As Cidades como pólos de desenvolvimento local e regional



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Transcrição:

1. O Papel das cidades e as assimetrias As cidades desempenham diferentes papéis no contexto económico e social de um país, funcionando como pólos de crescimento e desenvolvimento territorial, como modelos de atractividade de pessoas, saberes, cultura, lazer, ciência e conhecimento, mas também como factores de assimetria social e económica em termos regionais ou nacionais. Estas assimetrias são resultado dos diferentes graus de afectação do investimento dedicado ao desenvolvimento do interior. Sendo muitas vezes uma bandeira do seu país, pelos pontos de interesse e funções que podem desempenhar e projectar internacionalmente (cidades culturais, turísticas, desportivas) as cidades da era moderna são hoje instrumentos de criação de assimetrias regionais mesmo em países pequenos da dimensão de Portugal por via da intensificação de desigualdades sociais que provocam (Ver Quadro 1 anexo). Encontramos porém tais assimetrias em países de maior dimensão como por exemplo Espanha ou o Japão, onde assistimos igualmente ao problema da desertificação do interior causado pela migração das populações para as cidades em virtude da procura de melhores oportunidades e condições de vida. É hoje em dia cada vez mais difícil encontrar emprego fora dos grandes centros urbanos uma vez que essa oferta é muito escassa e o fenómeno do crescimento do desemprego tem agravado o problema (Ver Quadro 2 anexo). 2. A origem e a evolução das metrópoles O fenómeno do nascimento das grandes cidades surge pela criação e instalação à sua volta das cinturas industriais (fábricas) o que fixou as pessoas do interior tornando-as um foco de criação de emprego, através do fenómeno das migrações. Estas cinturas industriais foram criando e alargando as zonas semi-urbanas (dormitórios) o que veio provocar a fixação das populações em anéis à sua volta. Mais tarde vem proliferar o fenómeno das cidades satélite, após os movimentos de afastamento das unidades industriais para zonas mais distantes do núcleo urbano ou para parques industriais quando surgem as novas políticas de desenvolvimento, ambientais e de ordenamento do território. Esse crescimento tornou-se assim contínuo e muitas vezes desordenado. No contexto da evolução das cidades, temos como referência Rosabeth Moss Kanter, professora americana da Harvard Business School e o seu novo livro World Class Thriving Locally in the Global Economy no qual a autora apresenta o que designa como os ingredientes da vantagem competitiva das cidades, com a apresentação da teoria dos três cês ou seja, três activos intangíveis que as cidades devem possuir e saber operar: 1

i) conceitos - novas ideias e formulações para os produtos e serviços que criam valor para os consumidores; ii) competências - ideias inovadoras com aplicações para o mercado e que exprimem as melhores práticas e os melhores standards; iii) conexões alianças entre negócios para alavancar competências centrais, criar valor acrescentado ou abrir portas para as oportunidades da globalização da economia. Kanter defende que estes três activos definem formas de ligação do local ao global. Segundo a autora, há cidades que se cosmopolitizaram e que casaram o local com o global e as que não conseguiram sair da sua paróquia, deixaram morrer as indústrias e os serviços, perderam os quadros e desertificaram-se. A autora classifica ainda as cidades vencedoras em três vertentes: * Cidades de conceitos as pensadoras (thinkers) que se especializam em conceitos e funcionando como ímanes de massa cinzenta e das industrias do saber. Caracterizam-se pela inovação e exportação de conhecimento. * Cidades laboriosas as fazedoras (makers) que são competentes na execução em áreas de fabrico e de produção. São locais de atracção para as industrias de manufactura. * Cidades de conexões as intermediárias (traders) que se especializam em conexões para concretizar negócios. 3. Factores de competitividade das cidades São vários os factores que concorrem para a classificação da competitividade de uma cidade em geral e das cidades portuguesas em particular. Quanto a estas últimas, uma das questões que consideramos mais importantes é a existência de um plano estratégico, plano esse que defina uma missão, um rumo ou orientação funcional para a cidade. Há opiniões que defendem que em termos micro (pequenos locais específicos ou actividades) existem alguns planos mas que não são implementados, muitas vezes por pressões vindas de grupos de interesse ou por inconvenientes de natureza política. Qualquer que seja o plano estratégico de qualquer cidade, este terá que se focalizar em variáveis relacionadas com a qualidade de vida dos habitantes (mais e melhor mobilidade, mais segurança, mais cultura, menores desigualdades sociais, melhor ordenamento do território, melhor burocracia, melhores serviços públicos de transporte ou melhor comércio). 2

Pela sua natureza, dimensão e importância poderemos questionarmos: terá por exemplo a cidade-capital Lisboa um plano estratégico bem definido para o futuro? Se sim, qual? Perguntemos aos lisboetas ou aos cidadãos do país como classificam a sua capital: como uma cidade turística? De negócios? Cultural? Financeira? Ou como uma cidade multifacetada? E qual é o seu posicionamento entre as suas congéneres? Certamente a dúvida ou as diferenças persistem. Não conhecemos a sua missão em termos internacionais e Lisboa tem que se afirmar como uma cidade internacional. Os interesses político-partidários e a pressão de diferentes lobbies são igualmente factores de pressão e elementos de bloqueio que impedem muitas vezes que certos projectos se desenvolvam (isto é especialmente verdade no que concerne às principais cidades do nosso país). 4. Uma forma de medir a competitividade Um recente estudo efectuado por dois académicos portugueses sobre as capitais de distrito portuguesas, utilizou o método que o Fórum Económico Mundial aplica para elaborar anualmente o ranking da competitividade mundial. Este índice de competitividade global (constituido como um indicador de competitividade compósito) integra quatro sub-índices que medem: a competitividade laboral, a empresarial, a demográfica e de conforto. Os autores basearam o seu trabalho no Atlas das Cidades de Portugal (*). Para determinar o sub-índice de competitividade empresarial são utilizados indicadores como o volume de negócios no comércio, a capacidade de alojamento média, a taxa bruta de ocupação de cama nos hoteis, as licenças para construções novas e para habitação e o número de visitantes por museu. Já o sub-índice de competitividade demográfica utiliza indicadores como a densidade populacional, a taxa de crescimento da população, a idade média dos residentes, a esperança média de vida, a taxa de mortalidade infantil e a percentagem de recolha de resíduos sólidos. Quanto ao sub-índice conforto, este agrega indicadores como o número de pessoas e de divisões por alojamento, alojamentos sem pelo menos uma infraestrutura básica, alojamentos familiares vagos e edifícios exclusivamente residenciais. Finalmente o sub-índice de competitividade laboral, inclui a taxa de desemprego, o número de trabalhadores das empresas existentes e o número de empresários em nome individual. 3

Curioso é constatar que os índices de competitividade utilizados neste estudo (e relembre-se, pelo Fórum Económico Mundial) focalizam-se muito em variáveis de âmbito social e demográfico mais do que em variáveis de natureza macroeconómica como muitas vezes se tem em conta na análise dos factores de competitividade. 5. Diagnósticos e recomendações sobre Lisboa Lisboa tem bons exemplos de urbanização como por exemplo o bairro dos Olivais, bairro modelo não só ao nível nacional mas também europeu em meados dos anos 60, dada a harmonia de espaços, a coerência arquitectónica e as preocupações de carácter ambiental pelos espaços verdes que o integraram. O mesmo se aplica ao bairro lisboeta da Encarnação ou Alvalade. Julgamos no entanto que falta à capital um plano estratégico de médio e longo prazo que lhe defina uma missão. Embora exista um PDM faltam planos de pormenor para zonas históricas, nobres ou com carências significativas de um bom ordenamento do território, o que gera a confusão, a indecisão e afasta investidores internacionais como bancos de investimento imobiliário e fundos de investimento imobiliários internacionais. Estes, gostando do que conhecem e julgando as potencialidades de desenvolvimento existentes, desistem em face da indefinição de regras tão elementares como o que se pode construir, o que se pode remodelar, como se pode construir ou quanto se pode construir. Parte dos problemas de desordenamento existentes, do envelhecimento quer das infra-estruturas imobiliárias ou até da população residente na capital, seriam ultrapassados com o estabelecimento deste plano estratégico, o qual permitiria a recuperação, viabilização e rejuvenescimento da cidade. Desta forma se definiriam as regras para a recuperação, modernização jurisdição, utilização e melhoramento das estruturas existentes e se encontrariam novas funções para os equipamentos. 6. Cidades e Estratégias de Internacionalização: Algumas propostas As cidades são, como se sabe, veículos de captação de receitas importantes e essenciais por via do turismo (de habitação, cultural, mas sobretudo de negócios). Uma cidade competitiva é uma cidade que atrai e gera riqueza. Num contexto actual de globalização das cidades é urgente que as cidades portuguesas se posicionem estrategicamente no plano internacional como eixos geoestratégicos e geoeconómicos geradores de riqueza e com elevada atractividade de pessoas, investimentos e serviços de qualidade. 4

Para que isso se torne possível é indispensável melhorar a competitividade dos portos marítimos de cidades como Lisboa, Leixões, Aveiro, Sines e Setúbal, tendo em conta a nossa especificidades geográfica como país de vocação marítima e como ponto de ligação no eixo Europa- Ámerica África. Por outro lado, cada cidade deve ter definido um plano de internacionalização com vista à captação de investimento cultural, científico e comercial entre outros. Esse plano de internacionalização implicará o fomento de parcerias internacionais com cidades de dimensão e funções semelhantes de outros países, em sectores onde ambas apresentem pontos fortes, que tenham servido de benchmarking em termos de pólos de desenvolvimento e que possam ser alvo de avaliação e partilha de experiência com os responsáveis das cidades portuguesas. Esse plano de internacionalização implicará também uma análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats, ou seja Pontos Fortes, Pontos Fracos, oportunidades e Ameaças) de cada cidade e uma estratégia de marketing internacional com o objectivo de se criar um produto diferenciado (cidade diferenciada) com um preço atractivo (em serviços, em novos investimentos, actividades culturais e sociais) bem com um plano de comunicação internacional que a torne única de modo a que, na mente do residente ou do investidor, esta esteja associada a factores positivos ( market a city as a desirable place to live usando uma expressão anglo-saxónica do marketing das cidades). (*) INE 2002 Mário de Jesus Direcção do 5