PERFIL CONCEITUAL: ANALISANDO RESULTADOS OBTIDOS PARA CONCEPÇÃO DE MATÉRIA E SEUS ESTADOS FÍSICOS



Documentos relacionados
Curso Profissional de Técnico de Energias Renováveis 1º ano. Módulo Q 2 Soluções.

O trabalho infantil hoje e em diferentes épocas: Uma nova Abordagem para o Ensino. de História nas Séries Iniciais

TEORIA ELETRÔNICA DA MAGNETIZAÇÃO

Aula 6 Primeira Lei da Termodinâmica

9. Os ciclos de aprendizagem e a organização da prática pedagógica

HISTÓRIA ORAL NO ENSINO FUNDAMENTAL: O REGIME MILITAR NO EX- TERRITÓRIO DE RORAIMA

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO

QUANTO VALE O MEU DINHEIRO? EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA O CONSUMO.

UTILIZANDO O BARCO POP POP COMO UM EXPERIMENTO PROBLEMATIZADOR PARA O ENSINO DE FÍSICA

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO TRANSFORMADOR NO ENSINO DE CIÊNCIAS PARA OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

Tarcia Paulino da Silva Universidade Estadual da Paraíba Roseane Albuquerque Ribeiro Universidade Estadual da Paraíba

5 Considerações finais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DE OFICINAS PEDAGÓGICAS NAS ESCOLAS DO CAMPO

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

O JOGO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO ENSINO DA MATEMÁTICA

UNIDADE III Análise Teórico-Prática: Projeto-intervenção

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

RELAÇÃO CTSA EM AULAS DE QUÍMICA: AVALIAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE ENSINO PARA O CONTEÚDO DE GASES.

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática

O mundo lá fora oficinas de sensibilização para línguas estrangeiras

A aula de leitura através do olhar do futuro professor de língua portuguesa

PERCEPÇÃO E FORMAÇÃO DE CONCEITOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL RESUMO

Projeto em Capacitação ao Atendimento de Educação Especial

UMA PROPOSTA DE ENSINO DA PROBABILIDADE A PARTIR DO MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E DA LUDICIDADE EM SALA DE AULA

LEITURA E ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM COM LUDICIDADE

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA

PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

AULA. Natércia do Céu Andrade Pesqueira Menezes UNIVERSIDADE PORTUCALENSE. Doutora Sónia Rolland Sobral

PROFISSÃO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA UEPB MONTEIRO PB.

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

RAZÕES QUE DESMOTIVAM E MOTIVAM NA APRENDIZAGEM EM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE PELOTAS

CONSTITUINDO REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS: CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O TRABALHO COM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

FORMANDO PEDAGOGOS PARA ENSINAR CIÊNCIAS NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Regulação Bimestral do Processo Ensino Aprendizagem 3º bimestre Ano: 2º ano Ensino Médio Data:

INVESTIGANDO O OLHAR DOS PROFESSORES EM RELAÇÃO AS PESQUISAS EM CIÊNCIAS

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

TRAÇOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM SÃO LUÍS- MA: UM DIAGNÓSTICO DO PERFIL SOCIOCULTURAL E EDUCACIONAL DE ALUNOS DAS ESCOLAS PARCEIRAS DO PIBID.

O ESTUDO DE CIÊNCIAS NATURAIS ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA RESUMO

Crenças, emoções e competências de professores de LE em EaD

X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador BA, 7 a 9 de Julho de 2010

Métodos de ensino-aprendizagem aplicados às aulas de ciências: Um olhar sobre a didática.

Práxis, Pré-vestibular Popular: Constante luta pela Educação Popular

O ensino de Ciências e Biologia nas turmas de eja: experiências no município de Sorriso-MT 1

O vídeo nos processos de ensino e aprendizagem

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

MÍDIA E ENSINO DE BIOLOGIA: ASPECTOS DE ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NOS PLANEJAMENTOS DE AULA CONSTRUÍDOS POR LICENCIANDOS

Modelagem Matemática Aplicada ao Ensino de Cálculo 1

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO CONTEXTO ESCOLAR

ENSINO A DISTÂNCIA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DA PARAÍBA

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DE LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS NATURAIS

Prova TRE/RJ Ao iniciar uma sessão plenária na câmara municipal de uma pequena cidade, apenas

JOGOS MATEMÁTICOS: EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS

A Teoria dos Jogos é devida principalmente aos trabalhos desenvolvidos por von Neumann e John Nash.

INVENÇÃO EM UMA EXPERIMENTOTECA DE MATEMÁTICA: PROBLEMATIZAÇÕES E PRODUÇÃO MATEMÁTICA

TECNOLOGIA ASSISTIVA DE BAIXO CUSTO: ADAPTAÇÃO DE UM TRICICLO E SUA POSSIBILIDADE TERAPÊUTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

ENSINO DE QUÍMICA: REALIDADE DOCENTE E A IMPORTANCIA DA EXPERIMENTAÇÃO PARA O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

RESUMO. Autora: Juliana da Cruz Guilherme Coautor: Prof. Dr. Saulo Cesar Paulino e Silva COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA

OS CANAIS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO PÓS LDB 9394/96: COLEGIADO ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

OS MEMORIAIS DE FORMAÇÃO COMO UMA POSSIBILIDADE DE COMPREENSÃO DA PRÁTICA DE PROFESSORES ACERCA DA EDUCAÇÃO (MATEMÁTICA) INCLUSIVA.

CURIOSOS E PESQUISADORES: POSSIBILIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Palavra chaves: Piff Geometrico. Sólidos Geométricos. Geometria Espacial..

O JOGO CONTRIBUINDO DE FORMA LÚDICA NO ENSINO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

Investigando números consecutivos no 3º ano do Ensino Fundamental

Disciplina: Alfabetização

POEMAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A LEITURA REALIZADA ATRAVÉS DE BRINCADEIRAS Elaine da Silva Reis UFPB elainereis1406@gmail.

MODELAGEM MATEMÁTICA: PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO 1

A origem dos filósofos e suas filosofias

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

Gabriela Zilioti, graduanda de Licenciatura e Bacharelado em Geografia na Universidade Estadual de Campinas.

INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA

CONSTRUÇÃO DE QUADRINHOS ATRELADOS A EPISÓDIOS HISTÓRICOS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA RESUMO

Utilizando conceitos termodinâmicos na explicação de uma reação química

II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores

Avaliação-Pibid-Metas

PLANO DE TRABALHO TÍTULO: PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA DAS CRIANÇAS

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Introdução Mídias na educação

ÁGORA, Porto Alegre, Ano 4, Dez ISSN EDUCAR-SE PARA O TRÂNSITO: UMA QUESTÃO DE RESPEITO À VIDA

O ENSINO DE ESTATÍSTICA NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO OFERECIDO NA MODALIDADE À DISTÂNCIA: AVALIAÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA

O QUE OS ALUNOS DIZEM SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: VOZES E VISÕES

ANÁLISE DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DE XINGUARA, PARÁ SOBRE O ENSINO DE FRAÇÕES

5 Controle de Tensão através de Transformador com Tap Variável no Problema de Fluxo de Potência

SALAS TEMÁTICAS: ESPAÇOS DE EXPERIÊNCIAS E APRENDIZAGEM. Palavras Chave: salas temáticas; espaços; aprendizagem; experiência.

Palavras-chave: Ambiente de aprendizagem. Sala de aula. Percepção dos acadêmicos.

TÍTULO: COMO INTERLIGAR OS LIVROS DE LITERATURA INFANTIL COM OS CONTEÚDOS MATEMÁTICOS TRABALHADOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

O TRABALHO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA ATRAVÉS DA TECNOLOGIA DO TABLET NA APAE DE CASCAVEL-PARANÁ

UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE DE MODELAGEM MATEMÁTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDOS MATEMÁTICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL I

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA ESCRITA COMO INSTRUMENTO NORTEADOR PARA O ALFABETIZAR LETRANDO NAS AÇÕES DO PIBID DE PEDAGOGIA DA UFC

JOGO DE PALAVRAS OU RELAÇÕES DE SENTIDOS? DISCURSOS DE LICENCIANDOS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRODUÇÃO DE TEXTOS EM UMA AVALIAÇÃO

BROCANELLI, Cláudio Roberto. Matthew Lipman: educação para o pensar filosófico na infância. Petrópolis: Vozes, RESENHA

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM INCLUSIVAS: ENTRE ENCANTOS E DES(ENCANTOS) PALAVRAS-CHAVE: Estratégias. Aprendizagem. Inclusão

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID): UMA AVALIAÇÃO DA ESCOLA SOBRE SUAS CONTRIBUIÇÕES

INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

PRATICANDO O RCNEI NO ENSINO DE CIÊNCIAS - A CHUVA EM NOSSA VIDA! RESUMO

Adequação dos estímulos; Especificação operacional; Estrutura flexível; Ordenação.

Transcrição:

PERFIL CONCEITUAL: ANALISANDO RESULTADOS OBTIDOS PARA CONCEPÇÃO DE MATÉRIA E SEUS ESTADOS FÍSICOS CONCEPTUAL PROFILE: ANALYSING RESULTS OBTAINED FOR CONCEPTION OF MATTER AND ITS PHYSICAL STATE Maria Bernadete de Melo Cunha Colégio Estadual Luiz Vianna-SEC/BA Universidade Federal da Bahia/ Faculdade de Educação berna.dete@uol.co.br Resuo Este trabalho apresenta o perfil de alunos e alunas para a atéria e seus estados físicos coo resultado de análise feita a partir de atividades desenvolvidas e sala de aula e e laboratório de Quíica, para a construção desses conceitos, baseado no perfil conceitual proposto por Mortier (2000). Palavras-chave: atéria, perfil conceitual, ensino. Abstract This work shows the profile of students for the atter and its physical state as a result of an analysis done fro activities ade in Cheistry s class and lab, to construct the conceits, based in a conceptual profile proposed by Mortier (2000). Keywords: atter, conceptual profile, teaching. Introdução Trabalhando co seis turas da 1ª série do Colégio Estadual Luiz Viana, e Salvador-BA, durante o ano letivo de 2002, realizei ua intervenção didática, e que alunos e alunas fora levados a copreensão de conceitos, a partir de atividades efetuadas por eles/elas e sala de aula e e laboratório de Quíica, para desenvolver u odelo cinético-olecular para os estados físicos dos ateriais, propostas por Mortier (2001), discutindo as propriedades dos ateriais e seus estados físicos para que se pudesse chegar a copreensão da constituição da atéria por partículas, isto é, a natureza particulada da atéria (CUNHA & FREIRE JR., 2003). Os resultados apresentados por alunos e alunas e questões abertas e desenhos representativos fora tabelados e, por fi, analisados através do perfil conceitual proposto por Mortier (2000). Desse odo, o presente trabalho apresenta o perfil conceitual de alunos e alunas de ua das turas envolvida neste trabalho, escolhida aleatoriaente, designada coo Tura A, referente ao conceito de atéria e seus estados físicos. Metodologia Baseada na proposta idealizada por Mortier (2000), fora realizadas atividades para verificar a copreensão de alunos e alunas acerca da atéria e de seus estados físicos, trabalhando, e sala de aula e laboratório de Quíica, co as propriedades coo copressão e epansão de gases, dilatação de líquido, udança de estado físico e solubilidade de ateriais. Essas propriedades fora discutidas e atividades, adaptadas às condições do estabeleciento de ensino e que fora aplicadas, consideradas coo pré-testes para verificar as concepções iniciais de alunos e alunas, atividades consideradas coo de generalização para o odelo atoista da atéria e seus estados físicos coo aplicação desse odelo a situações diversas, e atividades consideradas coo pós-testes para verificar as concepções de alunos e alunas ao final dos processos de ensino e aprendizage. ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 1

Fora obtidos dados a partir das respostas dadas por alunos e alunas a questões abertas e/ou desenhos representativos. (CUNHA, 2003 e CUNHA & FREIRE JR., 2003). Co esses dados, fora confeccionadas tabelas de resultados por alunos e alunas baseadas na proposta de Mortier (2000) para o perfil conceitual, adaptando-as, de acordo co as atividades realizadas e sala de aula. A partir dessas tabelas, fora forados grupos constituídos por alunos e alunas, para as atividades referidas acia, o que possibilitou o traçado do perfil conceitual desses estudantes podendo-se analisar a evolução conceitual alcançada. Resultados e discussão Mortier, utilizando referencial de Bachelard e relação ao perfil episteológico proposto por esse filósofo, indicou coo u conceito científico, ais especificaente conceito quíico, pode se situar e diferentes correntes filosóficas, assi, etrapolando a noção do perfil episteológico de Bachelard, Mortier vai utilizá-lo para análise de conhecientos quíicos e situações de ensino-aprendizage preferindo trabalhar co as concepções dos alunos e alunas, aditindo a possibilidade de que estes possa usar diferentes foras de pensar e diferentes doínios. Para analisar a evolução da aprendizage e salas de aula, Mortier propõe o perfil conceitual (MORTIMER, 1992 e 1994) entendendo, juntaente co outros autores coo Driver, Asoko, Leach e Scott que: e vez de construir ua única e poderosa idéia, os indivíduos pode apresentar aneiras diferentes de pensar [ ] dentro de doínios específicos (DRIVER, ASOKO, LEACH, SCOTT & MORTIMER, 1999, p. 34). Recorrendo a Bachelard, Mortier eplica a possibilidade de u indivíduo apresentar diferentes foras de pensar e representar a realidade a sua volta, pois, para o perfil episteológico daquele filósofo, u conceito necessitaria das diferentes visões filosóficas para ser eplicitado. Desse odo, para o perfil conceitual te-se que: cada zona do perfil corresponde a ua fora de pensar e falar sobre a realidade que convive co outra diferente nu eso indivíduo (AMARAL & MORTIMER, 2001). Mortier, defendendo o perfil conceitual, vai colocar que este perite a evolução das idéias dos estudantes e sala de aula não coo ua substituição de idéias alternativas por idéias científicas, as coo a evolução de u perfil de concepções.(mortiner, 2000). Desse odo, as novas idéias pode conviver co as idéias anteriores, desde que seja epregadas e contetos apropriados. Assi, o que se espera é que haja evolução de idéias, que elas possa conviver e possa ser usadas e situações convenientes. E cou co o perfil episteológico, o perfil conceitual apresenta a característica da hierarquia entre as diferentes zonas, ou seja, a cada zona que se sucede no perfil, o poder de eplicação é aior que na zona anterior, poré, coo chaa a atenção Mortier, ao perfil conceitual fora acrescentadas características que o distingue do perfil episteológico coo a diferenciação entre as zonas, levando-se e consideração aspectos episteológicos e ontológicos do conceito discutido, pois cada zona do perfil corresponde a ua fora de pensar e falar sobre a realidade, ebora essas foras conviva e u eso indivíduo; ua segunda característica é a necessidade que o indivíduo toe consciência do seu próprio perfil, ou seja, fique ciente de que conceito usar a cada nova situação; coo últia característica acrescentada, é que os níveis pré-científicos do perfil não corresponde a escolas filosóficas de pensaento, sendo influenciados pela cultura de cada indivíduo. ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 2

A distinção que se poderia fazer para o perfil conceitual é justaente a convivência de idéias divergentes nu eso indivíduo, não ocorrendo ua udança ou substituição de conceitos. Desse odo, a diferença apontada por Mortier e relação ao perfil episteológico é que no perfil conceitual não se te a intenção de ostrar que concepções seja ultrapassadas as que possa ser copleentares (MORTIMER, 1997, 2000). O perfil conceitual vai peritir que o processo de foração de conceitos por alunos e alunas e salas de aula possa ser acopanhado, entendendo-se que diferentes pontos de vista pode ser copleentares. Assi é que, segundo Aaral, Scott e Mortier, as três características básicas que fundaenta a noção de perfil conceitual, são: "o pluraliso filosófico eistente na constituição de u conceito; a heterogeneidade do pensaento verbal presente e u indivíduo; a copleentaridade entre diferentes visões sobre u eso conceito" ( AMARAL, SCOTT & MORTIMER, 2003). No ensino de u conceito, tendo por base o perfil conceitual, alunos e alunas deve ter consciência das diferentes zonas do perfil, do conteto de aplicação de cada ua delas e das relações eistentes entre elas. Ao eplicare as zonas do perfil conceitual, Aaral e Mortier coloca que: cada zona e u perfil conceitual oferece ua aneira de olhar o undo que é única e diferente das outras zonas. (AMARAL & MORTIMER, 2001). cada zona conceitual corresponde a diferentes foras de ediação, a diferentes teorias e linguagens, que traduze o undo e suas próprias foras (ide, 2001). Nesse sentido, os estudantes ao lidare co objetos ateriais não precisaria, a todo o oento, pensare e partículas, ovientos e interações as, para eplicare fenôenos físicos ou quíicos esta necessidade estaria presente. As diversas zonas estabelecidas no perfil conceitual eplicitado por Mortiner apresenta-se coo realista ou de senso-cou e que as concepções estão diretaente relacionadas à percepção sensorial, isto é, apoiada nos sentidos (visão, olfato, tato, etc), aniista e que é atribuída vida a objetos ou coisas inaniadas, epirista e que se leva e conta edidas que possa ser realizadas, ultrapassando a realidade iediata através do uso de instruentos de edida, substancialista e que são atribuídas propriedades acroscópicas a entidades icroscópicas e racionalista e que se opera co entidades icroscópicas que pode ser eplicadas por odelos representativos. Para os conceitos quíicos, Mortier indica que o racionaliso pode ser copreendido coo racionaliso clássico, e que os conceitos da quíica clássica faze parte de ua rede de relações racionais, e o racionaliso oderno e que os conceitos da quíica oderna se torna ais copleos, fazendo parte de ua rede ais apla de conceitos. Mortier acrescenta tabé o racionaliso conteporâneo, indicando que este ainda está e desenvolviento. Para o ensino das ciências, o perfil conceitual contribuiria para que se pudesse estabelecer estratégias de ensino, através da deterinação das categorias que constitue as diferentes zonas do perfil do conceito a ser estudado, assi coo para analisar a evolução conceitual e sala de aula, apontando obstáculos na construção de conceitos ais avançados, constituindo-se e u instruento de análise para relacionar as idéias dos alunos e alunas co aquilo que é discutido na escola e co o que é cientificaente aceito no pressuposto de que o ensino de ciências pode ser relevante para a vida cotidiana. (MORTIMER, 1992, 1996, 1997, 2001). Para traçar o perfil conceitual de alunos e alunas, coo instruento de análise dos resultados obtidos e sala de aula a partir das atividades realizadas, Mortier (2000) apresenta tabelas que fora adaptadas para a situação vivenciada pela Tura A referida neste trabalho. Por liitação de espaço no presente trabalho, serão apresentadas e destaque alguas tabelas que resue os resultados obtidos nas atividades consideradas coo pré-testes, atividades ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 3

consideradas coo pós-testes e de generalização do odelo atoista, obedecendo a esa nueração já eistente.(cunha, 2003). Essas tabelas apresenta os aspectos relevantes para que seja analisada a presença de que odelo para a atéria está presente e alunos e alunas antes e após os processos de ensino e aprendizage. Coo se buscou a copreensão do odelo de partículas por alunos e alunas, aspectos considerados para esse odelo, coo a presença de idéias descontínuas, traduzidas e aspectos coo a eistência de espaços vazios entre partículas, o seu oviento, a conservação da assa e a densidade dos ateriais, fora ressaltados nas tabelas confeccionadas para a finalidade proposta. Coo eiste a discussão da não-identificação direta dos sujeitos envolvidos nua pesquisa por questões éticas, os alunos e alunas da Tura A apresentados neste trabalho, fora noinados por abreviações ou apelidos nos resultados discutidos e/ou tabelados, procurando-se evitar que seja identificados. Desse odo, a Tabela 5, vista a seguir, resue os dados para as atividades realizadas coo prétestes por alunos e alunas da Tura A (CUNHA 2003), ressaltando as idéias atoistas apresentadas até aquele oento. Até esse oento, o que se pretende é acopanhar a evolução das idéias dos alunos e alunas acerca da natureza particulada da atéria, assi, essa tabela faz u balanço da concepção atoista apresentada durante a realização das atividades consideradas coo pré-testes. Por essa tabela, pode-se ver que soente três estudantes (Deb, Carol e Fab) dão definições atoistas para os diferentes estados físicos, desde o início das atividades. A representação descontínua para os estados físicos, é feita por u núero aior de alunos e alunas, ebora isto aconteça, na aioria das vezes, para o estado gasoso. Para essa Tabela, a ausência de substancialiso foi considerada para o caso dos alunos e alunas que fizera uso de representação descontínua e algua das atividades dos pré-testes interpretada coo odelo atoista clássico. Para a conservação da assa, nessa tabela, foi considerado o registro dessa ocorrência pelo enos ua vez, nas atividades realizadas por alunos e alunas, podendo-se constatar que os estudantes apresenta a conservação da assa coo u dado relevante entre aqueles considerados para a concepção atoista da atéria, haja vista que, para a representação descontínua, foi considerados o odelo atoista, substancialista e o odelo isto, ou seja, aqueles que apresentava evidência de descontinuidade, nessas atividades. Justifica-se a escolha de haver considerado a presença e pelo enos ua ocorrência dos aspectos discutidos anteriorente, quais seja: definições atoistas, representações descontínuas, ausência de substancialiso e conservação da assa, para posicionar os alunos e alunas nesta tabela, pelo fato de valorizar a anifestação da presença da idéia de descontinuidade entre as concepções de alunos e alunas. Nesse caso, foi considerada a possível estabilidade das concepções prévias frente às discussões realizadas nas atividades dos pré-testes haja vista que diferentes autores, a eeplo de Scott (1983) e Chi (1991), coo afira Mortier: adite a possibilidade de que as idéias prévias dos alunos possa sobreviver ao processo de ensino-aprendizage (MORTIMER, 1994, p. 31) ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 4

Tabela 5 Aspectos das idéias dos alunos e alunas que se aproia de ua concepção Atoista Noe Definição atoista p/ sól, líq, gas Representação descontínua Ausência de substancialiso Evidência de conservação de assa Joluc s Rod Jaq Rei Fran N. Marci Thia Deb Carol Fab Cel Leon Louri Mil Ang Ta Mari Mon Sost s Ean s Nei Jose Ren S. Gise Fabi Clei Dai Marc Vivi Ren N. Gil Lili Chei Rai s Alb Iva Mart Fran B. s Math Kari Luc Juli Tig s Van Rog Lean Barb = arcação de resposta = isto s= substancialista ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 5

A Tabela 13 tabé resue os dados para as atividades realizadas pela Tura A dessa vez coo pós-testes e de generalização do odelo, considerando-se as idéias atoistas apresentadas na discussão desse odelo para os ateriais após os processos de ensino e aprendizage. Noe Tabela 13 idéias atoistas dos alunos e alunas depois do ensino Definição atoista para sól, líq, gás s l g Representação descontínua s l g Copensação de perturbação Capacidade de generalização açúcar KMnO 4 Joluc Rod Jaq Rei Fran N. Marci Thia Deb Carol Fab Cel Leon Louri Mil Ang Ta Mari Mon Sost Ean Nei Jose Ren S. Gise s Fabi Clei Dai Marc s Vivi Ren N. Gil Lili Chei Rai Alb Iva s Mart s Fran B. Math Kari Luc Juli Tig Van Rog Lean Barb Coparando-se as Tabelas 5 e 13, que apresenta u quadro geral das atividades realizadas coo pré-testes, antes do ensino, e pós-testes, após o ensino, respectivaente, pode-se verificar u avanço significativo e relação à definição e representação para os ateriais. ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 6

No início, por eeplo, apresenta definição atoista, confore anteriorente colocado, os estudantes Deb, Carol e Fab (três estudantes). No final, alé desses estudantes, tabé Leon, Mil, Nei, Marc e Ren N. (oito estudantes, no total) o faze para os diferentes estados físicos. Para a representação descontínua, observa-se, tanto nas atividades de pré-testes coo nas atividades de pós-testes, u núero aior para representação do estado gasoso co odelo descontínuo. Poder-se-ia usar coo coparação entre as atividades realizadas coo pré-testes e pós-testes, a presença ou não do substancialiso nas respostas obtidas, podendo-se constatar o pouco uso dessa categoria pelos estudantes, inclusive diinuindo nas atividades de pós-teste. Por outro lado, a conservação da assa pode ser considerada u aspecto copreendido por parcela significativa dos estudantes nas atividades realizadas. Co os resultados obtidos nas atividades consideradas coo pré-testes e nas atividades consideradas coo generalização e pós-testes, fora forados grupos constituídos por alunos e alunas para o traçado do perfil conceitual. Para a foração dos grupos co os pré-testes, os critérios considerados fora os seguintes: Grupo 1 - definição realista ou epírica de estados físicos, representação contínua ou ista, ausência de conservação da assa. Grupo 2 - definição realista ou epírica de estados físicos, representação contínua ou ista, conservação da assa. Grupo 3 - definição realista ou epírica de estados físicos, representação descontínua, substancialiso, conservação da assa. Grupo 4 - definição realista ou epírica de estados físicos, representação descontínua, conservação da assa. Grupo 5 - definição atoista de estados físicos co ressalvas para representação e conservação da assa. Para a foração dos grupos co as atividades de generalização do odelo atoista e pós-testes, os critérios considerados fora os seguintes: Grupo I - idéias realistas (contínuas): IA - não generaliza e não copensa a perturbação. IB - generalização e copensação parcial ou copleta. Grupo II - alguas características atoistas: IIA - não generaliza e não copensa a perturbação. IIB - generalização e copensação parcial. Grupo III - características atoistas: IIIA - não generaliza e não copensa a perturbação. IIIB - generalização e copensação parcial. Baseado nesses grupos foi traçado o perfil conceitual apresentado por alunos e alunas da Tura A, para a atéria e seus estados físicos, apresentado na Tabela 14 co o qual pode-se analisar a evolução conceitual obtida por esses estudantes. ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 7

Tabela 14 Perfil conceitual de alunos e alunas da Tura A 1 2 3 4 5 IA IB IIA IIB IIIA IIIB Rod Rod Mil Mil Mon Mon Ren S Ren S Clei Clei Dai Dai Chei Chei Luc Luc Thia Thia Ang Ang Ren N Ren N Van Van Marci Marci Mari Mari Vivi Vivi Cel Cel Nei Nei Marc Marc Gil Gil Math Rei Rei Fran N Fran N Leon Leon Louri Louri Lili Lili Kari Kari Juli Juli Rog Rog Lean Lean Barb Joluc Joluc Sost Sost Ean Ean Rai Rai Fran B Fran B Tig Fabi Fabi Ta Ta Jaq Jaq Jose Jose Gise Gise Alb Alb Iva Iva Mart Mart Deb Deb Carol Carol Fab Fab ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 8

Analisando a Tabela 14, pode-se observar que alunos e alunas, coo Ren S, Chei, Luc, Mari, colocados no Grupo IA, alé de Rod, Mon, Dai, Thia, Ang, Marci e Vivi, colocados no Grupo IB, peranecera co idéias realistas, portanto, do eso odo coo se encontrava de início (Grupo 1), não tendo praticaente avançado no perfil. Situação seelhante apresenta alunos e alunas coo Rei, Fran N., Louri, Kari, Juli (Grupo IA) assi coo Gil e Lean (Grupo IB), co idéias realistas ao final. Esses estudantes encontravase no Grupo 2, inicialente, diferindo dos anteriores por considerare a conservação da assa nas transforações observadas. Apesar de apresentare idéias realistas, os estudantes que se encontra no Grupo IB, fizera generalização e/ou copensação, o que pode ser justificado, talvez, por estare participando co outros colegas nas atividades realizadas co essas finalidades, acopanhando-os nas respostas dadas. Alguns alunos e alunas, coo se pode ver na Tabela 14, apresenta u retrocesso no perfil, pois, de início, encontra-se no Grupo 3, coo Ean, Rai e Fran B ou no Grupo 4, coo Jaq, Gise, Alb, Mart e Fabi, voltando atrás nas suas definições e/ou representações, estando ao final, nos Grupos IA (Ean e Alb) ou IB ( Rai, Fran B, Fabi, Jaq, Gise e Mart), co idéias realistas (contínuas). 1 Apresenta evolução no perfil, coo pode ser visto na Tabela 14, os estudantes Cel, Nei e Lili, que sae do Grupo 2 (idéias contínuas) para o Grupo IIB. O eso pode ser dito dos estudantes Clei e Van, dando inclusive u salto aior no perfil, pois de início estava no Grupo 1 (se nenhua característica atoista) e chega até o Grupo IIB no qual apresenta alguas características atoistas co generalização e/ou copensação parcial, ou seja, aplicando essas idéias a situações diversas. Pode-se observar que Rog apresenta evolução no perfil, pois, inicialente, está no Grupo 2 (definição e representação realista) e passa para o Grupo IIA, co alguas características atoistas se, contudo, generalizar ou copensar essas idéias. O eso ocorre co Leon, tabé apresentando evolução no perfil, pois, de início, tinha definição e representação contínuas (Grupo 2) e, no final, encontra-se no Grupo IIIA, co características atoistas, ebora tabé não tenha epregado essas idéias a situações novas, ou seja, diversas daquelas discutidas anteriorente nas atividades consideradas coo pré-testes. Era de se esperar que alunos e alunas coo Joluc e Sost, inicialente no Grupo 3, e Ta, Jose, Iva e Fabi inicialente no Grupo 4, apresentando idéias descontínuas desde os pré-testes, tivesse avançado ais no perfil, pois chegara ao final dos processos de ensino e aprendizage, nos Grupos IIA (Joluc) e IIB (os deais), co alguas características atoistas. Cabe destacar o avanço considerável no perfil, apresentado por Mil, Ren N (Grupo 1) e Marc (grupo 2), estudantes que inicialente tê idéias realistas co representação e definição contínuas e, ao final, estão no Grupo IIIB co características atoistas, tendo generalização e copensação parcial, sendo, assi, os que ais avançara no perfil. É necessário registrar que estudantes coo Deb, Carol e Fab, que de início colocava idéias atoistas, prosseguira, apresentando ao longo dos processos de ensino e aprendizage, essas colocações estando, ao final, no Grupo IIIB tabé. Desse odo, te-se, pela Tabela 14, seis estudante no Grupo IIIB, o ais avançado desse perfil. Vale salientar que os grupos apresentados para o perfil conceitual, fora constituídos de aneira diversa daquela proposta por Mortier (2000) coo pré-testes, pois, desde o início das atividades, três estudantes fizera colocações atoistas, coo conheciento prévio, justificando a criação do Grupo 5 e que esses estudantes fora colocados. O eso ocorreu nos grupos após o ensino, devido a diferenças de alguas atividades consideradas coo póstestes, co conseqüente ausência de dados correlatos, e pela escolha e valorizar definições e representações descontínuas ais que generalização e copensação do odelo atoista, ebora se tenha levado e conta esses aspectos nos resultados. Deve-se ressaltar que a idéia de ostrar, 1 Pela Tabela 14, pode-se ASSOCIAÇÃO observar que BRASILEIRA os estudantes DE PESQUISA Math, Tig EM e Barb, EDUCAÇÃO não estão EM CIÊNCIAS colocados nos grupos dos pósteste, pois os esos abandonara o curso durante o ano letivo. ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 9

nos grupos forados, ua seqüência crescente de copleidade das idéias foi antida de acordo co os grupos propostos por aquele autor. Conclusão O perfil conceitual apresentado por alunos e alunas da Tura A, para a atéria e seus estados físicos, apresentado neste trabalho, coo se pôde verificar, ostra avanços significativos nas concepções de alguns estudantes, u pouco enos e outros, assi coo alguns retrocessos fora tabé apontados. Desse odo, o perfil conceitual traçado para a Tura A perite avaliar, pelos grupos constituídos por alunos e alunas, aqueles/aquelas que conseguira chegar ao uso de características para o odelo de partículas para a atéria, colocados nos Grupos II e III, e aqueles/aquelas que peranecera co u odelo contínuo para os ateriais, colocados no Grupo I. De toda fora, pode-se verificar u oviento de idéias e relação aos teas trabalhados desde as discussões realizadas a partir das respostas das atividades consideradas coo pré-testes. Meso tratando-se de u trabalho de natureza qualitativa, deve ser colocado u balanço final dos resultados obtidos e relação ao perfil conceitual, anteriorente analisado. Para ua tura de quarenta e sete alunos e alunas que, de início, representava e/ou definia, e sua aioria, os ateriais de fora realista, chega-se ao final verificando-se que, ebora ainda peraneça vinte e seis estudantes co idéias realistas, entre os quais oito retrocedera nas suas concepções iniciais, há que se ressaltar, por outro lado, os avanços apresentados. Desse odo, observa-se que sete estudantes apresentara as características para o odelo atoista clássico, e ais onze estudantes apresentara alguas características atoistas, perfazendo u total de dezoito alunos e alunas que define e/ou representa a atéria coo descontínua, antendo coerência entre as respostas dadas, ostrando u avanço significativo, tendo e vista as condições e que as atividades fora eecutadas. Nesse sentido, os resultados apresentados no perfil de alunos e alunas, fortalece a visão inicial de que o coeço das atividades na disciplina Quíica, no nível édio de ensino, pode ser feito a partir do entendiento das propriedades dos ateriais, observadas a nível acroscópico, para se chegar à constituição dos esos ao nível de partículas, portanto, a nível icroscópico, trabalhando-se co odelos eplicativos, a nível representacional, para os fenôenos estudados. O acopanhaento da evolução dessas idéias pode ser realizado através do perfil conceitual. Referências AMARAL,M.E. & MORTIMER, E., Ua proposta de perfil conceitual para o conceito de calor, Revista da ABRAPEC, vol.2, n.3, set/dez, 2001. AMARAL,M.E., SCOTT,P. & MORTIMER,E., Analisando relações entre aspectos episteológicos e discursivos na sala de aula de quíica. In: Encontro Nacional de Pesquisa e Educação e Ciências ENPEC, IV, 2003, Bauru. Resuos... Bauru: UNESP, 2003. CUNHA,M.B.M. Perfil conceitual: trabalhando concepção de atéria e estados físicos dos ateriais co alunos e alunas do ensino édio. 2003. 104f. Dissertação de estrado. UFBA/UEFS. Salvador, 2003. CUNHA,M.B.M & FREIRE JR.,O. Perfil conceitual: trabalhando concepções de atéria através de suas propriedades co alunos e alunas do ensino édio. In: Encontro Nacional de Pesquisa e Educação e Ciências ENPEC, IV, 2003, Bauru. Resuos... Bauru: UNESP, 2003. DRIVER,R., ASOKO,H., LEACH,J., MORTIMER,E., & SCOTT, Construindo conheciento científico na sala de aula, Trad. Mortier, Quíica Nova na Escola, n.9, ai., 1999. MORTIMER, E.F. Linguage e Foração de Conceitos no Ensino de Ciências. UFMG, 2000, 383p. ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 10

MORTIMER, E.F., Pressupostos episteológicos para ua etodologia de ensino de Quíica: udança conceitual e perfil episteológico. Quíica Nova na Escola, vol.15, n.3, 1992., Concepções atoistas dos estudantes, Quíica Nova na Escola, n.1, ai 1995., Construtiviso, udança conceitual e ensino de Ciências: para onde vaos? Investigações e Ensino de Ciências, vol.1, n.1, 1996., & MACHADO, A.H., Quíica para o ensino édio, Série Parâetros, vol. único, Scipione, 2003., O significado das fórulas quíicas, Quíica Nova na Escola, n.3, ai. 1996., Para alé das fronteiras da Quíica: relações entre Filosofia, Psicologia e Ensino de Quíica, Quíica Nova, 20(2), 1997. ATAS DO V ENPEC - Nº 5. 2005 - ISSN 1809-5100 11