Segurança Hídrica. Encob- 2015 Caldas Novas. Marília Carvalho de Melo Especialista em Recursos Hídricos

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Transcrição:

Segurança Hídrica Encob- 2015 Caldas Novas Marília Carvalho de Melo Especialista em Recursos Hídricos

Tópicos a serem abordados -Conceito de Segurança Hídrica -O Brasil no contexto internacional -O Panorama Brasileiro -Caminhos e Desafios para a Segurança Hídrica no Brasil

Segurança Hídrica Conceito

A UN-Water Analytical Brief (ONU) Segurança hídrica é definida como a capacidade da população de garantir o acesso sustentável à quantidade adequada e qualidade aceitável para os meios de subsistência, bem-estar humano e desenvolvimento sócio-económico, para assegurar a protecção contra a poluição e os desastres relacionados com a água, e para a preservação dos ecossistemas em um clima de paz e estabilidade política.

World Water Council A Pact for a water security world 2013-2015 Strategy Segurança hídrica consiste, inicialmente, na garantia de necessidades essenciais do dia a dia, como saúde e alimento: água para produzir produtos alimentícios e melhorar rendimentos agrícolas; agua potável e segura para ajudar a reduzir doenças de veiculação hídrica que continuam a ser uma das principais causas de morte. Segurança hídrica, em seguida, consiste na garantia de segurança econômica e social para produção de bens e serviços necessários ao desenvolvimento e aumento da qualidade de vida. Segurança hídrica também abrange a segurança ecológica para retornar a natureza o papel essencial da água para preservação da biodiversidade e manutenção de ecossistemas.

GLOBAL WATER PARTNERSHIP A essência da segurança hídrica é que o interesse pelo recurso base está acompanhado do interesse ao serviço que explora ou utiliza o recurso base, como sobrevivência e bem-estar humano, assim como, para agricultura e outras demandas de produção. Um mundo com segurança hídrica integra a preocupação com o valor intrínseco da água e também com o uso a que a água se destina. Atingir segurança hídrica requer cooperação entre diferentes tipos de usuários de água e entre bacias vizinhas e aquíferos dentro de uma estrutura que permita a proteção aos ecossistemas aquáticos da poluição e outras ameaças. Ambos aspectos qualidade e quantidade de água devem ser considerados, uma vez que a qualidade afeta o valor da água e o impacto ao meio ambiente. A segurança hídrica somente será atingida de fato, quando os decisores tomarem decisões difíceis sobre os usuários de água e seguirem com financiamento e implementação.

OCDE Segurança hídrica é gerir riscos associados à água, incluindo riscos de armazenamento de água, excesso, poluição e riscos enfraquecer ou debilitar a resiliência dos sistemas de água doce. Atingir segurança hídrica significa manter aceitável o nível de risco de quatro riscos associados à água: 1. Risco de armazenamento (incluindo seca): falta de água para atender as demandas (em curto e longo prazo) para os usos que a água se destina ( domésticos, para produção e para o meio ambiente) 2. Risco de qualidade inadequada: ausência qualidade adequada para um determinado propósito ou uso. 3. Risco relacionado ao excesso (incluindo enchentes): extravasamento dos limites normais do sistema de água (natural ou construído), ou a acumulação destrutiva de água em área que normalmente não são submersas. 4. Risco de enfraquecer ou debilitar a resiliência dos sistemas de água doce: exceder a capacidade de resposta dos corpos de água superficiais e subterrâneos e suas interações (o Sistema propriamente), superando os pontos de ruptura, causando danos irreversíveis aos sistemas hidráulicos e funções biológicas.

Risco Abordagem baseada em risco Risco é considerado aceitável se a probabilidade de um determinado evento é baixa e seu impacto também é baixo. Em tais casos, não há pressão para reduzir riscos aceitáveis, ao menos que outras medidas de custo-benefício se tornem disponíveis. Em contrapartida, devido a sua probabilidade muito elevada ou seu alto potencial de dano, riscos intoleráveis requerem ações urgentes para reduzí-los a um nível aceitável. O processo de julgamento ( decisão, mensuração) de aceitabilidade e tolerância permite aos decisores priorizarem as ações de gestão do risco.

Demandas Ambientais Usos econômicos Saúde e alimento Risco Segurança Hídrica Enchente Seca Quantidade Qualidade

Politica Nacional de Recursos Hídricos - Lei 9433 de 1997 Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos: I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. Segurança Hídrica é atingir os objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos

Cenários e números internacionais

Fonte: CPRM

Source: Water for a sustainable world UN (2015)

Source: Water for a sustainable world UN (2015)

Source: Water for a sustainable world UN (2015)

Enchente Fluvial SECURING WATER, SUSTAINING GROWTH - Report of the GWP/OECD Task Force on Water Security and Sustainable Growth

SECURING WATER, SUSTAINING GROWTH - Report of the GWP/OECD Task Force on Water Security and Sustainable Growth

1- abastecimento público e esgoto 2- agricultura 3- enchentes SECURING WATER, SUSTAINING GROWTH - Report of the GWP/OECD Task Force on Water Security and Sustainable Growth

Source: Water for a sustainable world UN (2015)

Fonte: CPRM

Source: Water for a sustainable world UN (2015)

Fonte: CPRM Brasil

Recursos Hídricos

12% da água doce do mundo

Regiões com alta ocorrência de seca Legend: State Hydrographic Region Drought-prone municipalities Source: Conjuntura Recursos Hídricos no Brasil 2013

Armazenamento de água no Nordeste State Northeast Capacity (hm 3 ) Legend Municipal seats Dam Reservoir for the generation of electric power Classification Capacity From 10 to 100 hm 3 From 100 to 250 hm 3 From 250 to 500 hm 3 From 500 to 1000 hm 3 Above 1000 hm 3 Source: Conjuntura Recursos Hídricos no Brasil 2013 (2013 Brazilian Water Resources Report)

Armazenamento de Água no Brasil Volume armazenado no Brasil 3,607 m 3 Source: http://www.iwmi.cgiar.org/about/overview/

Hydrographic Region STATE Quali-quantitative balance in micro-basin Satisfactory Qualitative Criticality Quantitative Criticality Quali-quantitative Criticality 1 - Quantitative Criticality Rivers in the Northeast. Low hydraulic availability to respond to the demand. Áreas críticas em termos de qualidade e quantidade 2 - Quantitative Criticality Rivers in Southern Brazil. High demand from agriculture (rice) Quali-quantitative Criticality Rivers in Metropolitan Areas. High demand and high impact from wastewater. Source: Conjuntura Recursos Hídricos no Brasil 2013 (2013 Brazilian Water Resources Report)

Saneamento

Para todas as cidades Panorama do Saneamento Abastecimento público 82.5% Esgoto coletado 48.6% Tratado 39% Para as maiores 100 cidades Valor investido/receita 28% Source: Snis 2013/Instituto Trata Brasil

Participação dos estado por demanda de água para abastecimento 47% das cidades são abastecidas exclusivamente por água superficial, 39% por água subterrânea e 14% por ambas fontes. Source: Atlas Brasil de abastecimento urbano, ANA

Source: Conjuntura Recursos Hídricos no Brasil - Crise hídrica Panorama da situação dos sistemas de abastecimento de água nas cidades do Brasil Atlas de Abastecimento ANA 2010

Geographic Region States Total of municipality seat Number of municipality seats which require investment Total Investment R$ Million State Region % North Northeast Acre 22 19 68 Amapá 16 11 123 Amazonas 62 45 823 Pará 143 122 681 Rondônia 52 25 124 Roraima 15 4 8 Tocantins 139 68 127 Alagoas 102 84 496 Bahia 417 323 2577 Ceará 184 133 1033 Maranhão 217 19 412 Paraíba 223 143 605 Pernambuco 185 133 2399 Piauí 224 191 414 Rio Grande do Norte 167 108 736 1954 9 9132 41 Investimento necessário em abastecimento público Sergipe 75 40 460 Distrito Federal 1 1 762 Midwest Goiás 246 113 696 Mato Grosso 141 56 204 1710 8 Mato Grosso do Sul 78 36 48 Espírito Santo 78 34 86 Southeast Minas Gerais 853 424 890 Rio de Janeiro 92 43 1051 7416 33 São Paulo 645 231 5389 Paraná 399 146 644 South Rio Grande do Sul 496 182 785 2021 9 Santa Catarina 293 155 592 Total Brazil 5565 3059 22233 100

Investimento em esgoto (tratamento e coleta) para áreas urbanas prioritárias (conservação de mananciais) Hydrological Region Total of municipality seat Seats to be invested Total investment R$ Million Amazônica 275 13 437 Tocantins-Araguaia 505 349 3708 Atlântico Nordeste Ocidental 491 282 3634 Parnaíba 195 68 1427 Atlântico Nordeste Oriental 739 450 6483 São Francisco 429 308 5173 Atlântico Leste 74 13 811 Atlântico Sudeste 1402 726 17937 Atlântico Sul 265 105 2276 Paraná 451 216 2428 Uruguai 364 337 2272 Paraguai 383 59 1202 Brasil 5563 2926 47788

Principais Bacias com crise no sudeste São Francisco 8.5 m 3 /s 128 cidades abastecidas em 5 Estados Avaliação de Demanda???? Paraíba do Sul Basin 60 m 3 /s 36 cidades abastecidas (RJ e SP) Piracicaba, Capivari e Jundiaí Basin 40 m 3 /s 29 cidades abastecidas(sp) Source: Atlas Brasil de abastecimento urbano, ANA

Segurança Hídrica Caminhos e Desafios

Segurança hídrica é a teia que une alimento, energia, clima, crescimento econômico e segurança humana, desafios que o mundo encara. Atingir segurança hídrica requer: 1. Políticas e planos para serem incorporados em um processo de desenvolvimento nacional e internacional; 2. Os líderes mundiais e agências de financiamento perceberem e acreditarem que, a longo prazo, o investimento em água, é uma oportunidade e uma solução, não um problema; 3. Parecerias para ação e inovações em todos os níveis das comunidades, nacionalmente, nas bacias hidrográficas e globalmente; 4. Indo além do que é normalmente considerado "negócio da água". Isto implicará grandes mudanças na maneira que os setores (por exemplo, abastecimento de água e saneamento, agricultura, energia, indústria) e demandas humanos são geridos; 5. Balanceamento das prioridades sociais, ambientais e economicas assim como balaceamento ente soluções e investimentos em soft ( institucinal) e hard (infraestrutura), pequena e grande escalas, em armazenamento e transposrte de água (transposições) e proteçaõ do recursos. GLOBAL WATER PARTNERSHIP

Qual é o caminho?

Ministério do Meio Ambiente Ministério de Integração Nacional Ministério das Cidades Infra-estrutura Gestão das água Água Bruta -Plano de RH e Enquadramento - Outorga - Cobrança Institucional Saneamento -Abastecimento público -Esgoto Plano Nacional de Segurança Hídrica Recursos para implementação

Informação Nós não podemos gerenciar o que não medimos. Medida é uma parte fundamental para segurança hídrica. Quanto de segurança hídrica nós temos neste momento? Qual segurança hídrica queremos atingir? Há uma necessidade crescente de abordagens práticas para aplicar métricas em atividades nacionais, estaduais e das bacias hidrográficas de planejamento e gestão das águas.

Quantificar a segurança hidrica é importante para : Entender o status atual Definir metas de melhorias Focar a atenção dos planejadores, stakeholders e tomadores de decisões nos problemas atuais; Avaliar o efeito das medidas previstas no aumento da segurança da água; Determinar uma estratégia eficaz com as partes interessadas.

Infraestrutura Definição de intervenções necessárias Infraestrutura construída & Infraestrutura Natural ( ou verde)

Qual é a prioridade?

O sistema de gestão (planejamento, instrumentos de gestão, ação) devem ser capaz de adaptar ao problema na fase que ele se apresenta. 1. Identificar o problema 2. Escala 3. Ação focada no problema e em sua escala Gestão Adaptativa

Dimensões-chave para segurança hídrica Dimensão-chave 1: Disponibilidade de água (abordando escassez hídrica) Dimensão-chave 2: Segurança à inundação (abordando risco de inundação) Dimensão-chave 3: Ambiental ( abordando poluição da água) Dimensão-chave 4: água e saneamento (abordando agua e o esgoto) Indicadores

Visão geral da estrutura de indicadores da abordagem baseada em riscos Perigo: fenômenos relacionados à água com potencial de causar danos Exposição: as pessoas e bens que estão podem ser impactadas pelo perigo Vulnerabilidade: a suscetibilidade de correr em perdas caso o perigo ocorra Impactos: as peradas reais que ocorreram ( iscos realizados) Seca e escassez de água Enchente Abastecimento de água e Esgoto Poluição e degradação do ecossistema SECURING WATER, SUSTAINING GROWTH - Report of the GWP/OECD Task Force on Water Security and Sustainable Growth

Demandas Ambientais Risco Mensurar Usos econômicos Saúde e alimento Prioridade Componentes... Segurança Hídrica Qual o risco aceitável? Enchente Seca Quantidade Qualidade Análise de custo e benefício Definição da ação e implementação

Desafios

Água tão pouca na seca, tanta na cheia, tão suja, tão conflituosa e tão cara. Estes são os problemas que a gestão de recursos hídricos deve tratar. Esta gestão deve se dar em três dimensões: oferta, demanda e conflitos. Prof. Assis

Gestão de demanda Estabelecer critérios de uso eficiente de água vinculados à outorga Tornar a cobrança pelo uso da água um instrumento real de racionalização de uso Criar mecanismos de bonificação aos usuários que atendam o critério de uso eficiente Minimização das perdas no setor de saneamento Potencializar o reuso na indústria e agricultura Uso de tecnologias e apoio técnico

Gestão da oferta Infraestrutura hídrica Infraestrutura Natural (ou Verde) Plano de conservação de bacias hidrográficas cobertura vegetal e manejo do solo Pagamentos por serviços ambientais Integração planejamento de bacias e planejamento urbano Planos de contingências dos setores usuários

OBRIGADA!!! Marília Carvalho de Melo mariliacmelo@yahoo.com.br