C I N E O - CONSELHO INTERNACIONAL DE NEOLOGÍSTICA



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Transcrição:

C I N E O - CONSELHO INTERNACIONAL DE NEOLOGÍSTICA CRITÉRIOS DE CRIAÇÃO E AVALIAÇÃO DE TERMOS NEOLÓGICOS (VERSÃO 11 05.09.2009) Elaborado por: Augusto Freire Lourdes Pinheiro Eliane Wojslaw Cathia Caporali Revisores: Jayme Pereira Kátia Arakaki Luis Minero Marcelo da Luz Nancy Trivelatto 1

ÍNDICE União das Instituições 1. Critérios de Criação e Avaliação de Termos Neológicos...p. 03 2. Anexo 1 Tabela de Avaliação de Termos Neológicos...p. 10 3. Anexo 2 Estrutura das Palavras na Língua Portuguesa...p. 12 4. Anexo 3 Processos para Formação das Palavras na Língua Portuguesa...p. 14 2

CRITÉRIOS DE CRIAÇÃO E AVALIAÇÃO DE TERMOS NEOLÓGICOS Apresentação. O CINEO Conselho Internacional de Neologística, é organismo permanente da UNICIN com o objetivo de promover a normalização denominativa e conceitual da terminologia da Ciência Conscienciologia. No exercício das funções políticas linguístico-terminológicas, o CINEO compila, organiza, padroniza, planifica, harmoniza e divulga a terminologia internacional da Conscienciologia. Cumpre o papel de parecerista técnico e fomenta o debate aberto, democrático e cosmoético dentro da CCCI, objetivando o consenso linguístico-terminológico amplo. Parâmetro. Os princípios e critérios presentes neste documento são os parâmetros básicos utilizados pelos Conselheiros do CINEO na avaliação dos neologismos propostos pelos pesquisadores da CCCI e na emissão de pareceres técnicos. Neologia. Todas as línguas vivas se renovam e se ampliam. Ao processo de criação de palavras ou acepções novas dá-se o nome de Neologia. Definição. Ieda Alves (1996, p. 13) cita a definição de neologismo da Norma ISO 1087, como termo de criação recente ou emprestado há pouco tempo de uma língua estrangeira ou de outra área do conhecimento. Motivação. Nessa perspectiva de expansão vocabular, o usuário de determinada língua está inovando por razões estilísticas ou para denominar novos conceitos e realidades. Formação. É, no entanto, importante considerar os processos de formação de palavras e os mecanismos de renovação lexical. Este conhecimento ajuda o neólogo na identificação de lacunas denominativas e na proposição de novos termos. Evolução. Outro aspecto relevante da renovação lexical é de ser possível, a partir dela, observar o processo evolutivo e as transformações conscienciais, culturais e sociais da socin ou de determinada comunidade. Neologística. A Neologia, assim, deve refletir necessariamente a dinâmica de evolução das línguas e das sociedades, o desenvolvimento das Ciências e a liberdade criativa dos seus falantes e usuários. Harmonia. Seguindo tal embasamento, Critérios de Criação e Avaliação de Termos Neológicos têm menos conotação prescritiva e mais caráter indicativo e harmonizador para os neologismos da Conscienciologia. 3

Terminologia. Entretanto, no campo das Ciências, a criação neológica deve contribuir para a precisão conceitual, a facilidade comunicativa, a uniformização, harmonização e a fixação terminológica internacional da Ciência em questão. Representatividade. Isto lhe garante maior representatividade perante o conjunto terminológico da Ciência e legitimidade de uso consensual entre os pesquisadores, contribuindo, ainda, para o estabelecimento dessa terminologia no âmbito das Ciências em geral, conforme observa Benveniste: A constituição de uma terminologia própria marca, em toda Ciência, o advento ou o desenvolvimento de uma conceitualização nova, assinalando, assim, um momento decisivo de sua história. Poder-se-ia mesmo dizer que a história particular de uma Ciência se resume na de seus termos específicos. Uma Ciência só começa a existir ou consegue se impor na medida em que faz existir e em que impõe seus conceitos, através de sua denominação. Ela não tem outro meio de estabelecer sua legitimidade senão por especificar seu objeto denominando-o, podendo este constituir uma ordem de fenômenos, um domínio novo ou um modo novo de relações entre certos dados. O aparelho mental consiste, em primeiro lugar, de um inventário de termos que arrolam, configuram ou analisam a realidade. Denominar, isto é, criar um conceito, é, ao mesmo tempo, a primeira e última operação de uma Ciência. (BENVENISTE apud KRIEGER & FINATTO, 2004, p. 17). Critérios. Segue, em escala funcional, com o objetivo de estabelecer padrões de estruturas neológicas, a sugestão de princípios e critérios básicos para a criação, avaliação e emissão de parecer técnico dos termos neológicos, propostos por pesquisadores da CCCI: Princípios Metodológicos 01. Corpus de Exclusão. O termo proposto será considerado tecnicamente neologismo se ainda não constar publicado, na mesma acepção, em nenhum dicionário da língua a qual pertence. O Corpus de Exclusão utilizado pelo CINEO para atestar o caráter neológico da unidade léxica é composto pelos dicionários da Lexicomática; o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa); demais dicionários técnicos das mais variadas áreas do saber humano e pela ferramenta de pesquisa da internet Google. 4

02. Terminologia. O neologismo estará em conformidade com a política linguística do idioma para o qual foi criado, ou traduzido, e a política de planificação e uniformização terminológica internacional da Ciência. Exemplos: holossoma; gescon; cosmovisiologia; ortopensene. 03. Motivação. O neologismo conscienciológico será criado a partir de motivação clara: a. Para suprir lacunas existentes na denominação de conceito novo. Exemplos: serenão; invéxis; consréu. b. Para substituir termo envilecido de conceito preexistente. As ressignificações e renovações terminológicas ocorrem a partir da evolução das experiências coletivas, frutos da maior maturidade consciencial, desencadeadoras de reformulação dos conceitos científicos. Exemplo: em lugar de morte, dessoma; de perispírito, psicossoma; de prana, energia imanente; de reencarnação, ressoma; de anjo, amparador. c. Para substituir unidade terminológica por outra mais adequada, visando maior harmonização terminológica. A forma neológica não adequada ao sistema da língua em questão ou à política terminológica vigente, mesmo consolidada, pode ser revista. O termo proposto deve operar revisão terminológica produtiva para a Conscienciologia. Exemplo: de holochacra para energossoma. 04. Utilidade. O termo em uso não será substituído sem razões suficientes. Convém verificar a utilidade da criação lexical. Observação. Antes da criação do neologismo, deve-se verificar se este concorre com termo préexistente. Ponderar a necessidade real de criar outro termo para o mesmo conceito, evitando-se, assim, a confusão denominativa. Há casos específicos nos quais a substituição opera em favor da padronização terminológica da área, conforme exemplo anterior: holochacra x energossoma (soma; psicossoma e mentalsoma). 05. Monovalência. A fim de evitar ambiguidades, imprecisões e equívocos nas comunicações especializadas, o ideal é cada termo base fazer referência apenas a 1 conceito dentro do mesmo campo ou especialidade técnico-científica. Deste modo, o neologista conscienciológico evitará a profusão de variantes formais e da polissemia conceitual nas proposições neológicas. Exemplo: Politologia, variante gráfica não indicada no meio conscienciológico, sendo a unidade lexical Politicologia mais utilizada. 06. Definição. A proposta do neotermo virá acompanhada da respectiva definição técnica, mesmo provisória. Definir, em Terminologia, é estabelecer o vínculo termo-conceito-significado, mapeando os traços semânticos necessários à exata identificação conceitual. É, pois, o ato ou o efeito de delimitar o conceito, estabelecendo limites e diferenciando-o de outros no mesmo campo científico. A definição conscienciológica ideal registrará, dentre outras, as seguintes especificações técnicas: 5

a. Apresentar linguagem científica direta, clara e objetiva, desprovida de ambiguidades linguísticas e imprecisões terminológicas. b. Operar efetivamente a delimitação conceitual. c. Indicar o gênero próximo (características gerais do conceito, representadas pelo componente genérico inicial do texto definitório: tipo, classe, espécie, categoria ou campo ao qual pertence). d. Identificar a diferença específica (características particulares do conceito, mapeadas pelos componentes do texto definitório: traços semânticos distintivos do termo definido). e. Apresentar coerência interna entre a forma (significante) e o conteúdo do texto definitório (conceito, significado); ou seja, a definição deverá conter exatamente os semas componentes do significado indicados pelo termo proposto; por exemplo, se o termo a ser definido é mentalsoma, não é apropriado definir psicossoma. f. Apresentar notas linguístico-gramaticais, notas enciclopédicas e exemplos, quando necessário. Exemplo: Abertismo Consciencial. Definição. O abertismo consciencial é a condição avançada da conscin neofílica com abertura omnilateral da autopensenidade ao conhecimento quanto à evolução da consciência, capaz de executar intencionalmente, com a própria vida, as técnicas evolutivas avançadas da Conscienciologia, por exemplo, a Cosmoética, a invéxis, a tenepes e a desperticidade (VIEIRA, 2006, p. 27). 07. Especialidade. Verificar a especialidade conscienciológica do neologismo proposto a fim de aferir a produtividade na área. Exemplos: absurdo cosmoético (termo técnico da Recexologia); cosmograma (termo técnico da Cosmanálise); projeção consciente (termo técnico da Projeciologia). Princípios Linguísticos 08. Signo. O termo proposto, do ponto de vista do significante, deve estar coerente à expressão exata da ideia, significado, a ser grafada pelo neologismo (criação motivada). Deve-se avaliar a precisão terminológica alcançada pela palavra criada, forma; se esta representa, de fato, o conceito, conteúdo, a ser mapeado, de acordo com a significação conscienciológica padrão. Exemplos: proéxis; invéxis; conscin; consciex e acronímias em geral. 09. Ortofonia. O termo proposto deve ter composição sonora agradável, não apresentar cacófatos nem distorções semânticas e conceituais espúrias no maior número de línguas possível. Analisar o nível de excelência quanto à ortofonia alcançada pelo neotermo nos diversos idiomas. Exemplos: pensene, consciex livre. 10. Empréstimo. No caso de haver impossibilidade de traduzir termos para outro idioma, pode-se adotar a forma de outra língua, por empréstimo, desde que a grafia e fonia sejam apropriadas para 6

o idioma em questão e não haja implicações pejorativas. Exemplos: tenepes (emprestado para o italiano); projetarium, acloplamentarium, retrossoma (emprestados para o inglês); brainwashington (termo formado por analogia a partir de empréstimo do Inglês brainwash para o Português). 11. Morfossintaxe. A construção lexical do neologismo atenderá aos critérios linguísticos técnicos necessários para a formação vocabular. Deve-se verificar se o neologismo está em conformidade com as regras gramaticais da língua, adaptado ao sistema prosódico, fonético-fonológico e ortográfico (Ver Anexo 2 Estrutura das Palavras na Língua Portuguesa e Anexo 3 Processo de Formação de Palavras na Língua Portuguesa). Exemplo de análise morfossintática de termo: Amparador vocábulo bem adaptado ao sistema fonético-fonológico do Português brasileiro, com utilização da consoante bilabial /m/ antes do fonema plosivo /p/ conforme acomodação articulatória usual, e emprego do sufixo vernáculo dor, formador de nomes substantivos e adjetivos, para as noções de ofício, profissão, ou aquele que pratica determinada ação (definida pelo radical verbal); agente ; instrumento de ação ; apreciador ; carregador. Este termo pode desempenhar funções sintáticas diversas em contextos discursivos distintos, por exemplo o de predicativo do sujeito na sentença: Ele é amparador. 12. Afixos. O neologismo será, preferencialmente, composto por formadores greco-latinos e de afixos comuns. Exemplos: holossoma; grupocarmalogia; cosmograma. 13. Derivação. O termo ideal deve permitir a formação de cognatos e derivados simples (Ver anexo 2). 14. Concisão. O neologismo atenderá ao princípio da economia linguística, ao preconizar a concisão máxima do termo. Dar-se-á preferência à formação de vocábulos simples ao invés de expressões compostas ou sintagmas terminológicos complexos, quando possível. Ponderar o nível de excelência quanto à síntese neológica. Exemplos: desperto; confor; adcons; BEE (bibliografia, específica exaustiva); FEP (ficha evolutiva pessoal). Princípios sócio-terminológicos 15. Registro. O neologismo será adequado à linguagem científica e útil à comunicação técnica na comunidade conscienciológica. 16. Positividade. O neologismo evitará conotações negativas ou discriminatórias, prejudiciais à interação entre as consciências dentro e fora da CCCI. 7

17. Oficialização. O abono (prova textual) para a coleta terminológica e a atribuição do status do termo se dá através de pesquisa em textos técnicos e publicações especializadas (pesquisa de corpus). Quanto maior a frequência de uso no corpus, maior a produtividade do termo para a Ciência em questão. O critério mínimo de frequência para verificar se o termo é produtivo para a terminologia de determinada área é ter sido publicado mais de 1 vez na mesma acepção (evitação do hápax legomena de hápax uma só vez e legomenon dito, o que se diz : ocorrência com abonação única na história língua). Dever-se-á, portanto, verificar potencial produtivo do termo proposto para evitar a ocorrência pseudotermos, termos improdutivos e de hápax legomena. Exemplo: Soma (termo não neológico emprestado da Medicina: é produtivo para a terminologia da Conscienciologia, sendo, portanto, também um termo conscienciológico). Está amplamente publicado no texto conscienciológico na mesma acepção básica da Medicina de corpo físico, embora comporte neste significado semas diferenciais próprios de uso conscienciológico, tais como: veículo físico de manifestação da Consciência integrante do holossoma. 18. Debate. A criação e a fixação do neologismo na terminologia conscienciológica dar-se-ão mediante debate na CCCI promovido pelo CINEO, a fim de legitimá-lo, através do uso consensual. Neologismos em outro idiomas devem ser debatidos, primeiramente, nos países daquele idioma. Exemplo: os termos em espanhol devem ser debatidos pela comunidade conscienciológica da Espanha, Paraguai, Uruguai, Argentina e outros países hispânicos, conforme as diretrizes do CINEO. O TERMO CONSCIENCIOLÓGICO IDEAL DEVE TER FORMA ADEQUADA AO CONTEÚDO, NÃO GERAR CACÓFATO OU DISTORÇÃO CONCEITUAL, SER GRAMATICALMENTE CORRETO, CONCISO, ÚTIL, POSITIVO E CONTRIBUIR PARA A HARMONIZAÇÃO TERMINOLÓGICA DA ÁREA. EXEMPLO: PENSENE. 8

Bibliografia Geral: BIBLIOGRAFIA União das Instituições 1. Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda; Novo Aurélio Século XXI: o Dicionário da Língua Portuguesa; sup. rev. Ana Lúcia Kronnemberger; XV + 2.128 p.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; br.; 3ª Ed. revisada e ampliada; Nova Fronteira; Rio de Janeiro, RJ; 1999. 2. Idem; Dicionário Aurélio Eletrônico; Versão 3.0; Lexikon Informática; 1999. 3. Houaiss, Antonio; Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa; Versão 1.0; Instituto Antonio Houaiss; Editora Objetiva Ltda; Dezembro, 2001; http://www.fflch.usp.br/dlcv/neo. Bibliografia Específica: 1. Alves, Ieda Maria; Neologismos - Criação Lexical; Série Princípios; 94 p.; 11 caps.; 18 x 12 cm; br.; Editora Ática; São Paulo, SP; 1990. 2. Idem; & Anjos, Eliane Dantas dos; Uma Experiência Terminológica: a Elaboração do Glossário de Termos Neológicos da Economia; Artigo; Alfa: Revista de Linguística da Universidade Estadual Paulista; 1 enu.; 3 refs.; 1998; páginas 205-221. 3. Barros, Lídia Almeida; Curso Básico de Terminologia; Universidade de São Paulo (Acadêmica: 54); São Paulo, SP; 2004. 4. Câmara Jr., Joaquim Mattoso; Dicionário de Linguística e Gramática: Referente à Língua Portuguesa; 266 p.; 20,7 x 13,7 cm; br.; 25ª Ed.; Vozes; Petrópolis, RJ; 2004. 5. Carvalho, Nelly; Empréstimos Linguísticos; Série Princípios; 84 p.; 5 caps.; 18 x 12 cm; br.; Ática; São Paulo, SP;1989. 6. Faulstich, Enilde; Da Linguística à Terminologia; Artigo; 30 p.; 17 enus.; cronologias; 22 refs.; Rio de Janeiro, RJ; 1997. 7. Krieger, Maria da Graça; & Finatto, Maria José Bocorny; Introdução à Terminologia; 224 p.; 23 x 16 cm; br.; Contexto; São Paulo, SP; 2004. 8. Vieira, Waldo; 200 Teáticas da Conscienciologia; 260 p.; 200 caps.; 13 refs.; alf.; 21 x 14 cm; br.; Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC); Rio de Janeiro, RJ; 1997. 9. Idem; Enciclopédia da Conscienciologia; 772 p.; 240 caps.; ilus.; 15 tabs.; 5 índices; 1 sinopse; 18 refs.; alf.; geo.; ono.; 28,7 x 21,5 x 3,8 cm; enc.; 1ª Ed. Protótipo; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu, PR; 2006; p. 27. 10. Idem; Homo sapiens reurbanisatus; 1.584 p.; 479 caps.; 136 abrevs.; 40 ilus.; 7 índices; 102 sinopses; glos. 241 termos; 7.653 refs.; alf.; geo.; ono.; 27 x 21 x 7 cm; enc.; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu, PR; 2003. 11. Idem; Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano; 1.248 p.; 525 caps.; 150 abrevs.; 43 ilus.; 5 índices; 1 sinopse; glos. 300 termos; 2.041 refs.; alf.; geo.; ono.; 27 x 21 x 7 cm; enc.; 4ª Ed. revisada e ampliada; Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC); Rio de Janeiro, RJ; 1999; página 40. 9

Anexo 1 Tabela de Avaliação de Termos Neológicos União das Instituições Data de Entrada no CINEO: Data de Emissão do Parecer: Propositor (a): Especialidade: Termo: Definição: Sinonímia: Antonímia: Fraseologia: CRITÉRIOS: Princípios Metodológicos Excelente Bom Regular Insuficiente Inadequado 1. Corpus de Exclusão 2. Terminologia 3. Motivação 4. Utilidade 5. Monovalência 6. Definição 7. Especialidade Princípios Linguísticos 8. Signo 9. Ortofonia 10. Empréstimo 11. Morfossintaxe 12. Afixos 13. Derivação 14. Concisão Não se aplica Princípios sócio-terminológicos 15. Registro 1

16. Positividade TOTAIS União das Instituições ANÁLISES / JUSTIFICATIVAS (Dos Critérios): PARECER DO CONSELHEIRO: Nome do Conselheiro: Bibliografia Consultada. Foz do Iguaçu PR, 1

Anexo 2 Estrutura das Palavras na Língua Portuguesa Estudo. Convém a cada membro do CINEO, estudar os elemento formadores da palavra, denominados de morfemas ou elementos mórficos. Morfemas. São estes os morfemas ou elementos mórficos da língua Portuguesa: 1. Radical. O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados outros elementos. Exemplos: pedra, pedreiro, pedrinha; na Conscienciologia. cosmoéticoteca; cosmograma. 2. Vogal Temática. Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a conjugação a que o verbo pertence. Exemplos: cantar, vender, partir; na Conscienciologia: desassimilar; autoproteger-se; autoevoluir-se. Observação. Nem todas as formas verbais possuem a vogal temática. Exemplo: parto (radical + desinência). 3. Tema. É o radical com a presença da vogal temática. Exemplos: choro, canta; na Conscienciologia: pensenizo. 4. Desinências. São elementos indicadores das flexões apresentadas pelos nomes e verbos. São subdivididas em: Desinências Nominais; Desinências Verbais. A. Desinências Nominais: indicam o gênero e número. As desinências de gênero são a e o; as desinências de número são o s para o plural e o singular não tem desinência própria. Exemplos: gat o, radical desinência nominal de gênero. Gat o s; ment ais soma s. Na Conscienciologia: energossomas; energosferas. B. Desinências Verbais: indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos. Exemplo: cant á va mos. Radical v.t d.m.t d.n.p. 5. Afixos. São elementos adicionados aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser: A. Prefixos: quando colocados antes do radical. Exemplos: inviável; na Conscienciologia: antiporão; antimimese. B. Sufixos: quando colocados depois do radical. Exemplos: pedrada; felizmente; Na Conscienciologia: conscienciometrizar; assistenciologia. C. Infixos: quando intercalados na raiz. Segundo Câmara JR (2004, p. 147), na língua portuguesa não há infixos como mecanismo gramatical. Tem-se apenas o reflexo do infixo nasal dos verbos indo-europeus, esporadicamente mantidos em Latim para opor infectum e perfectum (ex.: rumpo, pres.: rupi, pret. perf.), explicando diacronicamente as variantes 1

radicais de formas cognatas portuguesas (ex.: romper, em face de roto: cf. lat. rumpere, ruptu). 6. Vogais e Consoantes de Ligação. São elementos inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras. Exemplo: silvícola, paulada, cafeicultura; na Conscienciologia: consciencioterapia; projecioterapia. 1

Anexo 3 Processo para Formação das Palavras na Língua Portuguesa 1. Derivação. É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras já existentes (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras: Prefixal; Sufixal; Parassintética; Regressiva; Imprópria. 1.1 Prefixal: processo de derivação pelo qual é acrescido 1 prefixo a 1 radical. Exemplos: desfazer, inútil; na Conscienciologia: desassim; autodisciplina. 1.2 Sufixal: processo de derivação pelo qual é acrescido 1 sufixo a 1 radical. Exemplo: carrinho, livraria; na Conscienciologia: holoteca; acoplamentista. 1.3 Parassintética: processo de derivação pelo qual é acrescido 1 prefixo e 1 sufixo simultaneamente ao radical. Exemplo: anoitecer, pernoitar; na Conscienciologia: ressomática; dessomática. Observação. Existem palavras compostas por prefixo e sufixo sem serem formadas por parassíntese. Na parassíntese o prefixo e o sufixo unem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação, basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal. 1.4 Regressiva: processo de derivação no qual os substantivos são criados a partir de verbos. Exemplo: Ninguém justificou o atraso (do verbo atrasar). O debate foi longo (do verbo debater); na Conscienciologia: O pensene é indissociável da consciência (do verbo pensenizar). A conscienciometria foi utilizada como instrumento (do verbo conscienciometrizar). 1.5 Imprópria: processo de derivação na qual acontece mudança de classe gramatical da palavra sem alteração da forma. Exemplos: O jantar estava ótimo (do verbo jantar); O autoevoluir é a prioridade no momento (do verbo autoevoluir-se). O autoassediar-se não é a melhor opção (do verbo autoassediar-se). 2. Composição. É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas: 2.1 Justaposição: quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composição. Exemplos: girassol (gira + sol), péde-moleque (pé + de + moleque); na Conscienciologia: mentalsoma (mental + soma); grupocarma (grupo + carma). 1

2.2 Aglutinação: quando há alteração em pelo menos 1 das palavras, seja na grafia ou na pronúncia. Exemplos: planalto (plano + alto); na Conscienciologia: cosmanálise (cosmo + análise). 3. Hibridismo. É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes. Exemplo: automóvel (auto Grego + móvel Latim), burocracia (buro Francês + cracia Grego); na Conscienciologia: cosmoética (cosmo Grego + ética Latim) 4. Abreviação ou Redução. É a forma reduzida apresentada por algumas palavras: Exemplos: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta); na Conscienciologia: desô (desorientação existencial); adcons (cons recuperados). 5. Onomatopeia. Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza. Exemplos: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom; na Conscienciologia: raps projetivos. Resumindo: Neologismo. O neologismo é a inovação linguística apresentada sob a forma lexical (vocabular) ou sintática (frasal). O neologismo lexical pode constituir-se de: a. Significante novo associado a conceito novo. b. Significante novo e conceito já existente (neologismo formal). c. Significante já existente e conceito novo (neologismo semântico). Estrutura. A estrutura das palavras contém o radical (elemento estrutural básico), afixos (elementos unidos ao radical para formação de novas palavras Prefixo e Sufixo), as desinências (nominais indicam gênero e número e verbais indicam pessoa, modo, tempo e número dos verbos), a vogal temática (indicador da conjugação do verbo a, e, i) e o tema, é a junção do radical com a vogal temática. Formação. No processo de formação das palavras temos a derivação, subdividida em prefixal, sufixal, parassíntese, regressiva e imprópria e a composição, subdividida em justaposição e aglutinação. Além desses dois processos, temos o hibridismo, a onomatopeia e a abreviação como processos secundários na formação das palavras. 1