Regulação Bimestral do Processo Ensino Aprendizagem - 3º bimestre Ano: 2º ano Ensino Médio Data: Disciplina: História Professor: Luis Fernando Caro estudante; Ao longo do bimestre desenvolvemos diversas atividades para um bom aprendizado. Apresentação de trabalhos, avaliações, anotações no caderno, textos complementares, atividades, aulas expositivas, debates. É fundamental que você busque nesse momento todas as suas atividades e anotações, caso tenha algo incompleto aproveite para buscar com um colega e atualizar seus registros. 2º Ano - A colonização da América Portuguesa. - A descoberta das Minas na America Portuguesa - O trabalho na América Portuguesa - A Colonização Espanhola e Inglesa - Atualidades na America Latina Referências Livro didático capítulos: 36, 40, 41 e 42 Trabalhos Caderno
TRABALHO DE HISTÓRIA Ano: 2º ano Ensino Médio Data: Disciplina: História Professor: Luis Fernando Nome: Nº: TRABALHO DE REGULAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM 3º BIMESTRE - 2015 1) Leia o texto: A DESCOBERTA DAS MINAS E AS TRANFORMAÇÕES NA COLÔNIA Até o século XVII, a economia açucareira era a atividade predominante da colônia e o interesse metropolitano estava inteiramente voltado para o seu desenvolvimento. Porém, a partir de meados do século XVII, o açúcar brasileiro sofreu a forte concorrência antilhana, claro, os holandeses, uma vez expulsos passaram a produzir em suas colônias no Caribe, fazendo com que a Coroa portuguesa voltasse a estimular a descoberta de metais. Os paulistas, que conheciam bem o sertão, iriam desempenhar um papel importante nessa nova fase da história colonial. Já em 1674, destacou-se a bandeira de Fernão Dias Pais, que, apesar de não ter descoberto metais preciosos, serviu para indicar o caminho para o interior de Minas. Poucos anos depois, a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva o Anhangüera abriria caminho para o Brasil central (Goiás e Mato Grosso). Descoberta do ouro e povoamento A procura de metais preciosos no Brasil era bem antiga e datava do início da colonização, sobretudo depois da descoberta da rica mina de prata de Potosí, em 1545, na atual Bolívia. A criação do governo-geral em 1548, e a sua instalação no ano seguinte, foi um reflexo daquela descoberta. De fato, diversas foram as entradas (expedições sertanistas oficiais) que partiram da Bahia, Espírito Santo, Ceará, Sergipe e Pernambuco para o interior. Os principais exploradores do sertão, foram os paulistas. Com um irrisório apoio oficial, Fernão Dias Pais partiu em 1674 para o sertão, onde permaneceu por seis anos, chegando ao Jequitinhonha. Porém, não descobriu nada de valor. Em 1681 encontrou turmalinas acreditando serem esmeraldas. Contudo, durante os anos em que permaneceu no sertão, desbravou grande parte do interior das Gerais e abriu caminho para futuras descobertas de importância. Costuma-se atribuir o início da mineração à descoberta do ouro feita por Antônio Rodrigues Arzão, em 1693, embora a corrida do ouro começasse efetivamente com a descoberta das minas de Ouro Preto por Antônio Dias de Oliveira, em 1698.Além de se difundir pelo Brasil, a notícia chegou a Portugal através da correspondência dos governadores ao rei. De diversos pontos do Brasil começou a chegar grande quantidade de aventureiros, ávidos de rápido enriquecimento. Mesmo de Portugal vieram, a cada ano, cerca de 10 mil pessoas, durante sessenta anos.a primeira conseqüência desse deslocamento maciço da população para as regiões das minas foi a grave carestia, que se tornou particularmente catastrófica nos anos 1697 1698 e, novamente, em 1700 1701. O jesuíta Antonil, que viveu nesse tempo, escreveu que os mineiros morriam à míngua, com uma espiga de milho na mão, sem terem outro sustento. População das minas: paulistas e emboabas A população era bastante heterogênea, mas distinguiam-se claramente paulistas e forasteiros. Estes eram chamados, depreciativamente, pelos paulistas, de emboabas, que em língua tupi queria dizer pássaro de pés emplumados - referência irônica aos forasteiros, que usavam botas; os paulistas andavam descalços. Nesse tempo a população paulista era de mamelucos e índios que utilizavam como língua o tupi, mais do que o português. Embora minoritários, os paulistas hostilizavam e eram hostilizados
pelos emboabas. Julgavam-se donos das minas por direito de descoberta. Mas a rivalidade entre paulistas e emboabas tinha outros motivos mais significativos. O comércio de abastecimento das Minas era controlado por alguns emboabas que auferiam grandes lucros. Dada a sua riqueza e a importância da atividade que exerciam, passaram a ter grande influência. Manuel Nunes Viana, português que veio ainda menino para a Bahia, era um desses ricos comerciantes e principal líder dos emboabas. Era proprietário de fazendas de gado no São Francisco e estava associado aos comerciantes da Bahia. A organização da economia mineira Havia, basicamente, dois tipos de empresas mineradoras: a lavra (grande extração) e a faiscação (pequena extração). A lavra consistia numa exploração de dimensão relativamente grande em jazidas de importância e utilizava amplamente o trabalho escravo. À medida que essas jazidas iam se esgotando e sua exploração tomava-se antieconômica, ocorria o deslocamento das lavras para outras jazidas, deixando o que restara da anterior para a faiscação, praticada por pequenos mineradores. No Brasil, o ouro encontrava-se depositado na superfície ou em pequenas profundidades: inicialmente exploravam-se os veios (nos leitos dos rios), que eram superficiais; em seguida, os tabuleiros (nas margens), que eram pouco profundos; e, finalmente, as grupiaras (nas encostas), que eram mais profundas. Dizemos, por isso, que predominou o ouro de aluvião, que era depositado no fundo dos rios e de fácil extração, ao contrário das minas de prata do México e do Peru, que dependiam de profundas escavações. A extração do ouro de aluvião era, portanto, mais simples, mas de esgotamento mais rápido. Por essa razão, mesmo na organização das lavras, as empresas eram concebidas de modo a poderem se mobilizar constantemente, conferindo à atividade mineradora um caráter nômade. Por conseguinte, o investimento em termos de equipamento não podia ser de grande vulto. Seguindo as características de toda a economia colonial, a mineração era igualmente extensiva e utilizava o trabalho escravo. A técnica de extração, por sua vez, era rudimentar e mesmo o número de escravos para cada lavra era reduzido, embora haja notícias de lavras com mais de cem escravos. Na realidade, a manutenção de uma empresa com elevado e permanente número de escravos era incompatível com a natureza incerta das descobertas e da produtividade das minas. ADAPTADO DE : http://www.culturabrasil.pro.br/mineracao.htm a) Como funcionava o sistema de exploração da Minas de Ouro na colônia portuguesa na America?
b) Quais transformações ocorrem na América Portuguesa após a descoberta das Minas de ouro?
2) Comparando os povos que foram conquistados pelos espanhóis e aqueles conquistados na América, é possível identificar uma grande diferença de como o processo de conquista dos ameríndios aconteceu. Identifique qual a semelhança e diferenças nas organizações políticas dessas regiões ocupadas e como isso influenciou no controle europeu no novo continente.
3) Leia o trecho a seguir: José Mujica - Discurso na ONU 3 de Outubro 2013 Amigos, sou do sul, venho do sul. Esquina do Atlântico e do Prata, meu país é uma planície suave, temperada, uma história de portos, couros, charque, lãs e carne. Houve décadas púrpuras, de lanças e cavalos, até que, por fim, no arrancar do século 20, passou a ser vanguarda no social, no Estado, no Ensino. Diria que a social-democracia foi inventada no Uruguai. (...)Durante quase 50 anos, o mundo nos viu como uma espécie de Suíça. Na realidade, na economia, fomos bastardos do império britânico e, quando ele sucumbiu, vivemos o amargo mel do fim de intercâmbios funestos, e ficamos estancados, sentindo falta do passado. (...) Mas sou do sul e venho do sul, a esta Assembleia, carrego inequivocamente os milhões de compatriotas pobres, nas cidades, nos desertos, nas selvas, nos pampas, nas depressões da América Latina pátria de todos que está se formando. Carrego as culturas originais esmagadas, com os restos de colonialismo nas Malvinas, com bloqueios inúteis a este jacaré sob o sol do Caribe que se chama Cuba. Carrego as consequências da vigilância eletrônica, que não faz outra coisa que não despertar desconfiança. Desconfiança que nos envenena inutilmente. Carrego uma gigantesca dívida social, com a necessidade de defender a Amazônia, os mares, nossos grandes rios na América.(...) O combate à economia suja, ao narcotráfico, ao roubo, à fraude e à corrupção, pragas contemporâneas, procriadas por esse antivalor, esse que sustenta que somos felizes se enriquecemos, seja como seja. Sacrificamos os velhos deuses imateriais. Ocupamos o templo com o deus mercado, que nos organiza a economia, a política, os hábitos, a vida e até nos financia em parcelas e cartões a aparência de felicidade. Parece que nascemos apenas para consumir e consumir e, quando não podemos, nos enchemos de frustração, pobreza e até autoexclusão. O certo, hoje, é que, para gastar e enterrar os detritos nisso que se chama pela ciência de poeira de carbono, se aspirarmos nesta humanidade a consumir como um americano médio, seriam imprescindíveis três planetas para poder viver. Nossa civilização montou um desafio mentiroso e, assim como vamos, não é possível satisfazer esse sentido de esbanjamento que se deu à vida. Isso se massifica como uma cultura de nossa época, sempre dirigida pela acumulação e pelo mercado. (...) Arrasamos a selva, as selvas verdadeiras, e implantamos selvas anônimas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a insônia com comprimidos, a solidão com eletrônicos, porque somos felizes longe da convivência humana. A política, eterna mãe do acontecer humano, ficou limitada à economia e ao mercado. De salto em salto, a política não pode mais que se perpetuar, e, como tal, delegou o poder, e se entretém, aturdida, lutando pelo governo. Debochada marcha de historieta humana, comprando e vendendo tudo, e inovando para poder negociar de alguma forma o que é inegociável. Há marketing para tudo, para os cemitérios, os serviços fúnebres, as maternidades, para pais, para mães, passando pelas secretárias, pelos automóveis e pelas férias. Tudo, tudo é negócio. O homenzinho médio de nossas grandes cidades perambula entre os bancos e o tédio rotineiro dos escritórios, às vezes temperados com ar condicionado. Sempre sonha com as férias e com a liberdade, sempre sonha com pagar as contas, até que, um dia, o coração para, e adeus. Haverá outro soldado abocanhado pelas presas do mercado, assegurando a acumulação. A crise é a impotência, a impotência da política, incapaz de entender que a humanidade não escapa nem escapará do sentimento de nação. Sentimento que está quase incrustado em nosso código genético. Hoje é tempo de começar a talhar para preparar um mundo sem fronteiras. A economia globalizada não tem mais condução que o interesse privado, de muitos poucos, e cada Estado Nacional mira sua estabilidade continuísta, e hoje a grande tarefa para nossos povos, em minha humilde visão, é o todo.
Como se isto fosse pouco, o capitalismo produtivo, francamente produtivo, está meio prisioneiro na caixa dos grandes bancos. No fundo, são o vértice do poder mundial. Mais claro, cremos que o mundo requer a gritos regras globais que respeitem os avanços da ciência, que abunda. Mas não é a ciência que governa o mundo. (...) Paralelamente, devemos entender que os indigentes do mundo não são da África ou da América Latina, mas da humanidade toda, e esta deve, como tal, globalizada, empenhar-se em seu desenvolvimento, para que possam viver com decência de maneira autônoma. Os recursos necessários existem, estão neste depredador esbanjamento de nossa civilização. (...) Mas, para que todos esses sonhos sejam possíveis, precisamos governar a nos mesmos, ou sucumbiremos porque não somos capazes de estar à altura da civilização em que fomos desenvolvendo. Este é nosso dilema. Não nos entretenhamos apenas remendando consequências. Pensemos na causa profundas, na civilização do esbanjamento, na civilização do usa-tira que rouba tempo mal gasto de vida humana, esbanjando questões inúteis. Pensem que a vida humana é um milagre. Que estamos vivos por um milagre e nada vale mais que a vida. E que nosso dever biológico, acima de todas as coisas, é respeitar a vida e impulsioná-la, cuidá-la, procriá-la e entender que a espécie é nosso nós. a) Muitos estudos apontam a colonização da America como o inicio de um capitalismo global. A partir dessa consideração escreva um texto relacionando as idéias apresentadas no texto acima com o processo de colonização da America.
b) Escreva um texto dialogando com as idéias apresentadas acima, expondo sua opinião sobre os temas: cidadania global, direito global, colonização, exploração, desigualdade, sociedade do consumo, transformação social.
4) Explique o processo de colonização Inglesa na America.
5) Escolha um pais da America e escreva um texto apontando os temas abaixo: povos originários colonização produtos explorados na colonização relações de trabalho
b) Atualidades
6) No mapa a seguir identifique: países na atualidade, metrópole, produtos explorados na colonização, tipo de mão-de-obra, conflitos durante a colonização criar legendas QuickTime and a decompressor are needed to see this picture.
7) No mapa a seguir identifique: países na atualidade, comércio na atualidade, data de independência, capital, IDH, riquezas minerais. QuickTime and a decompressor are needed to see this picture.