CONSELHO DE COMPETITIVIDADE DE TIC E COMPLEXO ELETROELETRÔNICO PLANO BRASIL MAIOR (PBM) SISTEMAS E EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS



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Transcrição:

CONSELHO DE COMPETITIVIDADE DE TIC E COMPLEXO ELETROELETRÔNICO PLANO BRASIL MAIOR (PBM) SISTEMAS E EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS MEDIDAS COMPLEMENTARES AO PLANO BRASIL MAIOR PARA O COMPLEXO DE TELECOMUNICAÇÕES, INFORMÁTICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (TIC) NOME: Anderson Jorge Filho, Carlos Cavalcanti e Vera Lucia de Oliveira INSTITUIÇÃO: Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica ABINEE A. Diretriz: Estímulo ao adensamento produtivo e tecnológico Ampliar a infraestrutura física e os recursos humanos, bem como a melhoria dos processos internos, das secretarias e órgãos responsáveis pela análise dos pleitos de definição de Processo Produtivo Básico (PPB), concessão de incentivos e análise dos relatórios de P&D. 1. Iniciativa: Prover recursos humanos e de infraestrutura (sistemas computacionais), bem como a rapidez dos procedimentos internos, de tal sorte que sejam suficientes para: a) a) Acelerar a análise dos pleitos de incentivos fiscais, principalmente para empresas já incentivadas e cadastradas nos órgãos que respondem pela concessão dos incentivos. b) c) Justificativa: Atualmente, a análise e aprovação das reivindicações para a concessão dos incentivos fiscais têm prazo médio de 14 (catorze) meses, seja no caso de empresas já cadastradas ou de novos pedidos. Tal fato prejudica o lançamento de novos produtos de acordo com a velocidade tecnológica do investimento e inibe que ocorram novos investimentos produtivos no setor de TIC. d) B) Assegurar a definição de novos PPB no prazo de 120 dias, conforme determina a legislação em vigor. Justificativa: As mudanças tecnológicas dos produtos de TIC exigem maior rapidez na definição/modificação do processo produtivo básico, o que justificaria a proposição apresentada. e) c) Dar celeridade à análise dos relatórios demonstrativos de investimentos em P&D da Lei de Informática. f) g) Justificativa: A análise dos relatórios demonstrativos de fruição dos incentivos da Lei de Informática demora cerca de 5 (cinco) anos para ser finalizada, o que gera forte insegurança jurídica e consequentemente expressivo contencioso preventivo para as empresas. 2. Iniciativa: Adequação da legislação (Lei nº 11.196/2005) de forma a que somente os Desktops e Notebooks produzidos no país, com PPB, tenham a isenção do PIS/COFINS. Justificativa: A Lei do Bem (Lei n 11.196/2005) isentou os Desktops (PC s) e Notebooks da incidência do PIS e da COFINS e cumpriu importante papel para a inclusão digital. Esse benefício necessita, todavia, de um juste, uma vez que tem

provocado uma distorção no mercado. Qual seja? Os PC s e Notebooks produzidos no País sofrem com as práticas ilegais de importação e concorrência desleal dos produtos importados. Uma das estratégias conhecidas é a venda aos mercados emergentes de produtos encalhados e/ou defasados tecnologicamente. Os valores declarados nas importações são, na maioria das vezes, menores do que a soma dos custos individuais dos componentes utilizados na fabricação do produto, o que traz flagrante prejuízo para a indústria nacional. O contrabando e o descaminho, principalmente via Paraguai, é outra prática que desestimula o adensamento da cadeia de TIC no País. Antes limitado a pequenos revendedores, verifica-se que ocorre atualmente o abastecimento de grandes magazines e lojas do varejo. Entrevistas com distribuidores paraguaios sugerem que apenas um único fabricante vendeu para o Paraguai mais de 400 mil notebooks nos últimos 12 meses com teclado e software em português. Por ser um benefício aplicado no último elo da cadeia (venda ao consumidor final pelo varejo), tanto produtos subfaturados quanto produtos contrabandeados gozam da isenção de PIS e COFINS, regulamentada pela Lei do Bem. Como foi feito acertadamente para os Tablets, ao haver a exigência do PPB, a Lei do Bem passaria a beneficiar somente produtos fabricados no Brasil, atuando de forma certeira contra tais condutas. Com base na iniciativa proposta, o produto importado recolherá o PIS e a COFINS normalmente, já que o varejo é o responsável pela aplicação do benefício e estará atento à origem dos produtos negociados. Assim, mesmo que o varejo, inadvertidamente, comercialize produtos com origem duvidosa, haverá sobre eles incidência de 9,25%. Essa limitação não terá impacto sobre os preços praticados no mercado nacional, pois, quando ingressam legalmente, os equipamentos importados se tornam pouco competitivos. 3. Iniciativa: Inclusão na Lei do Bem de impressora e monitor de vídeo para uso em informática, produzidos no país com PPB. Justificativa: A Lei do Bem (Lei n 11.196/2005) reduziu a zero as alíquotas do PIS e da COFINS, incidentes sobre as vendas a varejo, com claro objetivo de acelerar a inclusão digital e vem atingindo uma parte significativa da população menos privilegiada financeiramente. Considerando a evolução tecnológica atual, é possível fornecer a um laboratório de escola pública, por exemplo, uma CPU (Unidade Central de Processamento), ligada a mais de um monitor, teclado e mouse, permitindo assim o uso coletivo e simultâneo do mesmo computador, reduzindo custos e investimento do governo. De acordo com inciso III do artigo 28 da referida Lei, apenas o primeiro monitor, o primeiro teclado e o primeiro mouse possuem o benefício de redução a zero das alíquotas de PIS e COFINS. Os demais precisam pagar normalmente 1,65% de PIS e 7,6% de COFINS. A proposta em tela dispõe-se a corrigir tal discrepância, atualizando a lei em vigor frente às modernas tecnologias, fazendo com que passe a beneficiar também os demais monitores, teclados e mouses, fabricados no país, com PPB, que acompanhem a CPU. Assim, modernos recursos tecnológicos poderiam ser ampliados e disponibilizados à população mais necessitada, contribuindo de forma assertiva para a inclusão digital tão esperada por todos.

4. Iniciativa: Extensão da isenção do PIS/Cofins para os smartphones. Justificativa: Considerando-se que no âmbito do programa de inclusão digital o governo federal já concedeu desoneração desta natureza para notebooks e tablets, a ABINEE entende ser fundamental a proposição em tela, visto que os smartphones são também ferramentas importantes de acesso à banda larga e promovem a inclusão digital. 5. Iniciativa: Inclusão na Lei do Bem (Lei n 11.196/2005) da isenção do PIS/COFINS para produtos desenvolvidos no País sob o amparo da Portaria nº 950. Justificativa: A desoneração de PIS/Cofins para produtos que estão sob a égide da Portaria nº 950 representaria um estímulo adicional para os fabricantes e demonstraria o interesse do governo em apoiar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológicos no País. OBS: Ressalte-se que as iniciativas 2, 3, 4 e 5 podem ser implementadas por meio de emendas à Medida Provisória nº 563/2012 em tramitação no Congresso Nacional. 6. Iniciativa: Rever o valor máximo do modem no decreto de isenção do PIS/Cofins, de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) para R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), a fim de que possa abranger produtos fabricados no Brasil até esse valor. Justificativa: Ao fixar um teto de valor maior para o produto, uma proporção expressiva de modems fabricados no Brasil poderá se beneficiar da isenção, o que se justifica em virtude do interesse do governo de promover a inclusão digital. OBS: Cabe ressaltar que a adoção dessa proposta deve ser feita por Decreto. 7. Iniciativa: Compensação dos encargos previdenciários e trabalhistas das empresas que se enquadram na Portaria nº 950, utilizando-se um redutor para o Imposto de Renda devido. Justificativa: Além do que já é oferecido pela Lei de Informática, seria razoável que o governo federal estudasse a concessão de incentivos para produtos/setores estratégicos, necessários à consolidação de uma estrutura produtiva moderna e integrada. B. Diretriz: Fomento à internacionalização e promoção comercial das empresas 1. Iniciativa: Incentivo à exportação de produtos fabricados localmente enquadrados na Portaria nº 950. Justificativa: Nota-se a urgência na aprovação de incentivos para exportação, a fim de gerar escala e ampliar a presença de novos players no mercado interno. Reconhecidamente, o drive exportador foi decisivo para o sucesso da indústria eletroeletrônica instalada no continente asiático. 2. Iniciativa: Adequação do % de exportação na Instrução Normativa do RECOF para o setor de informática.

Justificativa: Reiteramos pleito de alteração dos artigos 6º e 53º da Instrução Normativa da Receita Federal no Brasil nº 757/07, a fim de que seja extinta a necessidade de cumprimento dos percentuais mínimos de exportação estabelecidos, mantidos, para os próximos anos de comprovação, US$ 10.000.000,00 (dez milhões de dólares norte-americanos) para os segmentos de informática e semicondutores. 3. Iniciativa: Coibir as importações de aparelhos celulares, partes e peças, que ingressam no País com valor subfaturado. Justificativa: A concorrência desleal produzida por tais produtos, partes e peças importados, não apenas prejudica os fabricantes locais como também pode trazer danos ao consumidor final. 4. Iniciativa: Coibir as importações de baterias industriais que não atendam as especificações para certificação ANATEL. Justificativa: A concorrência desleal produzida por esses produtos não apenas prejudica os fabricantes locais como também pode trazer danos ao consumidor final. 5. Iniciativa: Através de decreto presidencial, internalizar os Protocolos Adicionais nº 82 e nº 90 do Mercosul que alteram as regras de origem do setor de Telecomunicações e TIC, respectivamente. Justificativa: A não internalização do Protocolo nº 82 inviabiliza a exportação de equipamentos de infraestrutura de telecomunicações para os países do Mercosul e a não internalização do Protocolo nº 90 dificulta a expansão das exportações de equipamentos do setor de TIC para os mesmos. 6. Iniciativa: Estabelecer regra de origem específica para os produtos de telecomunicações no âmbito do novo regime de defesa comercial para fins de importações não preferenciais. Justificativa: A Lei nº 12.546/2011 (antiga MP nº 540/2011) estabeleceu mecanismo que permite ao governo exigir certificado de origem de um produto que está sob defesa comercial. As regras gerais de origem definidas nesta lei não contemplam as especificidades dos equipamentos de telecomunicações e podem acarretar dificuldades para as importações idôneas. 7. Iniciativa: Para alavancar a escala de produção e venda dos produtos de telecomunicações, o governo deveria conceder estímulos e benefícios para as exportações. Justificativa: Estímulos às exportações de produtos de telecomunicações serviriam para gerar melhores condições de competitividade para a produção local e consequentemente o aumento de escala da produção e emprego. C. Diretriz: Utilização do poder de compra governamental para estimular a indústria e o conteúdo local Iniciativa: Regulamentação das margens de preferência, conforme poder de compra do governo, para os produtos de informática e da Portaria nº 950. Justificativa: A extensão e imediata definição dos percentuais de margem de preferência para os produtos de informática e aqueles enquadrados na Portaria 950 impulsionaria o mercado para empresas que realizam P&D no Brasil.

D. Diretriz: Elaboração e implementação do programa de P, D & I para a indústria de TIC 1. Iniciativa: Inclusão de novo critério técnico (sem prejuízo do atual), que contemple conteúdo tecnológico, para a definição do índice de nacionalização no caso do FINAME/BNDES. Justificativa: Em linha com a atuação do governo federal e do BNDES, que estão discutindo mudanças no critério de definição do índice de nacionalização/conteúdo local, propõe-se que seja estabelecido, além de peso e valor, um novo quesito relacionado ao desenvolvimento tecnológico local para aferição do índice. Ou seja, para que uma máquina ou equipamento possa gozar dos recursos do FINAME, seria importante que o BNDES avaliasse se o produto, candidato ao financiamento, incorpora desenvolvimento ou a utilização de tecnologia local (por extensão, P&D), empregando esse novo item dentro dos critérios de aferição. 2. Iniciativa: Oferecer incentivo fiscal para P&D de produtos que não estejam sob o manto da Lei de Informática. Justificativa: A concessão de benefícios para o desenvolvimento de P&D mesmo no caso daquelas empresas que não estão inseridas na Lei de Informática pode representar um estímulo adicional para a atração de novas linhas de pesquisa e Centros de P&D. Exemplos como o da Intel, GE, IBM, entre outros. 3. Iniciativa: Expandir para os softwares embarcados e/ou licenciados do setor de telecomunicações os incentivos existentes para softwares de TI. Justificativa: Medida dessa envergadura serviria para potencializar o desenvolvimento da área de softwares dedicada à telecomunicações, cujo valor agregado é bastante expressivo. E. Diretriz: Fim do contingenciamento do FUST Iniciativa: Evitar o contingenciamento dos recursos do FUST e promover a aplicação dos mesmos no setor de telecomunicações. Justificativa: O pleito é antigo. Com o excesso de arrecadação ocorrido nos últimos anos, a ABINEE entende que não há motivação razoável para que o Tesouro Nacional contingencie recursos do FUST, tendo em vista que são imprescindíveis para o desenvolvimento das telecomunicações no Brasil. Solicita-se o apoio do Executivo Federal, em comunhão com o Congresso Nacional, para que os ajustes legislativos necessários sejam aprovados e postos em prática. F. Diretriz: Ampliação dos canais de venda para produtos eletroeletrônicos Iniciativa: Inclusão do desktop, notebook e tablet no programa Cred-Móveis Caixa, da Caixa Econômica Federal, de modo a se desenvolver mais um canal de vendas para estes produtos, com financiamento a juros baixos e fortalecimento dos programas de inclusão social e digital no País. Justificativa: O Cred-Móveis Caixa é uma nova linha de financiamento para a compra de móveis e eletrodomésticos da linha branca, destinado aos participantes do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Para esta nova linha, segundo a CEF, foram disponibilizados R$ 2,0 bilhões (dois bilhões de reais) e as taxas de juros variam de 1% a.m. a 2% a.m., com prazo máximo alongado para 48 meses. As taxas serão proporcionais à renda familiar dos interessados, conforme as faixas

de renda do PMCMV. Resultado de uma parceria entre a CAIXA e a Associação Brasileira das Indústrias de Móveis (Abimóvel), esta linha de crédito deverá beneficiar cerca de 700 mil famílias no curto prazo, podendo chegar a mais de três milhões de famílias, se consideradas todas aquelas que serão contempladas pelo PMCMV, Fases I e II, até 2014. Por tudo isso, a ABINEE vê uma excelente oportunidade para incrementar os negócios do setor de TIC, se os produtos citados forem incorporados à essa nova linha de financiamento. G. Diretriz: Extensão dos benefícios da Lei do Bem para pequenos varejistas Iniciativa: Equiparação dos pequenos varejistas aos consumidores finais para que possam usufruir dos benefícios da Lei do Bem. Justificativa: Reconhecidamente a Lei do Bem alcançou 2 (dois) importantes resultados: um para o setor de TIC e outro para a sociedade brasileira: 1º) Assegurou a informatização das residências, principalmente das classes C e D; 2º) Permitiu a diminuição de 70% para 30% do chamado mercado cinza de computadores. Note-se que esses 30% restantes estão concentrados nos pequenos varejistas e revendas de informática, muitos dos quais não se beneficiam efetivamente da Lei do Bem. Vejamos o exemplo abaixo para a situação corrente da Lei do Bem: 1. Grandes Varejistas: a) Efetuam crédito do PIS/COFINS de 9,25%; b) Não pagam PIS/COFINS na saída; Conclusão 1: Custo e preços reduzidos em 9,25% em função do crédito de PIS/COFINS, por não haver a incidência desses tributos na venda a varejo. 2. Pequenos estabelecimentos enquadrados no Simples Nacional (Microempresa ME e Empresas de Pequeno Porte - EPP): a) Não podem efetuar créditos de PIS/COFINS; b) Pagam PIS/COFINS com alíquotas que variam de zero (faturamento anual até R$ 120 mil) até 2,99% (faturamento anual até R$ 2.400 mil) Conclusão 2: custo e preços majorados em no mínimo 9,25% e no máximo 12,24% em função do PIS/COFINS. 3. Microempresas - ME e Empresas de Pequeno Porte - EPPs que podem optar pelo Lucro Presumido: a) Não podem efetuar créditos de PIS/COFINS; b) Alíquota zero de PIS/COFINS nas vendas. Conclusão 3: custos e preços majorados em 9,25%, em função do PIS/COFINS da entrada. Demonstra-se claramente a situação desfavorável para as Microempresas e EPPs enquadradas no Simples Nacional. Fica evidente também a situação desfavorável para as empresas optantes do Lucro Presumido. Nos exemplos acima, esses grupos de empresas acabam não alcançando preços competitivos, forçando-as a operar no mercado cinza. H. Diretriz: Aperfeiçoamento dos instrumentos financeiros para P&D Iniciativa: Conceder apoio financeiro no âmbito do financiamento à Inovação do

BNDES e FINEP, abrangendo as atividades de P&D em inovação e também as de melhorias incrementais em processos e produtos e em investimentos fixos de apoio às atividades de P&D. Justificativa: Na divulgação das novas medidas do PBM, o governo federal anunciou no início de abril a criação de uma única linha de apoio financeiro do BNDES para Inovação, em substituição às existentes (Inovação Tecnológica, Capital Inovador e Inovação Produção). O site do BNDES ainda apresenta as linhas de P&D Inovação (produtos/processos novos, inéditos no mercado, de alto conteúdo tecnológico e de mercado), P&D Produção (investimentos contínuos em melhorias incrementais de produtos e processos) e Capital Inovador (investimentos fixos de apoio às atividades de P&D). De acordo com a nova condição, verifica-se a permanência de apenas uma linha de apoio financeiro à inovação. Assim, é necessário deixar claro que essa linha contempla também os projetos de melhorias incrementais e investimentos fixos associados às atividades de P&D. Destaque-se que o processo de inovação tecnológica ocorre em grande parte por meio de melhorias incrementais em produtos existentes. Por isso, é preciso esclarecer nas políticas operacionais que tais atividades também fazem parte do processo de inovação tecnológica e, portanto, estão credenciadas ao apoio financeiro na linha de financiamento à inovação.