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Transcrição:

Armazém Solidário Mostra Local de: Irati Categoria do projeto: I Projetos em Implantação (projetos que estão em fase inicial) Nome da Instituição/Empresa: INSTITUTO EQUIPE DE EDUCADORES POPULARES Cidade: IRATI Contato: admieep@gmail.com Autor (es): INSTITUTO EQUIPE DE EDUCADORES POPULARES Equipe: "Licenc em História - Administrativo e Político Bacharel Ciências Contabéis - Administrativo e financeiro Tecnólogo em agroecoligia - Assessor de agroecologia Segundo Grau - Secretaria" Parceria: "As prefeituras municipais: serão as gestoras dos recursos financeiros, deverão efetuar as respectivas contrapartidas, garantir o imóvel para construção das obras civis, além de dar todo o suporte institucional para o desenvolvimento do projeto através das Secretarias afins, principalmente as de Agricultura, Saúde e Bem Estar Social. Os movimentos sociais e as organizações não governamentais: devem compartilhar com os municípios a gestão dos empreendimentos e atuar no campo da organização dos agricultores e moradores urbanos formando o elo entre a produção e consumo." Objetivo(s) de Desenvolvimento do Milênio trabalhado(s) pelo projeto: ODM 3 - Igualdade entre sexos e valorização da mulher, ODM 7 - Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, ODM 8 - Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento RESUMO "O presente projeto Armazém Solidário será desenvolvido nos municípios de Irati, Inácio Martins, Fernandes Pinheiro, Teixeira Soares, Rebouças e Rio Azul. São municípios que fazem parte do Território Centro Sul do Paraná e possuem experiências acumuladas na organização de agricultores que dominam o processo de conversão, certificação, produção, abastecimento e comercialização de alimentos ecológicos e demais produtos oriundos da agricultura familiar. Esta proposta foi orientada pelos princípios da PNATER, onde está contemplada: i) combate à pobreza rural ii) sistemas de produção sustentáveis iii) geração de renda e agregação de valor iv) segurança alimentar e nutricional v) articulação ater pesquisa - ensino vi) gênero, geração, raça e etnia vii) redes territoriais de ater

Portanto, o Projeto Armazém Solidário vem somar nesse processo ascendente de organização e integração de comunidades, produção e comercialização de alimentos e ocupar todo um espaço territorial existente para o consumo de alimentos orgânicos e ecológicos através da implantação de diversas formas de abastecimento e consumo tendo como objetivo o fortalecimento da agricultura familiar. O Projeto Armazém Solidário se apresenta integrado na sua operacionalização ao Projeto Pronaf Ater e Capacitação que pretende dar condições para os agricultores familiares migrarem da atividade fumageira para outras atividades agropecuárias de rentabilidade, dentre elas a produção de alimentos ecológicos." Palavras-chave: AGROECOLOGIA, ECONOMIA SOLIDÁRIA, COMERCIO JUSTO, AGRICULTURA FAMILIAR. INTRODUÇÃO "O Instituto equipe de Equipe de Educadores Populares IEEP é uma ONG, entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com sede e foro na cidade de Irati, foi criada em 10/08/1994 a partir do anseio de associações de agricultores, assalariados urbanos, pastorais sociais e representantes de movimentos sociais, que buscavam fortalecer sua representação e assessoria na região. Em 18 anos de atuação, o IEEP desenvolveu diversos trabalhos de assessoria técnica, comunicação popular e pesquisa participativa sobre temas como agroecologia, resgate da biodiversidade de sementes, resgate de culturas tradicionais, manejo de agrofloresta, plantas medicinais, feiras de alimentos ecológicos, produção de vídeos populares, produção de cartilhas didáticas, programas de rádio. Tem a preocupação de envolver em seus trabalhos o poder público e parcerias com empresas, por esse motivo mantemos sem perder autonomia, possui parcerias com prefeituras locais, com universidades, institutos de pesquisa. Nas práticas sociais de articulação, o IEEP atua participando de fóruns e conselhos municipais e estaduais como forma de envolver-se e propor ações no campo do desenvolvimento local. Além disso, articula-se com outras organizações e fóruns de agricultores familiares, como: Redoutros. Desenvolve ações e encontros como a Feira da Comunhão e da Partilha; Feiras Agroecológicas; Encontros de troca de cultura; entre outros. Teve participação na elaboração de Projeto de Lei do Fundo Estadual de Agricultura Ecológica e Combate aos Agrotóxicos em conjunto com a bancada do PT da Assembléia Legislativa do PR. É Associado a Campanha por um Brasil Livre de Transgênicos desde 2003; Tem delegados representantes no CONSEA e ATER; Defende o desenvolvimento Rural Sustentável e ações voltadas a alimentação saudável. Sua Missão é promover a construção do desenvolvimento local sustentável, com base nos princípios da agroecologia, da metodologia das Redes de Colaboração solidária e da autonomia das organizações populares, através de ações de assessoria mediante processos educativos e participativos, da conservação ambiental e objetivando o fortalecimento das organizações, de modo a incentivar o pleno exercício

da cidadania e a melhoria de qualidade de vida e do Bioma. e Ecovida de Agroecologia, Rede de Colaboração Solidária de Irati e Guarapuava, entre" 1. JUSTIFICATIVA "O mercado de alimentos ecológicos, orgânicos e em conversão é um campo econômico em construção e suas principais transformações nas últimas décadas retratam a atualidade do mercado alimentar e se deram no campo econômico na estreita relação entre a indústria, a agricultura e o comércio varejista. Segundo dados do Censo relativos à produção agropecuária da região sul do país desmistificam a concepção de que a agricultura familiar produz principalmente para subsistência, uma vez que a mesma tem participação predominante na produção de alimentos em toda esta região. Entretanto, a realidade social em que vivem não é compatível com essa condição econômica de produtores de alimento, principalmente nos pequenos municípios. Embora o alimento seja produzido localmente ele não chega à população de baixa renda, o que pode ser explicado pela falta de estratégias de circulação de alimentos a nível local, em função da concentração dos canais de comercialização e seu direcionamento aos grandes centros urbanos, além do alto custo de produção e comercialização, condicionado ao modelo conservador de agricultura. Neste sentido, o Projeto Armazém Solidário tem como propósitos promover, dinamizar e fortalecer iniciativas locais de agricultura ecológica, procurando ampliá-las para um publico maior através de ações de sensibilização e capacitação, mostrando a importância da transição para agricultura de bases ecológicas como alternativa na construção do desenvolvimento sustentável e intervenção nas políticas publicas locais. O presente Projeto Armazém Solidário vem para fortalecer e articular os grupos, associações e comunidades que desenvolvem experiências de ecológicos nos seguintes municípios: Rebouças, Irati, Texeira Soares, Fernandes Pinheiro, Inácio Martins e Rio Azul. O objetivo é que este empreendimento legitime uma dinâmica regional, já existente, dando possibilidade de ampliação com melhores condições, ou seja, o recurso investido não iniciará uma nova atividade e sim potencializará a já existente."

2. OBJETIVO GERAL Consolidar uma dinâmica de planejamento, articulação e operacionalização da comercialização, solidária no Território Centro-Sul do Paraná, através da promoção e fortalecimento das experiências, em agricultura familiar na produção alimentos orgânicos, ecológicos e em conversão, transformando-as em um Programa permanente capaz de gerar políticas públicas de impacto local e territorial, desde a produção, a certificação, a comercialização até o consumo integrado o meio urbano e rural. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS "1. Criar um espaço de planejamento, articulação e operacionalização da comercialização nos municípios do Território Centro-Sul do Paraná, dotados de infra-estrutura necessária para garantir o escoamento da produção para os mercados com qualidade e periodicidade de produtos; 2. Fortalecer as iniciativas de produção de alimentos orgânicos, dos movimentos populares da agricultura familiar e demais formas de organização assegurando um elo entre a produção e a comercialização com novos mercados, associando-as às propostas de soberania, segurança alimentar e nutricional no Território; 3. Estabelecer uma rede de informações, divulgação e de referência territorial em comercialização para fortalecer as iniciativas de produção orgânica possibilitando o acompanhamento de oferta, demanda, nichos de mercado e preço, suprimento de insumos e embalagens de uso comum; 4. Criar comunidades de referência em agricultura orgânica no Território afim de que os agricultores familiares tenham espaços para troca de experiências, certificação participativa, tecnologias de produção, aspectos fiscais e sanitários e repasse de conhecimentos para replicação; 5. Disponibilizar agentes de desenvolvimento, a fim de captar recursos e acessar fontes de financiamento para melhorar a qualidade e a quantidade da produção afim de que ocorra a expansão desta atividade garantindo o atendimento das demandas do mercado." 4. METODOLOGIA "1. Organização de comunidades rurais o projeto fortalecerá o trabalho de assessoria da rede de ATER para organização de comunidades rurais visando o resgate e o fortalecimento de sua identidade, a conversão dos sistemas de produção, planejamento de produção, os sistemas de garantia de produção, a classificação de alimentos, transformação, embalagem e logística de transporte da produção.

2. Organização de bairros e grupos urbanos o projeto visa garantir a continuidade de organização dos grupos urbanos para acessar alimentos oriundos da produção agroecológica a preço compatível à realidade local, além de repassar informações necessárias para uma alimentação saudável através da manipulação, transformação e aproveitamento dos alimentos. 3. Fortalecimento da auto gestão o projeto oportunizará que os grupos de agricultores sejam os protagonistas das articulações entre as organizações urbanas e rurais para que possam estabelecer processos de continuidade de produção e consumo. Como grupos organizados e auto gestionados tenham plenas condições de manter e buscar canais de abastecimento e comercialização. 4. Construção de políticas públicas para a agricultura familiar na Região do Território Centro-Sul do Paraná o projeto deverá instituir um processo de monitoramento para subsidiar estudos, análises, debates, proposição de políticas públicas para garantir canais de comercialização e a segurança alimentar da população nos municípios do território. 5. A partir da incorporação da noção de Direito Humano à Alimentação Adequada e da concepção política de Inclusão Social, diferentes entidades e organizações populares articularam-se em rede para consolidar uma experiência de geração de renda e democratização ao alimento ecológico." 5. MONITORAMENTO DOS RESULTADOS "Uma das estratégias de monitoramento serão os encontros mensais entre técnicos e agentes de desenvolvimento das entidades proponentes e parceiras com o objetivo de avaliar, debater e planejar a execução das atividades e relacioná-las ao alcance dos objetivos propostos. Por sua vez, dentro dos municípios de ação da proposta já existem espaços democráticos de decisão horizontal constituídos por Conselhos Municipais que garantem a participação das organizações participantes (agricultores, Ong s, Movimentos, Pastorais, dentreoutros) em reuniões mensais com caráter avaliativo e de acompanhamento do projeto. Em âmbito territorial, está constituído o Conselho Gestor e suas respectivas câmaras temáticas - espaço para efetuar o monitoramento necessário do projeto, além de propiciar debates, construção de políticas públicas que multipliquem os Armazéns Solidários nos demais municípios do território. A presença de novas condições sociais e econômicas associadas como resultados da proposta transformar-se-ão por si só na melhor estratégia de gestão para a

continuidade do projeto, isto é, depois de iniciada as atividades do Armazém, e estes estiverem propondo alternativas concretas, participativas, de inclusão e democráticas aos graves problemas locais e regionais citado anteriormente na proposta, o processo de auto-gestão das iniciativas será coordenado pelas organizações formadas pelos próprios agricultores envolvidos. Os mecanismos garantidores dessa situação de auto-gestão poderão ser identificados nas relações econômicas de cunho solidário geradas entre as diferentes organizações tais como Cooperativas, Associações e o público alvo mantenedor e beneficiário direto da proposta. Nesse sentido, tanto a consolidação das experiências ecológicas realizadas no Armazém Solidário como o processo de formação e difusão para outras comunidades será conseqüência inevitável dos resultados colhidos nesta experiência. A principal estratégia de comunicação do projeto esta centrada na realização dos programas de radio mensais. Os programas terão duração de 15 minutos e tem por objetivo relatar as ações desenvolvidas dentro das Redes de Referencias, visando promover as atividades e entidades que compõe as Redes, bem como sensibilizar novas famílias urbanas e rurais para se integrarem às ações do projeto. Muito alem da divulgação do projeto, os programas de radio possuem caráter pedagógico, servindo como instrumento de formação da população em geral, que passa a ter em sua casa, acesso a informações normalmente repassadas através de cursos e oficinas. Ajudar na formação de opinião publica também é função que o programa de radio permite cumprir, trazendo um outro enfoque sobre a problemática da fome e da soberania alimentar. AVALIAÇÃO: O monitoramento do projeto se dará pela aplicação freqüente de processos de avaliação nas ações previstas com os agricultores servindo de subsídio para eventuais correções de metas e metodologias e deverá contar com os Conselhos Municipais de Desenvolvimento, Agentes de Desenvolvimento Territorial e Conselho Gestor do Território que poderá designar membros do Conselho para participar das ações em cada evento. O projeto prevê duas etapas que irão acompanhar todas as fases do projeto onde aconteceram reuniões mensais em cada município onde participaram agricultores, técnicos, representantes do poder público e entidades da sociedade civil. O mesmo processo se dará no território nas reuniões ampliadas, com base nas discussões municipais. Juntamente com o monitoramento, a avaliação ocorrerá em todas as fases do projeto para atingir os objetivos específicos propostos, com propósito de corrigir

eventuais distorções ou aprimoramento das metodologias e será objeto de análise das comissões municipais e territorial." 6. VOLUNTÁRIOS É uma equipe formada por voluntários, não temos como especificar a quantidade correta, pois essa varia de acordo com as ações que são oriundas do Armazém. Mas em questões de dados, fica em média de 15 a 20 voluntários, sendo estes, profissionais pesquisadores, apoiadores da causa, agricultores e agricultoras, etc. As ações vão desde palestras, mobilizações, dinâmicas, assessoramento, envolvimento nos projetos, até dias de campo e estudos direcionado aos movimentos sociais envolvidos, assim como na própria organização de eventos e seminários. Em relação a horários, varia muito da atividade em si, e da disponibilidade do voluntário. 7. CRONOGRAMA "Objetivos específicos Ações 1º ao 6º mês - Criar um espaço de planejamento, articulação e operacionalização da comercialização nos municípios do Território Centro-Sul do Paraná, dotados de infraestrutura necessária para garantir o escoamento da produção para os mercados com qualidade e periodicidade de produtos; AÇÕES - Construir um espaço multifuncional no Bairro Vila São João com salas de reuniões, salas de classificação de alimentos e equipamentos de informática. 1º ao 12º mês - Fortalecer as iniciativas de produção orgânica dos movimentos populares da agricultura familiar e demais formas de organização assegurando um elo entre a produção e a comercialização com novos mercados, associandoas às propostas de soberania, segurança alimentar e nutricional no Território; AÇÕES - Reunir mensalmente a Associação, comunidades, grupos e lideranças no Armazém Solidário através de oficinas, reuniões, intercâmbios e seminários ou outras metodologias participativas. 07 ao 8º mês - Estabelecer uma rede de informações, divulgação e de referência territorial de comercialização para fortalecer as iniciativas de produção orgânica possibilitando o acompanhamento de oferta, demanda, nichos de mercado e preço, suprimento de insumos e embalagens de uso comum; AÇÕES - Gerar materiais didáticos e pesquisas de referencia para propor uma rede de informações com artigos científicos, teses, cartilhas, vídeos e programas em rádios. Fortalecer um Fundo Rotativo da Associação dos Grupos Ecológicos. 1º AO 12º mês - Criar comunidades de referência em agricultura orgânica no Território afim de que os agricultores familiares tenham espaços para troca de experiências, certificação participativa, tecnologias de produção, aspectos fiscais

e sanitários e repasse de conhecimentos para replicação; Realizar 5 Intercâmbios de Experiências entre os municípios, associações, grupos de agricultores e consumidores organizados; 4º ao 10º mês - Disponibilizar agentes de desenvolvimento, a fim de captar recursos e acessar fontes de financiamento para melhorar a qualidade e a quantidade da produção afim de que ocorra a expansão desta atividade garantindo o atendimento das demandas do mercado. AÇÕES - Realizar 1 curso de formação de agentes de desenvolvimento composto de 7 etapas de 2 dias cada." 8. RESULTADOS ALCANÇADOS Hoje como resultado do projetos temos a Feira Semanal de Produtos Agroecológicos, agricultores e agricultoras articuladas em grupos e associações, produção de alimentos agroecológicos em variedade e quantidade na região, acesso mais efetivo em políticas publicas envolvendo a agricultura familiar, envolvimento do gênero feminino em grande escala nas feiras e comercialização, entre outros aspectos que atingem o socioeconômico da nossa região, e integração de culturas. 9. ORÇAMENTO "Construção do Armazém Solidário R$ 183.600,00 Equipamentos para o Armazém expositores e barracas para comercialização R$ 10.000,00 Equipamentos de informática (computador e 2periféricos) R$6.000,00 Mobiliário para o Armazém mesas cadeiras, prateleira. R$3.000,00" 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS "Pensando na amplitude do projeto, aspectos físicos, cronológicos, culturais, sociais, econômicos, pudemos apreender o quanto a economia solidária e a união entre as pessoas é significativa e importante para o crescimento de uma região e para o seu Desenvolvimento Sustentável. Quando pensamos em atingir objetivos que envolvem produção, agroecológia, desenvolvimento, etc, temos que pensar em somar forças, agregar experiências e valorizar o conhecimento Tradicional dos povos e comunidades envolvidos. Só assim, poderemos atingir com precisão as demandas da sociedade, trocando saberes, aprimorando técnicas, desenvolvendo estudos, e acima de tudo respeitando as diferenças e peculiaridades de cada um. Com relação a replicabilidade do projeto, o IEEP ainda tem muito o que aprimorar e expandir suas dinâmicas com relação ao Armazém Solidário, afinal é um projeto que a nossa equipe é pioneiro. Porem, futuramente, com

toda certeza a sua extensão será importantíssima, pois afinal quem sai ganhando são os agricultores que unindo-se a outras regiões podem e serão mais fortes na questão da comercialização justa e com o consumo responsável." REFERÊNCIAS "ALMEIDA, J. A. A construção social de uma nova Agricultura, Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1999. ALMEIDA, J. A. Agroecologia: Paradigma para tempos futuros ou resistência para o tempo presente. Desenvolvimento e Meio Ambiente: Caminhos da agricultura ecológica, Curitiba, n.6, p. 29-40, 2002. ARNS, C. E.; ZUNIGA, G.F.; ROVER, O.J. Organizações populares e desenvolvimento no Sul do Brasil, Curitiba: Gráfica Popular, 2004. BRANDENBURG, A. Agricultura Familiar, ONG s e Desenvolvimento Sustentável, Curitiba: Editora da UFPR, 1999. BRANDENBURG, A. Colonos: Subserviência e Autonomia In: BRANDENBURG, A.; FERREIRA, A. Para pensar outra agricultura, Curitiba: Editora UFPR, 1998. p.71-102 BRANDENBURG, A. Movimento Agroecológico: trajetórias, contradições e perspectivas. Desenvolvimento e Meio Ambiente: Caminhos da agricultura ecológica, Curitiba, n.6, p. 11-28, 2002. GHIZELINI, A.A.M. ONG s, Agroecologia, Agricultura Familiar: A construção de uma metodologia de assessoria (O caso da AGAECO). Curitiba, 2003. 120p. Dissertação (mestrado em sociologia das organizações) Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, UFPR. KALVA, A. Diagnóstico da Realidade da AGAECO. Francisco Beltrão, 2004. 19p. Trabalho de graduação (Disciplina de Pedagogia da Terra) Curso de Pedagogia para Educadores do Campo. UNIOSTE-PR. LAMARCHE, H. Agricultura familiar: do mito à realidade, Campinas: Editora UNICAMP, 1998. p.61-71 MANCE, E. A. Revolução das Redes: A colaboração solidária como uma alternativa pós-capitalista a globalizaçao atual. Petrópolis: Vozes, 1999. cap. 1. MANNHEIM, K. Ideologia e Utopia. 4. edição. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1987. PADUA, E.M.M. Metodologia de Pesquisa: Abordagem teórica prática. 8. edição. Campinas: Papirus, 2000. p. 15 29. PINHEIRO, G.S.R. Agricultura Familiar e Projeto Agroecológico de Vida. Curitiba, 2004. Dissertação (mestrado em sociologia das organizações) Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, UFPR. RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas, São Paulo: Atlas, 1985.

p.20-159 SCHERER-WARREN, I. Cidadania sem fronteiras: ações coletivas na era da globalização, São Paulo: Hucitec, 1999. p.11-77 WANDERLEY, M. N. B. Raízes históricas do campesinato brasileiro. XX Encontro Anual da ANPOCS, Caxambu, 1996. p.17"