Análise: Pesquisa Qualidade de Vida 2013 1º fase

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Transcrição:

Análise: Pesquisa Qualidade de Vida 2013 1º fase Resumo: A pesquisa de Qualidade de Vida é organizada pela ACIRP e pela Fundace. Teve início em 2009, inspirada em outros projetos já desenvolvidos em grandes centros no Brasil e no mundo. Os objetivos gerais são apresentar a percepção da população sobre: a Qualidade de Vida na cidade, avaliação dos serviços públicos e confiança nas instituições. Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto 26/11/2013

FASE PÁGINA 1/ 3 2 EDIÇÃO 5 INÍCIO: 20 09 ATUAL: 2013 PESQUISA DE QUALIDADE DE VIDA 2013 PESQUISA DE QUALIDADE DE VIDA 2013 26/11/2013 1. Objetivos específicos da Pesquisa: Nesta edição 1 Objetivos específicos da pesquisa 2 Mensagem do presidente 3 Introdução 4 Caracterização da amostra 5 Conceito de Qualidade de Vida 6 Principais Resultados da 1ª fase 7 Aspectos negativos e positivos Sabemos que as pesquisas são muito importantes para o planejamento das empresas José Carlos Carvalho, Presidente ACIRP. Os objetivos específicos da Pesquisa de Qualidade de Vida são: Avaliar a opinião da população a respeito das variáveis que impactam na satisfação pessoal dos cidadãos ribeirão-pretanos. Entender como as variáveis de satisfação pessoal são determinadas em função de diferenças de gênero, faixa etária, escolaridade e nível de renda. Verificar o nível de satisfação dos habitantes com a cidade e sua dependência com as variáveis de gênero, faixa etária, escolaridade e nível de renda. Compreender a importância atribuída pela população a respeito de questões relevantes como: ter bem estar e felicidade; ter acesso à saúde e cuidados médicos; ter acesso à oportunidade de emprego e ter condições de trabalho; a importância dos recursos econômicos; de ter acesso a educação de qualidade; ter integração social e familiar; ter direito a habitação; ter segurança de vida e de propriedade; ter acesso a recreação e cultura; ter direito a todo e qualquer esclarecimento a respeito da aplicação de recursos políticos. Analisar os aspectos positivos e negativos a respeito do município apontados pelos entrevistados. 2. Mensagem do presidente: Sabemos que as pesquisas são muito importantes para o planejamento das Empresas e esta, trata especialmente de um tema que envolve a vida dos cidadãos, por isso, nós, da ACIRP, desenvolvemos e executamos todos os anos esta Análise de Qualidade de Vida. Através destes dados, os órgãos públicos podem ter acesso à percepção dos cidadãos e suas expectativas, além dessa função, esta pesquisa atende também aos empresários de Ribeirão Preto que podem planejar e projetar ações para o futuro de sua empresa e bem-estar de seus consumidores. Assim, a ACIRP está sempre presente no desenvolvimento de Ribeirão Preto. José Carlos Carvalho Presidente Acirp

Fundamental Médio Superior PESQUISA DE QUALIDADE DE VIDA 2013 PÁGINA 3 3. Introdução: Num mundo moderno, entender como os habitantes de um determinado lugar vivem suas carências e seus pontos fortes e suas satisfações ou insatisfações com o meio que o cerca é fundamental para que se possam programar ações transformadoras. Qualidade de Vida se manteve estável em 2013 em relação ao resultado de 2012 com 7,64 pontos. 8 7,8 7,6 7,4 7,2 7 7,37 7,56 7,92 Nesse sentido, a pesquisa de qualidade de vida no seu quinto ano de divulgação em Ribeirão Preto procura encontrar parâmetros que se consolidem como informações consistentes para toda a sociedade e que auxiliem tanto a iniciativa pública, quanto a privada como todas as instituições de forma geral a procurarem trabalhar seus hábitos e atitudes na construção de uma sociedade mais justa. Essa pesquisa faz parte de um conjunto de indicadores divulgados periodicamente pela ACIRP - Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, em parceria com a FUNDACE - Fundação para a pesquisa e desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia, e tem como objetivo medir o nível de percepção da população com a qualidade de vida na cidade. 4. Caracterização da Amostra: Na presente pesquisa, foram efetuados 391 (trezentos e noventa e um) questionários com a população de Ribeirão Preto. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 4,9pp para mais ou para menos. 8,5 8 7,5 7 6,5 6 6,92 até 2 SM 7,73 7,78 de 2 a 5 SM 8,21 de 5 a mais de 10 SM 10 SM Qualidade de Vida apresenta relação direta com nível de escolaridade e nível de renda. A presente amostra apresenta um perfil compatível com a verdadeira caracterização da população em relação ao gênero e em relação às faixas etárias, aspectos primordiais para que haja um resultado satisfatório no contexto de pesquisa por amostragem. Os resultados estão subdivididos em três fases distintas e abordam de forma confiável a opinião da população sobre questões fundamentais para o desenvolvimento econômico da cidade no longo prazo. 5. Conceito de Qualidade de Vida: A qualidade de vida de um grupo pode ser mensurada por diversos ângulos e por percepções relativas ao indivíduo e/ou por toda a sociedade. Nesse contexto, podem-se dividir tais sentimentos e percepções a nível individual e a nível coletivo. No primeiro caso, identificam-se situações tais como estar bem empregado, ter uma situação financeira confortável, ter mais diversão e lazer e ter mais tempo livre de grande importância para o indivíduo. No segundo caso, a qualidade de vida está ligada a questões de natureza infraestrutural, especialmente aquelas que determinam serviços públicos de qualidade e acesso a bens e serviços que proporcionem aumento do bem estar. Como vivemos numa economia capitalista e individualista, é natural que o processo de concentração de renda e poder gere situações de desconforto e injustiça social, o que deve ser minimizado por uma sociedade engajada na causa de reduzir tais distorções.

PÁGINA 4 PESQUISA DE QUALIDADE DE VIDA 2013 6. Principais Resultados da 1ª fase: Em relação à satisfação pessoal, os itens citados podem ser subdivididos da seguinte forma com seus pesos respectivos de acordo com a figura 1: FIGURA 1. Peso dos itens em relação à satisfação pessoal na Pesquisa Qualidade de Vida/2013 em Ribeirão Preto: Família Trabalho Lazer Saúde Outros 18,2% 14,3% 27,9% 10,7% 5,6% Aspecto Financeiro 23,3% O aumento das oportunidades no mercado de trabalho nos últimos anos colaborou para perda da importância relativa do item trabalho. A figura 1 mostra a importância relativa atribuída pelas pessoas, de acordo com sua satisfação pessoal. O aspecto individual mais importante é ter mais dinheiro com 23,3% das preferências. Porém, quando visualizamos as opções agregadas por aspectos de similaridade, verificamos que as pessoas tendem a dar mais valor em questões relacionadas ao Lazer, em detrimento de aspectos relativos à saúde, ao trabalho e a família. Satisfação Pessoal Lazer Financeiro Família Trabalho Saúde Ter mais tempo livre 16,6% - - - - Ter mais diversão 8,7% - - - - Ter mais liberdade 1,8% - - - - Ter mais amigos 0,8% - - - - Ter mais dinheiro - 23,3% - - - Conviver com Família - - 18,2% - - Ter emprego melhor - - - 11,0% - Estudar mais - - - 3,3% - Cuidar da Saúde - - - - 8,4% Praticar ativ. físicas - - - - 2,3% TOTAL 27,9% 23,3% 18,2% 14,3% 10,7% A importância relativa dos itens demonstra que há mais valorização em áreas de resultado na vida das pessoas e sobrevalorização em áreas de construção.

PESQUISA DE QUALIDADE DE VIDA 2013 PÁGINA 5 Nos últimos anos percebe-se que houve aumento da importância relativa da família e perda de importância relativa dos itens trabalho e saúde. Portanto, mesmo que haja certa recomposição e melhora dos indicadores, permanece diferença considerável em favor do lazer e dinheiro e desfavorável aos itens saúde e trabalho. Gráfico 1. Pesquisa Qualidade de Vida: Indicadores de Satisfação Pessoal de 2010 a 2013 35,0% 32,9% 30,0% 29,9% 27,9% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 22,8% 23,1% 19,6% 16,6% 12,6% 21,9% 20,1% 19,4% 15,4% 13,9% 12,0% 11,2% 9,1% 8,4% 6,7% 4,4% 23,3% 18,2% 14,3% 10,7% 5,6% 2010 2011 2012 2013 Lazer Financeiro Família Trabalho Saúde Outros A Importância relativa da família aumentou de 8,4% em 2010 para 18,2% em 2013. Em relação às pessoas com ensino fundamental, suas prioridades são ter mais dinheiro (27,6%), conviver mais com a família (23,7%); e cuidar mais da saúde (21,1%). Em contrapartida, estudar mais não obteve percentual nas preferências desse público. Para os cidadãos com ensino médio, as principais prioridades são ter mais dinheiro (23,1%); ter mais tempo livre (17,6%); e conviver mais com a família (17,6%). Os entrevistados com ensino superior têm como principais preferências em primeiro lugar ter mais tempo livre (23,3%); em segundo lugar ter mais dinheiro (21,1%); e em terceiro lugar conviver mais com a família (17,3%). Com relação ao indicador de integração, houve decréscimo em relação ao resultado de 2012. Nesse quesito, as pessoas casadas ou vivendo em união estável sentem-se mais integradas, assim como as pessoas viúvas em relação aos solteiros, divorciados e desquitados. A maioria das pessoas considera a cidade de Ribeirão Preto como um lugar bom para se viver, o que acaba contribuindo para uma imagem positiva da cidade. O indicador de qualidade de vida mostrou leve recuo de 7,74 pontos em 2012 para 7,64 pontos em 2013, fruto de queda da avaliação das pessoas com ensino médio e superior, assim como daqueles que recebem de 5 a 10 salários mínimos e acima de 10 salários mínimos, embora tenha ocorrido melhora da avaliação das pessoas com ensino fundamental e com níveis salariais de até 2 salários mínimos e de 2 a 5 salários mínimos. Em relação às variáveis que mais impactam na qualidade de vida das pessoas, a pesquisa mostrou que ter acesso à saúde e a cuidados médicos, juntamente com bem estar e felicidade são relevantes. Variáveis como acesso a saúde e a cuidados médicos são mais importantes como itens estruturantes de uma sociedade e não como indicador de satisfação pessoal.

PÁGINA 6 PESQUISA DE QUALIDADE DE VIDA 2013 7. Aspectos negativos e positivos: Em relação aos aspectos negativos da cidade, foram citados, por ordem de importância, a Violência e Crimilanidade, o Trânsito, a corrupção e o clima como os quatros gargalos do município. Em comparação ao ano de 2012, houve queda da importância relativa da Violência e Criminalidade passando de 39,1% em 2012 para 33,5% em 2013. Embora tenha ocorrido uma queda da importância relativa desse item, os dados estatísticos da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo de janeiro a agosto de 2013 comparado com o mesmo período do ano passado mostram que houve aumento das ocorrências nesse período conforme podemos verificar na tabela 1: Tabela 1 Ribeirão Preto: Indicadores de Violência e Criminalidade - jan-ago/2013 - jan-ago/2012. Número Absoluto 2012 Número Absoluto 2013 Numa comparação com municípios selecionados do Estado de São Paulo, Ribeirão Preto tem a maior taxa por grupo de 100.000 pessoas de acordo com as ocorrências registradas no endereço eletrônico da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, conforme podemos verificar na tabela 2: Taxa por 100.000 Habitantes - 2012 Taxa por 100.000 Habitantes - 2013 Total de Delitos* (1+2+3+4+5) 12440 13645 2003,1 2166,4 Homicídio doloso (1) 41 41 6,6 6,5 Estrupo (2) 70 74 11,3 11,7 Roubo (3) 3132 3333 504,3 529,2 Latrocínio (4) 6 5 1,0 0,8 Furtos (5) 9191 10192 1479,9 1618,2 Outros (6+7+8+9) 4644 4143 747,8 657,8 Homicídio culposo (6) 38 38 6,1 6,0 Tentativa de Homicídio (7) 40 64 6,4 10,2 Lesão corporal dolosa e culposa (8) 3832 3299 617,0 523,8 Tráfico de entorpecentes (9) 734 742 118,2 117,8 Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, out-2013. * Compreende o total de crimes contra a honra, patrimônio, pessoa, contravencionais, costumes, crimes de ameaça, crimes culposos, crimes contra a fé pública etc. ** População estimada e considerada como uma aproximação no final de cada periodo. Fonte: SEADE, out/2013 Nos Indicadores de Violência e Criminalidade, a taxa de ocorrências por grupo de cem mil pessoas aumentou em Ribeirão Preto de 2.750,9 em 2012 para 2.824,1 em 2013 considerando os primeiros oito meses de cada ano. Tabela 2 Indicadores de Violência e Criminalidade* - jan-ago/2013 / jan-ago/2012 - Municípios selecionados do Estado de São Paulo Municípios Nº Absoluto 2012 Nº Absoluto 2013 Taxa por 100.000 Hab.-2012 Taxa por 100.000 Hab.-2013 Ribeirão Preto 17084 17788 2750,9 2824,1 Sorocaba 12894 13404 2146,6 2203,6 São José dos Campos 11558 11536 1788,8 1761,7 São José do Rio Preto 12296 11782 2951,0 2797,5 Osasco 13640 13872 2038,4 2069,2 Santo André 16837 16854 2490,0 2482,3 Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, out-2013. * Compreende o total de homicídio doloso, culposo, estrupo, roubo, latrocínio, furtos, tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa, culposa e tráfico de entorpecentes.

(Nº de Mortes a cada grupo de 100 mil habitantes PESQUISA DE QUALIDADE DE VIDA 2013 PÁGINA 7 Em relação às estatísticas de trânsito, a importância relativa aumentou de 15,0% em 2012 para 17,4% em 2013. O fato de convivermos no meio urbano com elevada frota de veículos nos últimos anos ajuda a entender a preocupação que existe e a necessidade de se tomar providências para diminuir as estatísticas de mortes no trânsito. O gráfico 1 mostra a taxa de mortalidade por acidentes de transportes em alguns municípios paulistas com perfil parecido com o de Ribeirão Preto: Gráfico 1 Ribeirão Preto e municípios selecionados: Taxa de mortalidade por acidentes de transportes (por cem mil habitantes), 2005 a 2011. 30,00 25,00 24,27 22,68 21,90 23,65 22,36 25,99 23,19 24,5 21,30 19,28 19,77 20,00 18,99 21,56 20,25 20,90 19,46 17,46 18,33 18,04 17,29 15,83 16,31 17,7 16,72 17,64 16,47 16,21 15,00 16,48 16,69 15,27 16,30 14,96 10,90 15,00 13,81 9,83 9,03 8,54 12,77 10,00 6,98 7,39 6,64 5,00 0,00 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Anos Osasco Santo André São José dos Campos Sorocaba Ribeirão Preto São José do Rio Preto Fonte: SEADE, outubro/2013. Segundo dados da Transerp Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto, em 2005 ocorria um acidente a cada 37 minutos e 55 segundos. Em 2011, esse tempo passou a ser de um acidente a cada 31 minutos e 6 segundos. As estatísticas mostram que houve redução da taxa de mortalidade por acidentes de transportes em Ribeirão Preto de 23,19 pessoas para cada grupo de cem mil pessoas em 2010 para 20,25 pessoas em 2011 (último dado disponível), segundo dados da Fundação Seade. No entanto, os dados da Transerp Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto revelam que a preocupação da população com a violência no trânsito tem fundamento. A frequência de acidentes cresce a cada ano e o intervalo entre um acidente e outro se torna cada vez menor, o que vai de encontro com a percepção da população. Gráfico 3 Estatísticas de Trânsito em Ribeirão Preto no período de 2005 a 2011 Cronologia dos Acidentes em Ribeirão Preto: 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Um acidente registrado a cada.. (minutos) 37,92 39,24 36,91 33,27 32,97 30,49 31,01 Um acidente com v ítima não pedestre a cada..( horas) 3,51 3,78 3,51 2,96 2,87 2,36 2,26 Um acidente sem v ítima a cada.. (minutos) 47,20 48,48 45,74 41,67 41,67 39,92 41,23 Um atropelamento a cada.. (dia) 1,61 1,54 1,46 1,62 1,30 1,03 1,09 Um pessoa ferida a cada.. (horas) 2,63 2,94 2,60 2,30 2,17 1,79 1,73 Uma pessoa morta a cada.. (dias) 5,53 6,08 5,37 4,87 4,93 5,21 4,74 Fonte: Transerp, Outubro/2013

PÁGINA 8 PESQUISA DE QUALIDADE DE VIDA 2013 O terceiro aspecto negativo apontado pela população foi a corrupção. Essa estatística aumentou de 5,4% em 2012 para 11,8% em 2013. A sensação de impunidade e de má gestão dos recursos públicos vivenciada pela sociedade brasileira foi alvo de protestos durante esse ano também em Ribeirão Preto, o que ajudou a reforçar o aumento percentual dessa estatística. O quarto aspecto negativo citado pela população foi o clima. Embora tenha ocorrido queda de sua importância relativa de 17,2% em 2012 para 10,7% em 2013, essa é uma variável que é impactada diretamente por fatores como o aumento da emissão de gases de efeito estufa provocados também pelo aumento da frota de veículos. A tabela 4 demonstra a evolução de algumas das principais variáveis a influenciar a sensação de bem estar com relação ao clima: Tabela 4 Indicadores de Qualidade de Vida - Clima - Ribeirão Preto Umidade (média) Temperatura (média) Emissão de CO 2 10 3 t/ano Emissão de CO 2 por habitante 2011 2012 2013 2011 2012 2013 Anos: janeiro 73,08 75,58 73,41 27,51 26,00 24,24 fev ereiro 69,23 62,60 72,23 27,60 29,15 24,41 2008 819,80 março 79,89 61,67 73,05 25,34 28,37 24,11 2009 820,82 abril 66,91 66,60 68,56 25,37 26,59 22,33 2010 882,61 maio 60,57 66,71 65,69 22,27 23,61 21,15 2011 959,17 junho 59,73 73,02 70,75 20,62 23,57 20,91 2012 1023,2 1,65 julho 52,38 56,91 63,12 23,12 22,48 19,90 Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente;CETESB, Secretaria Estadual de Energia do Estado do São Paulo, Outubro/2013. 1,47 1,46 1,46 1,57 Quanto maior o nível de renda, maior tende a ser a sensibilidade provocada pela influência climática. As estatísticas mostram que houve melhora nas condições de umidade relativa do ar e de temperatura média para os sete primeiros meses do ano de 2013 relação ao mesmo período de 2012. Porém, as emissões de gás carbônico continuam aumentando ano após ano, o que sugere a possibilidade crescente de novos impactos climáticos no futuro. Dentre os aspectos positivos, destaca-se em primeiro lugar a estrutura de lazer/diversão/entretenimento existente no município como principal fator com elevação de importância relativa de 22,6% em 2012 para 23,5% em 2013. Em segundo e terceiro lugar foram citados oportunidades com participação percentual diminuindo de 19,4% em 2012 para 16,4% em 2013 e mercado de trabalho aumentando sua participação relativa de 10,8% em 2012 para 15,1% em 2013. Essas duas estatísticas demonstram a fortalecimento do mercado interno na cidade de Ribeirão Preto nos últimos anos. Basta dizer que enquanto houve um ganho de 17,5 mil pessoas na população ribeirãopretana de 2011 para 2013, o mercado de trabalho criou 21,2 mil novas vagas de emprego, o que sugere uma velocidade superior à quantidade de vagas em relação à expansão humana no meio urbano da cidade. Embora gradativamente o mercado de trabalho tenha criado menos vagas de emprego liquidas, a percepção de expansão e de crescimento da economia é sentida pela população e mostra a força do município na absorção de mão-de-obra e geração de novas oportunidades profissionais para seus habitantes. A tabela 5 mostra os indicadores da economia para o mercado de trabalho: 20,00% 18,00% 16,00% 14,00% 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% 3,20 % até 2 SM 10,20 % de 2 a 5 SM 18,00 % 17,60 % de 5 mais a 10 de 10 SM SM

PESQUISA DE QUALIDADE DE VIDA 2013 PÁGINA 9 Tabela 5 Ribeirão Preto: Dados do mercado de trabalho nos primeiros oito meses de 2011 / 2012 / 2013 Variáveis 2011 2012 2013 Var 2012/2011 (%/pp) Var 2013/2012 (%/pp) Quantidade de pessoas empregadas (julho) 209.614 221.245 227.944 População estimada para Ribeirão Preto** 612.346 621.038 629.855 Percentual de Pessoas formalmente empregadas 34,23% 35,63% 36,19% Quantidade de v agas ofertadas 76600 80208 83693 Quantidade de v agas perdidas -67388-73597 -78294 Saldo liquido de v agas 9212 6611 5399 Total Salários Admitidos (R$ mi) (Nominal) R$ 70,35 R$ 80,81 R$ 89,91 Total Salários Demitidos (R$ mi) (Nominal) R$ 65,17 R$ 77,59 R$ 88,80 Total Salários Acréscidos (Liquido) (R$ mi) (Nominal) R$ 5,17 R$ 3,22 R$ 1,11 Salário Médio de Admissão (Nominal) R$ 918,38 R$ 1.007,52 R$ 1.074,25 5,55 1,42 1,39 4,71 9,21-28,23 14,87 19,06-37,81 9,71 3,03 1,42 0,56 4,34 6,38-18,33 11,26 14,44-65,50 6,62 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego, out/2013. ** População estimada para o final do período de 2010 e 2011. A percepção de que a economia se expande com absorção de novas vagas de trabalho é de crescimento positivo, porém, decrescente. O número de vagas abertas na economia cresce num patamar de aproximadamente 4,5%, porém, as vagas perdidas expandem-se na ordem de quase 8% nos últimos anos. Portanto, há um processo de consolidação da força do mercado local como propulsor de novas oportunidades, num ambiente de crescimento moderado, mas que, na percepção da população consiste em um dos fatores de atratividade da economia local em termos de melhoria no padrão e na qualidade de vida. Fred Guimarães Economista ACIRP CORECON/SP nº 31.748 nucleoeconomia@acirp.com.br ( 016)3512-8000 Ramal 8023