Tabela 1 - Atuação dos guias de turismo. Setor Freqüência % organizando excursões e passeios por conta própria 92 52,3%



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UM PERFIL DOS GUIAS DE TURISMO DO RIO DE JANEIRO O professor Renato Medeiros é um velho conhecido dos guias de turismo do Estado do Rio de Janeiro. Como sócio-diretor e professor da Marc Apoio ajudou a formar uma boa parte dos quadros de profissionais de turismo do Estado, de guias a recepcionistas nos hotéis, de policiais a operadores de turismo. O homem não é fácil. O PAPEL DO GUIA apresenta, a seguir, um resumo da inédita pesquisa sobre os Guias de Turismo do Rio de Janeiro, parte integrante de sua tese de mestrado em Turismo e Lazer pela Universidade de São Paulo, a ser publicada proximamente. Em 2002 iniciou-se um grande estudo a respeito do guia de turismo fluminense. Quem é esse profissional, qual a sua formação, como são suas relações de trabalho, que características facilitam o sucesso financeiro dessa profissão. Após alguns atrasos provocados por excesso de trabalho em outros campos profissionais, finalmente a pesquisa chega a algumas conclusões, que se não esgota o assunto, já que ainda há bastante material para ser analisado, pelo menos mostra um quadro bastante interessante sobre esse profissional. Em meados de 2002, dentre os 5.375 guias de turismo cadastrados na Embratur no estado do Rio de Janeiro até aquela data, foram escolhidos por sorteio aleatório, 1.500 profissionais a quem foram enviados questionários com uma série de perguntas a respeito de aspectos pessoais e profissionais. Houve 252 respostas, quantidade dentro da margem normal de retorno e suficiente para a validação estatística da amostra. Dessas respostas, 68 pessoas responderam que, apesar de estarem cadastradas na Embratur, não trabalhavam como guias e suas respostas não foram aproveitadas. Assim, a primeira informação importante já pode ser retirada: cerca de 73% dos profissionais cadastrados atuam como guias. Para os que duvidam do grande número de profissionais atuando no mercado, esse número é semelhante aos resultados obtidos por pesquisas telefônicas com ex-alunos da Marc Apoio a respeito de sua inclusão no mercado de trabalho. Quanto à forma das relações trabalhistas existentes, não houve muita surpresa, dos 183 profissionais que tiveram suas respostas aproveitadas, apenas 2 afirmaram possuir carteira de trabalho assinada (cerca de 1% da amostra). A quase totalidade trabalha como profissional autônomo, sem vínculo empregatício oficial com a(s) empresa(s) que o contrata. A informalidade também está presente no empreendorismo existente na categoria, já que 52% dos profissionais relataram organizar passeios e excursões por conta própria, fato que ultrapassa as atribuições legais da profissão, mas que parece representar uma prática habitual para a categoria. Tabela 1 - Atuação dos guias de turismo. Setor Freqüência % organizando excursões e passeios por conta própria 92 52,3% para duas ou mais agências de turismo 64 36,4% com exclusividade para uma única agência de turismo 20 11,4% não responderam 07 A área de atuação dos profissionais é bastante diversificada, como pode ser visto na tabela abaixo. Importante observar que era possível mais de uma resposta a essa questão. Surpreende a força do turismo ecológico, que apesar de relativamente recente, aparece com um percentual bastante significativo.

Tabela 2 - Segmentos de atuação dos guias de turismo fluminenses Setor Freqüência % Turismo receptivo 89 48,4% Excursões nacionais 68 37,0% Sightseeing 31 16,8% Turismo ecológico / aventura 28 15,2% Excursões internacionais 23 12,5% Em mais de um segmento com freqüência parecida 20 10,9% Outros segmentos 27 14,7% Como era de se prever, inglês e espanhol são os idiomas estrangeiros mais utilizados pelos guias de turismo no seu trabalho. A questão do uso de idiomas no trabalho é importante, os guias que trabalham com estrangeiros ganham mais do que os guias que falam somente o português. Não há nenhum guia que utilize somente o português nas faixas de rendimento mais altas. Nas tabela 3 podemos ver como se dividem os guias cadastrados na Embratur quanto à quantidade de idiomas falados e na tabela 4 quais os idiomas falados pelo conjunto dos guias fluminenses, de acordo com a relação da TURISRIO. Tabela 3 - Quantidade de idiomas Idioma Freqüência % Monoglotas 2.740 50,9% Bilíngües 1.449 27,0% Trilíngües 674 12,5% Quadrilíngües 326 6,1% 5 idiomas ou mais 186 3,5% Fonte: TURISRIO Tabela 4 - Idiomas falados pelos guias Idioma Freqüência % Idioma Freqüência Idioma Freqüência Inglês 2.199 40,9% Árabe 12 Africânder 2 Espanhol 952 17,7% Sueco 12 Finlandês 2 Francês 627 11,7% Hebraico 10 Idish 2 Italiano 354 6,6% Chinês 9 Norueguês 2 Alemão 272 5,0% Grego 7 Polonês 2 Japonês 53 1,0% Coreano 3 Búlgaro 1 Russo 20 Dinamarquês 3 Húngaro 1 Holandês 14 Turco 3 Tagalo 1 Fonte: Turisrio O nível de instrução dos guias que responderam à pesquisa pode ser considerado alto,

rendimento dos profissionais. Não há nenhuma relação entre a instrução do guia e a sua renda. Os motivos que levam a essa situação não foram pesquisados, mas é possível especular que aspectos ligados ao relacionamento interpessoal entre guias e passageiros tenham mais importância do que a educação formal. Tabela 5 - Nível de instrução dos guias fluminenses Nível de instrução Freqüência % superior 83 45% ensino médio (segundo grau) 41 22% superior incompleto 38 21% pós-graduado 21 11% A categoria, como um todo, não possui muita experiência. Metade dos profissionais possui menos que cinco anos na profissão, conforme pode ser visto na tabela 6, que mostra a divisão dos profissionais cadastrados, de acordo com o tempo de cadastramento. Tabela 6 - Tempo de cadastramento Tempo Frequência % Menos que 2 anos 1.285 23,9% Entre 2 e 5 anos 1.434 26,7% Entre 5 e 10 anos 1.606 29,9% Entre 10 e 15 anos 619 11,5% Mais de 15 anos 407 7,5% Sem identificação 24 0,5% Fonte: TURISRIO Obs.: O cadastramento começou em 1985. O fato de terem pouco tempo na profissão não significa que os guias sejam pouco experientes na vida. A maioria dos profissionais (63%) já passou dos 40 anos. É bastante comum a entrada no mercado após a aposentadoria em outra atividade. No entanto, é possível se afirmar com embasamento estatístico, que guias mais velhos ganham mais do que guias mais novos. Não se pode precisar se pela idade ou experiência na profissão, mas a relação entre idade e rendimento existe.

Tabela 7 - Idade dos guias Idade Frequência % Menor que 25 anos 241 4,5% Entre 25 e 30 anos incompletos 407 7,6% Entre 30 e 35 anos incompletos 540 10,0% Entre 35 e 40 anos incompletos 779 14,5% Entre 40 e 45 anos incompletos 732 13,6% Entre 45 e 55 anos incompletos 1.475 27,4% Maior que 55 anos 1.176 21,9% Sem identificação 25 0,5% Fonte: Turisrio Idade em 12/07/2002 Um dado preocupante é que os guias recebem pouquíssimo treinamento durante a sua vida profissional. Num mercado globalizado, atendimento é fundamental. Padrões internacionais recomendam que cada trabalhador tenha o equivalente a cerca de 5% da sua carga horária de trabalho anual como treinamento. No caso fluminense, essa recomendação parece não estar sendo seguida. Os guias que não recebem nenhum treinamento ou apenas um durante o ano representam 80% do total. Apenas 7% dos guias têm seus treinamentos pagos, mesmo assim apenas em parte, pelas agências para os quais trabalham. A sazonalidade é bastante significativa, como pode ser visto na quantidade de dias trabalhados na alta e na baixa temporada, conforme a tabela abaixo. Tabela 8 - Quantidade de trabalho mensal na alta temporada Dias de trabalho Alta temporada Baixa temporada Freqüência % Freqüência % 5 dias ou menos 33 19% 81 47% Entre 6 e 10 dias 37 22% 48 28% Entre 11 e 15 dias 35 20% 26 15% Entre 16 e 20 dias 31 18% 13 8% Entre 21 e 25 dias 14 8% 3 2% 26 dias ou mais 22 13% 0 0% Sem resposta 11 12 Existe uma dispersão bastante grande na renda dos guias quando olhada a categoria como um todo. Não se pode dizer que os guias de turismo ficarão ricos com o seu trabalho, mas também não se pode negar que, a despeito da grande maioria não auferir uma grande renda, existe um percentual bastante grande (30%) que tem uma renda superior a R$ 2.161,00 mensais, pelo menos durante os meses de alta temporada, entre outubro e março.

Tabela 2 - Remuneração média dos guias de turismo na alta temporada Faixa de rendimento Freqüência % menos que R$ 720,00 48 27% entre R$ 721,00 e R$ 1.440,00 42 24% entre R$ 1.441,00 e 2.160,00 30 17% entre R$ 2.161,00 e R$ 2.880,00 18 10% entre R$ 2.881,00 e R$ 3.600,00 10 6% entre R$ 3.601,00 e R$ 5.000,00 11 6% acima de R$ 5.001,00 14 8% Sem resposta 10 Uma dos objetivos do trabalho era pesquisar se havia uma relação entre a renda do guia e algumas variáveis estudadas. Essas respostas estão sintetizadas na tabela abaixo, onde se pode afirmar com 95% de chance de acerto que: Tabela 3 - Quadro resumo dos testes Variáveis cruzadas Resultados Renda x idade Renda x idioma de trabalho Renda x tempo de experiência na profissão Renda x ter morado no exterior Renda x falar outro idioma e ter morado no exterior Renda x dedicação à profissão Renda x segmento de atuação Renda x sexo Renda x escolaridade Renda x falar outro idioma e sexo Para finalizar, gostaria de fazer um agradecimento muito especial aos guias que responderam ao questionário e que, com esse gesto, tornaram possível que a categoria fosse um pouco mais conhecida na sua intimidade. Outro agradecimento especial precisa ser feito ao SINDEGTUR/RJ que deu total apoio ao estudo e a TURISRIO que possibilitou o acesso ao seu cadastro para que os dados pudessem ser levantados.