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# 37//2010 CASA DO FUTURO Arsenal tecnológico promete facilitar cotidiano DESIGN EXCLUSIVO Joias personalizadas para mulheres únicas ARTE EM FOCO Candido Portinari é tema de exposição na Pinacoteca do Estado SERRA DA GRACIOSA Beleza nas curvas e muito sabor na culinária paranaense

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OUTONO FOTO: ISTOCKPHOTO.COM / HIREKATSU Rubro e tons terrosos na estação mais charmosa do ano

OLHAR nabaroneza #37 \\ 7 FOTO: ISTOCKPHOTO.COM / DPAINT FOTO: ISTOCKPHOTO.COM / HIREKATSU FOTO: ISTOCKPHOTO.COM / KG REGGAIN O outono é outra primavera, Albert Camus

Conselho Editorial: Superintendência: Publicação bimestral, custeada integralmente por anunciantes É proibida sua reprodução total ou parcial, sem autorização por escrito do editor. A Fontpress Comunicação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias inclusos nesta edição. Navegue pelas versões on-line da nabaroneza: Jornalista responsável: Editora-chefe: Editora: Colaboradores: Reportagem: Fotografia: Direção de arte e editoração: Foto de capa: Diretora comercial: Executivos de negócios: Produção e publicação: Contato: Av. Pavão, n. 955, cj. 85, Moema São Paulo, SP CEP 04516-012 Telefone: (11) 5044-2557 E-mail: nabaroneza@fontpress.com.br Impressão: Para anunciar: 26 40

10 anos de muita vida CARTA DO EDITOR nabaroneza #37 \\ 9 Impossível não pegar carona no tema da bela campanha que anuncia a última fase de lotes da Quinta da Baroneza. Quanto vale nossos dez anos de vida? Vale muito. É só olhar para os lados e constatar que o tempo só nos trouxe coisas boas: jardins crescidos, muitas novas casas e proprietários cada vez mais empenhados em participar da manutenção e melhorias do condomínio. Questões como a do heliponto, que juntos conseguimos resolver, exigiram a dedicação de uns, paciência e tolerância de outros. O importante é que o novo heliponto já está em funcionamento e o antigo só será usado em casos de emergência médica. E por falar em troca, a revista comemora o aniversário da editora Fontpress busca um visual mais moderno e arejado, com uso de se refere a conteúdo o objetivo é tornar a revista mais interessante e útil; sempre com uma matéria sobre práticas sustentáveis, artigos sobre cultura, Ao longo das próximas edições vamos seguir inovando, em busca de uma revista tão especial quanto tudo o que fazemos na Quinta da Baroneza. opinião é claro que vale muito. Parabéns a todos nós por esses dez anos especialmente valiosos! Conselho Deliberativoo Vista do Residencial Quinta da Baroneza FOTO: MASCARO / ARQUIVO QB 56 ÍNDICE 64 10 // 16 // 18 // 22 // 26 // 38 // CLUBE HÍPICO GOLFE CLUBE MEIO AMBIENTE CIDADANIA MUNDO GOURMET 40 // 46 // 56 // 64 // 70 // GALERIA VITRINE ACONTECE Clube Hípico VIVER BEM ÚLTIMA PÁGINA

10 // CLUBE HÍPICO nabaroneza #37 HABILIDADE E OBEDIÊNCIA Prática de adestramento traz ganhos ao animal e facilita sua integração com o cavaleiro POR ALESSANDRO GONÇALVES // FOTOS: SÉRGIO SHIBUYA

12 // CLUBE HÍPICO nabaroneza #37 Muito já se ouviu sobre o adestramento de cavalos. Por mais que não se conheça o processo na íntegra, quase todo mundo tem uma mínima noção a respeito dele. Para compreender um pouco melhor os conceitos que abarca, entretanto, um bom começo é buscar as conotações do verbo do qual deriva o substantivo adestramento. em dicionários da Língua Portuguesa, como o Houaiss, adestrar habilitar, entre outras possíveis acepções. Chegamos, pois, ao ponto de partida. Segundo a Confederação Brasileira de Hipismo, o objetivo do adestramento é ajudar o cavalo a desenvolver, por meio de exercícios, a capacidade de executar movimentos, tornando-o e claro, agradável a quem vai montá-lo. Para isso, as sessões de treino devem ocorrer sem violência. O uso da força física pode comprometer a aprendizagem e acarretar até danos psicológicos ao animal. Embora comum atualmente, esse raciocínio é datado de épocas mais remotas do que se possa imaginar. Coisa de grego A ideia teve origem com Xenofonte, historiador dos tempos da Grécia Antiga, que melhor do que ninguém soube ensinar os equinos que adestrava. É dele o clássico livro Manual de Cavalaria, em que esse conceito é explicado. Xenofonte propunha um treinamento baseado em métodos suaves. Sugeria, por exemplo, amansar em vez de domar. De acordo com a cartilha do grego, aquilo que o animal realiza coagido não envolve compreensão. Em resumo, com a utilização do tratamento pa-

ciente e racional, obtêm-se melhores resultados. Esquecidos durante um bom tempo, os princípios de Xenofonte ressurgiram no Renascimento, período em que a equitação clássica tornou-se um dos principais divertimentos de reis e nobres. Até hoje, aliás, os cavalos da Escola Espanhola de Equitação, localizada em Viena, e da Escola Nacional de Equitação de Saumur, na França, são treinados em consonância com esses ensinamentos. Em princípio, todo cavalo de sela deveria ser adestrado, ao ADESTRAMENTO BÁSICO Começa duas semanas antes da apartação (separação de certos animais do rebanho), período em que o potrinho deve ser iniciado na doma de cabresto. O procedimento é simples. Ao lado da mãe, o animal deve ser puxado pelo treinador. Na segunda semana, ele já caminhará sozinho. Após a apartação, a doma de cabresto prossegue no redondel (arena em formato circular). Nessa fase, o potrinho aprenderá a responder aos comandos de virar para os lados. Finalizada essa etapa, o animal é introduzido nos programas de condicionamento e treinamento. CHARRETEAMENTO Quando o cavalo completa 24 meses pode iniciar o charreteamento ou doma de baixo. No primeiro mês, deve ser trabalhado apenas com uma focinheira. As guias longas passam pelas argolas da cilha, sendo fixadas nas laterais da focinheira. Nessa etapa, o objetivo é desenvolver respostas aos estímulos de caminhar, marchar, trotar, virar para os lados, parar e recuar. Os comandos vocais devem ser utilizados rotineiramente. No segundo mês, são introduzidos o bridão e o arreamento. A cilha é substituída pela manta e a sela, já as guias passarão pelos loros serão fixadas nos olhais do bridão. Do terceiro mês em diante, a doma de sela tem início. No adestramento básico, as respostas aos comandos principais da equitação: rédeas, pernas e assento, são o foco. O flexionamento de nuca, pescoço, tronco e membros também é trabalhado por meio de exercícios em círculo, serpentina e oito.

14 // CLUBE HÍPICO nabaroneza #37 menos, em nível básico. Já animais destinados a competições precisam de treinamento avançado, o que envolve movimentos mais complexos. O adestramento pode ser concebido de duas formas. Mais genérica e ampla, a primeira é compreendida simplesmente como ensino ou treino, ao passo que a segunda corresponde a uma modalidade do hipismo clássico, conhecida internacionalmente como Dressage. Ela tem relação estreita com ideia de correção, postura, precisão de movimentos e perfeita sintonia entre animal e cavaleiro. Por isso, também recebeu o nome de balé da equitação. www.abhir.com.br www.cbh.org.br www.cyberhorse.com.br www.portalsaofrancisco.com.br www.webcavalo.com Reprises O adestramento é constituído de provas, chamadas de reprises, que consistem basicamente em movimentos que podem ser feitos em passos, trotes e galopes. Objetivando a perfeição máxima, elas formam diferentes categorias, que vão das mais fáceis às mais complexas. Na reprise mais rudimentar, os movimentos são relativamente simples, apresentando apenas deslocamentos retilíneos e curvas bastante arredondadas. Naquelas um pouco mais à frente, trote alongado e galope aparecem juntos. Nas bem avançadas, estão os movimentos de Alta Escola (equitação clássica), como piaffer (trote no mesmo lugar, reunido, cadenciado, elevado e majestoso), passage (trote reunido, alçado, bem cadenciado, muito impulsionado e com um tempo de suspensão maior que o normal), pirueta ao galope (giro de 360 graus ao redor do posterior interno) e mudança de pé do galope ao tempo (troca no ar da sequência dos apoios do galope, em linha reta e a cada passada). Existem ainda três reprises de elevado grau de dificuldade, elaboradas pela Federação Equestre Internacional (FEI): São Jorge, Intermediárias e Grande Prêmio esta última, a mais complicada de todas, reservada apenas para cavaleiros e cavalos acima da média. Nela, é necessária total harmonia, já que todos os movimentos precisam ser executados em dez minutos, sem a menor impressão de esforço. prise livre. Semelhante ao Grande Prêmio em termos de complicação, possibilita ao concorrente a liberdade de escolha quanto à ordem e sequência de movimentos de uma apresentação. HIPISMO RURAL Nascido no Brasil, o Hipismo Rural teve início como uma brincadeira e logo se tornou um esporte muito versátil. Tendo como base o adestramento, se destaca por suas regras bem peculiares, além disso, a modalidade exige habilidade em exibições no picadeiro e em provas com obstáculos naturais (cross country). Em 1982, a Associação Brasileira dos Cavaleiros de Hipismo Rural (ABHIR) foi fundada por praticantes da modalidade e, ao longo dos anos, contribuiu para a melhoria do esporte. As competições passaram a ter obstáculos técnicos e tempo limite pré-estabelecido, e a segurança dos atletas foi reforçada adotando como regra, o uso obrigatório de capacetes, coletes e perneiras. Os critérios para punição e eliminação do participante também foram revistos, tornando-se mais rígidos. Hoje, a maioria dos animais que participam dos certames de hipismo rural tem sangue árabe. Contudo, qualquer raça é autorizada a entrar em uma disputa desde que devidamente treinada.

16 // GOLFE CLUBE nabaroneza #37 BURACO 7 POR Buraco bonito, com a vista do tee para o lado esquerdo do grande lago. Atrás do green visualiza-se a sede do Quinta da Baroneza Golfe Clube. Boa distância para um par 3, em descida, com limite de fora de campo à esquerda MARCO RUBERTI* // FOTO: SÉRGIO SHIBUYA e green bem defendido em seu lado direito por bancas de areia. O green é grande e também sinuoso, apresentando diversas possibilidades de posições de bandeira. Além disso, as distâncias longas, aqui, trazem putt. Saída

FICHA TÉCNICA 210 jardas de distância do tee dourado 187 jardas do tee azul 163 jardas do tee branco 142 jardas do tee vermelho HANDICAP STROKE HS masculino: 7 HS feminino: 17 Chegada

ARTE: WAGNER FERREIRA

MEIO AMBIENTE nabaroneza #37 \\ 19 SUSTENTABILIDADE EM FOCO Regras para a separação e coleta do lixo prometem facilitar a reciclagem de produtos POR ELIANE QUINALIA Os apelos por práticas mais sustentáveis têm ganhado o mundo e não apenas conquistado adeptos nos países mais desenvolvidos e organizados. Desde a última década, milhares de pessoas passaram a adotar práticas mais saudáveis em sua rotina e dia a dia para melhorar a expectativa de vida dos indivíduos e com isso conseguir, ainda, zelar pelo ambiente. Não é raro, por exemplo, encontrar hoje condomínios de alto padrão na Grande São Paulo que cada vez mais têm aderido a novas regras com o intuito de preservar a saúde e o bem estar dos moradores locais inclusive por tais regras terem se tornado uma exigência legal. O é um exemplo de casos como este. De segunda à sexta-feira, em horários divididos por fases (I, II e III), as residências têm a oportunidade de participar de um programa

20 // MEIO AMBIENTE nabaroneza #37 especial: o da coleta de materiais recicláveis. Ao contrário do que possam imaginar, a separação do lixo é simples e não exige muito esforço. Não é necessário ao morador separar todos os itens como vidros, plásticos e papelão. Exigimos apenas que o lixo orgânico seja diferenciado dos demais produtos recicláveis por meio de sacos diferenciados, explica Silvia Sanches, do departamento de Meio Ambiente do Residencial Quinta da Baroneza. Para o lixo comum (orgânico) os sacos pretos são ideais, enquanto para os demais, a regra é adotar modelos verdes, ambos oxibiodegradáveis obrigatórios e à venda na administração do Residencial. Para aderir ao programa, basta separar em casa os FOTO: ISTOCKPHOTO.COM / HEAD OFF produtos a serem reciclados e lavá-los antes de colocá-los materiais descartáveis podem ser reciclados e uma limpeza prévia garante seu reaproveitamento em cooperativas de lixo. Para trazer mais adeptos ao programa realizamos um trabalho permanente de orientação e individuais, distribuição de pan- vos voltados à sustentabilidade, diz Silvia. Além disso, campanhas internas sobre a prática e treinamentos anuais em grupo também fazem parte da orientação prestada pela administração do Quinta da Baroneza. Para ter uma ideia da importância dessa iniciativa, das 170 toneladas de lixo mensais, quatro toneladas em média já são destinadas à reciclagem podendo chegar a números cada vez mais elevados. Além disso, é interessante constatar que outras 135 toneladas desse lixo são derivadas de material vegetal oriundo de podas dos jardins e passíveis de conversão em compostos orgânicos. A coleta é realizada pela Empresa Bragantina de Varrição e Coleta de Lixo (Embralixo) e encaminhada a Aguinalplast esta última, parceira da Associação dos Caçambeiros de Itatiba, esclarece Silvia.

22 // CIDADANIA nabaroneza #37 PARTICIPE DA FOTO: ISTOCKPHOTO.COM / ALINA 555 COMISSÃO DE CIDADANIA As reuniões com funcionários, os cursos de aperfeiçoamento, e o dia a dia da convivência interna são tema de conversa todos os meses No dia 16 de março a Comissão de Cidadania reuniu-se mais uma vez com o grupo de caseiros. A convocação aconteceu por meio de correspondência eletrônica enviada a todos os proprietários, que por sua vez, decidiram pela adesão de seus funcionários. Principalmente para as novas famílias, a reunião é importante, pois trata de temas que facilitam e aceleram sua integração, tais como: segurança, normas internas, kit de boas vindas, escola, posto de saúde, transporte dos alunos, trabalho da Comissão, cursos e atividades programadas para 2010, além do esclarecimento de dúvidas. Nossos encontros sempre acontecem em um clima positivo e cordial. No entanto, nem todos concordam com as regras do Condomínio e o esforço da Comissão é sempre fazer uma analogia com as regras existentes em qualquer ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo, a comparação da Baroneza com um clube ajuda a esclarecer a questão das áreas reservadas aos proprietários. Pensado no constante aprimoramento da administração

24 // CIDADANIA nabaroneza #37 nharem nosso trabalho, enviando suas sugestões ou participando das reuniões mensais da Comissão de Cidadania. As próximas serão nos dias 25 de maio e 29 de junho, em São Paulo. Pedimos que os interessados entrem em contato através do e-mail: Atividades programadas para 2010 calendário. Esse ano resolvemos acrescentar palestras sobre ques- saúde, higiene e vida em família. Em breve divulgaremos as datas de cada evento, mas desde já adiantamos os temas. Receitas surpreendentemente saborosas e saudáveis. Como cultivar cada tipo de erva; histórias e aplicações inesperadas. Acompanhamento escolar; dicas de comportamento. Orientação voltada para problemas do dia a dia (hidráulica, elétrica, piscina e jardim). Para acelerar a integração e a motivação em trabalhar na QB, a Comissão quer lançar as Receitas da Baroneza. A ideia é que cada funcionário(a) escolha uma receita especial, que faça sucesso em casa. Durante o ano vamos organizar as receitas e formatar um livreto que será distribuído entre todos os moradores. Cada família levará sua receita preparada no evento de confraternização, em dezembro. Escola A Comissão de Cidadania já retomou o contato com a Escola Municipal Sebastião Pires. Houve troca de diretores e fomos informados que o programa Escola da Família, que promove atividades para dos pais é importante para que a escola atenda as necessidades da comunidade. Portanto pedimos aos proprietários que orientem Baroneza podem se organizar e se envolver com as atividades da escola, ajudando com ideias e cobrando melhorias. Comissão de Cidadania

26 // MUNDO nabaroneza #37 PELA SERRA Serra da Graciosa vista de Antonina (PR)

Descer a Estrada da Graciosa, que sai de Curitiba e chega a Morretes ou à Antonina, no Paraná, é um momento único. Exuberante, o roteiro traz paisagens inesquecíveis da Serra do Mar estas capazes de encher os olhos de qualquer turista de primeira viagem ou habitué da região POR MÁRCIO PADULA CARILLE // FOTOS: ZIG KOCH DA GRACIOSA

Oacesso a Serra da Graciosa é feito pela BR116, na altura da cidade de Curitiba, e sua extensão é de 28,5 quilômetros em pista simples. Quem duvidar do diferencial desse passeio, mas tiver olhos atentos a detalhes, atenção: é possível encontrar beleza até mesmo na estrada que conduz os turistas pela re- asfalto ou paralelepípedo em forma retangular fazem parte integrante do cenário de tráfego dos automóveis. Quem se aventura pela Graciosa pode conferir, de perto, uma estrada repleta de trechos em pedra, cuja pavimentação poliédrica (de polígonos planos) em suas inúmeras curvas sinuosas, revela a arte dos tropeiros desde os tempos mais remotos que se possa imaginar. Considerada motivo de admiração e também de diversão pelos paranaenses, a Estrada da Graciosa, traz em todo seu trajeto recantos comerciais, com locais para o lazer e apreciação da paisagem (mirantes) e também com quiosques destinados à venda de produtos típicos regionais. Para aproveitar bem o passeio, a dica é iniciar a

MUNDO nabaroneza #37 \\ 29 Acima, Portal da Estrada da Graciosa e o rio Biguá, ambos em Antonina (PR) e, ao lado, as curvas da estrada que leva à Serra do Mar (PR)

30 // MUNDO nabaroneza #37 viagem de descida pela manhã, o que assegura muitas surpresas agradáveis por todo o percurso. E na dúvida, não hesite. Desça bem devagar, sinta o cheiro da mata e aproveite que está em uma estrada secular o primeiro caminho que ligava o planalto ao litoral do Paraná e conheça mais sobre a história da região. Sem pressa Logo no início da estrada encontra-se a cidade de Quatro Barras, onde é possível conhecer o marco de Dom Pedro II e a Ponte de Arco. Na sequência, a dica é apreciar as paradas nos recantos até a chegada em Morretes esta, conhecida por ser uma das cidades mais antigas do Paraná. Lá, a recomendação é que o viajante aproveite para circular pelas ruas estreitas e conhecer o artesanato local, sem abrir mão, é claro, de provar o famoso barreado (saiba mais na seção, pág. 36) prato típico preparado com carne bovina, toucinho e temperos misturados à farinha de mandioca e servido com banana e frutos do mar. Conhecida a região de Morretes, a próxima parada, é sem dúvida, a Antonina. Localizada nas imediações da região, da arquitetura, artesanato e dos quitutes feitos com banana (fruta típica da região) pelos moradores da cidadezinha. No começo da tarde, um passeio em Paranaguá que

Rio Nhundiaquara, em Morretes (foto principal). Abaixo, antigos casarões, em Morretes e em Antonina, no Paraná SERVIÇO Onde ficar: Rua Rômulo Pereira, 53 Morretes (PR) Tel.: (41) 3462-1100 Onde comer: Rua Almirante Frederico de Oliveira, 16 - Morretes (PR) Tel.: (41) 3462-1410

32 // MUNDO nabaroneza #37

tem um dos maiores portos do Brasil e é também uma cidade histórica garante a diversão e a vista dos viajantes da Serra, já que ali, a estrada de ferro Paranaguá-Curitiba, reconhecida como uma das maiores obras de engenharia ferroviária do mundo revela uma das paisagens mais belas paisagens já presenciadas. A Graciosa de trem A descida de trem é outro passeio imperdível da Graciosa, o início da viagem é em Curitiba e segue até Paranaguá pela exuberante e centenária estrada de ferro, que possibilita a observação da Serra do Mar com suas pontes, viadutos, vales, gargantas e túneis escavados em rochas sólidas. Até a estação de Morre- viagem dura aproximadamente três horas. Vista da Estrada de ferro Curitiba-Paranaguá

34 // MUNDO nabaroneza #37 Túneis na ferrovia Curitiba- Paranaguá cortam a Mata Atlântica do Parque Estadual, que traz ao fundo, o Pico do Marumbi

UM POUCO DE HISTÓRIA Muitos caminhos históricos espalhados pelo Brasil foram abertos e trilhados pelos índios e depois pelos Bandeirantes, servindo como vias de comunicação que posteriormente resultariam em exploração de riquezas e povoamentos de atuais cidades. Entre tais, temos o Caminho da Graciosa, e atualmente conhecida como Estrada da Graciosa. A denominação Graciosa nasceu em uma pequena ilha em Antonina, no fundo da baia de Guarapirocaba, por onde passavam canoeiros vindos do porto de Curitibaíba. De acordo com os mesmos, tal nome se deve à majestosa vegetação existente na pequena ilha, que causava grande admiração a todos que ali passavam. Segundo o historiador paranaense Ruy Wachowicz, a Estrada da Graciosa abrigava alguns os índios que viviam no planalto curitibano, e desciam ao litoral para pescar, retornando na época do pinhão. A utilização do Caminho da Graciosa teve seu fim em meados de 1653. Quando o presidente da Província do Paraná, Zacarias de Góes Vasconcelos, assumiu a administração em 1853 e baixou um ato ordenando que fosse estudado um melhor traçado para uma estrada de rodagem que ligasse Curitiba a Antonina. Nessa época, foi determinado ao tenente-coronel Henrique de Baurepaire Rohan, examinar as condições dos caminhos que comunicavam a Vila de Antonina com a cidade de Curitiba, a fim de detectar qual o mais vantajoso e que melhor se adequava ao transporte de carros e carruagens. Destes foram examinados: o Caminho do Itupava, o do Arraial e o da Graciosa. Itupava e Arraial foram eliminados dos planos da província. Em 1854, o governo da Província foi autorizado a construir a Estrada da Graciosa entre Antonina e Curitiba. Durante aproximadamente cerca de 100 anos, a Graciosa serviu como ligação entre o planalto curitibano e o litoral paranaense e somente em 1967, a mesma deixou de ser via de escoamento de produção do estado, sendo substituída pela BR 277. Assim a Estrada da Graciosa deixou de ser a única rota de acesso a Serra do Mar, para integrar-se definitivamente ao conjunto de atrativos turísticos do Paraná, transformando-se em uma estrada turística.

36 // GOURMET nabaroneza #37

TRADIÇÃO PARANAENSE Típico na Serra da Graciosa, o barreado serve de atração e referência da gastronomia local aos turistas, que não abrem mão de bons pratos e apostam no famoso cozido como refeição principal POR MÁRCIO PADULA CARILE // FOTOS: RESTAURANTE MADALOZO De quem foi a ideia de criar tal refeição não se sabe, mas é certo que os municípios de Morretes, Paranaguá e Antonina foram o berço da mais saborosa comida já experimentada na região serrana do Paraná. E é por essa razão, que quem se aventurar pelas curvas da Graciosa deve, obrigatoriamente, fazer uma pausa para provar o tradicional Barreado em algum dos restaurantes locais. Com uma composição simples, porém apenas recomendada para quem está acostumado com comidas mais pesadas, o prato leva carne, toucinho, especiarias, farinha de mandioca e banana à vontade, e promete conquistar até os mais refinados e peculiares paladares da gastronomia nacional. Além disso, não é todo dia que é possível degustar de uma comida tão brasileira, que segundo contam foi aprendida com os índios pelos caiçaras da região. Em uma outra versão, há quem diga que o prato se tratava de uma referência na gastronomia dos tropeiros que conduziam cavalos e iguarias do litoral para serem comercializadas no alto da serra. Algumas versões associam, porém, a degustação da refeição com a chegada do Carnaval. Nessa época, acreditava-se que o mesmo era apreciado uma única vez ao ano, mais precisamente no domingo que antecedia o evento e marcava o início da quaresma. Entretanto, festividades e histórias à parte, o fato é que é praticamen- versão seja a mais correta. Por isso, a

38 // GOURMET nabaroneza #37 dica é decidir qual a sua favorita e aproveitar o prato. Sobre o calor do fogo Cozido a altas temperaturas em fornos à lenha e, hoje, até mesmo nos tradicionais fogões a gás, a refeição ganhou esse nome por ser confeccionada em uma panela de barro. Ao que consta, o ato de barrear a panela era e, ainda é, um recuso muito utilizado em algumas regiões para evitar que o vapor do cozido escape e resseque a carne. Por isso, não hesite e aposte nos recursos que possui em casa, caso queira confeccionar você mesmo o prato. Do contrário, aproveite o passeio na Serra do Mar e prove um pouco da deliciosa comida que até hoje é a mais pedida na região. RECEITA DO BARREADO 5 quilos de carne (lagarto, patinho, coxão mole ou outras carnes) 500 gramas de toucinho fresco 2 cebolas grandes 1 maço de folhas de louro 1 maço de manjerona e capim-limão 1 colher (sopa) de pimenta-do-reino 1 pitada de coentro (torrado) 1 pitada de cominho Sal a gosto 200 gramas de farinha de trigo 1 quilo de farinha de mandioca fina E uma panela de barro com tampa Pimenta vermelha Farinha de mandioca crua Arroz comum Banana picada em rodelas COMO FAZER 1. O tempo de cozimento varia de 12 a 18 horas. Primeiro corte a carne em cubinhos de três centímetros e, em pedaços menores, o toucinho. Em uma tigela à parte, disponha os temperos e os maços de folhas de louro, manjerona e capim-limão bem amarrados e, em outra, coloque 200 gramas de farinha de trigo e 500 gramas de farinha de mandioca para o lacre. 2. Forre o fundo da panela com os cubinhos de toucinho, deposite os pedacinhos de carne em cima e espalhe os temperos uniformemente sobre a carne. Após, encha a panela com 3/4 de água, cobrindo totalmente os ingredientes. 3. Misture as farinhas (trigo e mandioca) com água quente até obter uma massa firme e maleável. Então, vede a panela e leve-a ao fogo. 4. A massa não deve ser rala, para que não escorra; nem muito dura, que não se amolde. O ideal é que o barreado seja preparado em um fogão à lenha, embora, nesse caso, seja mais difícil calcular o tempo do cozimento, já que dependerá da intensidade das chamas. 5. Em um fogão a gás, mantenha o fogo alto até a água ferver. Nesse ponto, abaixe a temperatura e mantenha o fogo baixo até o fim. 6. Lembre-se, não é necessário barrear novamente, já que as frestas abertas no lacre funcionam como válvulas, controlando a pressão interna. 7. Aberta a panela, experimente o caldo e verifique se o sal está à gosto. Coloque pimenta, se quiser, misturando os ingredientes com uma colher de pau. Está feito o barreado. Jogue fora o que restou dos maços de louro, manjerona e capim-limão e escalde o caldo com carne num prato fundo em farinha de mandioca, misturando bem até formar um pirão e adicione mais caldo, conforme sua vontade. Para finalizar, basta servi-lo com banana cortada em rodelas e, eventualmente, arroz branco.

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40 // GALERIA nabaroneza #37 EXPOSIÇÃO PORTINARI CHEGA A SÃO PAULO

À direita, o Menino com Pião, de 1947. Na página ao lado, o Retrato de Castro Maya, de 1943, segue como o presente de natal oferecido pelo artista ao colecionador.na sequência, A Barca, de 1941. Mostra reúne 58 obras de um dos maiores precursores do modernismo brasileiro e apresenta de maneira criativa a visão peculiar de um grande colecionador, o industrial Raymundo Ottoni de Castro Maya POR PAULA IGNACIO // FOTOS: MUSEU CASA DE PORTINARI Os adoradores de arte e fãs do pintor brasileiro Candido Portinari poderão conhecer um pouco mais sobre sua vida e obra na exposição, exibida na Pinacoteca do Estado até o mês de junho. A mostra, que já passou pelas cidades do Rio de Janeiro e Curitiba reúne em São Paulo cerca de 58 obras dentre pinturas, desenhos e gravuras do artista estas parte integrante da coleção de Raymundo Ottoni de Castro Maya, fundador da Sociedade dos Cem A paixão pelas obras de Por- inauguração da Sociedade em questão, quando o pintor foi contratado para ilustrar o primeiro livro editado pelo grupo. No natal seguinte, o colecionador foi supreendido por um presente inusitado: um retrato seu feito por Portinari. A partir de então uma relação de admiração mútua e amizade entre Maya e o pintor teve início, resultando não apenas em uma grande coleção, mas no maior acervo público já conhecido de tal artista, que traz obras adquiridas também em feiras de artes e leilões. A exposição, com curadoria de Anna Paola Baptista, foi divida tematicamente em três núcleos, que representam tanto a expressividade e talento do artista quanto a visão do amigo, mecenas e colecionador. No estão

GALERIA nabaroneza #37 \\ 43 Inspirado na vida no campo, Portinari pinta o Grupo de Meninas Brincando, de 1940 expostas as obras de Portinari adquiridas por Castro Maya ao longo da vida em feiras e leilões, e no, os trabalhos diretamente encomendados por ele à Portinari. Já as imagens presenteadas ao colecionador, além de fotos e documentos que reuniram esses dois grandes amantes da cultura e das artes no Brasil encontram-se à disposição do público no. Representante da cultura nacional Candido Portinari nasceu em 1903, na cidade de Brodósqui, Interior de São Paulo, e assim italianos também teve sua infância marcada pela vida no campo. Afinal, foi em uma fazenda de café chamada Santa Rosa, que o futuro artista ainda criança viria a conviver com a simplicidade dos trabalhadores rurais o que anos mais tarde colaboraria para formar e caracterizar sua visão pessoal através das tintas. Ainda criança começou a desenhar e aos nove anos de idade foi convidado a participar da restauração da igreja local, o que possibilitou seu primeiro contato com artistas estrangeiros. Na juventude mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, onde frequentou a Escola Nacional de Belas Artes. Lá, participou de um concurso de pintura, onde conseguiu o primeiro lugar e foi premiado com uma viagem que o levaria a prosseguir seus estudos em Paris, na França. Foi essa mudança de continente que marcou o ápice do que viria a ser, então, a grande descoberta como pintor de temas relacionados à sua terra natal. Também pudera. Longe de casa, seus passeios pela cidade-luz e o contato com uma simplicidade com a qual conviveu durante a infância provocaram uma transformação profunda, que culminaria em uma saudade inimaginável do Brasil. E se nas primeiras décadas do século XX, Paris erigia Portinari não é só o maior pintor brasileiro de todos os tempos: é o exemplo único em todas as nossas artes da força do povo dominada pela disciplina do artista, completo pela ciência e pelo instinto infalível do belo. Diante destes choros, que falam ao mais profundo de minh alma de brasileiro, me sinto em estado de absoluta inibição crítica. Tudo o que posso fazer é admirar. Manuel Bandeira