04/11/2012. rígida: usar durante a noite (para dormir) e no início da marcha digitígrada, para manter a ADM do tornozelo.



Documentos relacionados
Atualmente = o objetivo é conseguir, durante a sessão e fora dela, a funcionalidade do paciente (o tônus se adequa como consequência).


MUSCULAÇÃO. Execução correta e ajustes dos principais exercícios livres e em máquinas 21/06/2013 ESCOLHA DOS EXERCÍCIOS

Fisioterapia nas Ataxias. Manual para Pacientes

19/09/2012. Profa. Ms. DANIELA VINCCI LOPES RUZZON

Confederação Brasileira de Tiro Esportivo Originária da Confederação do Tiro Brasileiro decreto 1503 de 5 de setembro de 1906

Foram estabelecidos critérios de inclusão, exclusão e eliminação. Critérios de inclusão: todos os dançarinos com síndrome da dor femoropatelar.

Engenharia Biomédica - UFABC

1) PANTURRILHAS. b) Músculos envolvidos Gastrocnêmios medial e lateral, sóleo, tibial posterior, fibular longo e curto, plantar (débil),

REABILITAÇÃO CARDÍACA

C. Guia de Treino

INVOLUÇÃO X CONCLUSÃO

Manual de Exercícios SPP

Deficiência de Desempenho Muscular. Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa

Dicas para manter a postura e não prejudicar a coluna no dia a dia

Fisioterapia Personalizada a Domicilio

Global Training. The finest automotive learning

O PROJETO. A ESTAÇÃO SAÚDE foi desenvolvida com objetivo de proporcionar aos

Academia Seja dentro ou fora da Academia, nosso Clube oferece espaços para manter a saúde em dia e o corpo em forma

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João

Exercícios para a activação geral e o retorno à calma

3. Pressione o cotovelo, com a maior força possível com a outra mão, em direção ao outro ombro. Fique nesta posição por 10 segundos. Repita 3X.

Semiologia Ortopédica Pericial

Cuidados Posturais. Prof Paulo Fernando Mesquita Junior

Osteoporose. Trabalho realizado por: Laís Bittencourt de Moraes*

Desvios da Coluna Vertebral e Algumas Alterações. Ósseas

Exercícios de força muscular

AVALIAÇÃO CLÍNICA PRECOCE DO EQUILÍBRIO. Versão 2 (15/12/10)

Laboratório de Seating Personalizável

Plano de Exercícios Clinic ABL Antes e Depois do Treino com Bola

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE HÉRNIA DE DISCO SEM CIRURGIA

PADRONIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS

TREINAMENTO 1. Aquecimento: Alongamento: Rodrigo Gonçalves (Comissão Paulista de Cheerleading) (CREF G/SP)

ROTEIRO DE AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA NO ADULTO

Controle Postural. Orientação Postural: Relação adequada entre os segmentos do corpo e do corpo com o ambiente. manter CDM nos limites da BDA

Clínica Deckers. Fisioterapia Exercícios Terapêuticos para o Joelho

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

FUTURO DO GOLFE = NÃO SE BASEIA SOMENTE NA CÓPIA DO SWING PERFEITO - MECÂNICA APROPRIADA - EFICIÊNCIA DE MOVIMENTO

Fisioterapia de coordenação para portadores de ataxia

Avaliação Integrada. Profº Silvio Pecoraro. Specialist Cooper Fitness Center Dallas Texas/USA Cref G/SP

PROTETIZAÇÃO E TIPOS DE PRÓTESES

Cartilha de Fisioterapia para Pacientes da Escola de Coluna

Clínica Deckers. Fisioterapia Exercícios Terapêuticos para a Coluna Lombar O QUE É

11 EXERCÍCIOS PARA PREVENIR LESÕES

Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP

Dicas para uma boa noite de sono

Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim

O treino invisível para aumento do rendimento desportivo

GUIA DE EXERCÍCIOS LIFE ZONE TOTAL FIT

Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento

CARTILHA DE AUTOCUIDADO DE COLUNA

MAT PILATES 1 ÍNDICE: PRE MAT- MAT PILATES 2 MAT PILATES 2

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES PÓS AVE SUBMETIDOS A UM PROTOCOLO DE PILATES SOLO/BOLA

ABORDAGEM DAS DISFUNÇÕES POSTURAIS. André Barezani Fisioterapeuta esportivo/ Ortopédico e Acupunturista Belo Horizonte 15 julho 2012

PROVA ESPECÍFICA Cargo 42. No 3º mês de vida, a criança mantém a cabeça contra a gravidade na postura prono por várias razões, EXCETO:

Por esse motivo é tão comum problemas na coluna na sua grande maioria posturais.

Proteger a medula espinal e os nervos espinais. Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça

DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA LIMPEZA

Uma Definição: "Estudo entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente".

Teste de Flexibilidade

Apostila de Anatomia e Fisiologia Humana Sistema Muscular - Professor Raphael Varial. Sistema Muscular

ESTUDO RADIOLÓGICO DA COLUNA LOMBAR

Alterações da Estrutura Corporal

Seqüência de Desenvolvimento

AVALIAÇÃO DO QUADRIL

Serviço de Medicina Física e Reabilitação INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA DE FRANCISCO GENTIL GUIA DA MULHER SUBMETIDA A CIRURGIA DA MAMA

Clínica Deckers. Fisioterapia Exercícios Terapêuticos para a dor cervical

Postura corporal hábitos causas e consequências

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João

Ergonomia Corpo com Saúde e Harmonia

Exame Fisico do Quadril Celso HF Picado

INFORMAÇÃO - PROVA EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2º CICLO DO ENSINO BÁSICO

Disciplina: Educação Física Unidade didáctica: Andebol Turma: 7º B Aula Número: COMPONENTES CRÍTICAS

Alterações. Músculo- esqueléticas

Dicas para o ensino e prática de atividades motoras e mecanismos de informações para pessoas com deficiência visual

Atuação da Terapia Ocupacional na Melhoria da Qualidade de Vida das Pessoas com Distrofia Muscular

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar

Biomecânica Avançada. Os 6 Tipos de Pés Mais Comuns. Paulo Silva MSSF

INFLUENCIA DA FLEXIBILIDADE NO SALTO VERTICAL EM ATLETAS DE VOLEIBOL MASCULINO

Introdução. O conforto e a Segurança abrangem aspectos físicos, psicossociais e espirituais e. humano.

Manual de cuidados pré e pós-operatórios

A postura saudável para o digitador

Avaliação Fisioterapêutica do Tornozelo e Pé Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

Fitness II PROF. FABIO DUTRA

Fonte:

Anamnese Clínica. Dados pessoais. Geral. Patologias. Nome: Modelo Masculino. Sexo: Masculino. Idade: 32 anos Avaliador: André Almeida

Apresentação e Descrição dos Equipamentos

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA MIELITE TRANSVERSA - ESTUDO DE CASO

FICHA PARA CATÁLOGO. Escola Estadual São José Ensino Fundamental e Médio. Educação Física. Unidade Didática

Reitora Suely Vilela. Diretor da Faculdade de Saúde Pública Chester Luiz Galvão César. Chefe do Departamento de Nutrição Carlos Augusto Monteiro

Acessibilidade, responsabilidade de todos

LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa)

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS GONÇALO SAMPAIO ESCOLA E.B. 2, 3 PROFESSOR GONÇALO SAMPAIO

DE VOLTA ÀS AULAS... CUIDADOS COM A POSTURA E O PESO DA MOCHILA!

Um breve estudo sobre o Nado Borboleta.

PILATES E BIOMECÂNICA. Thaís Lima

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional. Procedimento de Transporte de Material

CARACTERIZAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE LESÕES ESPORTIVAS DURANTE OS 53º JOGOS REGIONAIS

Seqüência completa de automassagem

Transcrição:

04/11/2012 Prolongar o tempo de deambulação independente. Manter a postura correta. Garantir o bom funcionamento das funções cardiorrespiratória e digestiva. Manter a amplitude do movimento. Garantir o crescimento ósseo. Permitir manutenção das AVDs. Profa. Ms. Daniela Vincci Lopes Ruzzon AFO rígida: usar durante a noite (para dormir) e no início da marcha digitígrada, para manter a ADM do tornozelo. AFO articulada: usar durante a marcha (estepante e anserina) para manter a ADM do tornozelo e promover marcha mais funcional. KAFO: usar durante a marcha digitígrada, quando o quadríceps não tiver força suficiente para realizar a extensão do joelho a fim de prolongar a deambulação assistida e o ortostatismo. Extensor de joelho: usado em associação com a AFO para evitar a perda da marcha (no lugar da KAFO). 1

Parapódio: para obter alongamento dos flexores dos MMII (após a escola ou períodos prolongados de uso de cadeira de rodas). Cadeira de rodas adaptada: usada quando não há mais chance de marcha assistida devida à fraqueza da musculatura. Cadeira de rodas: Participação do paciente na escolha. Tamanho adequado. Acessórios: tampo, assento especial firme (evitar inclinação lateral da pelve), descansos elevados para os pés. Evolução da doença: cadeira de rodas motorizada. ANAMNESE GRAU DE INDEPENDÊNCIA NAS AVDs FORÇA MUSCULAR (DINAMOMETRIA) TROFISMO ALONGAMENTO MUSCULAR HABILIDADE FÍSICA PERFORMANCE MUSCULAR EXAME ARTICULAR (GONIOMETRIA) AVALIAÇÃO POSTURAL FUNÇÃO PULMONAR Alongamento muscular + Atividades funcionais + Uso de órtese + Tratamento cirúrgico = Aumento em 3 anos da capacidade de deambulação e em 2 anos da capacidade de ficar em pé + Atraso do desenvolvimento de contraturas e escoliose 2

Manutenção e/ou melhora da força muscular Prevenção de encurtamentos, contraturas musculares e deformidades ósseas Manutenção da capacidade funcional (principalmente a marcha independente) Manutenção e/ou melhora da função respiratória Melhora da qualidade de vida Aceitação no meio social Exercícios ativos livres Exercícios ativo-assistidos Exercícios passivos Exercícios de alongamentos musculares Exercícios de mobilização global Exercícios posturais Treino de marcha Treino de equilíbrio estático e dinâmico Exercícios preparatórios para o uso de órteses Treino específico com as órteses Orientação de manuseios e posicionamentos corretos para AVDs Escolher os exercícios de acordo com os dados obtidos na avaliação. Escolher os exercícios de acordo com as necessidades momentâneas do paciente. Evitar exercícios com carga excessiva (usar somente fraca a moderada). Evitar contração muscular excêntrica. Evitar alongamentos com ADM além do limite do paciente. Incentivar o paciente a manter-se o mais ativo possível, respeitando seu limite individual para evitar a fadiga muscular. Programar os exercícios de forma cautelosa, levando em consideração a fase da patologia em que o paciente se encontra. Fase deambulatória Fase pré-perda da marcha Fase não deambulatória 3

Brincadeiras, jogos e atividades lúdicas. Movimentação ativa, ativa-assistida ou passiva de acordo com as limitações do paciente. Alongamentos musculares. Mobilização global. Treino de equilíbrio em todas as posturas. Exercícios de reeducação postural. Exercícios respiratórios (expansão pulmonar, ventilação não invasiva, reeducação funcional respiratória, desinsuflação pulmonar, higiene brônquica). Treino de marcha. Uso de AFO rígida noturna. Uso de AFO articulada para marcha. Orientações: Postura ereta durante o dia. Permanecer algum tempo em prono com os pés para fora da cama para alongar os flexores de quadril e joelho, a fim de evitar o pé equino. Mesmos exercícios da fase deambulatória (adaptados à condição do paciente). Posição ortostática no parapódio. Uso de órteses longas para marcha. Adaptação do paciente às órteses: Treino de equilíbrio estático e dinâmico. Treino de transferência de peso. Treino de marcha em diferentes tipos de solo e com obstáculos. Evitar postura sentada prolongada. Cirurgia de transferência do tendão do músculo tibial posterior para o dorso do pé (dorsiflexor). Tenotomia percutânea (iliopsoas, tensor da fáscia lata, tibial posterior e tendão calcâneo). Mobilização passiva. Exercícios ativo-assistidos. Prescrição de cadeira de rodas adaptada. Orientação do posicionamento correto nas AVDs. Cirurgia para estabilização da coluna (escoliose). Sentado em cadeira comum: Coluna ereta, apoiada no encosto da cadeira. Apoio dos pés no chão. Mãos apoiadas sobre as pernas ou sobre uma mesa. 4

Sentado em cadeira de rodas: Cabeça e coluna eretas (apoio de cabeça, se necessário). Distribuir simetricamente o peso corporal. Joelhos e tornozelos a 90. Braços apoiados, ombros relaxados, cotovelos a 90. Deitado em supino: Cabeça apoiada em travesseiro baixo. Braços relaxados ao longo do corpo. Perna alinhadas, joelhos flexionados sobre um travesseiro, pés apoiados no colchão. Deitado em decúbito lateral: Cabeça apoiada em travesseiro da altura do ombro do paciente. Rolo nas costas (apoio da coluna). Ombros e quadris na mesma direção. Tornozelos a 90. Travesseiro entre as pernas alinhando os quadris. Alongamento muscular: Tríceps sural Isquiotibiais Iliopsoas Abdutores Paravertebrais lombares. Músculos laterais do tronco. Cadeia anterior de MMSS. 5

Treino de equilíbrio na prancha: Transferência ântero-posterior em pé. Transferência latero-lateral em pé. Transferência ântero-posterior sentado em buda. Transferência latero-lateral sentado em buda com os ombros abduzidos e cotovelos estendidos. Exercícios na bola: Em prono, com os ombros abduzidos e cotovelos estendidos. Sentado, com deslocamento ânteroposterior. Sentado, com deslocamento latero-lateral. Propriocepção de tronco. Sentado, com movimentos de MMSS (flexão, abdução, uni e bilaterais). Exercícios resistidos, ativos livres, ativo-assistidos ou passivos: Flexão e extensão de ombros em supino e sentado. Abdução e adução de ombros em supino e sentado. Abdução e adução horizontal de ombros em supino e sentado. 6

Exercícios resistidos, ativos livres, ativoassistidos ou passivos: Abdução e adução de escápulas, sentado. Flexão e extensão de cotovelo com bastão, sentado. Kabat: padrão de flexão, adução e rotação interna e seu retorno, em supino. Rotação de tronco, sentado. Dissociação de cinturas com apoio dos MMSS, sentado. Exercícios resistidos, ativos livres, ativo-assistidos ou passivos: Extensão de tronco e cabeça em supino. Balanceio ântero-posterior em gato. Treino de equilíbrio em dois apoios (braço e perna contralaterais). Abdominal assistido em supino. Abdominal oblíquo assistido em supino. Exercícios resistidos, ativos livres, ativo-assistidos ou passivos: Dorsiflexão do tornozelo em supino. Flexão e extensão da perna (quadril, joelho e tornozelo) em supino. Abdução e adução do quadril em decúbito lateral. Ponte em supino. Extensão de quadril em prono. 7

Exercícios na barra paralela com órtese: Elevação do quadril (estático). Flexão e extensão do quadril (estático). Abdução e adução do quadril (estático). Transferência de peso latero-lateral. Transferência de peso ântero-posterior. Treino de marcha. Músculos Inspiratórios Explicar os mecanismo da doença. Tirar todas as dúvidas do paciente e da família. Visitas domiciliares periódicas: Solução de problemas. Orientações. Encorajar o paciente a continuar o tratamento. Drenagem Postural 8