CONSIDERAÇÕES FINAIS Procuramos descrever e analisar três olhares distintos sobre a cultura popular: partimos dos debates entre folcloristas e acadêmicos, durante a consolidação das Ciências Sociais no Brasil, entre 1945/64; acompanhamos um pouco da imprensa escrita de Uberlândia, no período 1980-2002, que, ao tentar legitimar uma identidade cultural local para a cidade, utilizou-se do ritual da Folia de Santos Reis, e, por fim, penetramos no universo dos próprios devotos de Santos Reis, do distrito de Martinésia, e vimos como estes têm, no catolicismo popular, uma das mediações do cotidiano de suas relações sociais nos espaços de trabalho, de lazer e de religiosidade. O fio condutor foi a busca da unidade na diversidade, em duas perspectivas: a cultura popular como objeto de discursos e poderes a ela externos, e a cultura popular como os saberes e as práticas do cotidiano das classes subalternas, em suas idéias, crenças e conflitos. As principais dificuldades que enfrentamos foram neste sentido, um constante pensar e repensar das trilhas que ligam um debate ao outro, um capítulo ao outro. Tais tensões percorrem toda a dissertação. Apesar destas dificuldades, acreditamos que conseguimos alcançar alguns elos de ligação, a partir das conclusões específicas de cada capítulo. No primeiro capítulo, compreendemos como os saberes de dois tipos de intelectuais brasileiros percorreram, num ponto de partida teórico comum, caminhos diferentes, desencadeando as figuras do intelectual erudito, polivalente e não especialista dos folcloristas das décadas de 1940/60, e vinculados ao Estado; e, do outro lado, a emergência do intelectual universitário, não comprometido com os interesses do Estado, que trouxe de sua experiência acadêmica novos saberes e práticas de pesquisa para renovações no campo das Ciências Sociais do Brasil. O pano de fundo destes debates e confrontos foram tanto o das idéias quanto o da política de consolidação institucional de seus saberes. O resultado foi a criação de uma tradição crítica aos folcloristas brasileiros, vistos como ideológicos no plano intelectual, descritivos no plano da pesquisa de campo e ecléticos (sem rigor) no campo da teoria antropológica, histórica e sociológica. Por fim, são debates e confrontos que criaram uma tradição que pode ser renovada, se olharmos, hoje, para alguns autores clássicos da história da cultura, principalmente da cultura popular. Questão controversa e polêmica.
169 No segundo capítulo, vimos que o olhar dos folcloristas possui relações com o senso comum sobre a cultura popular, que, em caráter implícito, traz à tona uma idéia de povo, de identidade cultural e de passado negando a existência deste popular como sujeito cultural, social e político, porque recusa e/ou oculta as suas dinâmicas contemporâneas, os seus conflitos e suas experiências. A imprensa fora compreendida, portanto, como um dispositivo de mediação entre a ideologia das elites locais de Uberlândia e a população da cidade. O terceiro capítulo trouxe, justamente, a possibilidade de encontrarmos na cultura popular o seu caráter criativo, transformador e contemporâneo, a partir dos saberes e das práticas em vivências comunitárias e conflitos presentes na prática ritual da Folia de Santos Reis do distrito de Martinésia. Podemos então notar que o método folclórico ou olhar folclorizante sobre a cultura popular, presente mais explicitamente nos dois primeiros capítulos, como senso comum, não deixa de estar inscrito, sob outra natureza, no próprio simbolismo reproduzido pelos devotos de Santos Reis, em concepções de tempo e de destino presentes no catolicismo popular, donde conflitos e transformações do cotidiano são ocultadas para dar entrada ao sentimento de unidade, identidade comunitária e relações sociais mais harmônicas. Quanto às lacunas que deixamos ao longo da pesquisa, a necessidade de melhor penetração no campo dos conflitos de interesses políticos e institucionais que se desenrolaram nos embates e debates entre folcloristas e acadêmicos, bem como uma contextualização mais aprofundada deste momento (1940-1960) na história do pensamento social brasileiro, e da história do Brasil como um todo. No segundo capítulo não alcançamos as micro relações políticas entre o jornal Correio de Uberlândia e as elites locais, deixando questões como: a que grupo pertence o jornal Correio? Como ele dialoga com as elites, os partidos, os poderes executivo e legislativo e o setor empresarial da cidade? Que tipo de interesses envolvem a cultura popular? Quem são os leitores do jornal, como e por quê o lêem? Sobre a Folia de Santos Reis de Martinésia, e do distrito como um todo, há possibilidade de leitura mais próxima ao seu cotidiano de trabalho e de lazer, bem como de suas três diferentes Folias (da Sede, que pesquisamos, da Mata, e a fora de época ou dos pobres ). Será que elas revelam outras facetas da diversidade social, cultural e religiosa do distrito? Que tipos de conflitos e de relações elas possuem entre si?
170 No campo teórico, deixamos lacunar a problemática dos desafios de se historiar um rito que, por sua natureza, parece recusar as transformações, as rupturas, e por conseguinte, os diálogos e perspectivas de uma história antropológica e de uma antropologia histórica. FONTES
171 ACERVO PARTICULAR: Fotografias do distrito de Martinésia. Fotografias da Folia de Santos Reis de Martinésia. DOCUMENTOS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA: Catálogo Tradições Culturais. Secretaria Municipal de Cultura, 2001/2002. Folhetim Uberlândia Acontece. Prefeitura Municipal, poder executivo, março de 2004. DOCUMENTO DO GOVERNO FEDERAL: Carta das Culturas Populares. Brasília, 26 de fevereiro de 2005. ENTREVISTAS: Alda de Fátima Vieira, 59 anos, proprietária de fazenda em Martinésia. Foi festeira na passagem 2003/2004. Entrevista realizada em 03/05/2005. Antônia Ferreira Pires, 45 anos, migrante, já morou em vários lugares, vive em Martinésia há aproximadamente vinte anos. Figura exemplar do catolicismo popular, analfabeta, possui saberes de benzedeira, parteira e da medicina popular. Moraem casa simples, em terreno doado, aonde cria galinhas e cultiva algumas hortas. Recebe doações de moradores para complemento de sua subsistência. Vive com João Pereira dos Santos, 57 anos, marido de Dona Antônia (sem casamento institucional), trabalhador rural, motorista de caminhão. Entrevista realizada em 10/04/2004. Maria Esmeraldina de Almeida, 54 anos, é dona de casa, morou em Martinésia e até hoje mantêm sítio no distrito, mais para lazer do que produção. É irmã de Dona Alda e foi festeira na passagem 1995/1996. Entrevista realizada em 03/05/2005. Oswandir Antônio Januário, 50 anos, nasceu e sempre morou em Martinésia. Trabalhador rural, pratica várias funções, mas principalmente no trato da silagem, na qual se diz professor. Faz a quinta voz na Folia de Reis, a mais aguda, o choro ao final. Participa de Folia de Reis desde criança, tendo promessa realizada em virtude de doença de sua esposa. Foi festeiro em Folia fora de época. Já foi terceira e quarta voz, bem como alferes de bandeira. Nas festas juninas, diz que é o encarregado da montagem da fogueira e da fabricação dos foguetes. Entrevista realizada em 17/04/2004. JORNAIS: Acervo pessoal de transcrições da pesquisadora e Profa. Dra. Maria Clara Tomaz Machado - UFU/CDHIS.
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