Integração das informações relacionadas à SST: desafios e possibilidades



Documentos relacionados
CAPA. Vinculação de bancos de dados de acidentes do trabalho fatais dos Estados de São Paulo e Minas Gerais

Rio de Janeiro, 17/09/2013

Comitê de Estatísticas Sociais. Estágio Atual e Desdobramentos

CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL: APOSENTADORIAS POR ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS NO PERÍODO

O que é o esocial? Empregado

LEIAUTE DE FOLHA DE PAGAMENTO GRRF. Manual de Especificação

Uma marca global, para uma empresa com serviços globais!

Diário Oficial Imprensa Nacional N.º 246 DOU de 23/12/05 Seção 1 - p. 124

Evento esocial. Prof. Edison Garcia Junior

14/11/2013. Centralização do FGTS. Surgimento do REMAG. Surgimento da GFIP. Surgimento do SPED. Histórico das Obrigações JOHNATAN ABREU

Lacunas tema ticas, diferenças conceituais e demandas

PESQUISA INDUSTRIAL ANUAL DE EMPRESA (PIA-Empresa) FONTE DE DADOS O cadastro básico de seleção da PIA-Empresa é obtido a partir do Cadastro Central

Nome da Empresa: Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)

uma nova era nas relações entre Empregadores, Empregados e Governo. FIESP, 23/10/2013

MODELO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador AUGUSTO BOTELHO I RELATÓRIO

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2007

Não muda legislação, muda procedimentos.

VISÃO GERAL DO E-SOCIAL

e-social Alexandre Corrêa

As novas obrigações trabalhistas e previdenciárias

esocial A TRANSFORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE TRABALHO E DE ARRECAÇÃO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO

Assunto. esocial. Diminuir o custo de produção, o controle e disponibilização das informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais;

Sessão 4: Avaliação na perspectiva de diferentes tipos de organizações do setor sem fins lucrativos

CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 5/2014

ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL Anuário Estatístico da Previdência Social AEPS 2013

RELATÓRIO FINAL DE AVALIAÇÃO DOS PROJETOS DE EXTENSÃO

RESOLUÇÃO. Santa Rosa, RS, 21 de setembro de 2009.

ORIENTAÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO POR MEIO DA WEB

PROPOSTAS PARA O COMBATE À ALTA ROTATIVIDADE DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

Desvendando o esocial

esocial - Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO REITORIA PROCESSO SELETIVO 2015

Notas técnicas. 1. Introdução

REGIMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS URBANOS - NEURB CAPÍTULO I DA CONSTITUIÇÃO E FINALIDADE

EMPREGADORES COM MATRÍCULA CEI CADASTRO DA MATRÍCULA NO CEI

AS MELHORES OPORTUNIDADES DE EMPREGO NO SETOR DE SERVIÇOS

GIFUG/RJ Gerência de Filial Administrar FGTS RJ/ES

Secretaria de Saúde do Estado da Bahia Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de I nformação em Saúde. outubro/2007

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE PRÓ REITORIA DE EXTENSÃO, CULTURA E ASSUNTOS ESTUDANTIS GUIA PREENCHIMENTO FORMULÁRIO

Sistema Público de Escrituração Digital SPED

Soft Trade, desenvolvendo soluções para RH há 26 anos. WORKSHOP esocial /02/2014

RDI-011. HC UFMG Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Relatório de Diagnóstico para Implantação

TERMO DE REFERÊNCIA/COTAÇÃO PRÉVIA nº. 01/2014 CONTRATAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA: PRESTAÇÃO SERVIÇOS DE RECURSOS HUMANOS

Seminário NTEP Nexo Epidemiológico Previdenciário e a Segurança e Saúde dos Trabalhadores. A Aplicação do NTEP 27/11/2009

EDITAL DE PROJETOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL CONEXÃO BRASIL-ÁFRICA

INTRODUÇÃO. Assim, a Marítima disponibiliza nesse comunicado algumas dicas para agilizar os processos de análise de risco de proposta. DICAS!

Documentos para o processo seletivo ProUni

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA BOLSA PROUNI

São convenentes neste instrumento:

Portal Nacional de Direito do Trabalho Resolução nº 485 do MPS

sociais (7,6%a.a.); já os segmentos que empregaram maiores contingentes foram o comércio de mercadorias, prestação de serviços e serviços sociais.

RESOLUÇÃO CONSEPE 78/2006 INSTITUI O NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD, DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, E APROVA SEU REGULAMENTO.

CONSTRUÇÃO DE INDICADORES PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPA

Assunto: CURSO SEFIP/GFIP- VERSÃO 8.4 REGRAS GERAIS DE PREENCHIMENTO, E CURSO RAIS E CAGED PROCEDIMENTOS GERAIS.

juntamente com este regulamento.

CHECKLIST DO ANEXO II EDITAL 02/2015 Para qual membro do grupo familiar e em que situação? Todas as pessoas do grupo familiar a partir de 18 anos.

Prazo de execução: xxxx meses, a partir da assinatura do convênio

Bolsa de Qualificação Profissional para Trabalhador com Contrato de Trabalho Suspenso

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA REGIMENTO INTERNO DO MUSEU DE PORTO ALEGRE JOAQUIM JOSÉ FELIZARDO

O TRABALHO POR CONTA PRÓPRIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Cenário da Indústria da Construção (IC) Brasil e Bahia, 2009 a 2012

esocial EFD FOLHA DE PAGAMENTO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

REGIMENTO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO CANTUQUIRIGUAÇU - CONDETEC CAPÍTULO I DA NATUREZA

CHAMADA PÚBLICA SIMPLIFICADA Nº 15/2013 SELEÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA O PROJETO REGISTRO DE IDENTIDADE CIVIL REPLANEJAMENTO E NOVO PROJETO PILOTO

CAT-Comunicado de acidente do trabalho

MANUAL DO CLIENTE. Av. Conselheiro Aguiar, nº 4635, salas 407/408, Boa Viagem, Recife/PE

Escrituração Fiscal da Folha de Pagamento e das Obrigações Previdenciárias (EFD-Social) esocial

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

RESOLUÇÃO Nº 396, DE 02 DE OUTUBRO DE 2014.

RESOLUÇÃO Nº 211/2005-CEPE/UNICENTRO

ANEXO II MODELO PADRÃO de PROJETO para fins de Captação de Recursos Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

RAIS - CARTELA ANO-BASE 2015 REGISTRO TIPO-0

CEARÁ - PARANGABA PROCEDIMENTOS DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE DOCENTES PARA OS CURSOS DE GRADUAÇÃO E GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA

Projeto de inovação do processo de monitoramento de safra da Conab

DIRETORIA DE PESQUISAS DPE COORDENAÇÃO DE CONTAS NACIONAIS CONAC. Nota metodológica das Contas Regionais Referência 2010

REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL)

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL Marco Antonio Gomes Pérez - Diretor

Universidade Federal da Bahia Escola de Administração da UFBA Departamento de Sistemas e Processos Gerenciais

ILEGALIDADES E IRREGULARIDADES

Treinamento Sistema Folha Union Módulo I

Procedimento de Segurança para Execução de Serviços

Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais

FAP FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO

INSS ALTERA MAIS UMA VEZ AS CONDIÇÕES PARA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL IMPONDO NOVOS ÔNUS PARA AS EMPRESAS

PPGHIS/ICHS/UFOP PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NA ÓTICA DE SEUS EGRESSOS DO TRIÊNIO

ACIDENTES DE TRABALHO. Disciplina de Saúde do Trabalho. Angelica dos Santos Vianna

Portaria Inep nº 249 de 10 de maio de 2013 Publicada no Diário Oficial de 13 de maio de 2013, Seção 1, págs. 21 e 22

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE EDITAL Nº 08/ PROCESSO SELETIVO PARA CONSULTORES

Oportunidades para o Jovem Administrador em Novos Negócios

Formalização das relações de trabalho

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UEPI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO. Chamada Pública nº 01, de 27 de janeiro de 2016

Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo Desportivo

ESCO COMO INSTRUMENTO DE FOMENTO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Chamada de Propostas de Pesquisa. Convênio FAPESP-FAPEMIG

Transcrição:

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO FUNDACENTRO CENTRO REGIONAL DE MINAS GERAIS Seminário Pesquisa e Inovação para Melhores Condições de Trabalho e Emprego 19/10/2012 Integração das informações relacionadas à SST: desafios e possibilidades Celso Amorim Salim

PLANO Estatísticas sobre acidentes de trabalho A busca de soluções: programa, projetos e novas institucionalidades

Brasil: Acidentes de trabalho não fatais segundo diversos registros 2000 2008

Brasil : Óbitos por Acidente do Trabalho 1990-2009

Minas Gerais: Óbitos por Acidentes de Trabalho: 2000-2010 Fonte: AEPS (Anuário Estatístico da Previdência Social/Ministério da Previdência Social) RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) SIM ( Sistema de Informação de Mortalidade)

Minas Gerais: Acidentes do Trabalho Liquidados por Óbito segundo a CNAE - 2006-2010 Divisão CNAE 2.0 2006 2007 2008 2009 2010 Total Transporte Terrestre 78 67 58 54 55 312 Construção * 35 42 53 42 44 216 Comércio Varejista 24 25 30 29 34 142 Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados 29 25 33 20 24 131 Comércio por Atacado, Exceto Veículos Automotor 16 19 10 13 23 81 Fabricação de Produtos Alimentícios 16 12 17 20 14 79 Metalurgia 12 12 10 8 8 50 Administração Pública, Defesa e Seguridade Soci 8 7 7 9 9 40 Comércio e Reparação de Veículos Automotores e 10 8 8 4 7 37 Fabricação de Produtos de Minerais Não-Metálico 6 7 8 6 6 33 Outros 131 124 116 102 119 592 Total 365 348 350 307 343 1713 Fonte: AEAT (Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho. (VERSÃO CNAE 2.0). * Contrução: Inclui as divisões : 41 Construção de Edifícios, 42 Obras de Infra-Estrutura, 43 Serviços Especializados para Construção

MINAS GERAIS ÓBITOS POR ACIDENTES SEGUNDO O CNAE - 2009 Óbitos para cada 100 mil empregados: Geral (8,66) Transporte, Armazenagem e Correio (29,53) Extrativa Mineral (21,99) Indústria da Construção (14,48) Eletricidade e Gás (16,93) Adm. Pública, Defesa e Seguridade Social (13,65)

FUNDACENTRO: A BUSCA DE SOLUÇÕES PROGRAMA DE MELHORIA DAS INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS SOBRE DOENÇAS E ACIDENTES DO TRABALHO NO BRASIL (PRODAT) GRUPO DE PESQUISA ESTUDOS E PESQUISA SOBRE DOENÇAS, ACIDENTES E MORTE NO AMBIENTE DE TRABALHO ACORDO DE COOPERAÇÃO COM O IPEA

PRODAT I Seminário Nacional Estatísticas sobre Doenças e Acidentes do Trabalho no Brasil: Situação e Perspectivas. Fundacentro, São Paulo - SP, 06/08 Nov. 2000; Participantes: Fundacentro, Ministérios da Previdência Social, Saúde e Trabalho e Emprego, SEADE, IBGE, PM de São Paulo, SES da Bahia, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor Mineral, além de professores e pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, UnB, UFBA e UFMG II Seminário Nacional Estatísticas sobre Doenças e Acidentes do Trabalho no Brasil: Questões de Identificação e Mensuração no Setor Informal. Fundacentro, São Paulo - SP, 16/18 Dez. 2002; Participantes: Fundacentro, SEADE, CEPAL/CELADE, FNUAP, Fórum Estadual de Saúde e Segurança do Trabalhador em Minas Gerais, Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, SES do RS, SMS de SP, Fac. de Medicina da Unesp/Botucatu, UFBA, UNICAMP e UFMG.

PRODAT Estatísticas sobre Saúde do Trabalhador Problemas técnicos: Funções diversas, não padronização, não integração relacional; Deficiências cadastrais: subnotificações, natureza/qualidade dos dados etc.; Grau de cobertura: área rural, setor informal; Comparações interbases e entre séries temporais; Desagregações diferenciadas para cada base; Diferentes representações espaciais; Integração das informações sobre a relação saúde trabalhoprevidência; Mensuração efetiva dos custos dos acidentes;

PRODAT Principais desafios Compromissos interinstitucionais para a melhoria dos dados cadastrais nos principais registros/bases de dados; Geração de tecnologia e processos de harmonização de dados de SST; Otimização das informações e das condições técnicas de sua produção. Conhecimento das reais condições de saúde e segurança do trabalho no setor informal; Aspectos conceituais e construção de indicadores segundo categorias de acidentes e doenças do trabalho: fontes de dados para numeradores e denominadores específicos; Suporte à implementação/avaliação de políticas públicas.

Grupo de Pesquisa - Estudos sobre Acidentes, Doenças e Mortes no Ambiente de Trabalho: Identificação, Mensuração e Análise I. Pesquisa sobre os AT nas PME industriais II. Pesquisas tópicas: Tema: Condições de trabalho e saúde: - Docentes e auxiliares de ensino em MG; - Trabalhadores de vigilância e segurança em MG; - Psicólogos; - Percepções do movimento sindical sobre SST; Projeto 2011: Setor Mineral em MG Identificação, mensuração e análise dos acidentes, doenças e mortes no setor mineral - construção de modelo para monitoramento das condições de trabalho e saúde dos trabalhadores das minerações

ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA IPEA - FUNDACENTRO (DOU de 21 de janeiro de 2009 - Vigência: 5 anos) Linhas de Ação 1. Estatísticas e indicadores em SST (Coordenação na Fundacentro-MG); 2. Custos econômicos e sociais dos acidentes de trabalho (Coordenação no Ipea-Brasília); 3. Avaliação de políticas públicas em SST (Coordenação no CTN, SP).

Bases de dados e Parceiros MS/SE/DATASUS e MS/SAS Sistema de Informações Hospitalares SIH Sistema de Informações Ambulatoriais SIA MS/SVS: Sistema de Informação sobre Mortalidade SIM Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN

Bases de dados e Parceiros MPS/SPS/DPSSO e MPS/SPS/DPPS: Comunicação de Acidente de Trabalho / Web - CAT/WEB Sistema Único de Benefícios / Sistema Único de Informações de Benefícios - SUB/SUIBE Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social - GFIP Sistema Integrado de Tratamento Estatístico de Séries Estratégicas - SÍNTESE

Bases de dados e Parceiros MTE/SPPE: Relação Anual de Informações Sociais RAIS Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED MTE/SIT: Sistema de Fiscalização e Inspeção do Trabalho SFIT

Atividades e Produtos do ACT concluídos Oficinas de Trabalho: 1ª Oficina: Integração de Bases de Dados Relacionadas à Saúde do Trabalhador no Brasil Situação e Perspectivas, em 06 e 07/07/09 (Brasília); 2ª Oficina: Integração de Bases de Dados Relacionadas à Saúde do Trabalhador no Brasil Elementos e Subsídios à Construção do Sistema Piloto, em 12 e 13/11/09 (Belo Horizonte). Livro coletânea: Saúde e segurança no trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores.

Linha 1- Estatísticas e indicadores em SST: Pesquisa sobre mortalidade por acidentes do trabalho nos Estados de São Paulo e Minas Gerais Objetivo geral: Identificar, quantificar e caracterizar, para todos os municípios dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, os trabalhadores que foram vítimas fatais de acidentes do trabalho, por intermédio da vinculação das informações das declarações de óbito com os processos de acidentes de trabalho.

Variáveis: a) Município de residência do acidentado; b) Sexo do acidentado; c) Idade do acidentado; d) Grau de instrução do acidentado; e) Estado civil do acidentado; f) Profissão ocupação habitual do acidentado; g) Data do óbito; h) Data do acidente; i) Momento do acidente; j) Local do acidente; k) Tipo de morte; l) Notificação dos óbitos por acidente do trabalho.

Método e Procedimentos: Emparelhamento dos casos coincidentes nas duas fontes, a partir os óbitos correspondentes à população trabalhadora coberta pela Seguridade Social; Levantamento dos acidentes de trabalho fatais registrados nas declarações de óbito; Busca ativa para a ampliação do universo dos casos fatais e estimativa das omissões nas duas fontes; Em seguida à vinculação, construção de um banco de dados sob novos parâmetros, envolvendo reavaliação dos dados e codificação prévias para novo processamento, etc.

(Re) dimensionamento dos acidentes de trabalho fatais (Fundacentro/Fundação Seade) Registros CAT - INSS DO SIM - Vinculados MS Base integrada de registros de acidentes fatais

Vantagens e possibilidades: Compatibilização das informações disponíveis - maximização da utilização dos registros administrativos; Ampliação da análise para além do setor formal, estendendo-a à população trabalhadora à margem da legislação e proteção social; Compreensão dos fatores exógenos ao ambiente de trabalho na detecção dos riscos intrínsecos dos acidentes do trabalho, como o espaço público; Melhoria dos perfis demográficos e epidemiológicos da população acidentada, particularmente da população potencialmente exposta aos riscos fatais (novos indicadores/coeficientes); Geração de subsídios à atuação do poder público, etc.

Linha 1- Estatísticas e indicadores em SST: Prospecção e diagnóstico técnico dos bancos de dados e remodelagem das estatísticas e indicadores sobre a saúde do trabalhador (PRODIAG II) Projeto piloto Objetivo geral: Realizar diagnóstico técnico dos dados disponíveis sobre a relação saúde-trabalho-previdência na esfera federal para fins de harmonização de suas informações e, seqüencialmente, projetar e construir piloto de banco de dados para a produção e disseminação de estatísticas sobre doenças e acidentes do trabalho.

NOTA: PRODIAG I: 2002 Variáveis comuns ao AIH, CAT, RAIS e SIM: sexo, idade, caracterização do acidente e área geográfica. PRODIAG II: 2010 Relação ampliada para 6 variáveis, pela inclusão do nome e CBO. Outras simulações, comparando-se os sistemas dois a dois:

Quadro 1 - Comparação binária das variáveis comuns aos sistemas AIH, CAT, RAIS, SIM e SINAN Fontes Quantidade de variáveis comuns CAT x SINAN 37 CAT x SIM 19 CAT x SIH 17 RAIS x CAT 16 SIH x SIM 13 RAIS x AIH 9 RAIS x SIM 9 Fonte: Oficina de Trabalho Integração de Bases de Dados Relacionadas à Saúde do Trabalhador no Brasil Elementos e Subsídios à Construção do Sistema Piloto. Elaboração: IPEA/FUNDACENTRO.

Leitura e Análise de Consistência da Base de Dados - Período: 2003-2008 Registros: CAT: 2.988.788 SIM: 17.316 Benefícios acidentários: 1.430.364 Pensões por morte: 11.852 Exemplos de dados inválidos (inconsistentes + inexistentes) em % Grau de Instrução Município do Acidente Hora do Acidente Data de Nascimento do Segurado Estado Civil do segurado ------------ CBO (CAT: 1/10 - SIM: 1/3)

Observações: As base de dados CAT/Benefícios, SIM e RAIS-CAGED utilizam documentos diferentes de identificação do trabalhador (NIT, PIS, CPF, ID). A não padronização da identificação é óbice maior à vinculação das informações interbases. Diagnóstico geral, mas com construção setorial de pilotos relativos à integração: mineração, construção civil, transporte. Problema: continuidade na atualização e fluxo de dados aos projetos do ACT.

ACT Ipea/Fundacentro: relatórios em andamento Análise das Bases de Dados CAT e Benefícios - MPS Análise da Base de Dados Pensões por Morte MPS Análise da Base de Dados SIM - MS Análise da Base de Dados SINAN MS Elaboração de Nota Técnica

VINCULAÇÃO: PRINCIPAIS ETAPAS i. Obtenção dos microdados por meio do ACT Ipea/Fundacentro ii. Preparação e aquisição dos recursos necessários iii. Reconhecimento dos bancos de dados e das variáveis presentes iv. Codificação das variáveis v. Tratamento dos dados vi. Conferência e obtenção de resultados vii. Vinculação dos bancos de dados em tabela única viii. Extração de informações ix. Testes e conferência x. Organização e consolidação das bases vinculadas xi. Análise de consistência xii. Análise de dados e resultados iniciais

(Re)dimensionamento dos acidentes de trabalho CAT SUB PENSÕES RAIS SIM Registros administrativos Funções distintas Dados parciais e incompletos de AT Não são diretamente bases estatísticas Alternativa viável Vinculação Determinística de Bases de Dados Fonte: A Fundação Seade e os estudos sobre mortalidade por acidentes de trabalho no Estado de São Paulo. Brasília, 2011.

INTEGRAÇÃO DAS BASES VANTAGENS: CONSISTÊNCIA introduz controle de qualidade contínuo e individualizado dos dados. COMPLETUDE incorpora eventos antes captados somente por uma das fontes ABRANGÊNCIA incorpora detalhadamente todas as variáveis disponíveis em cada uma das fonte CONFIABILIDADE evita lidar com dois ou mais indicadores para o mesmo evento

Variáveis comuns nas bases CAT, SUB e Pensões por Morte Variável CAT Benefícios Pensões NIT x x x Identidade x x x CPF x x CTPS x x x Serie CTPS x x x Data nascimento x x x Sexo x x X Forma Filiação x x X Fonte: Microdados CAT e SUB MPS. Elaborado pelos autores.

Variáveis de identificação comuns às bases SUB, CAT, RAIS, SIM e SINAN Variáveis individuais SUB CAT RAIS SIM SINAN NIT Sim Sim Sim³ Não Não Número de Benefício Sim Não Não Não Não Número de Sequência da CAT Sim Sim Não Não Não 5 CNPJ - Empregador Sim Sim¹ Sim Não Não 5 Nome da mãe do segurado Sim Sim Não Sim Sim Nome do segurado Sim Sim Não Sim Sim Município Não Sim² Sim² Sim² Sim Data de Nascimento Sim Sim Não 4 Sim Sim Ano SIM SIM SIM SIM SIM Fonte: Microdados CAT, SUB, RAIS, SIM e SINAN MPS, MTE e MS. Elaborado pelos autores. ¹ Existe uma variável de identificação do empregador que pode ser preenchida com o CNPJ. ² Codificação de acordo com o IBGE. ³ É equivalente ao PIS. 4 Tem disponível a idade e a faixa etária. 5 Existe a variável, mas ela não é preenchida.

Número de acidentes por porte da empresa Brasil 2003 2008 Porte da Empresa Micro Pequena Média Grande Total Missing 2003 2006 2007 2008 Freq. 27.717 32.503 34.939 39.456 134.615 7.521 % 20,59% 24,15% 25,95% 29,31% 100,00% 5,29% Freq. 26.926 31.268 32.317 41.336 131.847 14.795 % 20,42% 23,72% 24,51% 31,35% 100,00% 10,09% Freq. 46.570 55.146 59.686 81.638 243.040 19.162 % 19,16% 22,69% 24,56% 33,59% 100,00% 7,31% Freq. 51.682 68.516 76.601 108.158 304.957 46.693 % 16,95% 22,47% 25,12% 35,47% 100,00% 13,28% Fonte: Microdados RAIS e SUB MTE e MPS. Elaborado pelos autores.

Organograma1: Pareamentos CAT Ligação SUB CAT com SUB¹ 849.760 CAT sem SUB 2.154.973 SUB com CAT ² 913.103 SUB sem CAT 520.052 Base CAT-SUB 3.627.432 1 Têm-se 31.679 observações duplicadas na base da CAT com o SUB. 2 Têm-se 5.520 casos de observações duplicadas.

Número de benefícios acidentários por porte da empresa Brasil 2003 2008 Porte da Empresa Micro Pequena Média Grande Total Frequência Porcentagem 213.986 19,14% 259.916 23,25% 280.179 25,07% 363.633 32,53% 1.117.714 100,00% Fonte: Microdados RAIS e SUB MTE e MPS. Elaborado pelos autores.

GRÁFICO 1: Distribuição dos benefícios acidentários por porte da empresa Brasil 2003 2008 Distribuição dos Acidentários por Porte da empresa 19% 33% Micro Pequena Média 23% Grande 25% Fonte: Microdados RAIS e SUB MTE e MPS. Elaborado pelos autores.

Número de benefícios acidentários por seção CNAE e porte da empresa Brasil 2003 2008 Seção CNAE Agricultura, pecuária Indústrias de transformação Micro Pequena Média Grande Total Freq. % Freq. % Freq. % Freq. % Freq. 20.191 33,81% 10.980 18,39% 10.451 17,50% 18.099 30,31% 59.721 38.684 10,81% 82.574 23,08% 105.847 29,59% 130.617 36,51% 357.722 Construção 6.955 11,15% 13.806 22,13% 20.405 32,71% 21.218 34,01% 62.384 Comércio 69.055 39,65% 56.002 32,16% 38.652 22,19% 10.446 6,00% 174.155 Alojamento e alimentação Transporte, armazenagem e comunicações 10.122 33,30% 11.271 37,08% 4.712 15,50% 4.290 14,11% 30.395 10.350 14,32% 16.350 22,62% 21.187 29,31% 24.406 33,76% 72.293 Saúde e serviços sociais 2.230 8,34% 3.976 14,87% 6.887 25,75% 13.648 51,04% 26.741 Outros 26.910 11,36% 36.269 15,31% 43.472 18,35% 101.815 42,97% 236.949 Não Declarada 12.885 23,80% 12.950 23,92% 12.414 22,93% 15.893 29,35% 54.142 Total 197.382 18,37% 244.178 22,72% 264.027 24,57% 340.432 31,68% 1.074.502 Fonte: Microdados RAIS e SUB MTE e MPS. Elaborado pelos autores.

Número de benefícios acidentários por gênero e porte da empresa Brasil 2003 2008 Porte da Empresa Masculino Feminino Total Freq. % Freq. % Freq. Micro 167.016 78,05% 46.970 21,95% 213.986 Pequena 199.408 76,72% 60.508 23,28% 259.916 Média 213.291 76,13% 66.888 23,87% 280.179 Grande 253.407 69,69% 110.226 30,31% 363.633 Total 833.122 74,81% 284.592 25,19% 1.117.714 Fonte: Microdados RAIS e SUB MTE e MPS. Elaborado pelos autores.

ANÁLISES SETORIAIS Transporte de carga Indústria extrativa mineral

Transporte de carga Acidentes de trabalho segundo motivo Minas Gerais 2003 2008 Típico- MD Típico- AEAT Trajeto- MD Trajeto-AEAT Doença- MD Doença-AEAT Total- MD Total- AEAT 2003 462 729 77 121 14 15 553 865 2004 772 944 121 161 27 32 920 1.137 2005 1087 966 208 204 24 24 1320 1.194 2006 1100 1.041 197 195 26 25 1323 1.261 2007 511 1.077 117 213 10 23 638 1.605 2008 1129 1.155 228 244 21 18 1379 1.961 Fonte: Microdados RAIS e SUB MTE e MPS. Elaborado pelos autores.

Total de acidentes e doenças de trabalho no setor de transporte de carga Minas Gerais 2003 2008 Fonte: Microdados RAIS e SUB MTE e MPS. Elaborado pelos autores.

Total de acidentes e doenças de trabalho no setor de transporte de carga Minas Gerais 2003 2008 Fonte: Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT) 2003 2008 e Microdados CAT. *Não é possível distinguir nas fontes oficiais (AEAT) quantos óbitos foram considerados sem CAT. Registrados Totais) *10000.

Indústria extrativa mineral Estrutura dos dados em relação à consequência dos acidentes Vinculos 137.364 Vinculos ativos 109.986 Vinculos não ativos 27.986 Com acidente de trabalho * 1.741 Sem acidente de trabalho 135.623 Com Óbito 9 Sem óbito 1732 Com aposentadoria 15 Sem aposentadoria 1.717 Fonte: Microdados RAIS, CAT, SUB e SIM 2004-2008 Nota: Utilizando apenas os acidentes ligados a um vínculo.

Estrutura dos dados em relação ao tipo de acidente e afastamentos Típico (1.673) Com acidente de trabalho * (1.967) Doença (156) Trajeto (138) Com afastamento (674) Sem afastamento (853) Com afastamento (109) Sem afastamento (107) Com afastamento (76) Sem afastamento (47) Fonte: Microdados RAIS, CAT, SUB e SIM 2004-2008 Nota: Utilizando todos os acidents, não apenas os ligados à um vinculo

Quadrilátero Ferrífero - número de casos identificados de vínculos empregatícios, acidentes, benefícios e óbitos de acordo com as bases vinculadas 2004 2008 RAIS CAT Benefícios Pensões SIM Óbitos CAT 2004 20.981 246 39 1 2 2 2005 22.478 470 58 2 1 2 2006 30.853 448 42 1 1 3 2007 31.864 155 15 1 0 0 2008 31.188 648 64 0 2 4 Total 137.364 1.967 218 5 6 11 Fonte: Microdados Vinculados RAIS, CAT, SUB e SIM.

Quadrilátero Ferrífero - número de trabalhadores acidentados por tipo de Acidente 2004 2008 Tipo acidente Típico Doença Trajeto Total 2004 221 16 9 246 2005 384 66 20 470 2006 394 29 25 448 2007 127 17 11 155 2008 547 28 73 648 Total 1.673 156 138 1.967 Fonte: Microdados CAT 2004 2008. TABELA 118: Número de trabalhadores acidentados por acidentes típicos segundo atividade econômica e município Quadrilátero Ferrífero 2004-2008 Minas Gerais : 2007: 68.835 2008: 78.265

NOVOS ARRANJOS INSTITUCIONAIS 1) O papel do TST: Protocolo de Cooperação Técnica (maio 2011); Seminário de Prevenção de Acidentes de Trabalho (outubro 2011); Resolução nº 96 (março 2012), do CSJT; 2) PNSST ((Decreto Nº 7.602 07/11/11). 3) PLANSAT (primeira versão 7/04/12). 4) Dia Nacional de Saúde e Segurança nas Escolas(Lei Nº 12.645-12/05/12).

Considerações Finais NOVOS COMPROMISSOS INSTITUCIONAIS Incorporação das chamadas boas práticas de governança orientadas para mudanças na área (decisão política, resoluções/marco regulatório etc.). Concepção republicana, no sentido publicização das ações de Estado. Maior eficiência e transparência por meio da acessibilidade democrática às informações. Fundamental: definir novos parâmetros na concepção da gestão pública de sistemas de informação no que respeita a rotinas e processos, ao controle dos resultados e disseminação de informações à sociedade. Construção de um leque amplo de novos indicadores, inclusive de natureza mais qualitativa.

Esses indicadores, a metodologia de sua coleta, a periodicidade e os meios pelos quais serão difundidos devem ser decididos por uma autoridade pluralista, e não puramente governamental. Apoio governamental às agências públicas e a independência dessas à transitoriedade de governos (questão de Estado). Sistema integrado com caráter supraministerial: cooperação interinstitucional/ articulação de atores sociais (sindicatos, associações patronais, setores públicos da saúde, previdência social e fiscalização do trabalho, pesquisadores/profissionais da área e outros setores como polícia, corpo de bombeiros etc.).

Enfim, avançar, de forma transparente, no processo de governança dos sistemas de informação de interesse à área de SST como um todo.

FIM celso.salim@fundacentro.gov.br