PLANO DE CARREIRA PROPOSTAS PARA ENVIO A ALMG E SECRETÁRIO Após a compilação das contribuições apresentadas pelos servidores, o Grupo de Trabalho e a ASSEMA sistematizaram as ideias centrais, que serão levadas como propostas para alteração da legislação que rege nossas carreiras (Lei nº. 15.461, de 13 de janeiro de 2005). Optamos por não detalhar os procedimentos para o alcance de nossos objetivos, tendo em vista a urgência dos pleitos, e por se tratar de uma decisão legislativa quanto à redação dos textos legais para alcance dos mesmos. 1 - Principais propostas e reivindicações apresentadas pelos servidores no que tange ao PLANO DE CARREIRA: a) INCLUIR OS TRÊS ANOS DO ESTÁGIO PROBATÓRIO PARA PRIMEIRA PROMOÇÃO/PROGRESSÃO Tal proposta objetiva conferir maior justiça aos critérios de promoção e progressão nas carreiras, pois, durante os 03 (três) anos de estágio probatório o servidor efetivo realizava atividades conferidas ao seu cargo da mesma forma que os demais colegas, sendo avaliado e, portanto, fazendo jus a promoção/progressão caso seja aprovado no estágio probatório. Hoje, os 03 (três) anos do estágio probatório não são considerados na promoção do servidor na carreira, fato que só ocorre após 08 (oito) anos de efetivo exercício. b) APLICAÇÃO IMEDIATA DO ARTIGO 10-A O artigo 10-A que trata do enquadramento inicial do servidor de acordo com a sua formação no ingresso seria retirado, porém, conteria dispositivo de transição que determinasse a sua imediata aplicação a todos os servidores que façam jus a este direito. A retirada se justifica, pois, não mais haverá distinção de níveis de escolaridade para o ingresso, todos os níveis serão afetos a graduação. c) RETIRAR A TRAVA DE ESCOLARIDADE PARA ALCANÇAR O ÚLTIMO NÍVEL Não haverá mais a exigência de escolaridade adicional àquela exigida em edital de concurso para ingresso na carreira para que o servidor possa alcançar todos os níveis da carreira. Hoje, por exemplo, para que um analista ambiental possa ser promovido ao nível 04 (quatro) da carreira ele deve ter no mínimo uma especialização lato sensu para que tenha esse direito. Não é correto que um servidor seja selecionado para ocupar um cargo em uma carreira que não permite que ele possa percorrê-la apenas com a formação exigida em edital. Haverá a exigência de apenas um nível de formação acadêmica, possibilitando a todos os servidores a chegada ao final da carreira.
d) ADOÇÃO DO SISTEMA DE PONTOS PRA PROMOÇÃO E PROGRESSÃO POR ESCOLARIDADE ADICIONAL (DETALHAMENTO ANEXO) Atualmente o servidor somente chegará ao nível IV se tiver especialização lato sensu e ao nível VI se tiver mestrado. Na proposta apresentada a formação complementar terá o condão de antecipar a evolução na carreira e não impedi-la. A opção pelos pontos facilita a evolução na carreira que se daria de forma automática com a apresentação dos títulos complementares, diferentemente das regras atuais que antecipam para dois anos o lapso para progressão e promoção. e) RETIRAR UM NÍVEL NA CARREIRA Com os 06 (seis) níveis atuais um servidor levaria 46 (quarenta e seis) anos para acessar o último grau do último nível da carreira VI-J. Propõe-se a retitada de 01 (um) nível abreviando este tempo para 38 (trinta e oito) anos considerando a contagem dos 03 (três) anos do estágio probatório na primeira promoção. Trata-se de uma realidade aplicada em diversas carreiras de estado. 2 Propostas para revisão da TABELA DE REMUNERAÇÃO BÁSICA DAS CARREIRAS: a) REVISÃO GERAL DA REMUNERAÇÃO DE ACORDO COM OS ÍNDICES INFLACIONÁRIOS DOS ANOS DE 2013, 2014 E 2015 A Constituição da República Federativa do Brasil, por atuação do legislador constituinte derivado, em seu artigo 37, inciso X, da Carta da República, prevê, expressamente, ao servidor público, o princípio da periodicidade, ou seja, garantiu anualmente ao funcionalismo público, no mínimo, uma revisão geral, que neste caso acarretará ganhos financeiros reais para a carreira. b) INCORPORAR VALORES REFERENTES A GEDAMA, VALE E GDAF O valor referente a estes benefícios será incorporado ao salário base, pois, os mesmos não permitem a incidência de benefícios funcionais, bem como exercem grande repercussão financeira no momento da aposentadoria dos servidores.
ANEXO I DETALHAMENTO DA PROPOSTA DE ADOÇÃO DO SISTEMA DE PONTOS PRA PROMOÇÃO E PROGRESSÃO POR ESCOLARIDADE ADICIONAL Esta proposta altera o capitulo II da lei 15.461/2005 e estabelece nova forma de promoção e progressão para as carreiras de meio ambiente. Ficam mantidas as carreiras de técnico, analista e gestor ambientais e extinta com a vacância a carreira de auxiliar ambiental, ficando estabelecidas as regras até esta extinção definitiva. Entenda a lógica: 1. As carreiras se iniciam com a entrada em exercício do servidor logo após a sua posse; 2. Ao ingressar o servidor terá 0 (zero) pontos na Tabela de Controle de Pontuação. 3. Após a aprovação no estágio probatório, com as 3 avaliações de desempenho especiais ADE satisfatórias, o servidor terá duas progressões passando para o grau C do nível I. Com mais 2 duas avaliações de desempenho individuais ADI o servidor terá sua primeira promoção (em regra, após 5 anos); 4. Somente após a aprovação no estágio probatório o servidor poderá apresentar sua titulação para fazer jus à promoção e progressão por escolaridade adicional. 5. As carreiras passam a ter 5 níveis (de I a V), 10 graus (de A até J) e uma Tabela de Controle de Pontuação. a. Progressão (passagem de um grau para o subsequente horizontal), a cada duas avaliações de desempenho satisfatórias que concedem 1 (um) ponto. b. A primeira progressão será ao fim do estágio probatório e com 3 Avaliações de Desempenho Especiais satisfatórias ADE que concederão, nesta única ocasião, 2 (dois) pontos passando o servidor para o grau C do nível I. c. A promoção (passagem de um nível para o subsequente - vertical) será a cada cinco avaliações de desempenho satisfatórias considerando o estágio probatório na contagem de tempo, que concederem 8 (oito) pontos na tabela de controle. d. Para a formação da tabela de controle o servidor acumula 1 ponto a cada mudança de grau e 8 pontos a cada mudança de nível considerando as avaliações de desempenho satisfatórias. 6. A escolaridade em todos os níveis será única ou: a. Auxiliar Ambiental - 4ª série do Ensino fundamental;
b. Técnico Ambiental Ensino Médio; c. Analista e Gestor Ambientais Superior. 7. Com a progressão e promoção por avaliações de desempenho, TODOS poderão chegar ao FINAL DA CARREIRA APENAS COM A ESCOLARIDADE DE ENTRADA NÍVEL V GRAU J. 8. Escolaridade adicional proporcionará o acúmulo de pontos a serem somados aos pontos obtidos nas avaliações de desempenho, dentro da Tabela de Controle de Pontuação. 9. A conclusão de curso com apresentação de Titulo dará ao servidor uma pontuação extra pela sua escolaridade adicional. a. Esta pontuação será somada a pontuação do servidor conforme a tabela de controle de pontuação apresentada adiante. b. Para efeito de posicionamento, o servidor será posicionado no nível e grau referente à soma de sua pontuação, conforme Tabela de Controle de Pontuação, no momento da apresentação do título com os pontos adicionais alcançados com a formação adicional. 10. Serão aceitos, para efeito de posicionamento por Escolaridade Adicional: a. Cursos de conclusão do ensino médio, curso técnico, tecnólogo e de graduação para a carreira de Auxiliar Ambiental; b. Cursos de Tecnólogo, de Graduação, Pós Graduação Lato Sensu e Mestrado para a Carreira de Técnico Ambiental; c. Cursos de Pós Graduação Lato Sensu, Mestrado e Doutorado para as carreiras de Analista e Gestor Ambientais; d. Depois de apresentado um título de escolaridade adicional, a apresentação subsequente só será contada após 4 anos da primeira apresentação e só será considerada a diferença de pontos entre a formação de menor complexidade e valor para a de maior complexidade e valor. Por exemplo: Um técnico ambiental apresenta um título de graduação e recebe a pontuação referente que é de 13 (treze) pontos e é reposicionado de acordo com a tabela. Quando e se este servidor concluir uma especialização e apresentar o título, ele receberá mais 4 (quatro) pontos referente à diferença entre a graduação e a especialização, respeitados os 4 anos desde a última apresentação de título. e. Para a carreira de Auxiliar Ambiental: i. Conclusão do Ensino Fundamental 13 pontos; ii. Conclusão de Curso Técnico ou Ensino Médio 17 pontos; iii. Conclusão do Tecnólogo ou Graduação 25 pontos.
f. Para a carreira de Técnico Ambiental: i. Conclusão da Graduação/Tecnólogo 13 pontos; ii. Conclusão Especialização Lato Sensu 17 pontos; iii. Conclusão do Mestrado 25 pontos. g. Para a carreira de Analista e Gestor Ambientais: i. Conclusão Especialização Lato Sensu 13 pontos; ii. Conclusão do Mestrado 17 pontos; iii. Conclusão do Doutorado 25 pontos. 11. Servidores com titularidades superiores aos exigidos na entrada da carreira (edital) serão pontuados e posicionados segundo tabela dentro de cada carreira e a partir da aprovação no estágio probatório. 12. O posicionamento por escolaridade não elimina o direito de reposicionamento por avaliação de desempenho, que deve seguir a lógica de recebimento de pontos, a partir do nível e do grau do posicionamento por escolaridade em que o servidor se encontrar. 13. A Tabela de Controle fica assim: Tabela de Controle NÍVEL A B C D E F G H I J I 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 II 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 III 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 IV 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 V 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 Exemplo 1: Analista e Gestor. Ao completar 9 anos de exercício deverá estar posicionado no nível II grau C, com 12 pontos acumulados. Ao concluir um mestrado, receberá 17 pontos, totalizando 29 pontos e deverá ser posicionado no nível III grau J. Ao completar 10 anos, ele completará 7 avaliações de desempenho Individuais - ADI e 3 avaliações de desempenho especiais - ADE, fazendo jus à segunda promoção recebendo mais 8 pontos que, somados aos 29 já acumulados, totalizam 37 pontos, fazendo jus a ser posicionado no nível IV-H. A partir deste momento aplicam-se as regras gerais de evolução na carreira por acumulo de pontos pelas avaliações de desempenho satisfatórias.
Exemplo 2: TEMPO TOTAL PARA CHEGAR AO FINAL DA CARREIRA, NIVEL 5 J = 21 ANOS Analista e Gestor 2. Ao completar 9 anos de exercício mas que já tenha computado uma especialização lato, deverá estar posicionado no nível III grau F (12 pontos por tempo + 13 por escolaridade = 25). Ao terminar Mestrado receberá mais 4 (quatro) pontos (diferença entre pontuação de mestrado e de especialização) e totalizará 29 pontos acumulados, fazendo jus a ser posicionado no nível III grau J. Ao completar 10 anos, ele completará 7 avaliações de desempenho, fazendo jus à segunda promoção recebendo mais 8 pontos que, somados aos 29 já acumulados, totalizam 37 pontos, fazendo jus a ser posicionado no nível IV-H. A partir deste momento aplicam-se as regras gerais de evolução na carreira por tempo, acumulo de pontos e avaliações de desempenho satisfatórias. TEMPO TOTAL PARA CHEGAR AO FINAL DA CARREIRA, NIVEL 5 J = 21 ANOS Exemplo 3: Técnico Ambiental. Com 17 anos de exercício, deverá estar posicionado no nível IV grau B com 31 pontos. Ao concluir uma graduação, ele receberá 13 pontos, que somados aos 31 acumulados totalizará 44 pontos, fazendo jus a ser posicionado no nível V grau E. A partir deste momento aplicam-se as regras gerais de evolução na carreira por tempo, acumulo de pontos e avaliações de desempenho satisfatórias. TEMPO TOTAL PARA CHEGAR AO FINAL DA CARREIRA, NIVEL 5 J = 27 ANOS (este tempo irá variar com apresentação de outros títulos, podendo se igualar aos 21 anos) Tabela simulando Tempo de Progressão/Promoção sem escolaridade adicional. A B C D E F G H I J NÍVEL I 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ANOS 0 3 NÍVEL II 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 ANOS 5 7 9 NÍVEL III 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 ANOS 10 12 14 NÍVEL IV 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 ANOS 15 17 19 NÍVEL V 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 ANOS 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38