DIREITOS CONSTITUIDOS AOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO I DROITS CONSTITUÉS AUX TRANSPORTEURS DE DIABÈTES MELLITUS TYPE I Antonio Rodrigues Sobrinho Filho Acadêmico em Pedagogia pela UFCG* RESUMO: Os portadores de diabetes tipo I enfrenta diversas dificuldades para garantir os seus direitos a um tratamento adequado e digno, tendo como o fornecimento e o acesso aos seus medicamentos como um dos principais problemas. Existem direitos básicos e elementares garantidos na Constituição Federal que garante o fornecimento dos medicamentos. O diabetes é considerado uma epidemia mundial, segundo dados apresentados pela Organização Mundial da Saúde, sendo a 2 a que mais mata no Brasil e a 5 a no mundo, dados este que podem ser mudados com o fornecimento da medicação e uma adequação na qualidade de vida evitando complicações nefastas relacionadas à problemática. PALAVRAS-CHAVES: Diabetes Mellitus. Portador. Tratamento. ABSTRACT:Patients atteints de diabète de type I fait face à plusieurs difficultés pour assurer leur droit à un traitement adéquat et digne, la prestation et l'accès à leurs médicaments comme l'un des principaux problèmes. Il y a des droits fondamental garantis par la Constitution qui garantit l'approvisionnement en médicaments. Diabète est considéré commeuneépidémiemondiale, selon les donnéesprésentéesparl'oms, étant le 2ème plus tue au Brésil et le cinquièmedans le monde, cesdonnéespeuventêtremodifiées avec la fourniture de médicaments et une remise en formedans la qualité de vie en évitant les complications néfastesassociés au problème. Motsclés :DiabèteMellitus.Portador.Tratamento. Antonio Rodrigues Sobrinho Filho Academico em Pedagogia pela UFCG, endereço para contato: Maria Aniceta Cavalcante n 111 conjpiox, Cajazeiras-PB, BRASIL, E-MAIL: naldo_cz@hotmail.com
Introdução Diabetes Mellitus (DM), é uma doença metabólica caracterizada pelo aumento anormal de açúcar (glicose) na corrente sanguínea. A glicose é a fonte principal de energia para o organismo, mais sendo produzida com excesso, traz complicações à saúde. A diabetes tipo I surge quando a produção de insulina deixa de ser produzida pelo organismo (ou sua produção ocorre em pequena quantidade de 30 a 10%). Quando isso ocorre o paciente necessita da aplicação de insulina, para manter uma vida saudável. Estas pessoas fazem usos diários de aplicações de injeções, para obter a regularização dos níveis glicêmicos em seu metabolismo. Sem as devidas aplicações diárias da insulina não se consegue que cheque ate o organismo para se transforma em energia. As altas taxas pela descompensação e falta do uso dos medicamentos (insumos), com o passar do tempo, pode-se ter severas complicações que pode acometer a vida. Neste estudo pretende-se mostra a importância de garantir os direitos constituídos às pessoas portadoras de diabetes tipo I(insulinodependentes), baseadas nos princípios das legislações e Constituição Brasileira. RESPEITO A SAÚDE DOS PORTADORES DE DIABETES TIPO I A consagração dos direitos socais na constituição em 1988, conforme previsão do TÍTULO II, no Capítulo II, SEÇÃO II, NO ARTIGO 196. Os direitos individuais são inerentes à pessoa humana, e estão consagrados no artigo 5 da Constituição Federal, chamados de direitos de defesa. O atendimento das necessidades básicas previstas pelo legislador constituinte é uma forma de garantir vida digna aos cidadãos necessitados, por isso devem ser plenamente divulgados. A Constituição do direito social a saúde na atual CARTA MAGNA acarreta várias consequências Jurídicas, como acesso a todos os cidadãos brasileiros garantidos pelo SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), bem como, a regulamentação e distribuição gratuita dos medicamentos e matérias necessários para aplicação e monitoramento da
glicemia para os portadores de diabetes inscritos em programas de educação para diabéticos nos termos das LEIS N 8.080/90 E N 11.347/06. O direito à saúde traduz em normas de implementação de cidadania para todos,tratando-se das pessoas portadores de diabetes, no tratamento, prevenção e recuperação dos componentes da cidadania. PROTEÇÃO DA SAÚDE DOS PORTADORES DE DIABETES TIPO I A Lei n 8080 sancionada em 19 de Setembro de 1990 dispõe sobre as condições para promoção e recuperação da saúde, em seu 2 artigo dispõem que a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado programa indispensáveis condições para seu exercício. Como garantia dos direitos aos portadores de diabetes, somente com a criação da Lei n 11.347 de 27 de Setembro de 2006, foram criados a garantia do fornecimento gratuito de medicamentos para os portadores inscritos em centros de educação. ART: 196. A SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO, GARANTIDO MEDIANTE POLITICAS SOCIAIS E ECONOMICAS QUE VISEM A REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇA E DE OUTROS AGRAVOS E AO ACESSO UNIVERSAL E IQUALITARIO AS AÇOES E SERVIÇOS PARA SUA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO. Não sendo fornecidos os medicamentos ou insumos aos portadores de diabetes pode-se pleitear judicialmente tudo o que precisa para adequação do seu tratamento. JURISPRUDENCIA RELACIONADA AO TEMA Sendo descumpridas as leis de amparo ao portador (necessitado) de diabetes, previsto constitucionalmente, onde o paciente fique a mercê de eventuais gestões mal feitas do dinheiro público, será possível a cobrança por meio de ações judiciais junto aos ministérios públicos e promotores do cidadão. Acerca do dever dos entes públicos no fornecimento de medicamentos àqueles que necessitam: E M E N T A APELAÇÃO CÍVEL OBRIGAÇÃO DE FAZER FORNECIMENTO DE REMÉDIO ILEGITIMIDADE PASSIVA
AFASTADA DIABETES MELLITUS TIPO I INSULINA LANTUS (GLARGINA) DEVER CONSTITUCIONAL ART. 196, CF. RECURSO IMPROVIDO. Os entes públicos (União, Estados e Município) São responsáveis solidariamente pelo dever de assegurar a todos os cidadãos, O acesso a medicamentos, tratamentos e exames médicos, que visem à Redução do risco de doenças e outros agravos, conforme disposto no artigo 196 da Constituição Federal. O art. 196 da Constituição Federal prescreve Que é dever do Estado garantir o acesso universal e igualitário das pessoas à Saúde, estando este dever constitucional acima de qualquer lei, portaria ou qualquer outro ato normativo, porquanto o que se visa garantir é o direito Primordial à vida. O dever do Estado em garantir a prestação assistencial à Saúde não pode esbarrar em legislação infraconstitucional envolvendo Interesse financeiro, devendo ser afastada toda e qualquer postura tendente a Negar a consecução desses direitos, para prevalecer o respeito incondicional À vida. Se o medicamento for indispensável para o tratamento da moléstia e Para evitar o risco de morte, a União, o Estado e o Município têm o dever de Garantir a todos os que necessitam independente de constar ou não em lista Autorizada. CONSIDERAÇOES FINAIS O direito a saúde é negado constante diante da atualidade das necessidades dos portadores de diabetes em grande parcela da população mundial, O país quanto mais pobre, será cada vez mais precário o seu atendimento relacionado à sua assistência de saúde nos setores, deficiência está que abarca aos portadores de diabetes em especial os classificados como insulinodependentes (tipo I). A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua a diabetes como um problema mundial, epidêmico em constante crescimento, sendo a que mais mata no Brasil a 2 a no ranking nacional e a 5 a no mundo. O DIABETES MELLITUS pode ser controlado, com o fornecimento da medicação aos portadores que necessita desta assistência, sendo de grande importância à ajuda do poder público. O direito á vida e a saúde são essenciais ao ser humano, com o objetivo de assistência a ser prestada aos portadores de diabetes, deve-se cumprir o que despõem
a Lei Federal n 11.347/06, quando este direito for negado pelos poderes públicos estados e municípios, cabe ao judiciário repara-lo. O estado tem o dever de tratar bem os cidadãos, em especial aos mais necessitados, de uso de medicamentos para sua sobrevivência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, M. I. ; GROSS, J. L. Aspectos especiais da dieta no tratamento do diabetes mellitus.rev. Assoc. Méd. Bras. v. 34, p.181-186, jul./set. 1990. Básica. 5. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1994. Cap. 17. BRABRASIL. Lei Federal nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. BRASIL. Constituição Federal de 1988. BRASIL. IDB 2006b Indicadores de mortalidade C. 12. Taxa de mortalidade especifica por diabetes milito. Sistema de informações de mortalidade. Brasília2006. Disponível. Em<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2006/d10.htm>. Acesso em: 26 fevereiros de 2013. BRASIL. Lei Federal nº 11.347 de 27 de setembro de 2006. COTRAN, S. R.; KUMAR, V.; ROBBINS, S. L. Pâncreas. In:. Patologia CRUZ Animaria da Costa; CURTY, Marlene Gonçalves. MENDES, Maria Tereza Reis. Artigo. In:.Publicações Periódicos Científicos Impressos (NBR 6021 E 6022). Niterói: Inter texto; São Paulo: Xamã, 2003. pp.25-29. DIABETES MELLITUS. Portal Banco Saúde.2008.Diabetes Mellitus: Guia Completo. Framingham em pacientes com diabetes tipo 2. Arq. Bras. Endocrinol Metab v. 51 n. OLIVEIRA, D.; et al. Avaliação do risco cardiovascular segundo os critérios de. < www.diabetes.org.br > acesso em: 05/03/13 ás 15h25min PM.