ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA EMPREENDER NO SEGMENTO DE PAPELARIA



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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISAS EM ADMINISTRAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESTRATÉGICA ADRIANA MARA PAIVA DE MATOS GONÇALVES ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA EMPREENDER NO SEGMENTO DE PAPELARIA Belo Horizonte Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG 2010

ADRIANA MARA PAIVA DE MATOS GONÇALVES ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA EMPREENDER NO SEGMENTO DE PAPELARIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Gestão Estratégica de Negócios. Orientador: Prof. Dr. Francisco Vidal Barbosa Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2010

AGRADECIMENTOS A DEUS por proporcionar a conclusão de mais uma etapa de minha vida acadêmica. Aos meus PAIS o meu maior agradecimento, pois sem eles não estaria aqui e não seria possível concluir este sonho. Ao meu ESPOSO pela compreensão e dedicação e a minha SOGRA por acreditar sempre em minha capacidade. A Dra. Cristiana Gutierrez pela compreensão e ajuda para a conclusão deste curso. Ao professor e orientador Dr. Francisco Vidal Barbosa pelo incentivo, conhecimento e colaboração para a elaboração deste trabalho. A todos os PROFESSORES pela colaboração e presteza.

Grandes quedas foram tentativas de grandes saltos. Somente os medíocres não correm os riscos de cair. (Lucêmio Lopes da Anunciação) Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo. para a vitória é o desejo de vencer!" (Mahtama Gandhi)

1 TABELAS TABELA 1 : Pré - requisitos para os empregados 32 TABELA 2 : Dados dos concorrentes 41 TABELA 3: Aspectos do novo empreendimento 42 TABELA 4 : Investimentos fixos 46 TABELA 5: Investimentos pré-operacionais 47 TABELA 6 : Estimativa do caixa mínimo e capital de giro 48 TABELA 7 : Estimativa de faturamento 49 TABELA 8 : Estimativa de custos com comercialização 50 TABELA 9 : Estimativa dos custos com mão de obra 50 TABELA 10 : Depreciação de móveis e utensílios 52 TABELA 11 : Depreciação de máquinas e equipamentos 53 TABELA 13 : Balanço Patrimonial 54 TABELA 14 : Demonstrativo do Resultado do Exercício 56 TABELA 15 : Fluxo de caixa 58 TABELA 16 : Estimativa de custos fixos e variáveis mensais 59

2 GRÁFICOS GRÁFICO 1: Sexo das pessoas entrevistadas 33 GRÁFICO 2: Idade das pessoas entrevistadas 34 GRÁFICO 3: Das pessoas entrevistadas quantas trabalham ou residem na região 34 GRÁFICO 4: Renda média mensal das pessoas entrevistadas 35 GRÁFICO 5: Freqüência de compra nos estabelecimentos desta natureza 35 GRÁFICO 6: Gastos mensais com produtos/serviços 36 GRÁFICO 7: Fatores decisivos de compra 36 GRÁFICO 8: Formas de pagamentos mais utilizados pelas pessoas entrevistadas 37

3 FIGURAS FIGURA 1: Organograma 26 FIGURA 2: Layout do local 27 FIGURA 3: Localização do empreendimento 28 FIGURA 4: Identificação dos concorrentes próximos ao local escolhido 40 FIGURA 5: Cronograma 45 FIGURA 6: Análise SWOT 65 FIGURA 7: Elementos da estrutura setorial 67

4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização... 11 1.2 Problema de pesquisa... 12 1.3 Objetivos 1.3.1 Geral... 12 1.3.2 Especifico... 13 1.4 Justificativa... 13 1.5 Estrutura do trabalho... 14 1.6 Referencial teórico... 15 1.7 Metodologia de pesquisa 1.7.1 Método e técnica de pesquisa... 16 1.7.2 Investimento e coleta de dados... 16 1.7.3 Critérios de análise dos dados... 17 2 PLANO DE NEGÓCIO 2.1 Sumário Executivo... 18 2.1.1 O empreendimento e seus empreendedores... 19 2.1.2 Setor de atividade... 20 2.1.3 Forma jurídica... 20 2.1.4 Enquadramento tributário... 21 2.1.5 Visão... 22 2.1.6 Política da empresa... 22 2.1.7 Valores... 22 2.1.8 Missão... 23 2.1.9 Situação planejada e desejada... 23 3 O NEGÓCIO... 24 4 O EMPREENDIMENTO 4.1 Requisitos para abertura... 24 4.2 Estrutura organizacional... 25 4.3 Organograma... 26

5 4.4 Atribuições e funções e os empreendedores... 26 4.5 Aluguel/Condomínio... 27 4.6 Estrutura física 4.6.1 Layout e análise das instalações... 28 4.6.2 Área geográfica alvo e localização... 29 4.7 Terceirização... 30 4.8 Assessorias externas... 30 4.9 Parcerias... 31 5 PLANO OPERACIONAL 5.1 Capacidade de comercialização... 31 5.2 Processos operacionais... 32 5.3 Necessidade de pessoal... 33 6 ANÁLISE DO MERCADO 6.1 Definição do nicho do mercado e estudo dos clientes... 33 6.2 Serviços aos clientes... 40 6.3 Estudo dos fornecedores... 40 6.4 Estudo dos concorrentes... 41 6.5 Relacionamento com os concorrentes... 42 7 PLANO DE MARKETING 7.1 Estratégias do preço (promoções e comercializações)... 43 7.2 Vantagens competitivas... 44 7.3 Planos de pesquisa e desenvolvimento... 44 8 CRONOGRAMA... 45 9 CONSTRUÇÕES DE CENÁRIOS 9.1 Cenários pessimistas... 46 9.2 Cenários otimistas... 47 9.3 Cenário realista... 47 10 AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA 10.1 Análise SWOT... 48 10.2 Análise das Forças Competitivas de PORTER... 49 11 PLANO FINANCEIRO

1 11.1 Fontes dos recursos financeiros 11.1.1 Capital social... 51 11.1.2 Estimativa dos investimentos fixos... 51 11.2.1 Insumos fixos necessários... 51 11.2.2 Insumos pré-operacionais... 52 11.3 Capital de giro... 53 11.3.1 Caixa mínimo... 53 11.4 Estimativa do faturamento mensal da empresa... 54 11.5 Estimativa do custo com terceirizações... 55 11.6 Estimativa dos custos com comercialização... 55 11.7 Estimativa dos custos com mão de obra... 56 11.8 Estimativa dos custos com depreciação... 56 11.9 Depreciação dos móveis e utensílios... 57 11.10 Depreciação de máquinas e equipamentos... 58 11.11 Balanço patrimonial... 59 11.12 Demonstrativo de resultados... 61 11.13 Projeção de fluxo de caixa... 63 11.14 Indicadores de viabilidade 11.14.1 Análise de ponto de equilíbrio 11.14.1.1 Custos fixos e variáveis... 65 11.14.1.2 Margem de contribuição... 66 11.14.1.3 Ponto de equilíbrio... 66 11.14.2 Lucratividade... 67 11.14.3 Rentabilidade... 68 11.14.4 Cálculo do VPL e da TIR... 69 CONCLUSÃO... 70 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA... 71 ANEXO 1 Minuta do Contrato Social... 72 ANEXO 2 Questionário... 76

11 1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização As papelarias restringiam-se, no passado, às vendas de produtos escolares básicos, como caderno, lápis, caneta, borracha, mochila, envelope, etc. Hoje, a realidade desse mercado é outra. Ele se amplia a cada dia e a papelaria tenta acompanhar suas tendências. O objetivo continua sendo o mesmo: satisfazer plenamente o consumidor dentro de suas necessidades provendo soluções para suas demandas, tendo como conseqüência o aumento de sua lucratividade. Uma discreta, porém bem intencionada, fatia do mercado de papelaria, vem se destacando pelos cuidados em oferecer aos clientes serviços diferenciados. A diversificação de negócios e o conceito de córner (loja dentro da loja) são boas opções para os empresários do ramo, podendo aumentar o tempo de permanência dos clientes na loja e as compras por impulso. Dependendo da criatividade e do valor que o varejista está disposto a investir, há uma série de opções: cafeterias, acesso à internet, espaço infantil e até cursos de artesanato. E, segundo garantem os papeleiros, a diversificação de negócios pode funcionar muito bem. Alguns acreditam que tal investimento pode render um aumento de 5% a 15% no faturamento. O consultor de liderança e economista português Mário Santos reforça que, se os serviços adicionais escolhidos estiverem adequados ao local e ao tipo de cliente, o empresário deixará de ter uma papelaria e passará a ter um espaço diversificado. Isso não só irá assegurar uma maior permanência do cliente no estabelecimento, o que normalmente se traduz por receita adicional, como poderá levar a um aumento da faixa de clientela, através de conjuntos de amigos, famílias, faixas etárias mais novas e faixas etárias mais velhas, com iguais reflexos ao nível de receita, explica. Observando o cenário atual e as demandas do consumidor, os empresários do setor de papelaria têm buscado atender não só as necessidades de seu público-alvo, mas sim encantalos, superando suas expectativas oferecendo serviços/produtos até então não encontrados em estabelecimentos deste segmento.

12 Sendo assim, o plano de negócios será uma ferramenta de pesquisa para o desenvolvimento e viabilidade da empresa, no intuito de torná-la diferenciada no mercado, oferecer melhor retorno ao empresário e verificar respostas que atendam às demandas do cenário atual com a qual a sociedade convive. Grande parte das empresas não sobrevive aos primeiros anos de atividade, por isso a importância de se elaborar o plano de negócios, que orientará o empreendedor quanto à minimização de riscos, estudos de viabilidade, visualizando possibilidades de fracasso ou sucesso e medidas preventivas de atitudes para o empreendimento, o que se pretende analisar neste plano de negócio apresentado, em virtude de possibilitar vantagens para os clientes, sócios e demais envolvidos. 1.2 Problema de pesquisa Vários são os fatores que o segmento de papelaria enfrenta para se manterem competitivos no mercado. À medida que os consumidores se tornam mais exigentes e com um tempo curto para realização de suas tarefas cotidianas e a acirrada concorrência no comércio varejista, neste segmento de atuação, é exigido dos pequenos empreendedores uma visão mais ampla do seu negócio bem como, estruturá-lo antes de sua implementação, com o objetivo de identificar tendências futuras e antecipá-la, de modo a se tornar competitivo. Este trabalho pretende responder a seguinte questão: De que forma empreender no segmento de papelaria? 1.3 Objetivos 1.3.1 Geral Para se avaliar e estudar a viabilidade da abertura do negócio, no caso uma papelaria, será feito um plano de negócios, cujo intuito é de analisar o empreendimento no aspecto financeiro e suas possibilidades de fracasso e sucesso.

13 1.3.2 Específico A razão de tal estudo é esclarecer as perguntas apresentadas, entender o contexto no qual este setor se encontra, compreender as necessidades do público-alvo e avaliar o impacto de implementação de novos produtos/serviços neste segmento, para concluir as vantagens e diferenciais competitivos do empreendimento, suficientes para atender às expectativas dos empreendedores e dos seus clientes. 1.4 Justificativa O ramo de papelaria é atraente, pois pode ser montada em pequenos espaços e não exige grande experiência no setor, apenas mão-de-obra especializada em certos serviços, como, por exemplo, encadernação. Entre os meses de Dezembro, Janeiro, Julho e Agosto, em decorrência da volta as aulas, há um incremento expressivo na demanda, após este período, o volume comercializado não será o do segmento escolar, mas do segmento de material para escritório e outros produtos de menor sazonalidade. Conforme exposto, há necessidade de mapear estas oscilações nas vendas, bem como identificar novos negócios a serem agregados à papelaria de forma que o volume da receita não seja comprometido devido aos picos de vendas. Porém, bons empreendimentos podem ter melhores orientações utilizando o plano de negócios, principalmente na questão das suas administrações. Sua relevância deve-se ao fato que o mesmo fornece norteio quanto aos planejamentos, riscos e problemas futuros que podem ser minimizados, possibilidade de melhor entendimento do empreendimento, do mercado e da clientela, gastos desnecessários e investimentos improdutivos que podem ser evitados. O plano de negócio busca avaliar a viabilidade do mesmo, se está trazendo prejuízo ou se não valerá à pena tal investimento.

14 1.5 Estrutura do trabalho Este trabalho compõe-se dos seguintes tópicos: - Contextualização - Problema de pesquisa - Objetivos - Justificativa - Estrutura do trabalho - Referencial teórico - Metodologia de pesquisa - O Plano de negócios - Sumário executivo - O Negócio - O Empreendimento - Plano Operacional - Análise do Mercado - Plano de Marketing - Cronograma - Plano Financeiro - Construção de Cenários - Avaliação Estratégica

15 1.6 Referencial teórico Este trabalho toma como base os conceitos inter-relacionados de empreendedorismo, empreendedor e de plano de negócios. O interesse pelo empreendedorismo começou a ser difundido no Brasil recentemente, a partir do final da década de 90, surgindo com (...) a preocupação com a criação de pequenas empresas duradouras e a necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade desses empreendimentos (...), DORNELAS (2005:17). DORNELAS (2005:39) conceitua empreendedorismo como o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, leva à transformação de idéias em oportunidade. O empreendedorismo será também (...) um termo que implica uma forma de ser, uma concepção de mundo, uma forma de se relacionar DOLABELA (2006:26). A palavra empreendedor (enterpreneur), segundo DORNELAS (2005:28), (...) tem origem francesa e quer dizer a aquele que assume riscos e começa algo novo, ou seja, (...) aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem visão futura da organização, DORNELAS (2005:17). É necessário que todo empreendedor seja um bom administrador do seu negócio para obter sucesso, e o plano de negócio auxiliará nos seus norteios. Segundo DORNELAS (2005:98), o plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa, sendo uma ferramenta importante de análise de um negócio quanto à viabilidade, gestão, orientações e administrações. DORNELAS (2005:97) também cita que o plano de negócios é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras. Assim, o plano de negócios poderá ser usado a qualquer momento de maturação da empresa. Para DOLABELA (2006:77), o plano de negócio será (...) uma forma de pensar sobre o futuro do negócio: para onde ir, como ir mais rapidamente, o que fazer durante o caminho de forma a diminuir incertezas e riscos. DOLABELA (2006:25) considera (...) o empreendedor como alguém que sonha e busca transformar o sonho em realidade, não somente isso, mas que o seu empreendimento bem sucedido e bem administrado, possa

16 contribuir para uma boa satisfação da sociedade e de demais envolvidos no funcionamento do negócio. Todos esses conceitos relacionados serão essenciais para a compreensão e interpretação do plano de negócio a ser elaborado. 1.7 Método e técnica de pesquisa O tipo de pesquisa terá caráter exploratório, não se conhece o que vai acontecer na pesquisa de um plano de negócio, por haver (...) pouco conhecimento acumulado e sistematizado (...), VERGARA (2003:47), nem tampouco hipóteses, mas serão analisados aspectos de consulta em livros e sites que discorram sobre o assunto e análises de preços e características dos produtos/serviços das papelarias pesquisadas, necessários para a abertura de um novo negócio. 1.7.1 Investimento e coleta de dados A coleta de dados será por meios de entrevistas estruturadas e por pesquisas bibliográficas dos autores e de sites, relacionados ao tema em pesquisa, que sirvam como base para a estruturação da parte econômico-financeira do plano de negócio. Também serão feitas pesquisas documentais por estarem na maioria em livros, sites, ou comunicações informais nas papelarias pesquisadas e levantamentos de preços praticados pelas mesmas, e pelos seus concorrentes e fornecedores para a realização de análises financeiras e projeções estatísticas do plano de negócio. A pesquisa de campo (observação participativa) também será um instrumento para a coleta de dados sendo uma (...) investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorrem um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo, VERGARA (2003:47), incluindo observações simples mantendo (...) distanciamento do grupo ou da situação que tenciona estudar (...), sendo um (...) espectador não interativo (...) VERGARA (2003:54); e entrevistas informais para a percepção das características dos produtos/serviços a serem fornecidos pelo estabelecimento.

17 1.7.3 Critérios de análise dos dados A pesquisa será realizada na região Centro Sul de Belo Horizonte, consistindo-se na viabilidade de abertura de uma papelaria na Avenida Carandaí, nº. 785-D, Bairro Funcionários, Belo Horizonte/MG. A escolha do local justifica-se pela concentração de estabelecimentos comerciais e escolas na proximidade, tais como Colégio Arnaldo, Faculdades Arnaldo Janssen, Instituto de Educação, Escola de Pós Graduação em Educação, INAP Instituto de Arte e Projeto, Colégio Logosófico e demais lojas e empresas, todos situados a poucos metros do local estudado. O custo e preço serão favoráveis às condições deste nicho, necessitando de um público disposto a pagar um valor aceito na maioria das localidades, e também em comparação com o preço das papelarias desta localidade. A análise dos dados será quantitativa, (...) utilizando-se procedimentos estatísticos, como o teste de hipótese (...), VERGARA (2003: 59), utilizando-se estatísticas de freqüência e média informada pelos fornecedores de acordo com o volume de vendas realizados para este setor. Também será qualitativa utilizando-se a pesquisa de história oral, realizando-se um levantamento de dados e uma melhor estruturação de análise dos mesmos. As análises dos dados serão realizadas a partir de teorias existentes na área financeira de viabilidades de investimento. 2 PLANO DE NEGÓCIO 2.1 Sumário Executivo A papelaria é definida como estabelecimento onde se vende papel e artigos de escritório, hoje em bairros de clientela das classes A e B, podemos notar uma significativa mudança, tanto no visual das papelarias, quanto nos tipos de serviços prestados, podendo até mesmo ser incorporado no seu interior um café, sala para leitura, ambiente para crianças, etc. No

18 mercado atual a diversificação de produtos é enorme, o que exige das organizações a capacidade de anteciparem-se às necessidades do mercado, tornando-se mais eficazes em suas trajetórias rumo ao sucesso. As inovações começam a partir do ponto comercial. A fachada do prédio deve ser atraente e colorida. Outras medidas simples também contribuem para o sucesso da papelaria como, por exemplo, funcionários uniformizados, ambiente bem iluminado e funcionalidade no arranjo físico. Vale observar que, por conta do grande crescimento do mercado de informática, muitas papelarias estão se readaptando, no sentido de acompanhar estas transformações e garantirem seu espaço. Assim, incorporam ao seu estoque tradicional, suprimentos de informática (disquetes, formulários contínuos, no-breaks, etiquetas, cartuchos para impressoras, etc.) ou buscam parcerias para suprirem esta demanda, o que poderá funcionar como fator de diferenciação frente à concorrência. A entrega em domicílio poderá ser um diferencial oferecido, pois muitas empresas fazem uso desse tipo de serviço. Conhecer e personalizar quem são seus futuros clientes, o que eles compram, e por que compram, como são feitas as compras, quando compram e se as tendências de compra deles são essenciais ao sucesso de seu negócio. A maioria das empresas bem sucedidas está constantemente em mudanças, oferecendo oportunidades e apresentando ameaças. Uma visão de fora para dentro em seu futuro negócio, e uma análise do próprio mercado em que você vai entrar, é um instrumento estratégico para seus objetivos. A automação é uma tendência cada vez mais presente nas empresas que buscam o sucesso. Podendo ser capaz de melhorar os serviços aos clientes, reduzir filas, agilizar a emissão de notas fiscais, entre outros. Caixas eletrônicos integrados, preenchimento de cheques automaticamente, impressoras de notas fiscais nos caixas, terminais de informações ao cliente, entre outros. O sucesso deste tipo de empreendimento está ligado diretamente à capacidade dos gestores em serem criativos e anteciparem-se às necessidades de seus clientes, uma vez que o mercado é dinâmico e este poderá ser um fator diferencial para o sucesso deste tipo de empreendimento. Com base nos dados financeiros obtidos, que serão detalhados posteriormente, concluímos que vale a pena investir no empreendimento em análise. O VPL é maior que zero, demonstrando que, a empresa obterá um retorno maior do que seu custo de capital, com isto estaria aumentando o valor de mercado da empresa e consequentemente a riqueza dos seus

19 proprietários, e a TIR é maior que o custo de seu capital, o que nos permite acreditar que a empresa esteja superando a taxa requerida de retorno. 2.1.1 O empreendimento A razão social será denominada MAXPAPER Papelaria Ltda, que passará sob consulta e geração do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) na Receita Federal durante o cadastro da empresa, que expressará a data de abertura, nome da empresa, código e descrição da atividade econômica principal (CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas), código e descrição da natureza jurídica, endereço e situação cadastral. O capital social inicial será de R$ 10.000,00 (dez mil reais), sendo que cada um dos sócios contribuirá com 50% das cotas da empresa. Depois de formada a empresa, será locada uma loja para a exploração deste empreendimento em análise, previamente estudada, e, após as obras de montagem da estrutura, as atividades empresariais serão iniciadas. A empresa irá atuar em Belo Horizonte, numa região nobre e movimentada da cidade, cuja classe social é abundante das classes A e B, abrangendo ambos os sexos e diferentes idades. O empreendimento será constituído através de uma sociedade entre dois sócios que ainda não têm experiência no mercado de papelaria, mas contam com pessoas que têm conhecimento e experiência no ramo, que lhes darão toda assessoria necessária, juntamente com a terceirização de apoio dos serviços jurídicos, contábeis e de seguro. 2.1.2 Setor de atividade O setor de atividade que o empreendimento abrangerá será o de comércio, ou seja, de uma empresa (...) cujas atividades resultam na entrega de mercadorias diretamente ao consumidor no caso de comércio varejista - ou aquelas que compram do produtor para vender ao varejista comércio atacadista (SEBRAE, 2007). Conforme a CNAE, Classificação Nacional de Atividades Econômicas Subclasses (2009), a avaliação em que se dá o enquadramento do empreendimento, pela descrição da atividade

20 (papelaria) está sob a subclasse do código 4761-0/03, compreendendo o comércio varejista de artigos de papelaria (CONCLA Comissão Nacional de Classificação, 2009). 2.1.3 Forma jurídica A constituição formal do empreendimento se dará na forma jurídica de Sociedade Limitada, de capital fechado, formada por dois sócios, cada qual respondendo pelo valor da sua cota, mas com responsabilidade solidária pela integralização do capital social. Esta forma jurídica caracteriza-se de relação contratual entre os sócios, capital subscrito (o montante de recursos que os sócios se comprometem a entregar para a formação da sociedade) e integralizado com a parte do capital social que cada sócio atribui à sociedade. A responsabilidade dos sócios é limitada, quem exerce a atividade empresarial é a sociedade (representada pelos seus administradores), e quem responde pelas dívidas contraídas é o patrimônio da sociedade (SEBRAE, 2007). Porém, os donos da empresa (que serão os próprios sócios) responsabilizam-se pelas obrigações da empresa que são ilimitadas, ou seja, o patrimônio pessoal pode ser exigido para o pagamento de certas dívidas, como por exemplo: débitos trabalhistas, com fornecedores, tributos, danos ao consumidor, danos ambientais, etc. (SEBRAE, 2007). Anexo a este trabalho, encontra-se um esboço de contrato social. Ressalta-se que o contrato social deve constar todas as cláusulas essenciais para a formação da sociedade com orientação de um advogado, conforme a Lei 8.906/04, para que corrija o contrato, se necessário e dê o visto. (SEBRAE, 2007). Além disso, o contrato social deve ser registrado no Cartório de Registros de Pessoa Jurídica, em Belo Horizonte, no cartório Jero Oliva, na Avenida Afonso Pena, 1212, sendo essencial para o registro da empresa. O contrato social da empresa aborda a denominação, sede, foro, objeto e prazo de duração, capital social, responsabilidade dos sócios, administração e gerência da empresa, exercício social, cessão das quotas, retirada dos sócios, dissolução e liquidação da sociedade e deliberações, cujo esboço tomou-se como base modelos de contratos apresentados em entrevista com o contador e seu apoio.

21 2.1.4 Enquadramento tributário O empreendimento se enquadra como Microempresa, conforme o artigo 966 da Lei 10406/02 juntamente com a Lei Complementar n.º 123/06, onde o artigo 3 considera microempresa o empresário, pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000 (duzentos e quarenta mil reais). RECEITA FEDERAL (2009). O cálculo e recolhimento dos impostos junto ao Governo Federal se darão sob o Regime Simples, o regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte. O Regime Simples é destinado às empresas que com possibilidade de enquadramento irão se beneficiar da redução e simplificação dos tributos, além do recolhimento de um imposto único junto à União. O enquadramento no Simples está sujeito à aprovação da Receita Federal e leva em consideração o ramo de atividade e a estimativa de faturamento anual da empresa. (SEBRAE, 2007) O Regime Simples abrange a tributação de todos os entes federativos (União, Estado, Distrito Federal e Municípios), sob o âmbito estadual haverá isenção de tributação. O Sistema Simples Nacional abrange o recolhimento unificado dos tributos IRPJ (Imposto sob Renda da Pessoa Jurídica), CSLL (Contribuição Social sob o Lucro Liquido), PIS/PASEP (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) e Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal) destinada a Previdência Social a cargo da pessoa jurídica. O recolhimento das tributações é realizado uma vez ao ano sob um documento único de arrecadação (DASN Documento de Arrecadação do Simples Nacional) criado pelo Comitê Gestor e administrado pela Secretaria da Receita Federal SRF. Juntamente com o DAS, calculado sob 6% do faturamento anual de até R$ 120.000 (cento e vinte mil reais), anualmente, a empresa realiza a DASN, Declaração Anual do Simples Nacional, que coleta as informações sobre a pessoa jurídica declarante para a Secretaria da Receita Federal do Brasil, tais como atividades exercidas, receitas auferidas, registros de isenção, redução e imunidade tributária, etc. RECEITA FEDERAL (2009). 2.1.5 Visão

22 Visão Se tornar uma papelaria reconhecida pela qualidade dos produtos/serviços, atendimento e por melhor oferecimento de conforto, segurança e praticidade na região, abrindo filiais e atendendo cada vez mais um número maior de demandas. 2.1.6 Política da empresa Política da empresa: Satisfazer continuamente as exigências e necessidades de seus clientes através da excelência de seus produtos/serviços, preço, atendimento e satisfação. As políticas da empresa são vitais para contribuírem com o progresso e estabilidade da empresa. 2.1.7 Valores A empresa fará dos seus valores, instrumentos para medir/definirem sua atitude, como um vigor no compromisso institucional. Os valores que o empreendimento pretende seguir são: - Ambiente agradável, confortável e seguro; - Compromisso com a melhoria contínua; - Reconhecimento do lucro como fator de desenvolvimento; - Organização e eficiência dos produtos/serviços; - Entusiasmo no trabalho: agir com comprometimento, criatividade e dedicação; - Ética: praticar o bem e respeitar a dignidade das pessoas; - Integridade: honrar compromissos e agir com transparência e honestidade.

23 2.1.8 Missão A missão da empresa será uma abordagem sobre qual necessidade a empresa está destinada a atender, bem como sua razão de ser, o que faz (de atividade), filosofias e propósitos que adotará no decorrer da sua existência. Missão - Ser uma papelaria que proporciona praticidade, conforto e atendimento eficiente aos clientes, disponibilizando funcionários capacitados e uma infra-estrutura propícia. 2.1.9 Situação planejada e desejada Pretende-se, a médio e longo prazo, a expansão do negócio com a abertura de filiais e ampliação física, com a construção de um segundo andar no local onde a empresa funcionará, para atender com mais conforto uma quantidade maior de clientes. É fator primordial, também buscar o reconhecimento pelos seus clientes dos seus produtos/serviços prestados, buscando sempre oferecer maior conforto e praticidade. Inicialmente serão oferecidos material escolar, material de escritório, xerox, encadernação e plastificação, mas a empresa pretende, além de buscar ampliação do local e abertura de filiais, agregar serviços de cafeteria sendo está outra fonte que irá gerar recursos para o negócio e ampliar o leque de promoções aos clientes. 3 O NEGÓCIO O empreendimento irá comercializar material escolar, material de escritório e presentes além de prestar serviços de xerox, encadernação e plastificação, com localização vantajosa por não haver restrições de horários de funcionamento, oferecendo produtos e serviços de qualidade, com conforto e praticidade.

24 4 O EMPREENDIMENTO 4.1 Requisitos para abertura Antes de qualquer atitude, é necessário realizar a consulta prévia de atividades econômicas para o local no site da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, conforme informado em entrevista com o contador e com base no SEBRAE (2007). A Consulta Prévia é um dispositivo de pesquisa baseado na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo (Lei 7166/96 com alterações introduzidas pela Lei 8137 /00), com o qual o cidadão pode obter informações a respeito da permissão de funcionamento de uma atividade econômica em uma determinada região do município. O documento gerado pela Consulta Prévia indica sob quais condições e que tipo de atividade econômica pode ser exercida nas localidades pesquisadas. (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE, 2009). Para realizar a consulta prévia, necessitava-se do índice cadastral, número constante no IPTU do imóvel e o código de atividade do setor, mencionado anteriormente. A Prefeitura Municipal, assim, delimitará a autorização ou não para tal empreendimento. O próximo passo será a verificação no Cartório de Pessoa Jurídica se já há alguma outra empresa com o nome pretendido, sendo necessário o preenchimento de um formulário próprio com três opções de nome, e o registro do contrato social no Cartório de Registros de Pessoa Jurídica da cidade onde o empreendimento funcionará. Assim tendo o registro da empresa com o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa), feito pelo cartório, um número do ato constitutivo da empresa, o próximo passo será a retirada do CNPJ na Receita Federal. SEBRAE (2007) Por último, com o CNPJ cadastrado, é preciso retirar a inscrição municipal e o alvará de localização e funcionamento na Prefeitura da região do estabelecimento. Segundo o SEBRAE (2007) o alvará é uma licença que permite ao estabelecimento seu funcionamento vinculado a pessoas físicas ou jurídicas.

25 Independente de a empresa possuir ou não funcionários, é necessário fazer o cadastro na Previdência Social. A contratação dos funcionários seguirá as obrigações trabalhistas exigidas. SEBRAE (2007) Para o aparato fiscal, a empresa solicitará a autorização para a impressão de notas fiscais e a autenticação de livros fiscais, realizado na Prefeitura local. SEBRAE (2007). 4.2 Estrutura organizacional A estrutura organizacional do empreendimento é caracterizada e organizada como formal, ou seja, com as definições das hierarquias e distribuições claras das responsabilidades, e do tipo funcional, ou seja, com as devidas atribuições de funções. Nota-se ainda, uma estrutura hierarquizada, dispondo de níveis organizacionais e cargos claramente definidos. A empresa será administrada por dois sócios-diretores, os quais são os responsáveis pela definição de suas diretrizes estratégicas, bem como, pela tomada de decisão acerca do negócio. Existem ainda níveis de assessoria à empresa, este nível é composto por profissionais responsáveis por diferentes tarefas, terceirizados pela empresa, responsáveis por assessorarem nos serviços contábeis, jurídico, recursos humanos, e seguros/sinistros. Por fim, chega-se ao nível operacional, que é a base das operações-chaves da empresa. Neste nível, podemos encontrar os atendentes. 4.3 Organograma Segundo DOLABELA (2006), o organograma será a representação gráfica das funções da empresa e suas associações às pessoas e suas relações hierárquicas, que poderá sofrer alterações de acordo com o crescimento e desenvolvimento da empresa, como mostram a figura abaixo:

26 Sócios/Diretores Assessorias Sinistro/Seguros Atendente gráfica Atendente loja FIGURA 1: Organograma Fonte: Elaborado pela autora 4.4 Atribuições e funções e os empreendedores Para a escolha dos sócios, responsáveis pela administração do negócio, foram avaliados o perfil, conhecimentos, habilidades e experiências. Definidos os sócios, foram acordadas as atribuições, capital social, responsabilidades, sistema de sucessão, sistema de administração, etc. Empreendedores: Aurinho Ferreira de Matos, brasileiro, maior, casado, comerciante, natural de Poté/MG, portador da cédula de identidade RG n 111.425.380-05 SSP/MG, domiciliado a Rua Ipiranga, 351 apto 01 Bairro Centro Belo Horizonte/MG CEP. 31.821-060. Perfil: Vinte e cinco anos de experiência em gerenciamento de pessoas em loja de calçados, mantendo relacionamento direto com clientes além das atividades administrativas diárias, tais como, fluxo de caixa e gerenciamento de documentos. Boa comunicação, flexibilidade, e sabe lidar bem com pessoas. Adriana Mara Paiva de Matos Gonçalves, brasileira, maior, administradora, natural de Belo Horizonte, casada, portadora da cédula de identidade RG n 333.852.031-02 SSP/MG,

27 domiciliada a Rua Dr. Gracindo dos Santos, 341 apto 01 Centro Belo Horizonte/MG CEP. 10.522-050 Perfil: Sete anos de experiência atuando na área administrativo-financeira, bons conhecimentos das ferramentas de gestão, fluxo de caixa e contabilidade, e demais controles gerenciais. Sócio (Adriana): responsável pelo caixa, pagamentos, recebimentos, fluxo de caixa e demais controles administrativo-financeiros e responsável juridicamente pela empresa. Sócio (Aurinho): gerenciamento da equipe de atendimento, e resolução de assuntos operacionais e administrativos da empresa. Atendente/loja: atendimento ao cliente, resolução de pequenas questões comerciais (trocas, devoluções), organização do material no interior da loja, recebimento/conferência de mercadorias. Atendente/Gráfica: atendimento ao cliente, xerox, encadernação e plastificação. 4.5 Aluguel/Condomínio O local do empreendimento será alugado, com um custo mensal no valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais), com o valor do IPTU, já incluso no valor do aluguel. 4.6 Estrutura física 4.6.1 Layout e análise das instalações O layout apresentado a seguir, relaciona ao espaço físico. ( ver documento em outro arquivo) Sob as dimensões do espaço físico (9,0m x 6,0m), totalizando uma área de 54,0 m², o layout constitui-se de um espaço para o estoque.

28 4.6.2 Área geográfica alvo e localização O local onde o empreendimento será estabelecido está numa região de fácil acesso, localizado próximo a grandes centros de ensinos da região de Belo Horizonte além de estar próximo a área hospitalar. O MAPA DO GOOGLE FOI EXCLUÍDO DEVIDO AO ESPAÇO OCUPADO NO DOCUMENTO, COMPROMETENDO O TAMANHO DO MESMO E A INCLUSÃO NO SITE. CASO QUEIRA CONSULTAR BASTA ACESSAR O LINK QUE CONSTA NA LEGENDA. Sentido das vias Pontos de ônibus Local escolhido FIGURA 3: Localização do empreendimento Fonte: Google. Disponível em http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-br&source=hp Acesso em 18 novembro. 2009. O estudo da localização baseou-se na localização de instituições de ensino na região, estabelecimentos comerciais e escritórios na região bem como próximo a ponto de ônibus. Conta ainda com a localização próxima de agências bancárias, correios e lotérica, o que tende a aumentar o fluxo de pessoas no local.