TRATAMENTO DE DADOS: PESQUISA SOBRE O NÚMERO DE FUMANTES NO CAMPUS DA ULBRA DE GUAÍBA Ismael Bridi 1 Carine B. Loureiro 2 Paulo Samarani 3 RESUMO Em pesquisa realizada entre os alunos do campus da ULBRA em Guaíba, foi escolhido, aleatoriamente, um grupo de alunos de diversos cursos, entre eles estão Administração, Direito, Letras, Pedagogia, Psicologia e Sistemas de informação. De um total de 67 alunos entrevistados cerca de 31,34% destes se confessaram fumantes. Veremos a seguir algumas analises sobre esta pesquisa. Palavras-chaves: Fumo, Cigarro, Tabagismo. INTRODUÇÃO Segundo dados obtidos no site do Ministério da Saúde (2008), mais de 10 milhões de pessoas, maiores de 15 anos, deixaram de fumar nos últimos 15 anos. No Brasil, cerca de um terço da população adulta fuma, porém um número crescente de fumantes procura ajuda atualmente, com o temor das doenças causadas pelo tabagismo as pessoas têm procurado tratamento. O governo tem feito sua parte proibindo a publicidade e colocando avisos de tratamento nos rótulos das embalagens de cigarros. Estes anúncios têm informações de como entrar em contato com órgãos que ajudam os viciados a largar essa prática, e a procura em 4 anos passou de 260 mil para 1,2 milhão de ligações por ano (Agência Brasil, 2007). 1 Aluno da disciplina de Tratamento de Dados do Curso de Sistemas de Informação. 2 Profa. Me. Curso Sistemas de Informação. 3 Prof. Me. Curso Sistemas de Informação.
Neste artigo será apresentado um estudo feito ao longo da disciplina de Tratamento de Dados, no segundo semestre de 2007. O trabalho consistiu em um levantamento estatístico sobre um assunto de interesse do aluno. Neste caso, o assunto pesquisado foi a ocorrência de tabagismo entre os alunos da Universidade Luterana do Brasil Campus Guaíba. A amostra foi escolhida de forma aleatória, retirada da população dos alunos da ULBRA Guaíba. O estudo realizado está descrito no texto a seguir, o qual apresenta primeiramente fatos sobre o tabagismo no Brasil e segue com os dados referentes aos índices de tabagismo entre os alunos da ULBRA Guaíba e, o fechamento é feito com a conclusão sobre o assunto. TABAGISMO: CONSUMO ATIVO E PASSIVO O Instituto Nacional de Câncer (2007) afirma que o maior causador de mortes evitáveis do mundo, e também do Brasil, é o consumo ativo de cigarro, e o terceiro é o consumo passivo, perdendo para o consumo excessivo de álcool. No consumo ativo do tabaco estão relacionados todos os que fumam; as que mais morrem por doenças que poderiam ser evitadas se não houvesse o uso do cigarro. O fumante passivo é aquele que não fuma diretamente, mas respira o ar em uma ambiente onde existe um fumante ativo. As maiores evidências de fumantes passivos estão no ambiente de trabalho, onde colegas não fumantes respiram a fumaça deixada por consumidores tabagistas (INCA, 2007). A coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Inca, Tânia Cavalcante (INCA, 2007) afirma que o risco para as pessoas que não fumam e têm que conviver, principalmente no ambiente de trabalho, com a fumaça que traz altos níveis de agentes cancerígenos, é 30% maior para câncer de pulmão e 25% maior para infarto e problemas respiratórios". Segundo a coordenadora, muitas pessoas que trabalham em bares e restaurantes são expostas praticamente o dia inteiro a uma fumaça que já foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como agente cancerígeno. (INCA, 2007) No Brasil, há mais de 10 anos, há a lei de nº 9.294 que proíbe todo e qualquer consumo de produtos derivados do tabaco em ambientes coletivos fechados. A fumaça que sai da ponta do cigarro, segundo especialistas da área de combate ao fumo, contém em média três vezes mais nicotina e monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que é inalada (Ministério da Saúde, 2007)
Segundo o Ministério da Saúde (2007), em pesquisa realizada, em termos de fumantes o Brasil os seguintes dados são apresentados: 30,6 milhões de fumantes; 80.000 mortes anuais; 2,4 milhões de fumantes entre 15 e 19 anos; idade; 90% dos fumantes atuais começaram a fumar entre 15 e 19 anos de 70% dos fumantes atuais querem deixar de fumar, mas a grande maioria não consegue pela dependência. Apesar de existir uma lei que proíbe a venda de cigarro e bebidas alcoólicas a menores de dezoito anos, muitos estabelecimentos não têm respeitado essa norma. Os jovens têm começado cada vez mais cedo a arriscar-se nas primeiras tragadas. Fato que serve de base para estudos e investimentos em campanhas preventivas. TABAGISTAS NA UNIVERSIDADE LUTERANA DE GUAÍBA A pesquisa foi realizada com uma amostra de 67 alunos da Universidade Luterana do Brasil Campus Guaíba. O grupo foi escolhido aleatoriamente, dentre os alunos dos cursos de Administração, Direito, Letras, Pedagogia, Psicologia e Sistemas de informação como mostra a Tabela 1. De um total de 67 alunos entrevistados 31,34% destes se confessaram fumantes.
Tabela 1: Fumantes no campus da ULBRA de Guaíba Cursos Entrevistados Fumantes Administração 14 4 Direito 11 5 Letras 07 3 Pedagogia 10 2 Psicologia 13 5 Sist. de Informação 12 2 Total 67 31 Analisando de uma forma otimista podemos dizer que mais da metade, cerca de 68,64% dos entrevistados não fuma. Porém com todas as doenças que este hábito trás, devemos ser realistas e dizer que estes números são preocupantes. A média de alunos, por curso na ULBRA Guaíba é 11,12; a média de alunos fumantes 5,2, por curso, com um desvio padrão de 0,59. CONCLUSÃO Percebemos, com esta pesquisa, que o tabagismo ainda é um grave problema da população brasileira, de um modo geral, cabendo as autoridades e a sociedade investirem e incentivarem campanhas para reduzir fortemente o número de fumantes no país. Além disso, vale ressaltar que a pesquisa foi realizada com uma amostra de uma população que apresenta um grau de instrução alto, pois são acadêmicos de Cursos de Graduação, os quais, em geral têm conhecimento sobre os malefícios do cigarro. No entanto, sabe-se que a dependência química causada pela nicotina, dificulta para que os usuários consigam livrar-se se tal vício.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AGÊNCIA BRASIL. Disponível em <http://www.agenciabrasil.gov.br/> Acessado em 14 de setembro de 2007. INCA. Instituto Nacional do Câncer. Disponível em <www.inca.gov.br > Acessado em trinta de agosto de 2007. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: <www.saude.gov.br> Acessado em 14 de setembro de 2007.