBIC/CNPq/UFV. INSTITUIÇÃO Universidade Federal de Viçosa EMAIL cristina.aguiar@ufv.br 1

RESUMO: O conceito de Responsabilidade Social é relativamente novo para a maioria das empresas, surgiu apenas na década de 80 com o advento e com as consequências da globalização. Para as cooperativas, a prática da Responsabilidade Social advém dos próprios princípios e dos valores do cooperativismo, que fazem parte da sua filosofia de atuação. O presente estudo tem como objetivo, identificar quais são as características das atividades beneficiadas com os investimentos das cooperativas mineiras ligadas a OCEMG, além de acompanhar a evolução desses investimentos ao longo de quatros anos. Como objeto de análise, serão utilizados os dados do balanço social, que consiste em um instrumento que busca uma maior transparência entre a organização e a comunidade. Acredita-se que a prática da responsabilidade social seja um caminho para o alcance da sustentabilidade, e as cooperativas são empreendimentos que através de seus princípios e valores atuam de forma a garantir a sustentabilidade da comunidade ao qual esta inserida. PALAVRAS-CHAVES: Cooperativismo, Responsabilidade Social, Sustentabilidade. ABSTRACT: The concept of Social responsibility is relatively new to most companies, emerged only in the 80 with the advent and with the consequences of globalisation. For cooperatives, the practice of Social Responsibility comes their own principles and values of cooperatives, which are part of his philosophy of action. This study aims to identify what are the characteristics of the activities benefit from investments by mining cooperatives and OCEMG bound to follow the evolution of these investments over four years. As an object of analysis, balance sheet data are used, which consists of an instrument that seeks greater transparency between the Organization and the community. It is believed that the practice of social responsibility is a way to achieve sustainability, and cooperatives are enterprises which through their principles and values act so as to ensure the sustainability of the community to which this inserted. KEYWORD: Cooperatives, Social Responsibility, Sustainability 2

1.0 - INTRODUÇÃO O conceito de Responsabilidade Social é relativamente novo para a maioria das empresas, surgiu apenas na década de 80 com o advento e com as consequências da globalização, as empresas que antes se preocupavam apenas com a maximização dos lucros, viram se obrigadas a dividir com o Estado o papel de propulsora de bem estar social. Para as cooperativas, a prática da Responsabilidade Social advém dos próprios princípios e dos valores do cooperativismo, que fazem parte da sua filosofia de atuação. O sétimo princípio denominado interesse pela comunidade, diz que, as cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de políticas aprovadas pelos membros, evidenciando a responsabilidade das cooperativas de garantir a sustentabilidade da comunidade na qual está inserida. A Responsabilidade Social é uma característica própria dos empreendimentos cooperativos, segundo KOSLOVSKI (2006) as ações de responsabilidade social das cooperativas não são esporádicas e nem têm por objetivo o marketing para alcançar maior credibilidade, mas fazem parte do seu DNA. A prática da Responsabilidade Social é evidenciada na publicação do balanço social, que consiste em um instrumento que busca uma maior transparência entre a organização e a comunidade. Para um começo de reflexão é necessário perguntas, como: Quais são as principais atividades de Responsabilidade Social desenvolvida/beneficiada pelas cooperativas mineiras ligadas a OCEMG (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais) nos últimos quatro anos e, qual o valor que elas têm destinado de sua receita para esses investimentos sociais? Diante dessas perguntas, esse trabalho tem como objetivo identificar quais são as características das atividades beneficiadas com os investimentos das cooperativas, além de acompanhar a evolução desses investimentos ao longo desses quatros anos. Metodologicamente, para realizar a análise da evolução dos investimentos feitos pela cooperativa de diferentes ramos, utilizou-se como base de dados os balanços das cooperativas dos anos de 2007 a 2010, que é publicado e disponibilizado anualmente pelo site da OCEMG, O presente artigo está subdividido em seis tópicos: o primeiro aborda a introdução, o problema da pesquisa e os objetivos; o segundo tópico, apresenta o referencial teórico que foi construído de acordo com o desenvolvimento da pesquisa empírica; o terceiro tópico apresenta a metodologia utilizada; o quarto tópico apresenta os resultados e discussões; no quinto tópico são apresentadas as conclusões; e o último tópico evidencia as referências citadas no corpo deste. 2.0 - REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 - RESPONSABILIDADE SOCIAL O conceito de Responsabilidade Social foi adotado recentemente, em meados da década de 80, com o advento da globalização. As transformações socioeconômicas ocorridas pelo processo da globalização afetou 3

profundamente o comportamento das empresas que tinham como objetivo apenas a maximização de seus lucros. A Responsabilidade Social Empresarial surge em um contexto onde, o governo não mais consegue cumprir seu papel na garantia do bem estar social, sendo incapaz de solucionar sérios problemas, logo as empresas, através do exercício da Responsabilidade Social passa a praticar ações que visam superar os conflitos sociais gerando o bem estar coletivo, assim o Estado passa a dividir a responsabilidade de propulsor do bem estar com a esfera privada. Mas afinal, o que seria Responsabilidade Social? Segundo SOUZA (2006), a Responsabilidade Social são ações internas que a empresa exerce com seus colaboradores, ou aquelas que vão além da organização, atingindo a comunidade na qual está inserida. Para WERLANG (2006, apud NETO & FROES, 1999), a Responsabilidade Social é o comportamento ético adotado pelos empresários com o intuito de contribuir para o desenvolvimento econômico e melhorar a qualidade de vida de seus funcionários, da comunidade a qual está inserida, bem como da sociedade em geral. Segundo SERRA, FERREIRA, TEIXEIRA (2008) a Responsabilidade Social é um compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetam positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade. O Centro de Tecnologia Gestão do Terceiro Setor do SENAC ressalta que, a prática da Responsabilidade Social desenvolvida pelas empresas mostra: o grau de amadurecimento de uma empresa privada em relação ao impacto social de suas atividades; abrange em termos gerais, desenvolvimento comunitário, equilíbrio ambiental, tratamento justo aos funcionários, comunicações transparentes, retorno aos investidores, sinergia com parceiros e satisfação do consumidor. A Responsabilidade Social pode ocorrer através de ações internas e externas, a primeira preocupa-se com a qualificação dos funcionários, oferecendo cursos de capacitação, programa de benefícios, como assistência médica, odontológica, essa vertente está relacionada à valorização dos empregados e é vista como uma forma de aumentar a produtividade, devido a maior satisfação, motivação e capacitação dos seus funcionários. As ações externas são aquelas voltadas ao bem estar da comunidade, apoiando ações comunitárias e projetos sociais, voltados à saúde, lazer, educação, esporte, dentre outros. Muitas vezes, o conceito de Responsabilidade Social é confundido com o de filantropia, o que caracteriza um erro, pois, o primeiro caracteriza-se como uma ação transformadora e estratégica, utilizada pelas empresas como um feedback da sociedade, já o segundo é uma ação individual, que parte da vontade ou não do empresário em contribuir com alguma causa social. Segundo o Instituto Ethos a Responsabilidade Social e a filantropia se distinguem, pois: A Filantropia trata basicamente de ação social externa da empresa, tendo como beneficiário principal a comunidade em suas diversas formas (conselhos comunitários, organizações não governamentais, 4

associações comunitárias etc.) e organização. A Responsabilidade Social foca a cadeia de negócios da empresa e engloba preocupações com um público maior (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente), cujas demandas e necessidades a empresa deve buscar entender e incorporar em seus negócios. Assim, a Responsabilidade Social trata diretamente dos negócios da empresa e como ela os conduz. 2.2 COOPERATIVISMO O cooperativismo surgiu nos meios populares como instrumento de defesa e de emancipação dos trabalhadores, como resposta a situação precária as quais vinham passando na época da Revolução Industrial, como: fome, doenças e excessivas jornadas de trabalho. Em busca de uma solução para os problemas sociais, os socialistas denominados utópicos, dentre ele Robert Owen, Charles Fourier e Louis Blanc, imaginaram a criação de 136 colônias autossuficientes, onde seus membros seriam os proprietários, os produtores e empregados dessas colônias. Os socialistas utópicos contribuíram para a formação da concepção cooperativa, para a definição dos princípios básicos da organização, além do funcionamento das cooperativas modernas. O pensamento socialista utópico dos séculos XVII e XVIII expressa o desejo de um mundo novo, de uma nova organização social, que seja embasada na solidariedade entre os homens e na justiça social. Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade entre os membros. A primeira cooperativa surge em 1884 na cidade de Rochdale, na Inglaterra, por iniciativa de um grupo de 28 tecelões que fundaram uma cooperativa de consumo denominada Rochdale Society of Equitable Pioners, cujo principal objetivo era encontrar maneiras para melhorar a situação econômica e social pela qual vinham passando. No Brasil, o cooperativismo surge logo no início do período da colonização portuguesa, passando por um período de quase esquecimento durante o período da escravidão. Dados atuais indicam que a história do cooperativismo no Brasil começa, de fato, com a fundação da Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, em 27 de outubro de 1889, a mais antiga cooperativa no Brasil. O cooperativismo se difere de outras organizações por possuir doutrinas e princípios próprios, que são as linhas orientadoras, através das quais as cooperativas levam os seus valores à prática. Em 1895 foi criada a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em Londres, que é responsável pela discussão dos princípios cooperativistas. Diversas reuniões ocorreram ao longo dos anos, em Paris nos ano de 1937, em Viena em 1966 e em Manchester em 1995, onde houve diversas e importantes mudanças nos princípios cooperativistas. Ao todo são sete princípios que definem os valores do sistema cooperativista. Em sua mais recente formulação, em 1995, pela Aliança Cooperativa Internacional os princípios cooperativistas passaram a ser: 5

1º Princípio: Adesão Voluntária e livre: As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo, sociais, raciais, políticas e religiosas. 2º Princípio: Gestão Democrática Pelos Membros: As cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres, eleitos como representantes dos demais membros, são responsáveis perante estes. 3º Princípio: Participação Econômica dos Membros: Os membros contribuem equitativamente para o capital das cooperativas e controlam-no democraticamente. Parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, se houver uma remuneração limitada ao capital integralizado, como condição de sua adesão. 4º Princípio: Autonomia e Independência: As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas por seus membros. O funcionamento da empresa é controlado pelos seus sócios, que são os donos e usuários do negócio. Se firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia da cooperativa. 5º Princípio: Educação, formação e informação: As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação. 6º Princípio: Intercooperação: As cooperativas servem de forma mais eficaz os seus membros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, por meio das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais. 7º Princípio: Interesse pela Comunidade: As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado de suas comunidades por meio de políticas aprovadas pelos membros. Mesmo após todas as mudanças ocorridas ao longo do tempo, é importante destacar que, os princípios cooperativistas mantiveram a essência que foi orientada pelos Pioneiros de Rochdale e pelos pressupostos do cooperativismo. (CANÇADO, JÚNIOR E RIGO 2006) 2.3 SUSTENTABILIDADE Os conceitos de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade são recentes, e surgem do conceito original de desenvolvimento. É válido mencionar que ainda não existe um consenso inquestionável do que seria o 6

desenvolvimento sustentável, mas pode-se perceber que vem aumentando a discussão sobre o que seria a sustentabilidade. Segundo DIAS (2006), essa nova visão sobre o desenvolvimento, surge quando se percebe que deve existir uma relação harmônica entre o homem e o meio ambiente, e quando a qualidade de vida dos seres humanos passa a ser uma condição importante para o progresso. As primeiras discussões acerca dos conceitos sobre desenvolvimento sustentável e sustentabilidade surgiram oficialmente no final da década de 1960, quando os primeiros reflexos do desequilíbrio ocasionado pelo modelo econômico vigente tornaram-se mais perceptíveis. Diante desse desequilíbrio, iniciou-se um processo de reflexão, onde surgiram questionamentos a respeito dos conceitos e crenças sobre o progresso e o desenvolvimento, baseado no contínuo crescimento das demandas de mercado, demonstrando com nitidez que o modelo capitalista não considerava todos os aspectos exigidos em termos econômicos, sociais e ambientais. De acordo com o Relatório Brundtlan da Organização das Nações Unidas de 1987, desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. Segundo MALUF (2000), mais do que nunca estamos colocados frente ao desafio de atribuir sentido, talvez mais de um sentido, à noção de desenvolvimento quando aplicada aos processos sociais, em particular ao se tratar do desenvolvimento econômico. Para SEN (2000), o desenvolvimento requer que se removam as principais fontes de privação de liberdade: pobreza e tirania, carência de oportunidades econômicas e destituição social sistemática, negligência dos serviços públicos e intolerância ou interferência excessiva de Estados repressivos. O termo sustentabilidade é visto e interpretado sob diferentes óticas, alguns enxergam esse conceito sob a ótica econômica, outros acreditam que sustentabilidade seria a preocupação com o meio ambiente, mas afinal, o que seria sustentabilidade? Sustentabilidade significa sobrevivência, entendida como a perenidade dos empreendimentos humanos e do planeta. Por isso, o desenvolvimento sustentável implica planejar e executar ações, sejam elas de governos ou de empresas, sejam elas locais, nacionais ou globais, levando em conta simultaneamente as dimensões econômica, ambiental e social. 2.4 - COOPERATIVISMO, RESPONSABILIDADE E SUSTENTABILIDADE SOCIAL Por sua definição, valores e princípios, o sistema cooperativista é considerado como um importante instrumento para a dinamização da economia de um país seja pela sua relação junto a outros agentes de mercado ou pela política de distribuição de resultados que possibilita uma melhor distribuição equitativa de renda. No contexto social, as cooperativas, através das políticas aprovadas pelos seus membros, atuam de forma a garantir a sustentabilidade da comunidade a qual está inserida. O respeito pelo meio ambiente e pelas demandas sociais devem ser preocupações permanente, por isso, diversas cooperativas possuem projetos sociais que visam ajudar o desenvolvimento da comunidade a qual faz parte, logo, o conceito de responsabilidade é historicamente exercido 7

pelo sistema cooperativista desde a sua origem, através da aplicação dos princípios e valores nos quais as preocupações com as dimensões econômica, social, cultural, política, ambiental e espacial são orientadas para a manutenção do bom funcionamento da rede de relacionamentos dos agentes envolvidos. Segundo SCHNEIDER (2004), quando a cooperativa assume seu papel social de empresa cidadã, ela pode contribuir nos três planos do desenvolvimento sustentável; a) A primeira importante exigência de um desenvolvimento sustentável é contribuir em prol de um desenvolvimento econômico eficiente, eficaz e adequado à realidade local e regional. Pela sua exigência de ser uma empresa racional, disciplinada, eficiente e ao mesmo tempo transparente perante o quadro social e o público em geral, ela tem todas as condições para contribuir em prol do desenvolvimento econômico. Ao fazê-lo, ela promove melhores condições de renda e de vida para seus associados e indiretamente para a comunidade local, e com isso, constitui-se num dos melhores mecanismos de distribuição social e regional da renda. Portanto, a maior parte da riqueza gerada numa região retorna à mesma, graças à lógica de funcionamento das cooperativas, que faz o associado participar dos resultados do empreendimento, lá onde ele vive e trabalha. O desenvolvimento capitalista, ao contrário, além de concentrar social e regionalmente a renda e o poder, desmantela, desestrutura as economias locais e regionais; b) Um segundo requisito do desenvolvimento sustentável é a promoção de um desenvolvimento socialmente justo e eqüitativo. O cooperativismo quer e pode contribuir para fazer avançar a cidadania, nas suas dimensões econômica, social, política e cultural. Pelo fato de exercer a democracia no campo social e, sobretudo, econômico, a cooperativa pode constituir-se numa das melhores escolas de democracia e de participação. É a expansão da cidadania/democracia do campo meramente político-eleitoral, para o campo econômico e social; c) A outra dimensão do desenvolvimento local e sustentável é a constante vigilância em prol da preservação do meio ambiente. O empenho do movimento cooperativo a favor de um desenvolvimento sustentável requer uma análise séria, para ver como inserir esta orientação nas estratégicas de futuras produções do setor primário. Nos diferentes ramos do cooperativismo, podemos perceber que as cooperativas têm desenvolvido projetos de Responsabilidade Social que visam o desenvolvimento sustentável dos seus associados e da comunidade na qual está inserida. A Responsabilidade Social é uma característica própria das cooperativas, segundo KOSLOVSKI (2006) as ações de responsabilidade social das cooperativas não são esporádicas e nem têm por objetivo o marketing para alcançar maior credibilidade, mas fazem parte do seu DNA Para RICKEN (2006) os princípios cooperativistas não permite um crescimento econômico excludente, para que ocorra o desenvolvimento sustentável é preciso comprometimento com uma visão responsável que busca o equilíbrio social e a interação ética com a comunidade. 8

3.0 - METODOLOGIA Como objeto de análise, será utilizado o balanço social anual das cooperativas mineiras de todos os ramos do cooperativismo ligadas a OCEMG (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais) nos anos de 2007 a 2010, que é disponibilizado no site dessa instituição. O balanço social é um instrumento que busca uma maior transparência entre a organização e a comunidade, para MELO NETO e FROES (1999), através da publicação do balanço é possível avaliar o desempenho de uma empresa no campo da cidadania, pois, nele são demonstrados todas as ações sociais que foram desenvolvidas pela empresa no período. Segundo o Instituto Ethos, a publicação anual do Balanço Social é fundamental para a vida corporativa porque amplia o diálogo da organização com a sociedade. 4.0 - RESULTADOS OBTIDOS E ANÁLISE DOS DADOS Iremos analisar quais foram as principais atividades de Responsabilidade Social desenvolvida pelas cooperativas mineiras ligadas a OCEMG, no ano de 2007 até o ano de 2010, e qual o valor que as cooperativas têm destinado de sua receita para o investimento nessas atividades. Segundo a OCEMG, as contribuições para a sociedade é caracterizado pelos investimentos diretos em; Em produção e produtividade; Meio ambiente; Saúde de associados e empregados; Treinamentos e capacitação de associados e empregados; Comunidade; Cultura e lazer. Percebe-se que, ao longo dos quatro anos analisados não houve nenhuma modificação nas atividades que receberam investimentos das cooperativas, além disso, o balanço não dispõe de detalhes que nos permite entender melhor o que caracteriza essas atividades. É válido ressaltar que, a OCEMG considera como investimento social o recolhimento de tributos e o ato de intercooperação entre as cooperativas. Para o propósito deste trabalho, serão analisados apenas os investimentos expostos na tabela abaixo, pois, acreditamos que o recolhimento dos tributos é um dever que a cooperativa tem como empregadora diante a sociedade, e o ato de intercooperação é um dos princípios do cooperativismo, logo, quando as cooperativas praticam esse ato, estão fortalecendo seus princípios, assim, o recolhimento de tributos e a prática da intercooperação não serão considerados nesse trabalho um ato de Responsabilidade Social. 9

INVESTIMENTO 2007 2008 2009 2010 Em produção e produtividade R$184.150.900 R$ 145.408.110,62 R$ 184.410.283,93 R$366.202.413,94 Meio ambiente R$ 2.948.521 R$ 4.306.641,82 R$ 7.683.073,72 R$ 4.522.597,20 Saúde de associados e R$ 31.810.083 R$ 40.041.568,84 R$ 50.844.326,12 R$ 51.018.463,12 empregados Treinamentos e capacitação de R$ 12.067.781 R$ 12.845.338,76 R$ 13.264.636,11 R$ 21.570.861,50 associados e empregados Comunidade R$ 4.065.888 R$ 10.111.279,82 R$ 59.596.997,98 R$ 64.802.500,05 Cultura e lazer R$ 4.442.001 R$ 4.171.981,72 R$ 6.771.785,75 R$ 7.368.118,15 TOTAL R$ 239.485.174 R$ 216.884.921,58 R$ 322.571.103,61 R$ 515.484.953,96 Os investimentos realizados pelas cooperativas mineiras no ano de 2007 totalizaram em R$ 239.485.174, que foram investidos em seis tipos diferentes de atividades, nesse ano o maior investimento foi realizado em produção e produtividade, vale ressaltar que o site não define o que seria esse tipo de investimento. No ano de 2008, pode-se perceber que houve uma queda nos investimentos totalizando R$ 216.884.921,58, foi investido R$ 22.600.252,50 a menos, o que caracteriza uma redução de 9,4% em relação ao ano interior. A queda é justificada pela redução dos investimentos em produção e produtividade e em cultura e lazer, no entanto, podemos perceber que houve um aumento de investimentos em projetos no meio ambiente, na saúde dos associados e empregados e também na comunidade o que caracterizou um aumento de 32,3%. Já no ano de 2009, registrou-se um crescimento do investimento em R$ 105.686.182,10, o que caracterizou um aumento de 48,7% em relação ao ano anterior. Esse considerável crescimento é justificado pelo aumento de investimento nas atividades relacionadas ao meio ambiente e em cultura e lazer, mas, principalmente, nos investimento na comunidade que passou de R$ 10.111.279,82 para R$ 59.596.997,98 no período de um ano. Os investimentos continuaram a crescer no ano de 2010, totalizando um valor de R$ R$ 515.484.953,96, foram investidos R$ 192.913.850,30 a mais que o ano anterior, esse aumento se justifica pelo maior investimento em produção e produtividade e em treinamentos e capacitação de associados e empregados. A evolução dos investimentos ao longo dos quatros anos que foram analisados, podem ser observadas no gráfico abaixo; 10

R$ 600.000.000 R$ 500.000.000 R$ 400.000.000 R$ 300.000.000 Inves4mento Social R$ 200.000.000 R$ 100.000.000 R$ 0 2007 2008 2009 2010 Evolução dos investimentos sociais das cooperativas mineiras ligadas a OCEMG 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse artigo buscou gerar uma reflexão acerca dos conceitos relacionados à responsabilidade e sustentabilidade social no âmbito das cooperativas mineiras. Ele foi orientado pelas seguintes questões: quais são as principais atividades de Responsabilidade Social desenvolvida/beneficiada pelas cooperativas mineiras ligadas a OCEMG (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais) nos últimos quatro anos e, qual o valor que elas têm destinado de sua receita para esses investimentos sociais. Como resposta, percebeu-se que os investimentos sociais vêm crescendo ano a ano, com exceção para o ano de 2008 onde houve uma queda, e que as principais atividades beneficiadas com esses investimentos foram relacionadas à produção e produtividade, meio ambiente, saúde dos associados e empregados, treinamentos e capacitação de associados e empregados, comunidade, cultura e lazer. Acredita-se que a prática da Responsabilidade Social seja um caminho para o alcance da sustentabilidade, e as cooperativas são empreendimentos que através de seus princípios e valores atuam de forma a garantir a sustentabilidade em seus três eixos: proteção ambiental, equidade social e crescimento econômico. Diante do exposto ao longo do artigo, conclui-se que, não basta cumprir plenamente obrigações jurídicas, para que uma empresa seja socialmente responsável, é preciso acima de tudo, investir no capital humano, na comunidade e nas relações com os interlocutores. (DIAS, 2006). 11

6.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AGUIAR, C.C. et al. O cooperativismo como alternativa para o alcance da sustentabilidade. In: Anais do II Simpósio Brasileiro de Agropecuária Sustentável, 2010. ALIANÇA COOPERATIVA INTERNACIONAL - ACI, Disponível em: www.coop.org. Acesso em: fevereiro de 2012. CANÇADO, A.C; JÚNIOR, J.T.S; RIGO, A.S. Identidade, valores e governança das cooperativas. In: Anais do V Encontro Latino-americano dos Pesquisadores em Cooperativismo, 2008. DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006. INSTITUTO ETHOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL. Relatório de Responsabilidade Social Empresarial. Disponível em: www.ethos.org.br. Acesso em: fevereiro de 2012. KOSLOVSKI, J. P. A cooperação e a responsabilidade social no Paraná. Paraná Cooperativo. Curitiba, PR, Ano 2, n. 17, p. 3-11, jan. 2006. MALUF, R. Atribuindo sentido(s) à noção de desenvolvimento econômico. Revista Estudos Sociedade e Agricultura, 2000. RICKEN, J. R. Mais de 400 mil cooperados. Paraná Cooperativo. Curitiba, PR, Ano 2, n. 17, p. 11, jan. 2006. SCHNEIDER, J.O. Globalização, Desenvolvimento Local Sustentável e Cooperativismo. In: Unisinos: Anais do III Encontro Latino-americano dos Pesquisadores em Cooperativismo, 2004. SCHNEIDER, J. O. Democracia, participação e autonomia cooperativa 2. ed. São Leopoldo: UNISINOS, 1999, 496 p. SEN, A.K. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. SERRA, F.A.R; FERREIRA, M.P; TEIXEIRA, W.A. A responsabilidade social no Brasil: O caso da cooperativa Cocamar. Working Pape, nº 16, 2008. Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais OCEMG. Disponível em: www.ocemg.org.br. Acesso em fevereiro de 2012 SOUZA, P. R. Educação e responsabilidade social. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 jun. 2006, Tendências/Debates, p. A3. 12

WERLANG, P. O papel do gestor de recursos humanos na construção da responsabilidade social empresarial. Disponível em: <http://www.ethos.org.br/docs/comunidade_academica/premio_ethos_valor/tra balhos/201_patricia_werlang.doc > Acesso em: janeiro 2012 13