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RECURSO Nº ACORDÃO Nº REDATOR CONSELHEIRO ANTONIO DE PÁDUA PESSOA DE MELLO

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de

Transcrição:

PUBLICAÇÃO DA DECISÃO DO ACÓRDÃO No D.O. 17 / 04 / 2015 Fls.: 38 SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL Rubrica: ID 42832756 Sessão de 12 de janeiro de 2015 PRIMEIRA CÂMARA RECURSO Nº - 53.937 ACÓRDÃO Nº 13.356 INSCRIÇÃO ESTADUAL Nº - 78.499.206 AUTO DE INFRAÇÃO Nº - 03.392893-8 RECORRENTE DISBRIX DISTRIBUIDORA DE ALIMENTOS LTDA. RECORRIDA RELATOR JUNTA DE REVISÃO FISCAL CONSELHEIRO RICARDO NUNES RAMOS Participaram do julgamento os Conselheiros: Ricardo Nunes Ramos, Paulo Eduardo de Nazareth Mesquita, Luiz Chor e Roberto Lippi Rodrigues. MERCADORIA TRANSPORTE COM DOCUMENTO FISCAL INIDÔNEO A empresa transportou mercadorias acobertadas por notas fiscais consideradas inidôneas por não guardarem requisito ou exigência prevista na legislação. De acordo com a atividade econômica do emitente das notas fiscais, é obrigatória a emissão de nota fiscal eletrônica, de acordo com a cl. 1.ª e 1.º e Anexo Único do Protocolo ICMS 42/09. RECURSO DESPROVIDO AUTO DE INFRAÇÃO PROCEDENTE. RELATÓRIO O Auto de Infração n.º 03.392893-8, lavrado em 29/06/2012, relata o que segue: São exigidos ICMS e MULTA, por remeter e transportar mercadorias tributadas acobertadas por documento fiscal diverso do exigido para a operação (Inciso 11 do Art. 24 do Livro VI do RICMS/OO), conforme quadro demonstrativo e AUTO DE CONSTATAÇÃO anexos. Base de cálculo= R$ 4.879,50 OPERAÇÃO BARREIRA FISCAL

PRIMEIRA CÂMARA Acórdão nº 13.356 - fls. 2/6 Crédito Tributário Reclamado: Imposto no valor de 407,49 UFIR- RJ e Multa no valor de 400,00 UFIR-RJ. Dispositivos infringidos: Art. 2., inc. I, e art. 3., inc. I, da Lei n. 2.657/96 e Art. 24, do Livro VI, do RICMS/OO. Penalidade aplicada: Art. 59, inc. IX, alínea "a", da Lei n.º 2.657/96, com redação da Lei n.º 3.525/00. A postulante, inconformada com a autuação, apresentou, às fls. 12 e seguintes, Impugnação tempestiva, argumentando, em síntese, que: 1. Os documentos considerados inidôneos pelo agente fiscalizador não o são, tendo sido autorizados pela repartição fiscal competente, a IRF 64.04, através da AIDF 1780 de 02/2012. com a seguinte Ementa: 2. O prazo limite para emissão dos mesmos é de 11/02/2013. Desta forma, requer o cancelamento do auto em epigrafe. A Junta de Revisão Fiscal julgou Procedente o Auto de Infração 14. MERCADORIA 14.14. TRANSPORTE COM DOCUMENTO FISCAL INIDÔNEO A empresa transportou mercadorias acobertadas por notas fiscais consideradas inidôneas por não guardarem requisito ou exigência prevista na legislação. De acordo com a atividade econômica do emitente das notas fiscais, é obrigatória a emissão de nota fiscal eletrônica, de acordo com a cl. 1.ª e 10 e Anexo Único do Protocolo ICMS 42/09. AUTO DE INFRAÇÃO PROCEDENTE. Não conformado com o a Decisão desta o Contribuinte, ora Recorrente apresentou Recurso Voluntário às fls. 32, com o seguinte teor e consideração final: 1 - A autuada à época, estava em processo de implantação da nota fiscal eletrônica, que por problemas burocráticos não encontrava-se autorizada; 2 - Quando da aquisição do Certificado Digital, o mesmo não funcionou prontamente, havendo atrasado a implantação da NF-e;

PRIMEIRA CÂMARA Acórdão nº 13.356 - fls. 3/6 3 - A autuada rebate mais uma vez que as notas fiscais que acompanhavam as mercadorias no ato da ação fiscal de forma alguma devem ser considerada INIDÔNEA, por ser documento oficial, dentro prazo e devidamente AUTORIZADO, e, portanto, válido enquanto a NF-e (Certificado Digital) estava sendo validado; Manifesta-se a Douta Representação da Fazenda em fls. 37/39 pelo Desprovimento do Recurso Voluntário, a fim de manter a decisão proferida pela Junta de Revisão Fiscal que julgou o Auto de Infração questionado Procedente. É o Relatório. VOTO DO RELATOR A Recorrente foi autuada por remeter mercadoria com documento inidôneo, assim considerado aquele que não seja o exigido para a respectiva operação, nos termos do artigo 24, inciso II, Livro VI, do Decreto n.º 27.427/00: Art. 24 - Salvo disposição em contrário, é considerado inidôneo, para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco, o documento que: II - não seja o exigido para a respectiva operação ou prestação, a exemplo de "Nota de Conferência", "Orçamento", "Pedido" e outros do gênero, quando indevidamente utilizados como documentos fiscais; Segundo relato do Auto de Infração e do Auto de Constatação acostado às fls. 04, as mercadorias remetidas acobertadas pelas Notas Fiscais n.º 3.920, n.º 3.019, n.º 3.918, n.º 3.917 e n.º 3.912 foram consideradas inidôneas por contrariar exigência do Protocolo 42/09, qual seja a obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NFe) em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou l-a, pelo critério de CNAE.

PRIMEIRA CÂMARA Acórdão nº 13.356 - fls. 4/6 De acordo com a cláusula primeira do Protocolo 42/09, estarão obrigados à utilização de NF-e os estabelecimentos de contribuintes que possuam em seus atos constitutivos ou em seus cadastros (qualquer um deles), junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da Receita Federal do Brasil (RFB) e no Cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro - CADERJ códigos CNAE (principal, bem como os secundários) descritos no anexo único, a partir da data indicada. Protocolo 42/09 Cláusula Primeira - Acordam os Estados e o Distrito Federal em estabelecer a obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NFe) prevista no Ajuste SINIEF 7/05, de 30 de setembro de 2005, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou l-a, para os contribuintes enquadrados nos códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE descritos no Anexo único, a partir da data indicada no referido anexo. l.º - A obrigatoriedade aplica-se a todas as operações efetuadas em todos os estabelecimentos dos contribuintes referidos nesta cláusula que estejam localizados nas unidades da Federação signatárias deste protocolo, ficando vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou l-a, salvo nas hipóteses previstas neste protocolo. (... ) 3.º - Para fins do disposto neste protocolo, deve-se considerar o código da CNAE principal do contribuinte, bem como os secundários, conforme conste ou, por exercer a atividade, deva constar em seus atos constitutivos ou em seus cadastros, junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) da Receita Federal do Brasil (RFB) e no cadastro de contribuinte do ICMS de cada unidade federada. Com efeito, consultou-se no site da Receita Federal do Brasil (RFB), no link Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) a situação cadastral da Recorrente. Verificou-se que para esta contribuinte o CNAE associado é 46.39-7-01 - Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral.

PRIMEIRA CÂMARA Acórdão nº 13.356 - fls. 5/6 Observa-se que o citado código CNAE está previsto no Anexo Único do Protocolo ICMS 42/09, com a respectiva data de inicio da obrigatoriedade da emissão de NF-e, qual seja 01/04/2010. Conseqüentemente, a Autuada, ora Recorrente, já estava obrigado a emitir nota fiscal eletrônica (NF-e) na data da autuação em tela. Reputa-se correto o exigido na exordial. Quanto à alegação de que os documentos fiscais foram autorizados pela repartição fiscal competente, IRF 64.04, através da autorização para Impressão de Documentos Fiscais - AIDF 1780 de 02/2012, cumpre ressaltar que há casos em que não é obrigatório o uso da NF-e (Parágrafo 2. da cláusula Primeira do Protocolo 42/09), nos quais o contribuinte poderia utilizar a Nota Fiscal modelo 1, devidamente autorizada pela repartição fiscal. A título de exemplo, poderia utilizá-la para acobertar a venda fora do estabelecimento, sem destinatário certo, atendidas as demais condições legais. Mas nunca para acobertar a saída de mercadorias de seu estabelecimento, que não é uma das exceções à obrigatoriedade prevista no citado Protocolo. Protocolo 42/09 Cláusula Primeira - 2º - A obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal Eletrônica - NFe prevista no caput não se aplica: I - nas operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de mercadorias remetidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais relativos à remessa e ao retorno sejam NFe; II - ao fabricante de aguardente (cachaça) e vinho, enquadrado nos códigos das CNAE 1111-9/01, 1111-9/02 ou 1112-7/00, que tenha auferido receita bruta, no exercício anterior, inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). III - na entrada de sucata de metal, com peso inferior a 200 kg (duzentos quilogramas), adquirida de particulares, inclusive cata dores, desde que, ao fim do dia, seja emitida NFe englobando o total das entradas ocorridas. IV - a critério de cada unidade federada, ao estabelecimento do contribuinte que não esteja enquadrado em nenhum dos códigos da CNAE

PRIMEIRA CÂMARA Acórdão nº 13.356 - fls. 6/6 constantes da relação do Anexo único, observado o disposto no 3º; (inciso IV acrescentado pelo Protocolo ICMS 85/10, ceap de 01/08/10). V - nas operações internas, para acobertar o trânsito de mercadoria, em caso de operação de coleta em que o remetente esteja dispensado da emissão de documento fiscal, desde que o documento fiscal relativo à efetiva entrada seja NFe e referencie as respectivas notas fiscais modelo 1 ou l-a. (inciso V acrescentado pelo Protocolo ICMS 85/10, ceap de 01/08/10). Isto posto, Nego Provimento ao Recurso Voluntário do Contribuinte, para julgar Procedente o Auto de Infração. É o voto. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos em que é Recorrente a DISBRIX DISTRIBUIDORA DE ALIMENTOS LTDA. e Recorrida a JUNTA DE REVISÃO FISCAL. Acorda a PRIMEIRA CÂMARA do do Estado do Rio de Janeiro, à unanimidade de votos, negar provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do voto do Conselheiro Relator. PRIMEIRA CÂMARA do do Estado do Rio de Janeiro, em 12 de janeiro de 2015. RICARDO NUNES RAMOS RELATOR ROBERTO LIPPI RODRIGUES PRESIDENTE AGB