DIREITO CIVIL PROPRIEDADE Rosivaldo Russo



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Transcrição:

DIREITO CIVIL PROPRIEDADE Rosivaldo Russo DIREITO DE VIZINHANCA: - NADA MAIS É QUE UM LIMITADOR DE PROPRIEDADE - SÃO DIREITOS CONCEDIDOS PELA LEI OU POR CONTRATO, APLICAVEIS AQUELES QUE VIVEM COMO VIZINHOS EM SOCIEDADE, MESMO QUE NÃO TENHAM CONTATO DIRETO, DESDE QUE SUA VIZINHANÇA SEJA PROXIMA O BASTANTE PARA QUE SUA ATIVIDADE POSSA REPERCUTIR NA PROPRIEDADE DO OUTRO. OBJETO: - O OBJETO É A TUTELA DOS DIREITOS DE VIZINHANÇA QUE VENHAM A CAUSAR PREJUIZO OU QUE COLOQUEM EM RISCO A SEGURANÇA, O SOSSEGO, A SAUDE, CONFORTO OU INTIMIDADE DO VIZINHO. - CESSAR OS ATOS QUE ESTAVAM PREJUDICANDO SEU DIREITO DE LIBERDADE - IMPOSIÇÃO DE UMA ASTREÍDE (MULTA) TIPO DE RESPONSABILIDADE CIVIL: - AQUILIANA OU DECORRENTE DE LEI INCORRE SOB ATO ILICITO - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA QUE EXISTE EM DECORRENCIA DE LEI OBJETIVA (FATO) - LEI 9.099 (NÃO PODE UTILIZAR MAIS DE UMA VEZ) - BENEFICIO DA LEI 9.099 SÓ PODE SER UTILIZADA UMA VEZ, ASSIM, EM CASO DE REINCIDÊNCIA ESPERAR 1 MÊS PARA ENTRAR COM NOVA RECLAMAÇÃO. Capítulo V Dos Direitos de Vizinhança Vide artigo 18 do Decreto-lei 25/37, com relação a construção na vizinhança de coisa tombada. Seção I Do Uso Anormal da Propriedade Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha. Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança. Vide artigo 95 do Código de Processo Civil. Sobre abertura de poços e poluição de água, vide artigos 96 a 99 do Código de Águas (Decreto 24.643/34). Sobre limitações em prédios de apartamentos, vide artigo 19 da Lei 4.591/64. 1

Vide artigo 1º, parágrafo 1º, da Lei 4.771/65 (Código Florestal), que considera uso nocivo da propriedade as ações e omissões contrárias às suas normas. Art. 1.278. O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal. Art. 1.279. Ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis. Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente. Hic artigo 937. Vide artigos 934 a 940 do Código de Processo Civil. Art. 1.281. O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias contra o prejuízo eventual. Hic artigos 1.311 e 1.313. Sobre pesquisa mineral, vide artigos 14 a 35 do Código de Mineração (Decreto-lei 227/67). Vide artigos 9º, IV, e 26 da Lei 8.245/91 (Lei de Locação de Imóveis). CAUSA JUSTIFICADORA: - INTERESSE PUBLICO INDEPENDENTE DE LIBERDADE DE UTILIZAR SUA PROPRIEDADE, O INTERESSE PÚBLICO PREVALECE SOBRE A PROPRIEDADE (ARTIGO 1278) - ESTE ARTIGO JUSTIFICATIVA AINDA PARA NÃO SE APLICAR O DIREITO DE VIZINHANÇA DIREITOS DE VIZINHANÇA EM ESPECIE: - ARVORES LIMITROFES (ARTIGO 1282) - JURIS TANTUN LIMITROFE Seção II Das árvores Limítrofes Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes. Hic artigo 1.327. Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido. Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular. - INVASÀO DE RAÍZES OU GALHOS (HÁ POSSIBILIDADE DO VIZINHO CORTAR A ARVORE, GALHOS OU RAÍZES DE SUA PARTE, DESDE QUE NÃO ABALE A ESTABILIDADE OU A PRODUTIVADE DA ARVORE) DIREITO A PASSAGEM FORÇADA: Seção III Da Passagem Forçada 2

Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário. Hic artigo 1.388, II. 1º Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem. 2º Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem. 3º Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra. - PRÉDIO ENCRAVADO (DIREITO DE PASSAGEM-SERVIENTE OU NÃO) - DIREITO DE INDENIZAÇÃO - CUIDADO COM TRILHO (TRIO) DE PASSAGEM Seção IV Da Passagem de Cabos e Tubulações A Lei 8.977/95, regulamentada pelo Decreto 2.206/97, dispõe sobre o serviço de TV a cabo. Art. 1.286. Mediante recebimento de indenização que atenda, também, à desvalorização da área remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa. Parágrafo único. O proprietário prejudicado pode exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio onerado, bem como, depois, seja removida, à sua custa, para outro local do imóvel. Art. 1.287. Se as instalações oferecerem grave risco, será facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a realização de obras de segurança. PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES: - OBRIGATORIO (DIREITO A INDENIZAÇÃO) DAS AGUAS: Seção V Das águas Vide artigo 22, III, da Constituição federal. Vide Decreto 24.643/34 (Código de Águas). Código de Águas Minerais, Decreto-lei 7.841/45. Sobre o crime de usurpação de água, vide artigo 161, parágrafo 1º, I, do Código Penal. O Decreto-lei 3.094/41 dispõe sobre as fontes de águas minerais, terrais e gasosas. A Lei 9.605/98, que dispõe sobre os crimes ambientais, trata, em seus artigos 29 a 69, sobre os crimes contra a fauna, a flora, a poluição e sobre outros crimes contra o meio ambiente. Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior. Art. 1.289. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, ou aí colhidas, correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe indenize o prejuízo que sofrer. Parágrafo único. Da indenização será deduzido o valor do benefício obtido. 3

Art. 1.290. O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de seu consumo, não pode impedir, ou desviar o curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores. O proprietário de uma nascente não pode desviar-lhe o curso, quando da mesma se abasteça uma população (artigo 94 do Código de Águas). O fluxo natural, para os prédios inferiores, de água pertencente ao dono do prédio superior, não constitui, por si só, servidão em favor deles (artigo 70 do Código de Águas). Art. 1.291. O possuidor do imóvel superior não poderá poluir as águas indispensáveis às primeiras necessidades da vida dos possuidores dos imóveis inferiores; as demais, que poluir, deverá recuperar, ressarcindo os danos que estes sofrerem, se não for possível a recuperação ou o desvio do curso artificial das águas. Art. 1.292. O proprietário tem direito de construir barragens, açudes, ou outras obras para represamento de água em seu prédio; se as águas represadas invadirem prédio alheio, será o seu proprietário indenizado pelo dano sofrido, deduzido o valor do benefício obtido. Art. 1.293. É permitido a quem quer que seja, mediante prévia indenização aos proprietários prejudicados, construir canais, através de prédios alheios, para receber as águas a que tenha direito, indispensáveis às primeiras necessidades da vida, e, desde que não cause prejuízo considerável à agricultura e à indústria, bem como para o escoamento de águas supérfluas ou acumuladas, ou a drenagem de terrenos. 1º Ao proprietário prejudicado, em tal caso, também assiste direito a ressarcimento pelos danos que de futuro lhe advenham da infiltração ou irrupção das águas, bem como da deterioração das obras destinadas a canalizá-las. Vide 117 a 138 do Código de Águas. 2º O proprietário prejudicado poderá exigir que seja subterrânea a canalização que atravessa áreas edificadas, pátios, hortas, jardins ou quintais. 3º O aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo aos proprietários dos imóveis vizinhos, e a expensas do seu dono, a quem incumbem também as despesas de conservação. Art. 1.294. Aplica-se ao direito de aqueduto o disposto nos artigos 1.286 e 1.287. Art. 1.295. O aqueduto não impedirá que os proprietários cerquem os imóveis e construam sobre ele, sem prejuízo para a sua segurança e conservação; os proprietários dos imóveis poderão usar das águas do aqueduto para as primeiras necessidades da vida. Art. 1.296. Havendo no aqueduto águas supérfluas, outros poderão canalizá-las, para os fins previstos no art. 1.293, mediante pagamento de indenização aos proprietários prejudicados e ao dono do aqueduto, de importância equivalente às despesas que então seriam necessárias para a condução das águas até o ponto de derivação. Parágrafo único. Têm preferência os proprietários dos imóveis atravessados pelo aqueduto. CONCEITO DE PRÉDIO SUPERIOR E INFERIOR: - DEPENDE DO CAMINHO DA AGUA (RIO, ENXURRADA, QUEDA DE AGUA) - O PRÉDIO INFERIOR DEVE RECEBER AS AGUAS QUE CORREM NATURALMENTE PELO SEU PRÉDIO (OBRIGATÓRIO) - A NASCENTE DE AGUA DO DONO DO PREDIO SUPERIOR PODE SER USADA, NO ENTANTO, DEVE LIBERAR O RESTANTE NÃO UTILIZADO PARA O PREDIO INFERIOR. - OBRIGA A PESSOA QUE UTILIZA AS NASCENTES OU AS AGUAS NATURAIS A NÃO POLUIR AS AGUAS... - BARRAGENS, AÇUDES E ESPELHOS DE AGUA, DESDE NÃO PREJUDIQUE OU INTERROMPA O CURSO DA AGUA ALHEIA AQUEDUTO (ART. 1293) 4

LIMITES E DEMARCAÇÕES: - EXISTE DIREITO DE DEMARCAR OS LIMITES DE PREDIOS CONTINGUOS (JUDICIAL OU AMIGÁVEL) - AÇÃO REAL EXIGE PARTICIPAÇÃO DO CONJUGE CRITÉRIOS DE DEMARCAÇÃO: HUMBERTO TEODORO: - ANALISE DE TITULOS DE DOMINIO (ESCRITURA) - A POSSE A DIVISÀO EM PARTES IGUAIS DA PARTE CONTESTADA - OU ADJUDICAÇÃO DA PARTE CONTESTADA EM PREFERENCIA AO OUTRO Seção VI Dos Limites entre Prédios e do Direito de Tapagem Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, vaiar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas. Vide artigos 946 e seguintes do Código de Processo Civil. Vide artigo 167, I, 23, da Lei 6.015/73 (Lei de Registros Públicos). 1º Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação. Hic artigos 1.328 e 1.330. 2º As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco divisório, só podem ser cortadas, ou arrancadas, de comum acordo entre proprietários. 3º A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as despesas. Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em falta de outro meio, se determinarão de conformidade com a posse justa; e, não se achando ela provada, o terreno contestado se dividirá por partes iguais entre os prédios, ou, não sendo possível a divisão cômoda, se adjudicará a um deles, mediante indenização ao outro. PERDA DA PROPRIEDADE (Art. 1275 CC) Da Perda da Propriedade Art. 1.275. Além das causas consideradas neste código, perde-se a propriedade: I por alienação; (VENDA) II pela renúncia; (POR ESCRITURA PUBLICA) FALTA DE PAGTO. DE TRIBUTOS (TÁCITA) NÀO PERMITE A VOLTA... III por abandono; (ART.1276) IV por perecimento da coisa; V por desapropriação. Hic artigo 519 (retrocessão). Vide artigos 5º, XXIV, 22, II, e 182, parágrafos 3º e 4º, da Constituição federal. Vide Decreto-lei 3.365/41. 5

Vide Lei 4.132/62. Vide Decreto-lei 1.075/70. Vide Lei 6.602/78. Vide artigo 8º da Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade). Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis. Vide artigo 167 da Lei 6.015/73 (Lei de Registros Públicos). MOTIVOS DA PERDA DA PROPRIEDADE: 1. DESTRUIÇÃO OU PERDA 2. DERELIÇÃO (ABANDONO) 3. COLOCAÇÃO DA COISA COMO FORA DE COMÉRCIO 4. ARROJAMENTO DE COISA MÓVEL PELO MAR OU PELO RIO 5. TRADIÇÃO (REAL OU FICTA) 6. DESAPROPIRAÇÃO 7. FATO DE OUTRAM ADQUIRIR A PROPRIEDADE (USUCAPIÃO) Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições. 1º O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize. Hic artigos 26, 98, 1.819, 1.823 e 1.844. Vide artigos 1.170 a 1.176 (coisas vagas) do Código de Processo Civil. 2º Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando, cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais. - RENUNCIA E DIFERENTE DE DESISTÊNCIA. - RENUNCIA NÀO PERMITE A VOLTA OU ARREPENDIMENTO, DEU DEU... NÀO PODE SE ARREPENDER ABANDONO: A ATITUDE CONSCIENTE QUE TEM O PROPRIETARIO DE LARGAR OU ABANDONAR O ANIMUS DOMINII - CABE OCUPAÇÃO - INSTRUMENTO MAIS CLARO DE ABANDONO = LIXO - ABANDONO NÃO SE APLICA A BEM IMÓVEL Animus dominii Intenção de domínio ou posse PERECIMENTO: TOTAL OU PARCIAL, É O DESAPARECIMENTO DA COISA, DESAPARECENDO A COISA, DESAPARECE TBÉM. A PROPRIEDADE 6

DESAPROPRIAÇÃO CONCEITO - DESAPROPRIAR É O REVERSO OU CONTRÁRIO DE APROPRIAR. É MEIO DE RETIRADA DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE DO TITULAR PELO ESTADO. Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.... 4º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. Hic artigos 2.029 e 2.030. - O ESTADO SEMPRE TERÁ OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR O PROPRIETÁRIO (NORMAS CONSTITUCIONAIS) BASE LEGAL DEC.LEI 3365/1941 LEI 4132/1962 CONSTITUIÇÃO FEDERAL ARTS. 5, 8, 124 E 184 PRESSUPOSTOS LEGAIS 1. NECESSIDADE PÚBLICA (URGÊNCIA) - OBRAS, CONSTRUÇÕES, MELHORIAS OU ATIVIDADES ESTATAIS E PÚBLICAS 2. UTILIDADE PÚBLICA CONVENIENCIA SOCIAL (CRECHE EM UM BAIRRO, CONSTRUIR UMA ESCOLA DE PRIMEIRO GRAU) 3. INTERESSE SOCIAL BUSCA DE MELHORIAS NA PROPRIEDADE PRIVADA, SEM DESTINAÇÃO DA COISA PARA FINALIDADE PUBLICA. (CONJUNTO HABITACIONAL, TRATAMENTO DE ESGOTO). EM TODAS AS OPORTUNIDADES ACIMA HÁ A NECESSIDADE (INDISPENSABILIDADE DE INDENIZAÇÃO, PRÉVIA, JUSTA E EM DINHEIRO). SEGUNDO A CF EM SEU ARTIGO 184 SÓ EXISTIRA AS EXCEÇÕES DE NÃO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÀO NOS CASOS DO ARTIGO 243: Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Vide Lei 8.257/91 (Expropriação das glebas nas quais se localizem culturas ilegais de plantas psicotrópicas). 7

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias. MEIOS DE DESAPROPRIAÇÃO 1. REFORMA AGRÁRIA (184 E 186 CF) EXCLUSIVA DA UNIÃO 2. REFORMA URBANA (TBEM COM OBJETIVO DE ATENDER INTERESSES MUNICIPAIS, BASEADOS EM PLANO DIRETOR MUNICIPAL) OBJETOS PASSIVEIS DE DESAPROPRIAÇÃO: - COISAS MÓVEIS E IMÓVEIS (INCLUSIVE BENS PÚBLICO) - ARTIGO 186 DA CF É VEDADA A DESAPROPRIAÇÃO DA PROPRIEDADE RURAL PRODUTIVA - VEDOU AINDA A DESAPROPRIAÇÃO DE PROPRIEDADE URBANA EDIFICADA OU UTILIZADA DERIVADAS DE AQUISIÇAO ADVINDA DE OUTRO PROPRIETÁRIO OU DE OUTRA PROPRIEDADE E DEVE EXIGIR: 1. REGISTRO OU TRANSCRIÇÃO IMOBILIÁRIA 2. AQUISIÇAO VIA DIREITO HEREDITÁRIO (MORTE REAL OU FICTA) ORIGINARIA E DERIVADA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOVEL TUTELA DA PROPRIEDADE - ACOES DE TUTELA DA PROPRIEDADE QUAIS SÃO: 1. REIVINDICATÓRIA (ART. 1228): PETITORIO, ORDINÁRIO E FUNDAMENTO DO DIREITO REAL (DIREITO DE SER PROPRIETARIO DA COISA ) CARATER EMINENTEMENTE DE POROPRIEDADE EXIGE OUTORGA UXUTÓRIA OU AUTORIZAÇÃO MARITAL 8

2. DECLARATÓRIA DE PROPRIEDADE: DUVIDAS QUE EXISTAM QUANTO AO USO, GOZO OU DISPOSIÇÃO DE SUA PROPRIEDADE. SERVE PARA TORNAR PÚBLICA UMA SITUAÇÃO E NÃO GERA EXECUÇÃO (NÃO É EXEQUIVEL). SOMENTE DECLARA SE EXISTE OU NÃO UMA DECLARAÇÃO JURIDICA DE QUE AQUILO QUE É SEU É REALMENTE SEU, OU SEJA, QUE O JUDICIARIO DECLARE QUE A PROPRIEDADE É SUA OU EXISTE A PLENITUDE DE PROPRIEDADE, NÃO SOFRE RESTRIÇÃO DE QUALQUER COISA DE FATO OU DE DIREITO. PROBLEMA: NÃO VAI TRAZER NENHUM RESULTADO, OU SEJA, NÃO DEVE SER USADA PARA DIRIMIR A LIDE: O QUE É LIDE: CONFLITO DE INTERESSES, CARACTERIZADAS POR UMA PRETENSÃO RESISTIDA POSSE INDEPENDENTE IUS POSSESSIONES POSSE DEPENDENTE - IUS POSSIDENTE ADVOGADO DEVE CONHECER PROFUNDAMENTE A LEI No. 6015 DE REGISTRO DE IMÓVEIS... ASSOCIAÇÃO DOS CARTORÁRIOS SITE NA INTERNET AD CORPUS NO ESTADO EM QUE ENCONTRA AD MENSURA DE ACORDO COM A MEDIDA 3. AÇÃO DE DIVISÃO DE COISA COMUM E DEMARCARTÓRIA PROCEDIMENTO ESPECIFICO NO DIREITO CIVIL - CONDOMÍNIO (DIVISÃO DE UMA GLEBA DE TERRA ENTRE VÁRIOS HERDEIROS OU PROPRIETÁRIOS) 4. AÇÃO DE DEMARCAÇÃO - PARA DIRIMIR DUVIDAS QUANTO A DIVISA DE TERRAS AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE DA COISA MÓVEL ORIGINÁRIA E DERIVADA ORIGINÁRIA: - OCUPAÇÃO (ART. 1263) 9

Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei. Hic artigos 1.233 a 1.237 (descoberta). 1. ANIMAIS SELVAGENS 2. COISA ABANDONADA NO MAR 3. ANIMUS DOMINI (INTENÇÃO DE TER USO DO BEM) 4. USUCAPIÃO (BENS IMÓVEIS) - 7 MODALIDADES 2 TIPOS DE USUCAPIÃO DOS BENS MÓVEIS: ORDINÁRIO: POSSE POR 3 ANOS CONTINUA E ININTERRUPTA, MAS COM JUSTO TITULO E BOA FÉ (ART. 1260) EXTRAORDINÁRIO: POSSE DE 5 ANOS, CONTINUA E ININTERRUPTA, SEM OPOSICAO, INDEPENDENTED DE JUSTO TITULO E/OU BOA FÉ Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade. Hic artigo 1.208. Vide Súmula 340 do Supremo Tribunal Federal. Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé. CAÇA (FORMA DERIVADA): CAÇA LEGAL REGULAMENTADA E AUTORIZADA PARA AQUELA ÉPOCA DO ANO. AQUILO QUE FOR CAÇADO PASSA A SER PROPRIEDADE SUA. PESCA: ATO DE QUEM APANHA O PEIXE DENTRO DA AGUA DESDE QUE NÃO ESTEJA EM AGUAS PUBLICAS E QUE SEJA RFEGULAMENTADA E AUTORIZADA TESOURO: (ARTIGO 1264) TRATA-SE DE ACHADO CASUAL OU ACIDENTAL DE COISAS PRECIOSAS DE ALTO VALOR, COMO JOIAS, PEDRAS, METAIS PRECIOSOS E OUTROS QUETAIS ENCONTRADOS EM COISA MOVEL OU IMOVEL, ONDE ESTEJA ESCONDIDA SEM QUALQUER RELAÇÃO JURIDICA COM O PROPRIETARIO DAQUELA COISA. Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente. Hic artigo 1.392, parágrafo 3º. Vide artigo 169, parágrafo único, I, do Código Penal. 10

Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado. Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor. Vide artigo 2.038. AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE DE BEM IMÓVEL ASSIM COMO A AQUISIÇÃO DA POSSE, A AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE TEM DUAS FORMAS DISTINTAS, UMA É A DE FORMA ORIGINÁRIA E A OUTRA DE FORMA DERIVADA. ACESSÕES: NATURAIS (FORÇAS DA NATUREZA) FORMAÇÃO DE ILHAS (ART. 1249) EX.: ILHAS ALUVIÃO (ART. 1250 CC) DEPÓSITOS DE ATERROS NATURAIOS DE FORMA LENTA, CONTINUADA E POR SEDIMENTAÇÃO QUE AMUMENTA OS TERRENOS AMRGINAIS NÃO NAVEGÁVEIS. AVULSÃO (ART. 1251 CC) DESLOCAMENTO ABRUPTO E VIOLENTO DE TERRA EM FUNÇÃO DE FORÇA SUBITA OU CORRENTE FORTE. ALVIO (ART. 1252 CC) LEITO DO RIO QUANDO A AGUA ESCOOU-SE A PROPRIEDADE FICA PARA QUEM É DONO DA TERRA, SE NA DIVISA, DIVIDE-SE ALVIO ABANDONADO (ART. 1252 CC) FICA CONFIGURADO POR EXTINÇÃO DA CORRENTE DE ÁGUA, NÃO PODE SER SAZONAL. POR CONCESSÃO OU POR PLANTAÇÃO: - PRESSUPÕE-SE QUE TUDO QUE ESTEJA PLANTADO EM SEU IMÓVEL É DE SUA PROPRIEDADE. - UTILIZAÇÃO DE INSUMOS (SEMENTES, MADEIRAS, ETC,) DEVE RESSARCIR A QUEM FOI USURPADO OS MATERIAIS (SEM SABER GOIABA)SÓ QUE A CONSTRUÇÃO OU PLANTAÇÃO FOI FEITA EM SEU TERRENO 11

- UTILIZAÇÃO DE INSUMOS (IGUAIS EM ANTERIOR) SÓ QUE ALÉM DE RESSARCIR IRÁ RESPONDER POR INDENIZAÇÃO POR DE PERDAS E DANOS - UTILIZAÇÃO DE TERRENO ALHEIO (INADIVERTIDAMENTE) COM MATERIAL SEU PARA CONSTRUÇÃO/PLANTAÇÃO, A PROPRIEDADE SERÁ DO DONO DO TERRENO QUE DEVE INDENIZÁ-LO (BOA FÉ) - UTILIZAÇÃO DE TERRENO ALHEIO (CONSCIENTE) COM MATERIAL SEU PARA CONSTRUÇÃO/PLANTAÇÃO, A PROPRIEDADE SERÁ DO DONO DO TERRENO QUE N ÃO GERA PROPRIEDCADE E NEM INDENIZAÇÃO (MÁ FÉ) - UTILIZAÇÃO DE TERRENO ALHEIO (INADIVERTIDAMENTE) COM MATERIAL DE OUTREM PARA CONSTRUÇÃO/PLANTAÇÃO, A PROPRIEDADE SERÁ DO DONO DO TERRENO RECEBERÁ INDENIZAÇÃO PELAS BENFEITORIAS (UTEIS) (BOA FÉ) - UTILIZAÇÃO DE TERRENO ALHEIO (INADIVERTIDAMENTE) COM MATERIAL DE OUTREM PARA CONSTRUÇÃO/PLANTAÇÃO, A PROPRIEDADE SERÁ DO DONO DO TERRENO QUE NÃO LHE DEVE NADA (MÁ FÉ) USUCAPIÃO CONCEITO: SEMÂNTICO: PALAVRA LATINA COMPOSTA DAS PALAVRAS CAPELE (TOMAR ) USUO ( - DECURSO DE TEMPO, NORMALMENTE É PRESCRIÇÃO, OU SEJA, QUEM DEIXA DE BUSCAR SEU DIREITO IRÁ PERDER SEU DIREITO. - NO USUCAPIÃO É AO CONTRÁRIO (PRESCRIÇÃO AQUISITIVA PRESCRIÇAO POSITIVA) - FUNDAMENTO SOCIAL E JURIDICO: PREMIO LEGAL AQUELE QUE FAZ USO EFETIVO E UTIL DA PROPRIEDADE 12

- AQUELE QUE DETEM A PROPRIEDADE E A RELEGA EM SEGUNDO PLANO NÃO DEVE SER PROTEGIDO PELA LEI E SIM AQUELE QUE SE EMPREGOU NO USO PRODUTIVO DA PROPRIEDADE - BENS SUJEITOS AO USUCAPIÃO BENS MÓVEIS E BENS IMÓVEIS REQUISITOS LEGAIS PARA USUCAPIÃO: 1. EXISTÊNCIA DE POSSE AD USUCAPIONE (EXCEÇÃO: BENS PÚBLICOS, POSSE INJUSTA, PRECARIA E BENS FORA DE COMÉRCIO) 2. DECURSO DE TEMPO PREVISTO EM LEI 3. QUE HAJA SITUAÇAO DE CONTINUIDADE DE POSSE 4. INEXISTÊNCIA DE OPOSIÇAO A ELA O QUE SÃO BENS FORA DE COMÉRCIO MODALIDADES DE USUCAPIÃO: - ORDINARIO (ARTIGO 1242) EXIGE PRAZO DE 10 ANOS DE POSSE CONTINUA E ININTERRUPTA SEM CONSTESTAÇAO E OPOSIÇAO E EXIGE DE JUSTO TITULO E BOA FÉ - DOCUMENTAL (PARAGRAFO ÚNICO 1242) - EXIGE PRAZO DE 5 ANOS CONTINUA E ININTERRUPTA SEM CONSTESTAÇAO E OPOSIÇAO E QUE A POSSE SEJA DECORRENTE E DEPENDENTE DE DOCUMENTO PUBLICO REGISTRADO E QUE TENHA SIDO POSTERIORMENTE CANCELADO E EXIGE QUE A POSSE SEJA PARA MORADIA OU QUE TENHA INVESTIMENTO NO IMOVEL, EXIGE JUSTO TITULO E BOA FÉ. - EXTRAORDINÁRIO (CAPUT 1238 CC) - EXIGE PRAZO DE 15 ANOS CONTINUA E ININTERRUPTA SEM CONSTESTAÇAO E OPOSIÇAO INDEPENDENTE DE JUSTO TITULO E BOA FÉ. - EXTRAORDINÁRIO DE MORADIA OU GOZO (ART. 1238 PARAG., ÚNICO) EXIGE PRQAZO DE 10 ANOS CONTINUA E ININTERRUPTA SEM CONSTESTAÇAO E OPOSIÇAOPARA IUSO ESPECIFICO DE EXECUÇAO DE OBRAS OU PLANTAÇÃO - RURAL (LEI 6969 ARTT, 1239 CC) PRAZO DE 5 ANOS CONTINUA E ININTERRUPTA SEM CONSTESTAÇAO E OPOSIÇAO, SÓ QUE EM RURAL MÁXIMA DE 50 HECTARES E AINDA QUE TENHA TORNADO PRODUTIVO COM SEU PROPRIO TRABALHO E TAMB[EM MORANDO NA TERRA 13

- URBANO (CF 88, ART. 183 E 1240 CC) EXIGE PRAZO DE 5 ANOS CONTINUA E ININTERRUPTA SEM CONSTESTAÇAO E OPOSIÇAO EM AREA URBANA COM AREA MÁXIMA DE 250 METROS QUADRADOS E TEM QUE SE UTILIZAR PARA FINS ESPECIFICOS DE MORADIA SUA OU DE SUA FAMILIA, NÃO PODE SER PROPRIETÁRIO DE OUTRO IMOVEL RURAL OU URBANO EM QUALQUER PARTE DO TERRITORIO NACIONAL - COLETIVO ( LEI 10257/2001 COMBINADO COM ART. 1228 PARAGRAFO QUARTO) HAVENDO PRAZO DE 5 ANOS CONTINUA E ININTERRUPTA SEM CONSTESTAÇAO E OPOSIÇAO EM AREA URBANA ACIMA DE 250 METROS QUADRADOS ONDE ESTEJA A POSSE DE MAIS DE UMA FAMILIA. DERIVADAS DE AQUISIÇAO ADVINDA DE OUTRO PROPRIETÁRIO OU DE OUTRA PROPRIEDADE E DEVE EXIGIR: 3. REGISTRO OU TRANSCRIÇÃO IMOBILIÁRIA 4. AQUISIÇAO VIA DIREITO HEREDITÁRIO (MORTE REAL OU FICTA) 14