DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES DE UNIVERSALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL



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Transcrição:

Ministério das Comunicações Secretaria de Telecomunicações Departamento de Serviços e de Universalização de Telecomunicações DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES DE UNIVERSALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL

Ministério das Comunicações Secretaria de Telecomunicações Departamento de Serviços e de Universalização de Telecomunicações Ministro de Estado das Comunicações Senador Hélio Costa Secretário de Telecomunicações Roberto Pinto Martins Diretor de Serviços e de Universalização de Telecomunicações Átila Augusto Souto

3 SUMÁRIO 1 Introdução...7 2 Coleta de dados...7 3 Necessidades em termos de demandas por serviços de telecomunicações...8 3.1 Necessidades para atendimento de estabelecimentos de ensino... 8 3.1.1 Demanda... 8 3.1.2 Benefícios esperados... 9 3.1.3 Cronograma e metas... 10 3.2 Necessidades para atendimento de bibliotecas públicas... 12 3.2.1 Demanda... 12 3.2.2 Benefícios esperados... 13 3.2.3 Cronograma e metas... 13 3.3 Necessidades para atendimento de Instituições de Saúde... 13 3.3.1 Demanda... 14 3.3.2 Benefícios esperados... 17 3.3.3 Cronograma e metas... 19 3.4 Necessidades para atendimento de órgãos de Segurança Pública... 20 3.4.1 Demanda... 20 3.4.2 Benefícios esperados... 20 3.4.3 Cronograma e metas... 20 3.5 Necessidades para atendimento de pessoas com deficiência e respectivas entidades que os assistem CORDE... 21 3.5.1 Demanda... 21 3.5.2 Benefícios esperados... 25 3.5.3 Cronogramas e metas... 26 3.6 Necessidades para atendimento de áreas remotas e de fronteiras... 29 3.6.1 Demanda... 29 3.6.2 Benefícios esperados... 32 3.6.3 Cronograma e metas... 33 3.6.4 Resumo da Demanda... 35 4 Comentários Finais...37 5 Bibliografia...38

4 Sumário Executivo O presente relatório visa, dentre outras motivações, atender a uma das demandas preconizada no item 9.1.1 do Acórdão nº 2.148/2005 do Tribunal de Contas da União (TCU). Conforme o documento Políticas, diretrizes e prioridades para aplicação dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços e Telecomunicações Fust: atividades e cronograma estão previstas as seguintes atividades por parte do Ministério das Comunicações: Atividade 2.1: Diagnóstico das necessidades de universalização Atividade 2.2: Análise das ações governamentais em inclusão digital Atividade 2.3: Análise custo-benefício das soluções utilizando o STFC Atividade 2.4: Análise custo-benefício das soluções banda larga Atividade 2.5: Definição das políticas para as aplicações do Fust Atividade 2.6: Elaboração e publicação de documentos Atividade 2.7: Estudos técnicos e de viabilidade econômico-financeira para a imputação de metas Atividade 2.8: Estudos técnicos e de viabilidade econômico-financeira do serviço de redes digitais faixa larga O conceito de universalização dos serviços de telecomunicações evoluiu ao longo dos últimos 20 anos. Na sua origem, a universalização estava restrita ao serviço de telefonia, mais especificamente a telefonia fixa. Com a evolução do setor de informática e, nos últimos anos, com o advento da convergência de redes e serviços, o conceito de universalização ampliou-se de forma a abranger também o processo de inclusão digital. Por isso, a universalização dos serviços de telecomunicações deve contemplar simultaneamente a expansão da telefonia e o acesso a redes digitais de computadores, inclusive a Internet. Nesse sentido, este relatório tem por objetivo apresentar os resultados do diagnóstico das necessidades de universalização dos serviços de telecomunicações em âmbito nacional, obtidas pelo Ministério das Comunicações, com o apoio de vários ministérios interessados na realização de projetos de universalização financiados com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST). Na composição deste trabalho, as necessidades apresentadas por cinco Ministérios da República e pela CORDE (Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência), órgão da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, responsável pelo atendimento às pessoas com deficiência, foram consideradas. Com relação às necessidades para atendimento aos estabelecimentos de ensino, há um grande número de escolas, 146.179, a serem beneficiadas com o subsídio de acessos de telefonia, e uma demanda de, pelo menos, 30.000 escolas por acesso de dados.

5 A rede de bibliotecas nacionais apresenta a necessidade de interligação via Internet para a formação de uma rede de capacitação e educação de seus profissionais e a possibilidade de uma participação efetiva nas iniciativas de inclusão digital e social da população brasileira. No que se refere à rede de saúde nacional, os recursos de telecomunicações são fundamentais para uma maior efetividade dos programas de expansão e consolidação de telessaúde no Brasil. O projeto dá um enfoque na teleducação, que possibilita a replicação dos melhores programas educacionais sem perder a qualidade, e reduz o custo ao longo do tempo. Além da formação e retenção dos profissionais nas áreas menos desenvolvidas e mais carentes do país, os recursos de telecomunicações possibilitam a obtenção de uma assistência de saúde mais efetiva através da comunicação entre o profissional de saúde e os centros de telessaúde dos hospitais e universidades do país. Do ponto de vista da Segurança Pública, as necessidades de telecomunicações estão associadas à interligação de 14.601 unidades organizacionais dos operadores de justiça e de segurança pública do país. O atendimento desta demanda traz como benefício instrumentos para respostas mais ágeis às demandas da população quanto às ações de justiça e de segurança pública, além do atendimento às unidades organizacionais dos operadores de segurança pública e justiça localizadas em pontos remotos do território nacional. Outro universo a ser considerado diz respeito às demandas relativas ao atendimento às pessoas com deficiência e referem-se às necessidades de telecomunicações de 4.402 escolas e instituições, que assistem às pessoas com deficiência auditiva, que incluem a disponibilização de acessos de telefonia e de terminais de interface para estes beneficiários. Essa demanda também visa atender 261 instituições profissionalizantes de pessoas com deficiência e 37 Órgãos Estaduais Coordenadores da Política para Pessoas com Deficiência, através da disponibilização de acesso à rede de dados e kits de interface de ajudas técnicas. Uma terceira parte desta demanda é a disponibilização de acessos a rede de dados e kits de interface de ajudas técnicas a 4.969 bibliotecas públicas. Todas essas demandas propõem o uso das infra-estruturas de telecomunicações para a inclusão social e digital da comunidade de pessoas com deficiência e que compõem um grande número de pessoas que vivem sob uma realidade de exclusão dentro da sociedade brasileira. Já, as demandas para atendimento às áreas remotas e de fronteiras estão divididas em quatro frentes: O Projeto Fronteira Viva apresenta uma proposta de interligação de diversas localidades de fronteira, além de outros núcleos populacionais situados em regiões remotas da Amazônia. O projeto prevê meios para transportar voz e dados entre tais localidades e as demais regiões do país. O Projeto de Assistência Cívico-Social e de Saúde tem por finalidade otimizar as ações de saúde desenvolvidas nas regiões amazônicas e centro-oeste, necessitando de recursos modernos de telecomunicações para interligação dos navios com os centros de suporte (hospitais), em dados e voz. O Projeto Sistema de Telecomunicações por Satélite, entre o continente brasileiro e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), tem por finalidade proporcionar apoio aos pesquisadores que desenvolvem pesquisas no ASPSP, por intermédio

6 de um sistema rápido e confiável de comunicações por satélite, destinado à troca de informações científicas e técnicas, utilizando comunicações de voz, fax e dados. O Projeto Apoio à Comunidade Científica de Pesquisa na Antártica beneficiará a comunidade científica que desenvolve atividades na Antártica e em diversas universidades, faculdades, institutos e outras instituições no Brasil, que hoje se defrontam com dificuldades de comunicações para envio e recebimento de dados, devido à localização geográfica (área remota) em que se encontra a Estação Antártica Comandante Ferraz EACF. Consideradas todas as necessidades apresentadas pelos Ministérios da Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia, Justiça e Defesa, além da CORDE, obtém-se um quadro de necessidades da sociedade brasileira, no que se refere às demandas de telecomunicações, e que servirá de base para a aplicação dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações.

7 1 Introdução O conceito de universalização dos serviços de telecomunicações evoluiu ao longo dos últimos 20 anos. Na sua origem, a universalização estava restrita ao serviço de telefonia, mais especificamente à telefonia fixa. Com a evolução do setor de informática e, nos últimos anos, com o advento da convergência de redes e serviços, o conceito de universalização ampliou-se de forma a abranger também o processo de inclusão digital. Por isso, a universalização dos serviços de telecomunicações deve contemplar simultaneamente a expansão da telefonia e o acesso a redes digitais de computadores, inclusive a Internet. Nesse sentido, este relatório tem por objetivo apresentar os resultados do diagnóstico das necessidades de universalização dos serviços de telecomunicações em âmbito nacional, obtidas pelo Ministério das Comunicações com o apoio de vários ministérios interessados na realização de projetos de universalização financiados com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST). Na seção 2, é descrita a metodologia utilizada para a coleta dos dados, os quais serviram de base para o estudo das necessidades nacionais de serviços de telecomunicações. Na seção 3, é feita uma breve descrição das necessidades apresentadas pelos ministérios. Grande parte do seu conteúdo encontra-se fielmente transcrito, de forma a manter a sua integridade sem, contudo, referenciá-las exaustivamente o que tornaria o texto demasiadamente cansativo para o leitor por conter um número excessivo de citações. Na seção 4 são apresentadas algumas considerações finais a respeito das necessidades identificadas no processo de elaboração deste diagnóstico de necessidades de universalização de serviços de telecomunicações no Brasil, relacionadas, pelo menos, aos objetivos previstos no artigo 5º da Lei nº 9.998/2000, solicitado pelo TCU no Acórdão nº 2.148 de dezembro de 2005. 2 Coleta de dados Na composição deste trabalho, as necessidades apresentadas por cinco Ministérios da República e pela CORDE (Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência), órgão da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, responsável pelo atendimento às pessoas com deficiência, foram consideradas. Para identificar as necessidades que poderiam ser atendidas com a aplicação dos recursos do FUST, foram realizadas consultas aos órgãos beneficiários, Ministérios e a CORDE, que representam o universo de beneficiários por ele atendido. O Ministério das Comunicações realizou reuniões de esclarecimento sobre as formas de aplicação dos recursos do FUST e solicitou que os ministérios apresentassem suas demandas de projetos a serem financiados com os recursos deste fundo. Tais necessidades foram apresentadas ao Ministério das Comunicações por meio de termos de referência.

8 ÓRGÃOS BENEFICIÁRIOS Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Defesa Ministério da Educação Ministério da Justiça Ministério da Saúde Secretaria Especial de Direitos Humanos UNIVERSO DE BENEFICIÁRIOS Bibliotecas públicas Unidades de serviço público em regiões remotas e de fronteira Escolas públicas (urbanas e rurais) Órgãos de segurança pública Instituições de saúde públicas (hospitais, postos e centros de saúde) Instituições de assistência às pessoas com deficiência Tabela 1 Órgãos Federais e respectivos beneficiários A partir dos termos de referência, as necessidades de universalização do país foram condensadas neste relatório e são apresentadas na próxima seção. 3 Necessidades em termos de demandas por serviços de telecomunicações Esta seção enumera e descreve sucintamente a demanda apresentada pelos ministérios e pela CORDE. 3.1 Necessidades para atendimento de estabelecimentos de ensino As necessidades relacionadas à educação, abordadas neste relatório, foram apresentadas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em dois termos de referência, um deles voltado para as necessidades de telefonia e o outro, de acesso à Internet. 3.1.1 Demanda A seguir são reproduzidas as demandas apresentadas pelo Ministério de Educação e Cultura para acessos à telefonia básica e à Internet. O Ministério da Educação propôs que os recursos do FUST sejam direcionados ao pagamento de assinatura básica mensal de telefonia fixa em todas as escolas públicas (urbanas e rurais) de ensino Básico. Essa ação atende os benefícios previstos pelo Programa Brasil Escolarizado e complementa os objetivos estratégicos do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), ambos do Ministério da Educação. O Ministério da Educação tem a atribuição de exercer funções de planejamento global, de articulação entre as esferas administrativas (federal, estadual e municipal), de acompanhamento e avaliação sistemáticos e de execução de programas de apoio pedagógico e de transferência de recursos materiais e técnicos. Ao desempenhar esses papéis, o Ministério pretende implantar as seguintes políticas: prioridade para o ensino básico, valorização da escola, promoção da modernização

9 gerencial, utilização e disseminação das novas tecnologias voltadas para a educação e integração das ações entre as esferas da federação. Neste contexto, o objetivo precípuo do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), instituído pela Portaria MEC/Nº 522 de 9 de abril de 1997, consiste em promover o desenvolvimento, o uso e a disseminação da telemática como fator de enriquecimento pedagógico nas escolas de ensino básico e profissionalizante das redes estaduais e municipais, considerando que essas novas tecnologias são um elemento decisivo para a implantação dos pressupostos de qualidade, eficiência e eqüidade. Subsidiariamente, ao integrar a telemática no processo de ensino-aprendizagem, o ProInfo oferece condições para que as escolas possam melhorar sua gestão escolar, além de proporcionar aos alunos o domínio da informática instrumental, oferecendo melhores condições de acesso ao mercado de trabalho aos egressos do ensino básico. Nessa linha de raciocínio, o ProInfo, um Programa da Secretaria de Educação a Distância (SEED) do Ministério da Educação (MEC), propõe a utilização dos recursos do FUST na implementação de soluções de acesso à Internet, com velocidades de 256 kbit/s, sobre o Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC). Essa ação também atende os benefícios previstos pelo Programa Brasil Escolarizado visto que, integra e expande o uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) na educação pública. 3.1.2 Benefícios esperados Com relação à demanda de telefonia, essa ação atenderia a todos os segmentos sociais que interagem com a escola pública em geral, e às comunidades escolares em particular, trazendo um contexto de integração social e cidadania a todo esse grupo. Também beneficiaria praticamente a totalidade de municípios brasileiros, principalmente aqueles mais carentese com maiores dificuldades orçamentárias. No que diz respeito à demanda de acesso à Internet, observa-se uma distribuição assimétrica dos atendimentos a escolas, que pode ser comprovado pelos resultados do Censo Escolar de 2005; 91,6% dos alunos de ensino básico das escolas particulares estudam em estabelecimentos que dispõem de computadores, com uma média de 10,4 computadores por escola e numa proporção de 24,4 alunos por computador; enquanto nas escolas públicas (estaduais e municipais) somente 51,1% dos alunos estão em escolas com computadores, correspondendo a uma média de 8,32 computadores por escola e 150 alunos por computador. Outra observação é de que a grande maioria das escolas públicas informatizadas têm, no máximo, 5 computadores, configurando o uso da informática para finalidades administrativas (e não pedagógicas). Assim, nos sistemas públicos de ensino, pouquíssimos alunos têm acesso às novas tecnologias. Como agravante desse quadro, cabe ressaltar que a presença de computador em casa e o fato de saber usar o computador privilegiam alunos de escolas particulares. Iniciado em 1999, o ProInfo atende hoje em dia 6.607 escolas públicas localizadas em quase mil e novecentos municípios. Essas escolas, que totalizam 23.857.915 alunos de ensino fundamental e médio, passaram a dispor de 55.223 computadores (instalados pelo ProInfo), resultando em uma média de 10 equipamentos por escola e uma proporção de 103,5 alunos por computador.

10 Tanto alunos como professores das escolas públicas atendidas pelo ProInfo e ProJovem são os principais alvos do programa. Espera-se com isso, que os alunos freqüentem um ambiente de aprendizagem baseado em telemática e adquiram habilidades para adaptarse aos novos conhecimentos gerados num mundo em constante evolução (aprender a aprender). Outro benefício previsto por essa ação é a possibilidade do corpo docente dessas unidades escolares se capacitar por meio do Ambiente Colaborativo de Aprendizagem disponibilizado pelo MEC a todas as Secretarias de Educação dos estados e municípios, voltado para a capacitação continuada dos professores. Dessa forma, é possível que toda a comunidade que convive com o universo formado por essas escolas, usufrua do processo de inclusão social e digital. 3.1.3 Cronograma e metas O Ministério da Educação estabeleceu cronogramas e metas relacionados às demandas de educação. 3.1.3.1 Telefonia básica O cronograma de atendimento às escolas com o acesso subsidiado aos serviços de telefonia é apresentado na Tabela 2. Beneficiários Período Escolas Públicas dos Municípios com os 1.000 menores IDH Brasileiros 2007 Escolas Públicas de Áreas de IDH baixo nos grandes centros urbanos 2007 Escolas Públicas dos Municípios com os 3.000 menores IDH Brasileiros 2008 Todas as Escolas Públicas Brasileiras 2009 Tabela 2 Cronograma de implantação de telefonia básica nas escolas A Tabela 3 apresenta a estimativa para o número de localidades, pontos de presença e cidadãos a serem beneficiados pelos programas com a implantação do serviço de telefonia. ANO QTDE DE LOCALIDADES A SEREM ATENDIDAS (*) PONTOS DE PRESENÇA A SEREM ATENDIDOS BENEFICIÁRIOS A SEREM ATENDIDOS Tipo de ponto Quantidade Tipo de benefício Quantidade 2007 1100 Municípios Escola 60.000 Alunos e professores 18.796.380 2008 2000 Municípios Escola 40.000 Alunos e professores 12.530.920 2009 2665 Municípios Escola 46.179 Alunos e professores 14.446.634 Tabela 3 Metas de implantação de telefonia básica nas escolas

11 3.1.3.2 Acesso à Internet A demanda para acesso a redes digitais se apresenta em duas fases A prioridade de implantação escolhida foi a de atendimento às escolas públicas de ensino básico, participantesdos Programas ProInfo/ProJovem, e das escolas participantes de programas municipais e/ou estaduais já instalados, durante o período de 2006 a 2007. O restante das escolas cobertas pelo ProInfo, totalizando 7.000, a ser atendido durante o transcorrer de 2007, ficaria para uma segunda etapa. O cronograma de atendimento das necessidades de acesso à Internet é apresentado na Tabela 4. BENEFICIÁRIOS 40% de um universo previsto de 30 mil escolas, dando preferência às de municípios de baixo IDH 40% de um universo previsto de 30 mil escolas, dando preferência às de municípios de baixo IDH 40% de um universo previsto de 30 mil escolas, em grandes centros urbanos que possuam áreas de baixo IDH PERÍODO 2006/7 2006/7 2007/8 20% do restante de um universo previsto de 30 mil escolas 2008/9 Novas escolas públicas contempladas 2009/10 Tabela 4 Cronograma da implantação do acesso à Internet nas escolas A Tabela 5 apresenta a estimativa do número de localidades, pontos de presença e cidadãos a serem beneficiados pelos programas de acesso à Internet. ANO QTDE DE LOCALIDADES A SEREM ATENDIDAS (*) PONTOS DE PRESENÇA A SEREM ATENDIDOS BENEFICIÁRIOS A SEREM ATENDIDOS Tipo de ponto Quantidade Tipo de benefício Quantidade 2006/7 2.000 Escola Pública 12.000 Alunos / Prof./ Comunidade 2008 2.000 Escola Pública 12.000 Alunos / Prof./ Comunidade 2009 1.765 Escola Pública 6.000 Alunos / Prof./ Comunidade 10.000.000 10.000.000 5.000.000 2010 Tabela 5 Metas de implantação do acesso à Internet nas escolas

12 3.2 Necessidades para atendimento de bibliotecas públicas As necessidades abordadas neste relatório, relacionadas às bibliotecas, foram identificadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em termo de referência no qual são apresentadas as demandas por acesso à Internet. 3.2.1 Demanda O Ministério da Ciência e Tecnologia apresentou ao Ministério das Comunicações o seu projeto FUST BIBLIOTECAS para Inclusão Digital, que visa incorporar de forma ampla e definitiva as bibliotecas brasileiras na sociedade da informação, em consonância com as ações previstas nas linhas de ação Universalização de Serviços para a Cidadania, Educação na Sociedade da Informação e Conteúdos e Identidade Cultural do Programa Sociedade da Informação da SECIS (Secretaria de Inclusão Social). Para fins desse programa, as bibliotecas consideradas são aquelas instituições de uso público, reconhecidas como tal pelo Ministério da Cultura e incluem tanto as vinculadas aos poderes públicos em nível municipal, estadual e federal, quanto as vinculadas a organizações da sociedade civil incluíndo museus, observatórios e demais centros de difusão cultural. Simultaneamente ao Programa FUST BIBLIOTECAS, o Programa de Inclusão Digital do Departamento de Ações Regionais DEARE da Secretaria de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia, apresenta a proposta visando alçar as ações de Inclusão Social em Centros de Inclusão Digital, sendo um fator de eliminação do hiato digital existente entre os brasileiros com capacidade de acesso à informação em meio eletrônico, e aqueles considerados analfabetos digitais. A infra-estrutura que se encontra instalada nas bibliotecas públicas é compatível para o provimento de inúmeros serviços e aplicações como, por exemplo: Acesso à Internet a partir de todos os pontos instalados; Acesso à telefonia básica em todos os postos de serviços; Videoconferência ponto a ponto e multiponto. Assim, a utilização de recursos do FUSTdeverá se voltar para a implantação de acesso à Internet às Bibliotecas Públicas e Centros de Inclusão Digital do MCT. São bibliotecas candidatas típicas (conforme Portaria nº 245, de 10 de maio de 2001, do Ministério das Comunicações): Públicas federais, estaduais e municipais; Centros de Inclusão Digital apoiados pela Secretaria de Inclusão Social no Programa de Inclusão Digital; Centros de Difusão Cultural ou Científica (de natureza pública ou privada sem fins lucrativos); ou Organizações do Terceiro Setor (direito privado de interesse público).

13 No caso de não serem vinculadas à administração pública, as bibliotecas proponentes deverão ter a qualificação jurídica de organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), conforme a Lei nº 9.790/1999. 3.2.2 Benefícios esperados Com a implantação de programas voltados ao atendimento a bibliotecas, espera-se a obtenção de diversos benefícios, com destaque para os seguintes: Dotar bibliotecas (e Centros de Inclusão Digital) de infra-estrutura de conectividade remota, para o funcionamento de unidades de capacitação e treinamento em informática; Contribuir para a geração de ocupação e renda e, conseqüentemente, para o aumento da inclusão social; Maior utilização da Internet no País, fazendo com que o acesso às tecnologias de informação e comunicação seja um fator de redução dos desníveis regionais e sociais; Maior integração das bibliotecas nacionais e Centros de Inclusão Digital na comunidade circundante e fortalecimento de sua base tecnológica; Maior número de bibliotecas integradas à Internet e à Rede de Bibliotecas brasileiras; Criação de novas bibliotecas e disseminação do hábito da leitura na população brasileira; Agregação de valor às bibliotecas públicas contempladas com Centros de Inclusão Digital do Programa de Inclusão Digital da SECIS; Maior valorização da memória e cultura nacionais por meio de sua preservação e disseminação; Maior capacitação técnica nacional, com a atualização e reciclagem de profissionais de nível médio e superior das áreas de biblioteconomia e correlatas na utilização das novas tecnologias. 3.2.3 Cronograma e metas O Ministério da Ciência e Tecnologia estabeleceu um cronograma indicando que o seu Programa FUST BIBLIOTECAS deverá ser implantado de março de 2007 a dezembro de 2016, considerando um universo estimado de 10.000 bibliotecas públicas para receber os benefícios do Programa. 3.3 Necessidades para atendimento de Instituições de Saúde As necessidades relacionadas à saúde, abordadas neste relatório, foram identificadas pelo Ministério da Saúde em um termo de referência no qual são apresentadas as demandas por acessos de dados à Internet, equipamentos de interface e periféricos.

14 3.3.1 Demanda O Projeto Nacional de Telessaúde do Ministério da Saúde abrange um conjunto de atividades que tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população por meio de uso de recursos de telemedicina e telessaúde (telecomunicação associada com recursos computacionais e de transferência de dados eletrônicos). Essas atividades incluem desde a prevenção de doenças, conduzida nas escolas de ensino fundamental e médio, até a reintegração de pessoas com seqüelas ou deficiências físicas. Além disso, o projeto de telessaúde permitirá criar uma rede de fornecimento de serviços de saúde,capacitação continuada de profissionais, acompanhamento das doenças transmissíveis, intercâmbio de informações de transplante de órgãos, e apoio à pessoas com deficiências físicas. Com essa rede, o Ministério da Saúde poderá realizar um melhor acompanhamento da saúde no país a partir da integração de todas as instituições públicas de ensino superior na área da saúde, hospitais do SUS, hospitais universitários, Santas Casas de Misericórdia, instituições indicadas por todas as secretarias municipais de saúde e hospitais militares, principalmente aquelas localizadas na região amazônica e zonas de fronteira. Enquanto, a integração das iniciativas dos telecentros do Ministério das Comunicações e de inclusão digital nas escolas públicas, do Ministério da Educação, deverá ocorrer através de uma ação envolvendo os alunos das universidades públicas (Projeto Jovem Doutor) para promover a educação dos alunos, jovens e população, através do uso da infraestrutura proporcionados por ambos ministérios. Outra iniciativa do Ministério da Saúde promove a conexão de instituições universitárias de ensino com estabelecimentos de saúde que integram o seu Programa de Saúde da Família (PSF) em nível nacional. Em sua primeira fase, o PSF conta com o Projeto de Telemática e Telemedicina em Apoio à Atenção Primária à Saúde no Brasil, aprovado em 2006 como projeto piloto para atender 8 pólos ou 8 universidades em diferentes estados brasileiros, que, por sua vez, deverão se responsabilizar pela implantação de 100 pontos tecnológicos em seus estados. Estes pontos deverão ser instalados em postos ou centros de saúde de municípios que participam do PSF, preferencialmente em localidades remotas e comunidades carentes. O objetivo é disponibilizar núcleos de conhecimento e serviços de centros de referência como as universidades e hospitais universitários para os profissionais fora dos grandes centros, procurando oferecer serviços educacionais (teleducação) e assistencial-formativos (teleassistência) de qualidade, como uma forma de homogeneização e melhoria da qualidade de saúde no país, por meio da utilização de serviços de redes digitais de informação para apoiar as equipes de saúde da família. Esse projeto é uma expansão e consolidação da telessaúde no Brasil, sendo constituído por quatro grandes áreas de concentração: (a) ampliação da primeira fase do Projeto de Telemática e Telemedicina em apoio à Atenção Primária (Programa de Saúde da Família);

15 (b) instalação de Centros de Telessaúde nos locais definidos pelos gestores municipais de saúde (5.564 municípios); (c) conexão de todos os hospitais do SUS, hospitais universitários e filantrópicos com infra-estrutura de telecomunicação e telemedicina; (d) instalação de núcleos de telessaúde para todas as instituições públicas de ensino superior na área da saúde. A demanda se constitui em acesso à Internet, com a disponibilização de equipamentos de interface e de periféricos, segundo o tipo de instituição a ser beneficiada pelo projeto. Demanda para os 8 pólos universitários: equipamento de videoconferência: 4 televisão 29 : 4 servidores: 56 microcomputadores: 136 notebook: 2 webcam: 112 impressora laser: 8 rack para servidores: 8 nobreak: 8 switch chaveador com 8 portas: 8 servidores ampliação: 2 Demanda para os 800 pontos tecnológicos: microcomputadores: 800 webcam: 800 impressora: 800 câmera fotográfica digital: 800 conexão à Internet: 800 pontos Demanda para os 500 pontos de Centros de Telessaúde: microcomputadores: 1.500 webcam: 1.500

16 impressora multifuncional: 500 câmera fotográfica digital: 1.000 conexão à Internet (256 kbit/s): 500 pontos hub de rede: 500 estabilizadores e filtros de voltagem: 500 Demanda para as 200 salas de Teleambulatórios para Hospitais: microcomputadores: 1.000 webcam: 600 impressora multifuncional: 400 câmera fotográfica digital: 600 conexão à Internet (1 Mbit/s): 200 pontos switch de rede: 200 estabilizadores e filtros de voltagem: 200 aparelho de videoconferência, monoponto: 200 aparelho de televisão: 400 gravador de DVD: 200 servidores de rede: 400 Demanda para os 200 Núcleos de Telessaúde para instituições de ensino superior: microcomputadores: 1.000 webcam: 400 impressora multifuncional: 400 câmera fotográfica digital: 600 conexão à Internet (1 Mbit/s): 200 pontos switch de rede: 200 estabilizadores e filtros de voltagem: 200 aparelho de videoconferência, monoponto: 200 aparelho de televisão: 400

17 gravador de DVD: 200 servidores de rede: 400 3.3.2 Benefícios esperados A demanda apresentada pelo Ministério da Saúde visa prioritariamente a educação à distância dos seus profissionais. Como discorre o termo de referência apresentado pelo Ministério da Saúde: As dimensões territoriais do país, seus contrastes sócio-econômicos e culturais justificam a utilização de recursos de telessaúde para potencializar a capacitação e desenvolvimento de habilidades dos profissionais de saúde e também ajudar na resolução de alguns aspectos assistenciais importantes na saúde pública. O Brasil apresenta atualmente 5.564 municípios, sendo 5.036 ou 90,5% cobertos por Equipes de Saúde da Família (ESF), 5.273 ou 94,8% cobertos por Agentes Comunitários da Saúde (ACS), e 3.966 ou 71,3% cobertos por Equipes de saúde Bucal (ESB). Apesar da boa cobertura apresentada, existem dificuldades relativas à fixação dos profissionais nas regiões remotas e cidades de pequeno porte em função da alta rotatividade de profissionais. Essa rotatividade se explica pelo isolamento profissional ao qual estão sujeitos os profissionais da área que, após um certo período de permanência, retornam aos grandes centros em busca de uma melhor formação e oportunidade. Diante de todas as dificuldades, o projeto de telessaúde tem o objetivo de utilizar recursos de tecnologia da informação e telecomunicações para apoiar o programa de saúde na família, fornecendo educação permanente aos seus profissionais, médicos, dentistas e enfermeiros. Esse processo de dará através da disponibilização de um contato ágil e constante com universidades pólos do país. Nesse sentido, esse contato traz segurança e apoio às equipes de saúde da família que, em seus locais de trabalho, podem ter acesso a uma segunda opinião especializada e participar de programas de educação permanente de acordo com as necessidades específicas regionais. Com isto, aumenta-se a resolubilidade da atenção primária, beneficiando diretamente a população atendida pelo programa. Como descreve o termo de referência, dentro do contexto deste projeto, a criação de uma rede interligando importantes instituições de saúde, num processo de trabalho cooperado on-line, permite implantar um processo de trabalho multicêntrico cooperativo, com rede para identificação rápida de problemas e elaboração de soluções. Este tipo de célula funcional pode constituir unidades importantes quando se deseja encontrar soluções a grandes problemas, ou quando se deseja integrar instituições com excelências complementares. Além de agilizar, reduz os custos de processos. A integração entre instituições com áreas de excelência complementares em ciência e educação pode gerar aumento de qualidade educacional com redução de custos, uma vez que permite criar um núcleo de compartilhamento de conteúdos educacionais e assistências. Cada centro desenvolve a sua área de excelência e a compartilha com outra instituição. Por outro lado, as instituições podem desenvolver programas curriculares que sejam compatíveis, facilitando os desenvolvimentos cooperados.

18 O uso de ambientes à distância deverão tornar-se cada vez mais popular na medida em que ocorre a universalização ds telecomunicações e aumenta a inclusão digital. Porém, este projeto enfoca a chamada Segunda Opinião Educacional que permite uma abordagem mista entre assistência e educação, pois permite treinar os profissionais de acordo com as problemáticas do dia-dia, baseada em estrutura educacional acadêmica. É equivalente a um estágio formativo complementar, in loco, e que focaliza a problemática regional. A disponibilização de um ambiente de ambulatório baseado na web e por linha discada possibilitará expandir o uso da Telemedicina mesmo para as regiões mais remotas do país. A inclusão de materiais de apoio à decisão, terapêutica, diagnóstico e à gestão possibilita a melhoria da qualidade assistencial à população e promoção de atualização profissional continuada. Do ponto de vista geográfico, como lembra o termo de referência, a Amazônia merece destaque visto que é um pólo regional que do ponto de vista da saúde, educação e mesmo social, só pode ser resgatada pelas tecnologias da telecomunicação aliadas às da informática. O termo de referência ainda cita que dentro de um projeto nacional de ocupação da Amazônia, criou-se uma monitoração via satélite, envolvendo radares fixos, móveis, sensoriamento remoto e controle de tráfego aéreo, denominado SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia). Mais recentemente, a palavra vigilância foi substituída por proteção, de modo que a sigla ficou SIPAM. A rede conecta muitas cidades, vilas e postos da Amazônia Legal mas não tem funções educacionais ou de suporte à saúde. Assim, um projeto de telessaúde que atenda a esta região traz grandes benefícios sociais à sua população, visto que é a região que apresenta os menores níveis de bem estar econômico e social, O termo de referência apresentado pelo Ministério da Saúde apresenta adicionalmente os seguintes benefícios a população: Os custos para o sistema de saúde serão reduzidos com o aumento da resolubilidade da atenção primária e diminuição dos encaminhamentos dos pacientes aos grandes centros. A prática de saúde hoje é perversa nos pequenos municípios, quando a baixa resolubilidade obriga os pacientes a se deslocarem freqüentemente para terem acesso a consultas especializadas e a simples propedêuticas, como o eletrocardiograma. Estas viagens, motivo de sofrimento a pessoas já debilitadas, poderiam ser evitadas mediante um apoio e aconselhamento por parte de profissionais experientes ao médico generalista. A grande rotatividade dos médicos das equipes de saúde da família torna o sistema ainda mais cruel. Cerca de mil municípios no país ainda não tem médicos fixos, ou residentes, apenas itinerantes. Nestes casos, a única prática clínica existente é o encaminhamento geral dos pacientes, urgentes, agudos e crônicos. O custo da saúde nestes municípios é imenso, imensurável em gasolina, pneus, veículos, motoristas, quilômetros rodados. Ações que possibilitem a fixação dos médicos nestes municípios trazem benefício também imensurável para a população, que passa a contar simplesmente com dignidade no atendimento a suas necessidades básicas no sistema de saúde.

19 Não existe a possibilidade de fixarmos especialistas em todos os municípios brasileiros. Eles sempre permanecerão nos grandes centros, nas universidades, sendo responsáveis pelas pesquisas que desenvolvem a saúde. Felizmente, o desenvolvimento tecnológico permite que as redes de comunicação os coloquem virtualmente em todos os pontos, mesmo nos mais distantes e carentes, levando seu conhecimento além muros das universidades, universalizando o conhecimento e ampliando em milhares de vezes seu campo de ação. As equipes de saúde da família são os grandes beneficiários do programa, que tem na utilização da tecnologia a oportunidade de se atualizarem sem saírem de seu local de trabalho. Esta possibilidade se estende a todas as categorias, médicos, enfermeiros, auxiliares, agentes comunitários de saúde, dentistas e técnicos. Todos se beneficiam. As modalidades de capacitação são inúmeras, aulas, palestras, simulação, interação, discussões de casos. A tecnologia abre um universo em um mundo antes restrito. E este conhecimento não se restringe a este público. Ele continua ultrapassando limites e chega até o paciente, que se beneficia de um atendimento com mais qualidade, resolubilidade e humanidade. E ele também utiliza da tecnologia e obtém informações claras sobre suas questões, dúvidas são resolvidas, a saúde é promovida. 3.3.3 Cronograma e metas A Tabela apresenta uma estimativa de localidades, pontos de presença e cidadãos a serem beneficiados pelo programa, projeto e atividade. ANO QTDE DE LOCALIDADES (*) PONTOS DE PRESENÇA A SEREM ATENDIDOS BENEFICIÁRIOS A SEREM ATENDIDOS A SEREM ATENDIDAS Tipo de ponto Quantidade Tipo de benefício Quantidade 2007 808 2008 2009 2010 Pólos universitários Estabelecimentos de saúde Cidades Hospitais Instituições de Ensino Superior Cidades Hospitais Instituições de Ensino Superior Cidades Hospitais Instituições de Ensino Superior Cidades Hospitais Instituições de Ensino Superior 8 800 500 200 200 1500 500 200 1500 500 200 1500 500 200 Equipes de saúde da família População População Geral, Escolas de ensino fundamental e médio, equipe de saúde da família. População População Geral, Escolas de ensino fundamental e médio, equipe de saúde da família. População População Geral, Escolas de ensino fundamental e médio, equipe de saúde da família. População Tabela 6 Cronograma e metas de atendimento à saúde 2.400 15.500.000 2.200 20.000.000 2.200 20.000.000 2.200 20.000.000

20 3.4 Necessidades para atendimento de órgãos de Segurança Pública As necessidades abordadas neste relatório, foram identificadas pelo Ministério da Justiça em termo de referência no qual são apresentadas as demandas por acessos de dados dos órgãos de Segurança Pública. 3.4.1 Demanda A demanda apresentada pelo Ministério da Justiça refere-se ao atendimento às necessidades de telecomunicações da Plataforma Nacional de Informações sobre Justiça e Segurança Pública que tem como propósito conferir ao Ministério da Justiça e aos operadores de justiça e de segurança pública do país a infra-estrutura de comunicação de voz, dados e imagem destinada à interligação dos órgãos vinculados ao combate da criminalidade em seus aspectos de prevenção, intervenção e retorno à socialização. Adicionalmente, serão contempladas as necessidades de interligação de redes de dados referentes ao Direito Econômico e à FUNAI. A Plataforma Nacional de Informações sobre Justiça e Segurança Pública foi definida no escopo do projeto PLANJUS realizado através de uma parceria entre o Ministério da Justiça e o Ministério das Comunicações. Este projeto teve como objetivo a elaboração de um diagnóstico, junto aos operadores de justiça e de segurança pública do país, do mapeamento de sua estrutura de comunicações de dados, tanto no que se refere aos recursos de rede WAN, como o relativo aos recursos de radiocomunicações. Essa demanda consolida o atendimento a 14.601 unidades organizacionais dos operadores de justiça e de segurança pública do país. 3.4.2 Benefícios esperados A Plataforma Nacional de Informações sobre Justiça e Segurança Pública viabilizará um suporte tecnológico aos operadores de justiça e de segurança pública do país, com repercussões diretas sobre a eficiência e eficácia das ações de combate à criminalidade nas esferas federal, estadual e municipal, propiciando: - Instrumentos para respostas mais ágeis às demandas da população quanto às ações de justiça e de segurança pública; - Atendimento a unidades organizacionais dos operadores de segurança pública e justiça localizadas em pontos remotos do território nacional; e - Racionalização de investimentos já realizados e a realizar em tecnologia da informação no âmbito dos operadores de justiça e de segurança pública do país. 3.4.3 Cronograma e metas A Tabela 7 apresenta a estratégia inicial de implantação da Plataforma Nacional de Informações sobre Justiça e Segurança Pública, conforme concebida em 2003. Foi prevista a subdivisão em quatro etapas, consoante a inclusão dos municípios e segundo os respectivos impactos populacionais estimados.

21 Primeiro Ano Impacto Populacional Etapa 1 Etapa 2 São Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte Regiões Metropolitanas São Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte 3 10.499.133 5.897.485 2.285.857 7.628.937 4.937.170 2.185.037 Etapa 3 Capitais 24 41.033.766 Etapa 4 Municípios >=150.000 hab 153 10.992.359 Total 85.432.744 Pop.: 176.000.000 Impacto: 48,54% Tabela 7 Estratégia para a implantação da Plataforma Nacional de Informações sobre Justiça e Segurança Pública Posteriormente, dada a conjuntura orçamentária, foi adotado o cronograma a seguir: - 2006 Interligação das redes de dados das sedes dos órgãos do Ministério da Justiça em Brasília e início da interligação das Penitenciárias Federais à sede do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), mediante utilização de recursos próprios (estabelecimento da VPN- Núcleo e da VPN-DEPEN). - 2006/2007 Interligação das unidades organizacionais dos órgãos do Ministério da Justiça pertencentes aos órgãos que ainda não possuem redes de dados com capilaridade nacional, consoante a disponibilidade orçamentária do Ministério (estabelecimento das VPNs dos órgãos do Ministério). - 2007/2008 Interligação das secretarias estaduais de justiça e de segurança pública ao Ministério da Justiça e estabelecimento das VPNs dos órgãos estaduais de justiça e de segurança pública. 3.5 Necessidades para atendimento de pessoas com deficiência e respectivas entidades que os assistem CORDE As necessidades relacionadas às entidades que atendem as pessoas com deficiência, abordadas neste relatório, foram apresentadas pela Coordenação Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (CORDE /SEDH) em 3 termos de referência. Nestes termos foram explicitadas as demandas por acessos de voz e dados e equipamentos de interface. 3.5.1 Demanda O pleito da CORDE é dividido em 3 partes. A primeira demanda refere-se ao Projeto de Atendimento às Instituições de Assistência às Pessoas com Deficiência Auditiva, implantado em 2006, que prevê o fornecimento de acessos individuais de telefonia e equipamentos de interface às instituições de assistência

22 a pessoas com deficiência auditiva, estendendo-se, neste âmbito, a isenção do pagamento da assinatura básica para a prestação dos serviços. Neste projeto são beneficiárias instituições e escolas. A ampliação e continuidade do projeto, pleiteada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), pretende aumentar o número de entidades beneficiadas nos anos de 2007, 2008 e 2009. A segunda demanda da CORDE refere-se à ampliação e continuidade do Projeto de Atendimento aos Núcleos e aos Centros Especiais de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, prevendo o fornecimento de acessos individuais aos serviços de telecomunicações e equipamentos de interface àquelas instituições, estendendo-se, neste âmbito, a isenção do pagamento da assinatura básica para a prestação dos serviços. A perspectiva do aprimoramento solicitado diz respeito às seguintes ações: 1) implantação do acesso individual banda larga aos serviços de telecomunicações, nas regiões onde esta forma de acesso for tecnicamente viável; 2) fornecimento de kits de ajuda técnica aos Órgãos e Conselhos de políticas para pessoas com deficiência, bem como kits aos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NAPNEs) que ainda não foram atendidas em 2006. Os kits foram agrupados em duas categorias apresentadas abaixo. Kit 1 Terminal com facilidades para pessoas com deficiência visual, composto por: Microcomputador pessoal Softwares especiais Hardware: CPU (Central Processing Unit Unidade de Processamento Central), monitor, teclado, mouse, interface de rede e kit multimídia; Sistema operacional Linux e Windows, em função dos aplicativos que rodarão na máquina; Leitor de telas; Ampliador de telas (Lupa Eletrônica); Opera.

23 Kit 2 Terminal com facilidades para pessoas com deficiência auditiva, visual e motora, composto por: Microcomputador pessoal Softwares especiais Hardware: CPU, monitor, teclado, mouse, interface de rede, kit multimídia e webcam; Sistema operacional Linux e Windows, em função dos aplicativos que rodarão na máquina Preditor de palavras; Leitor de telas Emulador de mouse; Teclado especial; Opera Acessórios especiais: TSPC (Telefone de Surdos para PC); Acionador mecânico de teclas (Órteses para Digitação: Ponteiro para Cabeça, hastes de fixação na boca e queixo bem como estabilizador de punho e abdutor de polegar Máscara de teclado Colméia Linha Braille 01 Linha Telefônica Convencional (TSPC) Os kits foram configurados de duas maneiras: um Pacote de Atendimento específico aos Órgãos e Conselhos Estaduais e um Pacote de Atendimento específico para os NAPNEs. O Pacote de Atendimento aos Órgãos e Conselhos Estaduais de Políticas para Pessoas com Deficiência é composto por 01 (um) microcomputador equipado com o kit 2 destinado a cada um dos órgãos e conselhos em questão. O Pacote de Atendimento aos NAPNEs é um conjunto de kits para deficiência visual, auditiva e motora, sendo composto por 03 (três) microcomputadores equipados com o kit 1 e 02 (dois) microcomputadores equipados com o kit 2, devendo ser destinado a cada uma das 60 unidades NAPNEs espalhadas pelo País. Para as entidades que já receberam os kits em 2006 haverá um melhoramento do tipo de acesso. Elas receberão o acesso banda larga propriamente dito.

24 A ampliação e continuidade do projeto pretende aumentar o número de entidades beneficiadas nos anos de 2007, 2008 e 2009, estendendo o benefício a um maior número de pessoas e entidades no território nacional. A terceira demanda apresentada pela CORDE refere-se à melhoria da prestação de serviço às pessoas com deficiência pelas bibliotecas públicas nacionais, prevendo o fornecimento de Kits de Ajuda Técnica, possibilitando uma maior autonomia no acesso à informação para pessoas com deficiência visual, auditiva ou motora. O kit pleiteado para as interfaces nas bibliotecas tem a composição apresentada a seguir. Kit Bibliotecas: Terminal com facilidades para pessoas com deficiência auditiva, visual e motora, composto por: Microcomputador pessoal Softwares especiais Hardware: CPU, monitor, teclado, mouse, interface de rede, kit multimídia e webcam; Sistema operacional Linux e Windows, em função dos aplicativos que rodarão na máquina Preditor de palavras; Leitor de telas Emulador de mouse; Teclado especial; Opera Acessórios especiais: TSPC (Telefone de Surdos para PC); Acionador mecânico de teclas (Órteses para Digitação: Ponteiro para Cabeça, hastes de fixação na boca e queixo bem como estabilizador de punho e abdutor de polegar Máscara de teclado Colméia Linha Braille 01 Linha Telefônica Convencional (TSPC) O Projeto pleiteado pretende aumentar o número de bibliotecas beneficiadas nos anos de 2007, 2008 e 2009, estendendo o benefício a um maior número de pessoas e entidades no território nacional, tendo em vista a complementação das metas estabelecidas no Decreto nº 4.769/2003 Plano Geral de Metas de Universalização do STFC.

25 3.5.2 Benefícios esperados O Projeto de Atendimento às Instituições de Assistência às Pessoas com Deficiência Auditiva terá abrangência nacional, e visa apoiar entidades governamentais e não governamentais sem fins lucrativos com a finalidade específica de assistência às pessoas com deficiência auditiva. Tais entidades constiuem locais de divulgação de informações e de prestação de serviços para as pessoas com deficiência auditiva, sendo um centro de referência para este grupo beneficiário. Assim, o fornecimento do acesso individual e dos equipamentos de interface a estas instituições visa alcançar o maior número de pessoas possível, promovendo uma maior comunicação entre as instituições beneficiadas e órgãos do Governo, além de permitir uma maior acessibilidade destas pessoas à comunicação e a serviços de utilidade pública, tais como socorro, segurança, etc. O acesso à comunicação representa uma oportunidade de integração das duas redes, a de instituições governamentais e a de não governamentais, visando, principalmente, a ampliação do atendimento, da capacitação, da difusão do conhecimento dos direitos das pessoas com deficiência em todo o país e a garantia da acessibilidade à comunicação, conforme previsto no Decreto nº 5.296/2004. Isto contribui para estreitar os laços entre usuários, prestadores, gestores e famílias de pessoas com deficiência. O Projeto de Atendimento aos Núcleos e aos Centros Especiais de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais terá abrangência nacional, e visa a apoiar entidades governamentais e não governamentais sem fins lucrativos com a finalidade específica de assistência e inclusão no mercado de trabalho das pessoas com deficiência. Tais entidades constituem locais de divulgação de informações, de prestação de serviços e de qualificação profissional para as pessoas com deficiência visual, auditiva e motora, sendo centros de referência para este grupo beneficiário. Assim, o fornecimento do acesso individual e dos equipamentos de interface a estas instituições visa alcançar o maior número de pessoas possível, promovendo uma maior comunicação entre as instituições beneficiadas e com órgãos e conselhos do Governo, além de permitir uma maior acessibilidade destas pessoas à comunicação e a serviços de utilidade pública, tais como socorro, segurança, etc. A implantação do acesso individual banda larga, nas regiões onde este serviço estiver disponível, representará um melhor aproveitamento dos recursos do FUST, diminuindo o custo do projeto já instalado em 2006 por meio do STFC e fazendo com que, os recursos liberados sejam aplicados em outros projetos. O projeto de melhoria da prestação de serviço às pessoas com deficiência pelas bibliotecas também terá abrangência nacional, e visa equipar as bibliotecas públicas do país para o atendimento às pessoas com deficiência visual, auditiva e motora. Pode-se citar como benefício o aumento na capacitação dos profissionais que trabalham com pessoas com deficiência, através da atualização e reciclagem de profissionais de nível médio e superior das áreas de biblioteconomia e correlatas na utilização de Tecnologias Assistivas. Conseqüentemente, como grande benefício, tem-se o aumento da inclusão social das pessoas com deficiência. Especificamente, as pessoas com deficiência serão beneficiadas da seguinte forma: