próximo dono do mundo

Documentos relacionados
COMO FUNCIONA NOSSA CONSULTORIA DE MARKETING DIGITAL ESPECIALIZADA EM VENDAS ONLINE

Trabalho sobre uma rede social

7 Ações para afastar a crise Utilizando o marketing para melhorar suas vendas.

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã

Introdução redes sociais mulheres Digg

Montagem e Manutenção. Luís Guilherme A. Pontes

E-book Grátis Como vender mais?

personal cool brand anouk pappers & maarten schäfer

Um mercado de oportunidades

DESCOBERTAS-CHAVE. A popularidade das MÍDIAS SOCIAIS

Objetivo principal: aprender como definir e chamar funções.

O guia completo para uma presença. online IMBATÍVEL!

HÁBITOS E COMPORTAMENTO

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt

BEM-VINDA!!

TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA GRAVAR SUA ENTREVISTA

INDICE Introdução 03 Você é muito bonzinho 04 Vamos ser apenas amigos dicas para zona de amizade Pg: 05 Evite pedir permissão

COMO USAR AS MÍDIAS SOCIAIS PARA VENDER MAIS NA INTERNET. tyngu.com.br

Como criar um perfil de destaque no LinkedIn

3 Dicas Infalíveis Para Ganhar Dinheiro Online. Por Tiago Bastos, Criador da Máquina de Vendas Online

3 Dicas Poderosas Para Investir Em Ações. "A única maneira de fazer um grande trabalho é. amar o que você faz." Steve Jobs. Por Viva e Aprenda 2

Soluções em Publicidade e Propaganda para pequenos negócios

COMO GERAR LEADS SEM GASTAR NENHUM CENTAVO

COMO SE CONECTAR A REDE SOCIAL FACEBOOK? Passo-a-passo para criação de uma nova conta

Comunicação Digital. Redes Sociais e Tendências de Mercado

Rodobens é destaque no website Infomoney

SISTEMÁTICA WEBMARKETING

Por que o financiamento coletivo está se tornando um fenômeno social?

PROPOSTA COMERCIAL PORTAL UTILITÀ ONLINE

para onde CAMINHAMOS?

6 Passos Para O Sucesso Em Vendas Online

30 DE NOVEMBRO DIA DA CONECTIVIDADE GUIA PRÁTICO PARA ORGANIZAR O DIA DA CONECTIVIDADE NA SUA ESCOLA. Vamos nessa?

PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE APLICATIVOS

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida

Soluções em gerenciamento da informação

Oferecimento: Autor: Junior Pontes. Idealizador: André Luiz. Versão 1.0. copyright 2016 todos os direitos reservados

COMECE A TRABALHAR COM A INTERNET

1 Introdução Objetivos do estudo

COMO CRIAR UM SITE DE NEGÓCIOS

Você pode usar o e-book como quiser

SOMOS A COMUNICAÇÃO E O MARKETING DE SUA EMPRESA

Gestão e criação de conteúdo para mídias sociais

Módulo 6 Usando a Internet. Internet. 3.1 Como tudo começou


Conteúdo. Introdução Quem sou?

10 Regras Para Ter Sucesso Com Negócios Digitais

Para se tornar um FRANQUEADO.

Anuncii - Programa de afiliados como ganhar dinheiro

COMO MINIMIZAR AS DÍVIDAS DE UM IMÓVEL ARREMATADO

Markes Roberto Vaccaro

JORNADA DE COMPRA. O que é e sua importância para a estratégia de Marketing Digital VECTOR

sobre o autor para mais informações acesse: Este ebook foi escrito por Darlan Evandro. ou siga-me nas redes sociais.

Quando um é enviado dentro de uma empresa, nem sempre todas as pessoas acabando lendo, o que torna a mensagem contida nele de alcance médio.

Programa Itaú Todos pelo Cliente

5 Passos para vender mais com o Instagram

soluções inovadoras para desafios de negócios Manual explicativo do quadro do modelo de negócios passo a passo com exemplos

AVISO LEGAL. Copyright 2016 Luis Passos

Obrigado por baixar esse PDF, espero que possa te ajudar!

Uso de Software Livre na Universidade

22/05/2006. Discurso do Presidente da República

INTRODUÇÃO À MÍDIA PROGRAMÁTICA

8º Semestre

Para multiplar os visitantes do seu site

A Maquina de Vendas Online É Fraude, Reclame AQUI

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet

8 Conclusões, recomendações e desdobramentos


Aula 1: Demonstrações e atividades experimentais tradicionais e inovadoras

As 5 métricas mais importantes para mostrar a eficiência do seu marketing. Apresente esses números para seu chefe e prove como seu marketing é eficaz.

FACEBOOK MONEY. Como ganhar até $ 100 por dia usando o Facebook.

Política Comercial para Clientes e Representantes KNOCKOUT FITNESS

Como Criar seu produto digital

Um pouquinho sobre a Felicità: Missão: Visão: Valores: Como Trabalhamos: Agora em termos práticos:...

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

+20mil. Faça o seu WiFi trabalhar para você! CLIENTES. SO WIFI faz marketing social e publicidade online atingível, acessível e acima de tudo, fácil.

1. A Google usa cabras para cortar a grama

ONG S E ASSOCIAÇÕES. Aproveite bem todas as dicas, fotos e textos deste guia, pois eles são muito importantes.

Introdução Já acessou rede social Acessam semanalmente Acessam diariamente USA Brasil Argentina México

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira!

A Revolução No Seu Negócio

Guia Prático para Encontrar o Seu.

O Segredo do Sucesso na Internet

5 DICAS DE GESTÃO EM TEMPOS DE CRISE. Um guia prático com 5 dicas primordiais de como ser um bom gestor durante um período de crise.

Se você está começando a explorar o marketing digita com o YouTube, então você, certamente, já notou o quão poderosos são os vídeos.

Termos e Política de Privacidade

Empreendedorismo. Tópico 1 O (a) Empreendedor (a)

Como Instalar Wordpress Manualmente


Desafio para a família

Planejamento Financeiro e Você. Ferramentas para a Conquista de Sonhos! Semana da Estratégia Nacional de Educação Financeira

COMO INICIAR O RELACIONAMENTO COM OS LEADS? 8 passos para TER UMA SEQUÊNCIA DE S BEM SUCEDIDA.

Estudo de Caso Bicicletada Curitiba

Redes Sociais na Era da Conectividade ( The good, the bad and the ugly )

Ambiente Virtual de Aprendizagem. Primeiros Passos

Backsite Serviços On-line

Exercícios Teóricos Resolvidos

COMO USAR SMS ADDITIONAL TEXT EM UMA CAMPANHA ELEITORAL?


Pimenta no olho, e nada de reajuste salarial

Transcrição:

tecnologia próximo dono do mundo O site de relacionamento Facebook, fundado pelo ex-estudante de Harvard, Mark Zuckerberg, ameaça bater o Orkut e entra na mira de gigantes da Internet, como Google e Yahoo por julio daio borges 32 vol.7 nº1 jan/fev 2008

gvexecutivo 33

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Mesmos os brasileiros que não têm acesso à Internet conhecem bem o site de relacionamento Orkut. Verdadeira febre por aqui, o Orkut transformou-se em lugar obrigatório para quem pretende construir uma base de relacionamentos ou rede social na Internet (e também fora dela). Contudo, um novo site desponta com força inicial típica de um fenômeno: o Facebook. Apesar de ter nascido já no longínquo ano de 2004, promete abalar o espaço conquistado pelo Orkut, a julgar pelos impressionantes números de crescimento que vem demonstrando. No Brasil, o Facebook ainda não é amplamente conhecido e a razão é, novamente, o Orkut. Já nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido, na Austrália, na África do Sul, na Índia, no México e em outras comunidades anglófonas dispersas pelo globo ele é o site do momento em matéria de redes sociais. Neste artigo o leitor fica conhecendo o nascimento do Facebook e a trajetória de seu fundador, Mark Zuckerberg. Acompanha também a evolução do site e de seu conceito de negócio. Por fim, o artigo especula sobre o futuro do Facebook. O fundador e a idéia. Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, nasceu em 1984. Não tem nem 25 anos ainda, mas já está sendo comparado a Steve Jobs, o CEO da Apple. E seu site, que nasceu em 2004 (quando Mark tinha apenas 20), já é comparado ao Google, pela velocidade com que cresce. Ambas as comparações podem soar exageradas sobretudo no Brasil, onde poucos usam o Facebook e pouquíssimos ouviram falar de Zuckerberg, mas quem dá crédito é a revista The Economist, em edição de julho de 2007. Zuckerberg estudava em Harvard (Massachusetts) e ia se formar na turma de 2006, quando achou que todos os alunos daquela instituição tinham o direito de poder se identificar, uns aos outros, pelo rosto. Zuckerberg e alguns amigos solicitaram acesso aos dados dos alunos, e às suas fotos, mas Harvard negou. Mark Zuckerberg não teve dúvida: haqueou o servidor da própria universidade e deu aos alunos o que eles queriam, algumas informações pessoais e fotos, muitas fotos. Foi punido por Harvard, lógico. Em 4 de fevereiro de 2004, porém, Zuckerberg criou um site onde os próprios alunos podiam cadastrar suas informações e, logo mais, suas fotos. Compartilhando com quem desejassem muito parecido com o Orkut, mas ainda restrito a Harvard e procurando refletir, mais fielmente, as relações da vida real (para além da promiscuidade dos friends e do conseqüente exibicionismo do Orkut no Brasil). De Harvard, nos meses subseqüentes o Facebook passou para Boston, NYU e universidades da Ivy League. Em junho de 2004, o site transferiu seu quartel-general para o Vale do Silício. E, em dezembro do seu primeiro ano, atingiu a marca de 1 milhão de usuários. Em maio de 2005, recebeu a injeção de quase 13 milhões de dólares de capital, da Accel Partners. Em setembro expandiu sua rede de usuários do circuito universitário para as escolas, englobando o que chamamos aqui de colegial (lá, high schools). E, em dezembro do seu segundo ano, atingiu mais de 5 milhões de usuários. A essa altura, Zuckerberg abandonou seus estudos para se dedicar 100% ao site. Rumo à grandeza. Segundo números oficiais, o Facebook tem hoje quase 50 milhões de usuários cadastrados ( nosso Orkut, em seu auge, não tinha nem 10% disso), e mais da metade deles se associa diariamente desde janeiro de 2007, são 200 mil novos usuários por dia. O Facebook se tornou o sexto site mais acessado dos Estados Unidos; é o primeiro em uploads de fotos (mais de 10 milhões de imagens por dia); abrigando, ainda, mais de 6 milhões de grupos de discussão. São, para completar, mais de 5 mil aplicações rodando em cima da sua plataforma (imagine só para ter uma idéia uma espécie de Windows rodando na Internet), sendo que cem novos aplicativos para o Facebook são adicionados diariamente. 34 vol.7 nº1 jan/fev 2008

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> tecnologia: próximo dono do mundo Em abril de 2006, Zuckerberg conseguiu uma nova injeção de 27,5 milhões de dólares de capital, ao mesmo tempo em que lançou a versão do site para celular. Em maio, expandiu sua rede de usuários para o mundo corporativo, e, em agosto daquele ano, assinou um acordo que permite à Microsoft explorar toda a publicidade em forma de banners dentro do site. A essa altura, o Facebook abriu sua plataforma para outros desenvolvedores externos (inspirando-se no fenômeno do open source) e, em setembro de 2006, há pouco mais de um ano, passou a permitir que qualquer pessoa possa participar do site (bastando, para isso, ter um endereço eletrônico). Assim, em abril de 2007, o Facebook chega a 20 milhões de usuários; em maio, lança seu Marketplace, uma espaço para anúncios e e-commerce entre usuários. E em outubro, também de 2007 depois de muitos rumores de aquisição, a Microsoft finalmente compra 1,6% do Facebook por 240 milhões de dólares, elevando o valor de mercado do site para 8 bilhões. A não ser que seus investidores estejam errados, e também a Microsoft (que perdeu muitas oportunidades para o Google, é fato), a trajetória do Facebook soa impressionante. Mark Zuckerberg também chamou a atenção do mercado por ter se recusado a vender seu site por 1 bilhão de dólares no ano passado. Suspeitas recaem sobre o Yahoo, que teria estimado que o Facebook, em 2015, vai gerar mais de 1 bilhão de faturamento por ano (hoje gera, segundo fontes oficiais, 100 milhões/ano). Base conceitual. Até agora, falamos de números, de grandes números. Mas onde está a base conceitual (e a base real, digamos assim) para tamanha agitação? Os milhões (e os bilhões) de dólares fazem pensar, inclusive, em uma nova bolha, como a de 1999-2000... a diferença, os especialistas apontam, é que estamos ainda na fase do boom; sendo que esse boom, por enquanto, é de aquisições O grande problema dos sites que crescem demais é que eles se tornam insustentáveis, em termos de infra-estrutura. Nesse ponto, só uma aquisição por um gigante, como o Google, o Yahoo e talvez a Microsoft pode continuar a sustentá-los gvexecutivo 35

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> A Internet é tão fluida, em suas reviravoltas, que daqui a dez anos, talvez, estejamos discutindo a mais nova ameaça à Microsoft (e ao Google), construída por um empreendedor que hoje é apenas uma criança... (Google, Yahoo, Microsoft...). Afinal, desde 2006 pelo menos, muita gente sabia que Bill Gates e Steve Ballmer tinham 40 bilhões no bolso e planejavam ir às compras. A base conceitual do Facebook saiu, naturalmente, da cabeça de Mark Zuckerberg. Mark desenvolveu uma tese que pode soar mirabolante para muitos, sintetizada pela expressão, em inglês, social graph. Ele acredita que tudo o que fazemos na vida está determinado pelo nosso gráfico social, algo como a mancha das pessoas que conhecemos, dos nossos contatos. Em tom profético, Zuckerberg anuncia que tudo o que vamos conquistar em termos de amizades, de amor e de trabalho está previsto na nossa mancha social, no nosso social graph. O Facebook esboçaria, pela primeira vez, a mancha social de cada um e, potencialmente, determinaria seu futuro. Mais: se a rede de contatos de cada pessoa estiver efetivamente conectada, nenhum outro canal será mais influente do que esse nem a mídia constituída. O site de Mark Zuckerberg, e seu social graph, pode, então, ser uma mistura de oráculo com propaganda de boca em boca. Voltando agora para a Terra e para a Internet, o Facebook, nestes três anos de existência, agregou muitas das ferramentas da Web em um só lugar. Algo que o próprio Google tentou (mas ainda não conseguiu), com sua busca, seu e-mail (Gmail), redes sociais (Orkut), aplicações (Docs, Spreadsheets & Presentations), calendário (Google Calendar), anúncios (Google Base), leitor de feeds/notícias (Google Reader/News) e outros. Para resumir muito grosseiramente a ópera: o Facebook começou com uma base de usuários e foi acrescentando funcionalidades; já o Google tem as funcionalidades e tenta reunir, agora, seus usuários. O Facebook, em fevereiro de 2004, começou com perfis. Em setembro do mesmo ano, criou grupos e o mural (The Wall, de recados). Em outubro do ano seguin- 36 vol.7 nº1 jan/fev 2008

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> tecnologia: próximo dono do mundo te, permitiu o upload de fotos. Já em agosto do ano passado, criou o Notes, que funciona como uma espécie de blog. Em setembro, criou os feeds de notícias (inclusive notícias sobre os perfis no site). E em maio de 2007, mais uma vez, aposta no Marketplace (anúncios e e-commerce) e na Facebook Platform. Mirando o futuro. Comparando, assim, o Google e o Facebook, os próximos anos na Internet apontariam para a integração de grandes plataformas. Evocando a corrida Windows versus Linux, quem possuir, na Web, o maior número de usuários, e as melhores aplicações, vai reinar absoluto. Dentro desse raciocínio, não espanta a entrada da Microsoft no jogo: Gates & Ballmer não adquiriram (ainda) o Facebook, mas, elevando seu valor de mercado, impossibilitaram a aquisição pelo Google (que rumores indicam pretendia desembolsar, no máximo, 2 bilhões pelo site de Mark Zuckerberg). A questão que, neste momento, surge é: e o MySpace, da News Corp, de Rupert Murdoch? Sim, o MySpace antecipou muito do frisson em torno do Facebook, mas, depois da sua aquisição pelo mainstream em 2005 (e do acordo para só exibir anúncios contextuais do Google, em 2006), analistas acreditam que o site perdeu o fôlego em matéria de inovação. Alguma lei não escrita da Internet diz que as startups viram pedra depois da aquisição pelo establishment, e o Facebook, com Zuckerberg no comando, luta para adiar esse encontro. O grande problema dos sites que crescem demais é que, a partir de um certo tamanho, eles se tornam insustentáveis, em termos de infra-estrutura. Nesse ponto, só uma aquisição por um gigante, como o Google, o Yahoo e talvez a Microsoft pode continuar a sustentálos. Aconteceu, por exemplo, com o YouTube, cuja largura de banda consumida, por dia, superava a da Internet brasileira inteira, por mês. Se o YouTube não fosse assimilado pelo Google a tempo, possivelmente chegaria a hora em que seus investidores não agüentariam mais pagar a conta. O equilíbrio de um site de sucesso como o Facebook baseia-se em crescimento, obviamente, mas também em expectativa de mercado. Por enquanto, isso tem sido possível e Mark Zuckerberg pode até esnobar o Yahoo e seu bilhão de dólares... Mas o momento da escolha deve chegar, também, para o Facebook e, então, além do Yahoo, sobrarão, sem muitas novidades, o Google e a Microsoft. O Número 1 da Internet pode, evidentemente, sustentar o Facebook, e o Número 2, também mas e quanto a Bill Gates & Steve Ballmer? A visão totalizante da Internet é uma miragem que, há mais de uma década, vem e volta. No final dos anos 1990, a mesma Microsoft pensou que iria controlar a Web vencendo a guerra dos browsers (contra a Netscape). A guerra foi vencida, mas hoje o Google, em valor de mercado, já é maior do que a Microsoft, e Bill Gates, provavelmente, riria da ameaça que, no fim do século XX, representavam Larry Page e Sergey Brin, então estudantes de Stanford. O Facebook é brilhante, sua história está apenas começando. E a Internet é tão fluida, em suas reviravoltas, que daqui a dez anos, talvez, estejamos discutindo a mais nova ameaça à Microsoft e ao Google, construída por um empreendedor que hoje é apenas uma criança... Nesse meio tempo, vamos ficar de olho no Facebook de Zuckerberg; o site que começou, como o nome indica, como um simples livro de rostos de estudantes. 6 Julio Daio Borges, editor do Digestivo Cultural. E-mail: juliodaioborges@gmail.com gvexecutivo 37