Comissão Parlamentar de Inquérito Requerimento do Senado Federal nº 94. Anthero de Moraes Meirelles Abril de 2015

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Transcrição:

Comissão Parlamentar de Inquérito Requerimento do Senado Federal nº 94 Anthero de Moraes Meirelles Abril de 2015

Agenda I. Missão do Banco Central II. III. IV. Sistema Financeiro Nacional (SFN) Supervisão do SFN Sistema Brasileiro de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD) V. Abertura e movimentação de contas no exterior VI. Caso Swiss Leaks 2

I. Missão do Banco Central 3

I. Missão do Banco Central Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente Estabilidade Monetária Estabilidade Financeira COPOM COMEF 4

I. Missão do Banco Central Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente Diorf Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural Regulação Organização e Autorização Fiscalização = Supervisão (Sentido Restrito) Inclusão, Educação e Proteção Processos Punitivos e Regimes Especiais Dinor Diretoria de Regulação do Sistema Financeiro Difis Diretoria de Fiscalização Direc Diretoria de Relacionamento Institucional e Cidadania 5

II. Sistema Financeiro Nacional (SFN) 6

II. Sistema Financeiro Nacional (SFN) Órgaos Reguladores Órgãos Supervisores Operadores Finanças e Valores Mobiliários Conselho Monetário Nacional Banco Central do Brasil Comissão de Valores Mobiliários Instituições Financeiras e demais intermediários financeiros Bolsas de Valores e Bolsas de mercados futuros Seguros Privados Conselho Nacional de Seguros Privados Superintendência de Seguros Privados Resseguradoras, seguradoras, etc. Fundos de Pensão Conselho Nacional de Previdência Complementar Superintendência Nacional de Previdência Complementar Fundos de Pensão 1.943 instituições na esfera do BCB 7

II. Sistema Financeiro Nacional Tipos de instituições Tipo 1999 2007 2014 Banco Múltiplo 164 135 130 Banco Comercial 28 21 22 Banco de Desenvolvimento 4 4 4 Caixa Econômica 1 1 1 Banco de Investimento 22 17 14 Banco de Câmbio 3 Sociedade de CFI 43 53 55 Sociedade Corretora de TVM 188 110 92 Sociedade Corretora de Câmbio 40 46 66 Sociedade Distribuidora de TVM 189 134 108 Sociedade de Arrendamento Mercantil 81 38 27 Soc. de Créd. Imob., Assoc. de Poup. e Emp. e outros 20 18 9 Companhia Hipotecária 6 6 7 Agência de Fomento - 12 16 Subtotal 786 558 554 Cooperativa de Crédito 1.234 1.465 1.163 Sociedade de Crédito ao Microempreendedor - 52 40 2.020 2.112 1.757 Consórcio 407 331 186 Total 2.427 2.443 1.943 8

Trilhões II. Sistema Financeiro Nacional (SFN) 200% 0,01 0,01 150% 145% 0,01 123% 0,01 100% 109% 0,00 78% 72% 78% 0,00 50% 25% 22% 28% 41% 49% 59% 0,00 0,00 0% jan/99 jan/02 jan/05 jan/08 jan/11 jan/14 PIB R$Trilhões Ativo Total R$Trilhões Crédito Doméstico R$Trilhões Crédito Doméstico / PIB (esq) Ativo Total/PIB (esq) 0,00 9

MILHÕES II. Sistema Financeiro Nacional (SFN) 500,0 450,0 400,0 350,0 300,0 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0,0 427,444 434,097 385,203 294,403 280,532 261,908 243,619 204,139 215,953 227,469 187,397 172,877 159,735 144,347 112,632 89,758 36,961 44,146 54,217 66,597 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Qtde Operações de Crédito Qtde de Relacionamentos 10

II. Sistema Financeiro Nacional Sistema de Pagamentos Brasileiro SPB R$ 25 trilhões mensais 3,3 milhões de transações por mês Mercado de Câmbio em 2014 US$ 2,2 trilhões em volume contratado 7,3 milhões de operações no ano 30 mil operações por dia Mercado Primário US6,0 Bilhões por dia Mercado Interbancário US$3,0 Bilhões por dia 11

III. Supervisão do Banco Central 12

III. Supervisão do Banco Central Monitoramento Macroprudencial: Monitora e analisa o SFN no seu conjunto, de forma integrada, com o objetivo de identificar situações ou eventos que representem risco potencial à estabilidade e ao regular funcionamento, subsidiando a Alta Administração do BCB, utilizando teste de estresse, modelos de risco sistêmico, análise de contágio e interconectividade Microprudencial: Monitora individualmente cada instituição, incluindo a evolução patrimonial, os riscos de crédito, de mercado e de liquidez 430 milhões de operações de crédito/mês 30 milhões de registros diários de TVM e derivativos 30 mil operações de câmbio por dia 1.136 documentos contábeis/mês 2.267 demonstrativos de limites/mês 13

III. Supervisão do Banco Central Supervisão Prudencial Foco de atuação na liquidez e solvência das instituições financeiras (art. 3º e 9º da Lei nº 4.595, de 1964) Supervisão global, consolidada, contínua e com foco em risco Supervisão de Conduta Ações executadas Média anual de 1.390 ações de fiscalização nos últimos 5 anos Foco no cumprimento das normas e regulamentos que não estejam diretamente vinculados a riscos financeiros, mas que, em caso de não conformidade, possam acarretar risco de reputação às entidades supervisionadas ou ameaçar a adequada disciplina de mercado (PLD/FT, clientes e usuários de produtos e serviços financeiros e matérias anticoncorrenciais) 14

III. Supervisão do Banco Central Poderes da Supervisão MEDIDA INSTRUMENTO OBJETIVO Corretiva Ofício ou Termo de Comparecimento Medida que visa a regularização tempestiva do problema identificado, induzindo a instituição a adotar condutas e práticas adequadas. Prudencial Preventiva Termo de Comparecimento Medida de caráter preventivo para preservar a higidez de uma entidade supervisionada ou interromper uma conduta que afete a disciplina de mercado. Punitiva Processo Administrativo Punitivo Medida de caráter punitivo e disciplinador, motivada pelo descumprimento da legislação (sendo um instrumento importante para forçar a recondução da conduta e das práticas do fiscalizado para os padrões adequados). Saneadora Voto BCB Medida para proporcionar o retorno da instituição a situação de normalidade ou para retirar de mercado entidades que apresentem situação econômicofinanceira irreversível ou que pratiquem, reiteradamente, irregularidades que comprometam a disciplina de mercado. 15

III. Supervisão do Banco Central Modelo 16

III. Supervisão do Banco Central DESIG 17 17

III. Supervisão do Banco Central 18

III. Supervisão do Banco Central 19

III. Supervisão do Banco Central - Avaliações 2010 FATF/GAFI (Financial Action Task Force) Não existe ressalva para o Brasil, decorrente da área de atuação do Banco Central 2012 28 -Compliant 2- Largely Compliant Considerou que nossos procedimentos são fortemente aderentes aos princípios fundamentais para uma supervisão efetiva, estabelecidos pelo Comitê de Basileia, reconhecendo ter ocorrido forte evolução e concluindo ser o nosso processo baseado em risco, robusto e intrusivo, que utiliza um mix de ações on-site e off-site e metodologias bem estruturadas para tratar dos riscos e dos controles internos das instituições 2014 Em decorrência de trabalho de auditoria na área de Auditoria do TCU supervisão bancária, corroborou a avaliação emitida pelo FMI e Banco Mundial (FSAP) 20

IV. Sistema Brasileiro de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD) 21

IV. Sistema Brasileiro de PLD Compete ao BCB, em relação às instituições supervisionadas Regulamentar a Lei de PLD/FT Zelar pela aderência à legislação de PLD/FT Comunicar ao Coaf indícios da prática de LD/FT, identificados no exercício das suas atribuições Comunicar ao MP indícios da prática de crime 22

IV. Sistema Brasileiro de PLD Regulamentação de PLD pelo BCB Circular nº 3.461, de 2009 política de conheça o seu cliente manutenção de registros de transações políticas, procedimentos e controles internos para atender às disposições da Lei especial atenção a operações atípicas ou suspeitas comunicação ao Coaf, sem dar ciência a qualquer pessoa, da proposta ou realização de operações atípicas ou suspeitas Carta-Circular nº 3.542, de 2012 106 operações ou situações exemplificativas que podem configurar indício dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998, para fins de comunicação ao Coaf 23

Supervisão Normas IV. Sistema Brasileiro de PLD Gafi / Enccla / Legislação Interna Poder Judiciário BacenJud CCS Denúncia 5 Banco Central MP Polícia Federal Demais Órgãos RIF Rel. de Inteligência Financeira 4 6 1 3 Pedidos de Informação IFs COA Com. Op. Automáticas COS Com. Op. Suspeitas COAF 2 Clientes 24

IV. Sistema Brasileiro de PLD Ano Marcos históricos 1998 Lei n 9.613 e 1a. Regulamentação pelo BCB: Circular nº 2.856 e Carta-Circular nº 2.826 1999 Departamento de Combate a Ilícitos Cambiais e Financeiros 2000 1ª Avaliação Mútua do Gafi Brasil membro do Gafi e 1 trabalho de Avaliação de Controles Internos e Compliance (prática aplicada até 2007) 2001 Desenvolvimento do Sistema PCAF acesso direto pelo Coaf 2003 Carta-Circular n 3.098 (comunicação de operações em espécie) 2006 Circular n 3.339 (Pessoas Expostas Politicamente - PEP) 2007 Trabalhos de PLD passam a ser executados pelos departamentos de supervisão prudencial 2008 Celebrado convênio de cooperação - BCB e Coaf 2009 Circular n 3.461 (consolidou e ampliou a regulação) 2010 3ª avaliação Gafi e Início do Projeto Corporativo PLD/FT (finalizado em 2014) 2012 Departamento de Supervisão de Conduta (modelo twin peaks ) e Carta-Circular n 3.542 (ampliou a lista exemplificativa de operações e situações suspeitas) 2013 Comitê Estratégico de Gestão de PLD/FT no BCB 2014 Supervisão integrada de PLD/FT e câmbio Implantação do SisPLD e início dos trabalhos de inspeção remota 25

V. Abertura e movimentação de contas no exterior 26

V. Abertura e movimentação de contas no exterior A abertura de conta no exterior segue a legislação do país onde a conta será mantida A instituição sediada no exterior pode ter representação no País, mediante prévia autorização do BCB, tendo como objeto a realização de contatos comerciais e a transmissão de informações, vedada a prática de operações privativas de instituições financeiras brasileiras 27

V. Abertura e movimentação de contas no exterior A transferência de recursos ao exterior para crédito em contas correntes, via mercado de câmbio, deve observar as seguintes condições: Operação com instituição autorizada a operar em câmbio Fundamentação econômica Identificação de todos os clientes e registro no SISBACEN Cumprimento das regras e procedimentos de PLD Há outras formas para alimentação dessas contas, a exemplo de rendimentos auferidos no exterior Os ativos detidos no exterior por residentes no país devem ser declarados a à RFB, para fins tributários, e ao Banco Central para fins estatísticos e macroeconômicos 28

VI. Caso Swiss Leaks 29

VI. Caso Swiss Leaks O BCB recebeu do Coaf relatório de inteligência financeira e lista de 342 nomes com suposto relacionamento bancário com o HSBC Private Bank Suisse O BCB utilizará as informações para fins de supervisão de instituições financeiras sediadas no Brasil, inclusive cumprimento de regras de PLD Participação no grupo formado, no âmbito do Governo, para definição de ações de cooperação e trabalhos conjuntos, respeitada a legislação em vigor Oferecimento ao Coaf, RFB e DPF do acesso a informações na forma da legislação em vigor 30

Comissão Parlamentar de Inquérito Requerimento do Senado Federal nº 94 Anthero de Moraes Meirelles Abril de 2015