PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE GUAÍBA/ RS TOMADA DE PREÇO Nº 007/2013 CONTRATO Nº 239/2013 PRODUTO 3 - MANUAL DE SANEAMENTO

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Transcrição:

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAÍBA/RS ENGENHARIA PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE GUAÍBA/ RS TOMADA DE PREÇO Nº 007/2013 CONTRATO Nº 239/2013 PRODUTO 3 - MANUAL DE SANEAMENTO Celulose Riograndense - Guaíba/ RS Ponte do Guaíba - Guaíba/ RS Matadouro Pedras Brancas - Guaíba/ RS Orla do Guaíba - Guaíba/ RS MJ ENGENHARIA Rua General Caldwell, 615/202 - Menino Deus - Porto Alegre/RS - CEP 90.130-051 JAN/2014

Prefeitura Municipal de Guaíba Henrique Tavares Prefeito Diretoria de Habitação Reginaldo Lacerda Diretor MJ Engenharia Mariangela Correa Laydner Orgel de OIiveira Carvalho Filho Sócios Diretores e Responsáveis Técnicos Comissão de Fiscalização Arq. Reginaldo Lacerda - Coordenador Geral Adm. Marco Caselani - Administrativo Soc. Ernani Roggia - Mobilização Social Eng. Civil José Pinzon - Fiscalização Técnica Flavio Caldas - Facilitador Equipe Técnica Eng. Civil Mariângela Correa Laydner - Coordenadora Geral Eng. Civil Orgel de Oliveira Carvalho Filho - Coordenador Geral Eng. Civil Paulo Renato da Silva Abbad - Coordenador Técnico Adm. Fábio Lucas de Oliveira Bueno - Administrador do Contrato Eng. Ambiental Igor Augusto Schneider Eng. Ambiental Vinícius Alencar Siqueira Eng. Ambiental Daniela Lugoch Eng. Ambiental Karina Marckmann Soc. Cristian Sanabria da Silva Soc. Jana Alexandra Oliveira da Silva Colaboração Câmara Municipal de Vereadores de Guaíba Secretaria Municipal de Meio Ambiente Associação Amigos do Meio Ambiente - AMA Companhia Rio Grandense de Saneamento - CORSAN Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Universidade Luterana do Brasil - ULBRA

SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO... 5 2 AÇÕES PARA EVENTOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA... 6 2.1 Ações e diretrizes para emergência e contingência nos sistemas componentes do saneamento básico... 6 2.2 Regras de Atendimento e Funcionamento Operacional para Situações Críticas... 23 3 MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL... 31 3.1 Controle Social no Plano de Saneamento... 32 3.2 Participação Social no Acompanhamento e Implementação do Planejamento... 35 3.3 Instrumentos de Controle Social, de Transparência e Divulgação das Ações - Sistema Municipal de Saneamento... 36 3.4 Mecanismos de Transparência e Divulgação das Ações do Plano... 42 4 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DAS AÇÕES DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO... 47 4.1 Mecanismos de Articulação e Integração dos Agentes... 48 4.2 Comissão de Acompanhamento para Avaliação da Eficácia e Eficiência do Plano... 49 4.3 Plano de Avaliação Sistemática... 50 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 60

FIGURAS Figura 1: Síntese dos Mecanismos de Controle Social... 42 TABELAS Tabela 1. Medidas para Situações Emergenciais nos Serviços de Saneamento Básico... 25 Tabela 2. Medidas para Situações Emergenciais nos Serviços de Abastecimento de Água... 25 Tabela 3. Eventos Emergenciais para o Sistema de Esgotamento Sanitário... 27 Tabela 4. Eventos Emergenciais para o Serviço de Coleta, Transporte e Disposição Final de Resíduos Sólidos Domiciliares.... 28 Tabela 5. Eventos Emergenciais para o Sistema de Drenagem Urbana... 29 Tabela 6. Indicadores de Desempenho do sistema de Abastecimento de Água... 53 Tabela 7. Indicadores de Desempenho do Sistema de Esgotamento Sanitário... 55 Tabela 8. Indicadores de Desempenho do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos... 56 Tabela 9. Indicadores de Desempenho do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais... 58

1 APRESENTAÇÃO A empresa MJ Engenharia, apresenta o Produto 1 (Diagnóstico dos Serviços de Saneamento do Município), conforme o objeto do contrato nº 239/2013, assinado em 24 de julho de 2013.... Do Objeto: Contratação de empresa de engenharia especializada para elaboração do plano municipal de saneamento básico do município de Guaíba, conforme previsto na Lei Federal nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007 e Resolução Recomendada nº 75 de 02 de julho de 2009, do Conselho das Cidades, o qual deverá abranger os quatro componentes do saneamento básico: Abastecimento de água potável, Esgotamento Sanitário, Drenagem e Manejo das Águas pluviais e prognóstico da limpeza urbana e Manejo de resíduos sólidos.... As atividades integrantes do Plano Municipal de Saneamento de Guaíba serão divididas em 4 (quatro) produtos, que por sua vez estão divididas em 5 (cinco) tomos nos dois primeiros produtos e um tomo nos demais. Esse relatório compreende o Produto 3 - Manual de Saneamento. PRODUTO 1: DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO Tomo I Caracterização do Município; Tomo II - Abastecimento de Água; Tomo III - Esgotamento Sanitário; Tomo IV - Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais; Tomo V - Manejo de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana. PRODUTO 2: PROGRAMA MUNICIPAL DE SANEAMENTO Tomo I - Caracterização do Município; Tomo II - Abastecimento de Água; Tomo III - Esgotamento Sanitário; Tomo IV - Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais; Tomo V - Manejo de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana PRODUTO 3: MANUAL DE SANEAMENTO PRODUTO 4: RELATÓRIO FINAL Dando continuidade aos trabalhos autorizados por meio da assinatura do contrato n 239/2013, no dia 24 de julho de 2013, a contratada MJ Engenharia apresenta a seguir, o PRODUTO 3 do Plano Municipal de Saneamento de Guaíba, de acordo com o que estabelece o Termo de Referência do Edital e o Plano de Trabalho desenvolvido em conjunto com a Comissão de Fiscalização. Este documento apresentará as proposições das ações de emergência e contingência dos serviços de saneamento, as diretrizes para os planos de racionamento e as diretrizes para a integração deste com os planos de contingência do município de Guaíba. Ainda, serão apresentadas as formulações quanto ao monitoramento e controle social da política, ações e programas deste plano e a definição da instância responsável pela regulação ou fiscalização. Por fim, estão descritos os mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática das ações programadas e revisão do plano. 5

2 AÇÕES PARA EVENTOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA As ações de contingências e emergências tratam de medidas a serem implementadas na mitigação de problemas derivados de ocorrências de eventos, extremos ou não, que prejudiquem de alguma forma o desenvolvimento momentâneo dos serviços de saneamento. Situação de emergência resulta do reconhecimento pelo poder público, de uma situação anormal, provocada por desastres ou eventos inesperados, gerando danos superáveis pela comunidade afetada. Já o estado de calamidade pública é semelhante à situação de emergência, também relacionado ao reconhecimento pelo poder público de uma situação anormal provocada por desastres, porém, esta ação causa sérios danos, muitas vezes insuperáveis, inclusive à incolumidade ou à vida de seus integrantes. 2.1 Ações e diretrizes para emergência e contingência nos sistemas componentes do saneamento básico 2.1.1 Sistema de Abastecimento de Água O sistema de abastecimento de água do município de Guaíba está em boas condições, mas devido ao fato de ser integrado com Eldorado do Sul, necessita de planejamento integrado e está sujeito a eventos que podem ocorrer fora do território municipal. É importante que além do planejamento de contingências, implementação das campanhas de conscientização e educativas, além da substituição de componentes convencionais por componentes de baixo consumo de água, sejam realizadas neste cenário de integração do sistema com o município vizinho. O município de Guaíba deve trabalhar no conceito de racionalização, prevendo a economia dos recursos hídricos disponíveis, o que poderá garantir a uniformidade no abastecimento de água no município em situações acidentes e /ou de estiagem prolongada que pode afetar o abastecimento da temporada. 2.1.1.1 Racionamento Por definição, racionamento de água corresponde à limitação do consumo dos recursos hídricos, de forma a garantir a distribuição racional para todos os usuários, em consequência de uma situação hidrológica crítica a exemplo das secas e estiagens prolongadas. O racionamento tem como fundamento administrar os volumes disponíveis nos mananciais de captação, de forma a garantir o seu alcance até o próximo período de chuvas. Deste modo, pode ser maximizado o aproveitamento das captações a fio d água, garantindo à população uma oferta de água que permita suprir suas necessidades básicas sem permitir o consumo supérfluo. A população de Guaíba tem o seu abastecimento de água fundamentado na exploração de manancial de superfície. O manancial que fornece água para tratamento no sistema de 6

abastecimento de Guaíba não sofre muito com escassez, não apresentando grandes riscos na garantia de abastecimento. Em caso da necessidade de racionamento de água tratada no município de Guaíba, sugere-se a divulgação da medida nos veículos de comunicação com o objetivo de informar a população e atingir o maior número de pessoas possível sobre a medida emergencial que está sendo adotada. Este comunicado deve salientar para a população sobre a importância do uso racional da água e de se evitar desperdícios, para contribuir com o término do racionamento de água. Caso o racionamento seja localizado, ou ocorra por problema no tratamento, ou abastecimento no sistema administrado pela CORSAN, recomenda-se o transporte de água tratada proveniente de outra estação de tratamento instalada em municípios próximos de concessão da CORSAN, por meio de caminhões pipa, até os reservatórios abastecidos pela ETA local. A frequência das viagens e o volume transportado deverão ser baseados no consumo diário da localidade a ser abastecida. O gerenciamento e a escolha da estação de tratamento que auxiliará na deficiência de água sofrida pela ETA em questão, deve considerar a necessidade de água a ser transportada para outra localidade, a capacidade de produção e a proximidade entre elas, a fim de realizar uma operação viável economicamente e tecnicamente. O cálculo do número de horas em que deverá ser aplicado o racionamento deverá partir da vazão atual de água bruta disponível para tratamento e da média da vazão de água tratada fornecida. A partir dessa diferença pode-se chegar ao tempo necessário de racionamento de água. Este período poderá ser distribuído ao longo do dia para reduzir os prejuízos e desconfortos da falta de água. Dependendo do tempo necessário para o racionamento, poderá distribuir tal período ao longo das 24 horas. Uma maior parte do tempo poderá ser definida para a parte da noite e o restante em mais 1 ou 2 turnos ao longo do dia. 2.1.1.2 Aumento de Demanda Temporária O aumento de demanda temporária refere-se à necessidade de uma maior oferta de água para um período de tempo determinado, que pode ocorrer em função do aumento do consumo no verão por exemplo. Este aumento de consumo, aliado a uma possibilidade de escassez hídrica, contaminação, ou defeito nos equipamentos, pode levar o sistema ao limite e provocar uma situação de emergência. Caso esta situação já faça parte da rotina da CORSAN durante o verão, existem soluções já aplicadas e que podem ser adaptadas de acordo com a evolução da demanda, como: Ampliação da produção diária, se possível; Aumento emergencial da reservação com reservatórios de fibra. Busca de fontes alternativas como poços ou açudes que visem ampliar a produção, mesmo que seja necessário transporte com caminhão pipa. 7

Abastecimento com caminhão pipa com água oriunda de outros municípios. 2.1.1.3 Períodos de escassez de água Neste item são apresentas diretrizes para o controle e gerenciamento do fornecimento e da demanda de água em caso de problemas no abastecimento. Neste documento, o termo escassez de água refere-se à limitação do abastecimento resultante de um fenômeno natural como a seca ou problemas de distribuição e uso da água. Nesse sentido, significa dizer que o município de Guaíba não teria a quantidade normal de água para abastecer os consumidores. O objetivo geral deste plano de contingência é identificar e estabelecer responsabilidades de gerenciamento e medidas a serem tomadas em casos de escassez de água de forma a assegurar proteção da saúde, segurança e bem-estar público; garantia de usos essenciais de água; compartilhamento equitativo de fontes disponíveis; e conservação dos recursos hídricos. O plano apresenta quatro estágios de ação que devem ser implementados dependendo da magnitude da situação de escassez de água, conforme a situação se agrave progressivamente. Estas ações são apropriadas para situação de seca ou outro fator de longo período. É responsabilidade do Poder Público municipal de Guaíba ativar oficialmente o Plano de Contingência para Escassez de Água, caso necessário. Os quatro estágios incluem ações de comunicação, operação do sistema, gerenciamento da distribuição e consumo de água. a) Estágio de advertência As condições do tempo e outros fatores podem trazer informações a respeito da disponibilidade de água e sua potencial escassez. A CORSAN e a Prefeitura Municipal de Guaíba devem ativar o estágio de advertência se as condições de abastecimento e as previsões a respeito apontam significativamente para possíveis carências no abastecimento ao longo do ano. Objetivos Preparar a cidade, as entidades relacionadas e usuários do sistema de abastecimento de água municipal para possível escassez de água, Tomar medidas no gerenciamento do abastecimento para prevenir e minimizar a necessidade de ações mais rigorosas. Ações de comunicação Usar a mídia local (TV, rádios e websites da Prefeitura e outros órgãos) para informação sobre os sistemas de água, particularmente sobre relações entre o tempo e a disponibilidade e demanda de água; Fornecer informações periódicas sobre a disponibilidade e o consumo de água no website da CORSAN e da Prefeitura de Guaíba; 8

Comunicar grandes consumidores sobre a situação e disponibilizar informações a respeito; Contatar municípios vizinhos, Concessão da CORSAN, agências públicas e outros distribuidores de água para comunicar e solicitar cooperação; Preparar e distribuir material para informação da população sobre o Plano de Contingência para Escassez de Água e apresentando dicas de uso racional da água. Ações operacionais Aumentar a coleta de dados e monitoramento das previsões do tempo; Maior comunicação com órgãos que monitoram o tempo e a vazão dos rios; Identificar e implementar técnicas de gerenciamento do abastecimento que otimizem os recursos existentes; Iniciar planejamento e preparação para ações do Estágio de Cooperação, incluindo avaliação da alocação dos funcionários, necessidade de treinamento e estratégias de comunicação. b) Estágio de cooperação Este estágio será implementado quando um ou ambos os fatores ocorrerem: as condições de abastecimento não melhoraram ou pioraram; consumo de água deve ser reduzido devido à disponibilidade de água. Objetivos Tomar medidas no gerenciamento do abastecimento para estender a disponibilidade de água para abastecimento; Manter ou reduzir a demanda de água para níveis de consumo estabelecidos, através de ações voluntárias dos consumidores; Prevenir ou minimizar a necessidade de medidas mais rigorosas num momento posterior; Minimizar os impactos na rotina de vida e trabalho dos consumidores ao deparar-se com metas de consumo racional; Manter a qualidade da água distribuída durante a escassez. Ações de comunicação Entrar em contato regularmente com grandes consumidores e grupos que podem sofrer maiores impactos devido à escassez de água; 9

Continuar comunicação com municípios vizinhos, agências públicas e outros distribuidores de água para mantê-los informados e pedir cooperação; Identificar e comunicar medidas a serem tomadas nos órgãos públicos para alcançar as metas voluntárias de redução de consumo; Desenvolver mensagens e materiais informativos para a população, iniciando campanha de acordo com a severidade do problema, divulgando as metas de redução de consumo e formas de reduzi-lo; Disponibilizar no website da CORSAN e Prefeitura as condições de abastecimento de água. Assegurar que as informações sejam úteis para todos os interessados: população, mídia e consumidores chave; Divulgar websites onde os consumidores possam obter informações sobre conservação e consumo racional da água; Contatar grandes consumidores para pedir redução percentual no consumo. Ações operacionais Continuar ações listadas no Estágio de Advertência; Intensificar o monitoramento quali-quantitativo da água; Avaliar implicações no rendimento e possíveis soluções, incluindo mudanças nas prioridades do rendimento atual e das despesas; Ações no gerenciamento da distribuição e do consumo: Estas medidas serão tomadas baseando-se nas metas de redução de consumo. As ações com asterisco (*) serão consideradas no início do plano se for necessário uma redução de mais de 10% no consumo, ou num momento posterior se as medidas voluntárias não alcançarem as metas de redução. Ações na distribuição de água Eliminar usos de água que não sejam essenciais para manter a qualidade da água na operação dos sistemas, como descargas de unidades e limpeza completa de reservatórios; Requisitar uso de fontes alternativas de água pelo órgão distribuidor (CORSAN), caso exista disponibilidade para tal, buscando aumentar a disponibilidade de água para distribuição*; Monitorar os níveis e vazões dos rios que influem no abastecimento de água. Ações no consumo de água 10

Restringir o uso de hidrantes para situações onde este seja essencial; Requisitar que órgãos públicos não lavem veículos da frota; Consumidores devem tomar medidas de redução de consumo de água; Avaliar possibilidade de aceleração ou expansão de programas de conservação de logo prazo, implementando quando possível e apropriado. c) Estágio severo O Estágio Severo será implementado se as condições de abastecimento não melhorarem ou o consumo precisa ser ainda mais reduzido em função de uma intensa escassez. Objetivos Atingir metas de redução de consumo restringindo certos usos da água; Assegurar abastecimento de água suficiente para proteção da saúde e segurança pública, e balancear o uso da água para garantir vazão suficiente nos corpos d água de forma a proteger fauna aquática e flora; Minimizar os impactos na rotina de vida e trabalho dos consumidores ao deparar-se com metas de consumo racional; Manter os padrões de qualidade da água distribuída durante a escassez; Promover a igualdade entre os consumidores estabelecendo restrições que atinjam a todos eles. Ações de comunicação Informar a população sobre a natureza e a finalidade das restrições impostas através de uma conferência e meios de comunicação. Identificar mecanismos de imposição, acréscimos nas tarifas (se a Prefeitura e a CORSAN determinarem que um acréscimo seja necessário em tal estágio), metas de consumo, projeções do período em que as restrições serão aplicadas, motivos para impor restrições, e possíveis consequências se as metas não forem atingidas; Identificar claramente qualquer isenção das restrições; Continuar, atualizar e intensificar ações de comunicação dos Estágios de Advertência e de Cooperação; Preparar planos para iniciar o quarto estágio (Estágio Crítico). Ações operacionais Continuar ações apropriadas dos estágios anteriores; 11

Monitorar intensamente a qualidade da água conforme a necessidade para assegurar que as estratégias de gerenciamento da distribuição e consumo não resultem em abastecimento de água fora dos padrões de qualidade; Disponibilizar água de reuso (de operações do sistema, por exemplo) em caminhões tanque para limpeza de ruas, construção civil, irrigação, controle de poeira e outros, se possível. Ações na distribuição de água Em caso de necessidade, e se houver fontes alternativas de água, iniciar captação; Continuar intensivamente as ações de gerenciamento do abastecimento; Ações no consumo de água: Finalizar e implementar procedimentos para isenções das restrições; Considerar possível implementação de acréscimo nas tarifas para acelerar cumprimento das restrições pelos consumidores; Criar legislação municipal sobre restrições e acréscimos nas tarifas, se os acréscimos forem implementados; Intensificar divulgação de medidas de redução de consumo a serem tomadas pelos consumidores; Se as condições de abastecimento continuam piorando e irrigações continuam ocorrendo, deve-se restringir a irrigação de gramados e jardins; Se medidas menos restritivas não atingem os resultados esperados, proibir qualquer tipo de irrigação durante as horas mais quentes do dia, por exemplo, entre 09h00min e 19h00min horas; Certas restrições podem ser implementadas de acordo com a severidade da situação: Proibir o uso de água tratada em fontes artificiais, como chafariz; Proibir a lavação de carros, exceto em estabelecimentos comerciais de lavação de carro que façam reuso de água; Proibir a lavação de calçadas e ruas, exceto se necessário para garantir segurança e saúde pública, evitando a proliferação de vetores. d) Estágio crítico As economias de água necessárias para assegurar segurança e saúde pública durante a escassez não estão sendo suficientes ou as condições estão piorando. Assim, torna-se 12

necessário tomar medidas mais rígidas. Neste estágio, é reconhecido que existe uma situação crítica e que, sem ações fortes de restrição, é eminente uma escassez de água que comprometa a segurança e saúde pública da população de Guaíba. Objetivos Esforçar-se para alcançar metas de uso de água estabelecidas para este estágio, reconhecendo que vida e trabalho dos consumidores podem ser significativamente impactados para que se consiga atingir a economia necessária de água. Ações de comunicação Continuar e intensificar todas as ações anteriores; Definir o problema para a população como uma emergência e iniciar procedimentos para declarar situação de emergência no município; Informar consumidores sobre os acréscimos nas tarifas e como isso irá afetá-los; Requisitar assistência da polícia e bombeiros para reforçar a proibição do desperdício de água; Informar os consumidores de que podem ocorrer problemas na qualidade da água devido à redução do consumo no sistema; Informar consumidores sobre a possibilidade de redução na pressão da água e outros problemas que podem ocorrer devido à situação de emergência do abastecimento de água; Definir e comunicar isenções para instituições médicas e outras situações de saúde pública. Ações operacionais Continuar as ações listadas nos estágios anteriores; Reforçar as ações de monitoramento da qualidade da água distribuída; Ações no gerenciamento da distribuição e do consumo; Buscar apoio institucional estadual e, por ventura, federal; Ações na distribuição de água: Continuar as ações listadas nos estágios anteriores. Ações no consumo de água: 13

Implementar acréscimos nas tarifas para acelerar a cooperação dos consumidores com as restrições; Proibir irrigação de qualquer gramado e campo de esportes, sem exceção; Plano para restrições emergenciais de água em situações diversas, excetuando-se situações de seca. Apesar de muitas das medidas usadas poderem ser similares às usadas em situações progressivas, de escassez relacionada ao tempo, outras situações emergenciais são únicas pela falta de tempo para se preparar a urgência de reduções imediatas, potencialmente em grande escala. Cada cenário é diferente, mas muitos podem requerer ações de restrição dos consumidores. Diferente das secas, algumas emergências podem ser localizadas, sendo necessárias reduções no consumo somente em uma área limitada. Desta forma, este plano apresenta algumas situações de emergência juntamente com uma breve discussão a respeito, servindo de referência para futuros acontecimentos. e) Rompimento de uma adutora O impacto nos consumidores dependeria do local do rompimento, o tamanho do dano, o tempo necessário para reparar, a estação e condições do tempo, e da dificuldade em abastecer de forma alternativa os consumidores da área afetada. Assim como no rompimento de uma adutora, o impacto nos consumidores dependeria do tempo necessário para a estação voltar a funcionar, a época do ano (maior ou menos consumo de água), e a disponibilidade de formas alternativas de abastecimento. f) Gerenciamento da distribuição e consumo de água Não há uma estratégia específica que atenda às necessidades de todos os cenários possíveis de emergência de escassez ou rompimento do abastecimento de água. Estratégias para lidar com essas situações são geralmente baseadas em experiências ocorridas no passado. As emergências aqui citadas necessitam, inicialmente, de respostas rápidas e imediatas. Uma vez avaliado o tempo necessário para restaurar o sistema, a estratégia de resposta imediata pode mudar se o processo de reparo parecer mais longo que o esperado. As estratégias para a maioria das emergências podem concentrar-se nas medidas de impacto mais imediato na distribuição e consumo de água. Todas as fontes alternativas de água disponíveis e necessárias seriam ativadas durante a emergência. 2.1.1.4 Mecanismos e Regras de Atendimento e Funcionamento O peracional 14

Em caso de racionamento de água, deve-se montar uma escala eficiente dos operadores para que se torne possível fechar os registros dos sistemas nos períodos pré-determinados. Deverão ser definidas e divulgadas para toda a população as regras de atendimento a serem adotadas em situação de racionamento de água, bem como os locais e os horários em que será afetada a distribuição de água. Os postos de saúde, creches, escolas, corpos de bombeiro, têm preferência no recebimento de água tratada, em situação de racionamento. Deve-se proibir, sob o risco de penalização, o desperdício de água em situações dispensáveis como, por exemplo, na lavação de carros, na irrigação de jardim, na lavagem de calçada com água, na utilização em piscinas, entre outros. 2.1.1.5 Mecanismos Tarifários de Contingência Conforme a Política Nacional de Saneamento Básico, Lei n 11.445 de 5 de janeiro de 2007, o Capítulo VII que trata dos Aspectos Técnicos define no Art. 46 que: Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda. Desta forma, o prestador de serviço, ou seja, a CORSAN, poderia se utilizar de mecanismos tarifários de contingência de forma que não prejudique seu equilíbrio financeiro desestabilizado pelos custos adicionais que poderão surgir. Caso comprovada a necessidade deste estabelecimento, deve-se buscar fontes de tarifação associados à fonte geradora de custos. Porém, o ente regulador, no caso a agência ao qual o município é filiado é que definirá, em conjunto com o município, os procedimentos a serem adotados. 2.1.2 Sistema de Esgotamento Sanitário As situações emergenciais na operação do sistema de esgotamento sanitário ocorrem em partes do sistema, as quais podem apresentar falhas devido aos mesmos serem submetidos a condições adversas durante o seu funcionamento. Estes eventos são resolvidos através dos procedimentos de manutenção e serviços de eliminação de ligações clandestinas de águas pluviais nas redes coletoras. Alguns dos principais problemas ocorrem nos seguintes elementos que compõem ou têm influência no sistema de esgotamento sanitário: Ramais prediais, redes coletoras, coletores tronco, interceptores e emissários de esgoto; Estações elevatórias; Estações de tratamento; 15

Controle operacional do sistema de abastecimento de água; Controle operacional do sistema de esgotos sanitários; Grande parte dos problemas em um sistema de coleta e afastamento dos esgotos tem origem na má utilização das instalações sanitárias por parte dos usuários. O lançamento de águas pluviais no sistema de esgoto é o maior exemplo dessa utilização inadequada. É um problema que se apresenta em todos os municípios brasileiros, sendo que raramente se busca uma solução. A vazão incompatível com a capacidade do sistema provoca refluxos e transbordamentos, em geral afetando locais situados nas regiões mais baixas. Soluções paliativas vêm sendo implantadas, tais como a instalação de válvulas de retenção no ramal domiciliar, transferindo o problema para os imóveis que não o possuem ou provocando o transbordamento de poços de visita, comprometendo a saúde da população. A real solução do problema exige a eliminação das contribuições através de ações coordenadas de identificação dos imóveis que apresentam a conexão irregular e o estabelecimento de mecanismos com embasamento legal, que permitam convencer ou mesmo coagir o proprietário a efetuar as modificações nas instalações sanitárias do imóvel para eliminar o problema. Paralelamente deve-se adequar o processo de realização de novas ligações de esgoto, garantindo que novas conexões de águas pluviais não sejam incorporadas ao sistema de esgoto. Outro uso inadequado das instalações sanitárias é o lançamento de material grosseiro em vasos sanitários, que pode provocar a obstrução das canalizações. Se o problema se restringisse ao imóvel do cliente, poderia ser considerado de menor importância. Porém, dependendo das condições hidráulicas da instalação, os objetos lançados ultrapassam o limite do ramal e atingem a rede coletora, onde seu efeito é potencializado com a agregação de outros detritos e incrustações de gordura, afetando outros imóveis. 2.1.2.1 Ações para o Sistema Operacional de Esgotamento Sanitário Os itens a seguir apresentam os principais tipos de ocorrências e as ações a serem desencadeadas para recuperar a funcionalidade das estações de elevatórias e de tratamento de esgoto: Em caso de interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações das estações elevatórias e/ou de tratamento deverá ser efetuada a comunicação à concessionária de energia elétrica; 16

Caso constatada a danificação de equipamentos eletromecânicos deve ser efetuada a instalação de equipamentos reserva, devidamente disponíveis pelo prestador de serviço. Para ocorrências de danificação na estrutura, os reparos necessários deverão ser realizados; Em relação a ações de vandalismo, deve ser comunicado o ocorrido à Polícia Civil do município; Para qualquer situação em que não seja possível evitar o extravasamento de esgoto para a rede pluvial, ou diretamente para os corpos hídricos, deve ser feita a comunicação ao órgão ambiental responsável. Além de prejudicar a prestação dos serviços, o mau funcionamento das estações elevatórias de esgoto tem implicações de caráter legal que podem resultar no enquadramento dos responsáveis pelo sistema de esgoto na lei de crimes ambientais. O lançamento de águas pluviais no sistema de esgotos sanitários é um dos principais fatores que podem causar falhas na operação das estações elevatórias, através da introdução de materiais estranhos nos conjuntos moto bomba, em especial pedras, pedaços de madeira e principalmente areia. Para se evitar a parada imprevista desses conjuntos e o consequente extravasamento de esgoto sem tratamento nos cursos d água são necessárias as seguintes ações: Instalação e operação de sistemas de gradeamento para retenção de materiais com dimensões superiores às suportadas pelos conjuntos moto bomba; Estabelecimento de um programa rotineiro de manutenção dos poços de sucção das elevatórias, para remoção da areia acumulada; Os equipamentos eletro mecânicos deverão sofrer inspeções periódicas para verificação do seu funcionamento; Em elevatórias importantes e onde há incidência significativa de interrupção de energia elétrica, deve-se instalar conjunto gerador para funcionamento automático no caso da falta de energia; A implantação de sistemas de supervisão e controle para acompanhamento da operação das estações elevatórias em tempo real agiliza a tomada de decisão para minimizar o extravasamento; Assim como no caso de estações de recalque de água, a definição de um plano de manutenção não é suficiente para garantir o nível de confiabilidade requerido. A implementação dessas ações certamente reduzirá a probabilidade de falência das unidades de bombeamento, garantindo maior segurança ao funcionamento do sistema de esgotos, bem como aos seus responsáveis legais. 17

No que se refere à estação de tratamento, esta possui a finalidade de produzir um efluente que atenda às exigências legais, tanto no que se refere ao padrão de emissão propriamente dito, quanto à manutenção dos padrões de qualidade do corpo receptor, definidos em função de sua classe de uso. A legislação federal que regula o assunto, a Resolução CONAMA nº 357, estabelece o conceito de metas progressivas para atendimento dos padrões fixados para a classe do corpo receptor. De qualquer maneira, partindo-se do pressuposto de que a estação de tratamento de esgoto foi adequadamente projetada e construída para atender às exigências legais, cabe à administração do sistema de esgoto operá-la corretamente para que as condições previstas em projeto se confirmem na prática. Para atingir esse objetivo faz-se necessário o cumprimento dos seguintes requisitos: Estabelecimento de um sistema de controle operacional da estação, que preveja a medição e o registro de vazões afluentes e efluentes, da produção de resíduos, controles específicos exigidos para o bom desempenho da planta em função do tipo de tratamento empregado e controle laboratorial dos principais parâmetros tais como DBO, DQO, série de sólidos, colorimetria, compostos nitrogenados, fósforo e outros pertinentes, tanto do afluente e efluente (para verificação da eficiência da estação e comparação com o previsto em projeto) como do corpo receptor (antes e depois do lançamento), de modo a verificar o cumprimento das exigências legais; Disposição adequada dos resíduos gerados na estação, desde o tratamento preliminar (gradeamento), passando pela unidade de remoção de areia, até a produção excedente de lodo; Em estações de tratamento que utilizem processos onde haja uso intensivo de equipamentos eletro mecânicos. 2.1.2.2 Aumento de Demanda Temporária. O aumento de demanda temporária refere-se ao aumento de produção e esgoto. Entretanto, este serviço não esta sujeito a aumento de demanda que o leve a situação de emergência, tendo em vista que o tratamento de esgoto depende exclusivamente do projeto que já prevê situações de pico de produção. O aumento da demanda temporária de esgoto, não traz preocupações e não necessita de medidas emergenciais. Isto porque, um sistema de esgotamento sanitário é dimensionado para uma vazão máxima prevista no final de plano, e caso seja excedida temporariamente, não trará danos ao sistema. 2.1.3 Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais É de interesse da população e também do poder público o conhecimento das áreas sujeitas às inundações, bem como os riscos associados a este tipo desastre. Contudo, uma vez que essas 18

áreas críticas já estão ocupadas, nem sempre é possível obter soluções definitivas para eliminação do problema, mesmo a longo prazo. O município deve estar preparado para atender imediatamente a população atingida por qualquer tipo de evento crítico associado à chuvas intensas de curta ou longa duração, de maneira a reduzir perdas materiais e evitar complicações à saúde humana. Por este motivo é extremamente importante que o município mantenha a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil COMDEC e que esta tenha as áreas mapeadas e sob permanente observação, além de ter contato direto com as lideranças locais. O objetivo principal é mobilizar e integrar o Sistema de Defesa Civil por meio dos diversos Órgãos Setoriais na esfera Municipal e em parceria com a Defesa Civil do Estado, para as ações de resposta aos eventos críticos, minimizando danos e prejuízos por parte da população afetada no município de Guaíba. As ações de contingência abrangem os seguintes aspectos no que tange à drenagem urbana: a) Alagamentos pontuais em vias urbanas Origem do problema: Precipitação de intensidade acima da capacidade de escoamento e captação do sistema; Obstrução de redes de microdrenagem pela presença de resíduos sólidos e assoreamento; Presença de edificações situadas abaixo do nível da via pública; Problemas estruturais nas unidades superficiais de escoamento e de captação de água pluvial (meio-fio e boca-de-lobo); Existência de áreas com declividades muito pequenas para escoamento da água pluvial Como medidas preventivas pode ser citado: Programação de limpeza e desassoreamento das bocas de lobo, poços de visita, redes tubulares e canais; Inspeção periódica das estruturas de microdrenagem. No caso de ocorrência da situação crítica, as seguintes ações devem ser efetivadas: Solicitar apoio da Defesa Civil ou Corpo de Bombeiros, no caso de ocorrência de um alagamento crítico no local e que possa oferecer algum perigo à população; 19

Identificar alternativas para o tráfego de veículos e acessos, com devida comunicação à população através de meios de comunicação a exemplo de rádio e website da Prefeitura; Após o evento, devem ser retirados entulhos, resíduos acumulados e desobstruídas as vias públicas e redes de microdrenagem no local acometido pelo alagamento, avaliando inclusive o comprometimento das estruturas do sistema. b) Inundações generalizadas na margem de corpos hídricos Origem do problema: Precipitação de intensidade acima da capacidade de escoamento do sistema tendo em vista a contribuição a montante na área da bacia, causando o extravasamento da calha do canal; Aumento excessivo da urbanização na área de contribuição; Efeitos de remanso causados pela influência de corpos hídricos a jusante; Assoreamento da rede de macrodrenagem; Presença de edificações na zona de passagem natural das cheias. Como medida preventiva pode ser citado: Monitorar os volumes pluviométricos na região na bacia de contribuição, além dos níveis de rio de acordo com informações dos municípios localizados a montante da área. No caso de ocorrência da situação crítica, as seguintes ações devem ser efetivadas: Comunicação à população, instituições, autoridades e Defesa Civil para atendimento da população afetada pela inundação; Atribuição de locais temporários para abrigar a população afetada; Identificar alternativas para o tráfego de veículos e acessos, com devida comunicação à população através de meios de comunicação a exemplo de rádio e website da Prefeitura; Realizar vistorias nas edificações afetadas pela inundação para controle sanitário e epidemiológico, identificando potenciais riscos de contaminação da população localizada na área de influência; Avaliar danos em benfeitorias e determinação de áreas de risco, não sendo liberadas as áreas para uso da população até que se tenha efetiva segurança quanto à ocorrência de novos eventos de inundação; 20

c) Deslizamento de encostas em áreas íngremes: Origem do problema: Saturação do solo durante períodos de chuvas intensas, aliada à condições de declividades excessivas da encosta e da formação geológica local; Ocupação inapropriada em áreas de encosta ou construções de infraestrutura diversa nestes locais. Como medida preventiva pode ser citado: Monitorar os volumes pluviométricos na região. No caso de ocorrência da situação crítica, as seguintes ações devem ser efetivadas: Comunicação à população, instituições, autoridades e Defesa Civil para atendimento da população afetada pelo deslizamento; Monitorar os volumes pluviométricos de acordo com instituições de previsão do tempo; Avaliar danos em benfeitorias e determinação de áreas de risco, não sendo liberadas as áreas para uso da população até que se tenha efetiva segurança quanto à ocorrência de novos eventos de deslizamento. 2.1.4 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos O plano de contingência tem como objetivo especificar medidas alternativas para o controle e minimização de danos causados ao meio ambiente, ao patrimônio e saúde da população quando há ocorrência de situações anormais envolvendo quaisquer das etapas do gerenciamento dos resíduos. Deverá constar no neste Plano a forma de comunicação (telefone, e-mail, etc.), os recursos humanos e materiais envolvidos para o controle dos riscos, bem como a definição das competências, responsabilidades e obrigações das equipes de trabalho, e as providências a serem adotadas em caso de acidente ou emergência. No plano deverão ser avaliadas as situações possíveis de anormalidade e indicar os procedimentos e medidas de controle para o acondicionamento, tratamento e disposição final dos resíduos nestas situações. Para um melhor controle as ações de contingência são separadas da seguinte forma: Acondicionamento urbano; Coleta e Transporte; Manejo de resíduos hospitalares 21

Acondicionamento urbano Criar mecanismos de forma a solucionar os problemas decorrentes do acondicionamento urbano nas lixeiras e depósitos provisórios em situações de emergência, de forma a não ocasionar problemas como o entupimento de drenagens, o assoreamento de córregos e a contaminação ambiental. Coleta e transporte. Para a coleta de resíduos são utilizados veículos os quais necessitam de manutenção, desta forma, existe a possibilidade que estes veículos apresentem defeitos e ou desgaste ocasionando interrupção das operações. Sendo assim, abaixo são exemplificada estas situações e quais os procedimentos corretivos. Troca de pneu: Sempre que um pneu fura, o motorista informa a gerência sobre o ocorrido, caso a rota estabelecida tenha uma grande quantidade de resíduos, o responsável pela manutenção segue para o local com outro veiculo para que o motorista continue a sua rota, sendo a rota de pequeno vulto a troca de pneu é realizada pelo veiculo de apoio no local; Quebra de veículo: na situação de quebra do veiculo o motorista informa a gerência, o veiculo é substituído por outro para que não atrase a rota, e o responsável pela manutenção toma as providencias para o conserto do veiculo; Roubo: Nesta situação a policia deve ser informada pelo roubo do veiculo, e também, a gerência, evidenciando, que não há riscos de roubo de carga; Acidente com outros veículos: Ocorrendo acidente o motorista deve ligar imediatamente para o escritório de modo a este tomar as decisões cabíveis a cada situação. No caso de ocorrer apenas danos materiais a policia militar, também, deve ser informada. Em acidentes com vitima devem ser chamados o corpo de bombeiros um ambulância, e informar a defesa civil, casa haja risco de contaminação; Tombamento: Nesta situação o motorista ou coletor deve informar imediatamente a gerência, o corpo de bombeiros e a policia militar, além da defesa civil, caso de risco de contaminação; Incêndio: neste caso devem ser informados, imediatamente, o corpo de bombeiro, a policia, a defesa civil e a gerência da empresa, e deve ser dada a instrução para que o motorista e os coletores não fique próximo ao veiculo em chamas. Manejo de resíduos hospitalares. Os responsáveis pelo gerenciamento de resíduos no estabelecimento, devem estar capacitados para enfrentar situações de emergência e de acidentes e implementar, a tempo, as medidas previstas. Instruções e procedimentos visando minimizar ou eliminar as 22

consequências dessas situações deverão constar de um Plano de Contingência que deve incluir: Isolamento da área em emergência e notificação à autoridade responsável; Identificação do produto ou resíduo perigoso; Recondicionamento dos resíduos, caso de ruptura de sacos ou recipientes; Procedimentos de limpeza da área de derramamento e proteção do pessoal; Alternativas para o armazenamento e o tratamento dos resíduos em casos de falhas no equipamento respectivo de pré-tratamento; Alternativas de coleta e transporte externos e de disposição final em caso de falha no sistema contratado. Deve-se elaborar um relatório detalhado dos fatos e procedimentos adotados a fim de evitar futuras falhas nos procedimentos. 2.2 Regras de Atendimento e Funcionamento Operacional para Situações Críticas Em situações de emergência a operação dos sistemas deve ocorrer, de tal forma, a mitigar os riscos e contribuir para manutenção das estruturas danificas, visando manter a disponibilidade e a qualidade dos serviços. Dentre os eixos do saneamento básico, o abastecimento de água para consumo humano se destaca como a principal atividade em termos de essencialidade Não muito distante, os serviços de coleta regular de resíduos denota problemas quase que imediatos para a saúde pública, devido a exposição dos resíduos em vias e logradouros públicos, resultando em condições propicias para proliferação de insetos e outros animais vetores de doenças. Os impactos causados em situações de emergência nos sistemas de esgotamento sanitário, comumente refletem-se mais significativamente sobre as condições gerais do ambiente externo, através da contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas. Entretanto, podem ocorrer situações onde a população pode ficar exposta diretamente com os esgotos domésticos resultando em malefícios ao bem-estar e a saúde das pessoas. Quanto à drenagem pluvial, os impactos são menos evidentes no dia a dia. Porém, a falta de sistema de drenagem ou a existência de sistemas mal dimensionados, ou ainda a falta de manutenção em redes, galerias e bocas de lobo, são normalmente responsáveis pelas condições de alagamentos em situações de chuvas intensas e que acarretam perdas materiais significativas à população além de riscos quanto à salubridade. 23

Diante das condições apresentadas, foram identificadas situações de anormalidades operacional dos serviços de saneamento básico, e as respectivas ações de mitigação, de forma a controlar e sanar a estas condições anormais de operação. Visando sistematizar estas informações, foi elaborado um quadro de inter-relação dos cenários de emergência e respectivas ações associadas, para os principais elementos que compõe as estruturas de saneamento. A seguir, são apresentadas as tabelas com a descrição das medidas emergenciais previstas para cada um dos eixo que constituem o saneamento básico, bem como os responsáveis pelas ações a serem implementadas. A Tabela 1 elenca os responsáveis, as medidas a serem tomadas e numeração destas medidas. As tabelas subsequentes detalham cada eixo do saneamento e indicam a sequência das ações a partir da numeração apresentada na Tabela 1. 24

Tabela 1. Medidas para Situações Emergenciais nos Serviços de Saneamento Básico Medida emergencial 1 Descrição das medidas emergenciais Paralisação Completa da Operação Água Drenagem Resíduos Esgoto CORSAN PREFEITURA EMPRESA CONTRATADA CORSAN 2 Paralisação Parcial da Operação CORSAN PREFEITURA EMPRESA CONTRATADA CORSAN 3 4 5 6 7 Comunicação ao Responsável Técnico Comunicação à Administração pública - Secretaria ou Órgão Comunicação responsável à Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros Comunicação ao Órgão Ambiental e/ou Polícia Ambiental Comunicação à População CORSAN PREFEITURA EMPRESA CONTRATADA CORSAN PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA PREFEITURA 8 Substituição de equipamento CORSAN PREFEITURA EMPRESA CONTRATADA CORSAN 9 Substituição de Pessoal CORSAN PREFEITURA 10 Manutenção Corretiva CORSAN PREFEITURA EMPRESA CONTRATADA EMPRESA CONTRATADA CORSAN CORSAN 11 Uso de equipamento ou veículo reserva CORSAN PREFEITURA EMPRESA CONTRATADA CORSAN 12 Solicitação de Apoio a municípios vizinhos CORSAN PREFEITURA PREFEITURA CORSAN 13 Manobra Operacional CORSAN PREFEITURA EMPRESA CONTRATADA CORSAN 14 Descarga de rede CORSAN CORSAN 15 Isolamento de área e Remoção de pessoas PREFEITURA Tabela 2. Medidas para Situações Emergenciais nos Serviços de Abastecimento de Água Eventos Captação Adução de água bruta ETA Componentes do Sistema Adução de Reservatórios água tratada Rede de distribuiçã Sistemas Alternativos 25

Estiagem 2,3,4,5 e 7 2 2,3,4,5 e 7 2 2,3,4,5 e 7 o Enchentes 1,3,4,5,6,7 1 1,3,4,5,6,7 1 1,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 Falta de Energia 2,3,4,5 e 7 2,3,4,5 e 7 2,3,4,5 e 7 2,3,4,5 e 7 2,3,4,5 e 7 2,3,4,5 e 7 2,3,4,5 e 7 Falha mecânica 2,3,4,8,10,11 2,3,4,8,10,1 1 2,3,4,8,10,1 1 2,3,4,8,10,11 2,3,4,8,10,1 1 2,3,4,8,10,11 Rompiment o 2,3,4,10,11,1 3 2,3,4,10,11, 13 2,3,4,10,11, 13 2,3,4,10,11,1 3 2,3,4,10,11,13 2,3,4,10,11, 13 2,3,4,10,11,1 3 Entupiment o Impediment o de Acesso Acidente Ambiental 2,3,4,10 2,3,4,10 2,3,4,10 2,3,4,10 2, 3, 4, 7,10 2,3,4,10 3,4,5,10 3,4,5,10 3,4,5,10 3,4,5,10 3,4,5,10 3,4,5,10 1,3,4,5,6,7 1 1,3,4,5,6,7 1 1,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 Vazamento de gás (cloro/glp) 1,3,4,5,6,7, 8,10 1,3,4,5,6,7,8, 10 Greve 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,13 Sabotagem 1,3,4,5,6,7,1 0 1,3,4,5,6,7, 10 1,3,4,5,6,7, 10 1,3,4,5,6,7,10 1,3,4,5,6,7,10 1,3,4,5,6,7, 10, 13,14 1,3,4,5,6,7,10 Depredação 3,4,5,6,7,8,1 0,11 3,4,5,6,7,8, 10,11 3,4,5,6,7,8, 10,11 3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10,1 1 3,4,5,6,7,8, 10,11 3,4,5,6,7,8,10,11 Incêndio 1,3,4,5,6,7,8, 10,11 1,3,4,5,6,7, 8,10,11 1,3,4,5,6,7,8, 10,11 Explosão 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,15 2,3,4,5,6,7, 8,10,11, 15 1,3,4,5,6,7,8, 10,11 26

Tabela 3. Eventos Emergenciais para o Sistema de Esgotamento Sanitário Eventos Componentes do sistema Rede Coletora interceptores Elevatórias ETE Enchentes 2,3,4,5,6,7 Falta de Energia Falha mecânica 2,3,4,5 e 7 2,3,4,5 e 7 2,3,4,8,10,11 2,3,4,8,10,11 Rompimento 3,4,10,11 3,4,10,11 2,3,4,10,11 2,3,4,10,11 Corpo Receptor Entupimento 3,4,10 3,4,10 2,3,4,10 2,3,4,10 Represamento 2,3,4,6,10 Impedimento de Acesso Acidente Ambiental Vazamento de efluente 3,4,5,10 3,4,5,10 3,4,5,10 3,4,5,10 2,3,4,5,6,7 4,5,6,7 1,3,4,5,6,7,8,10 Greve 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,13 Sabotagem 3,4,5,6,7,10 3,4,5,6,7,10 1,3,4,5,6,7,10 1,3,4,5,6,7,10 Depredação 3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10,11 Incêndio 1,3,4,5,6,7,8,10,11 1,3,4,5,6,7,8,10,11 Explosão 1,3,4,5,6,7,8,10,11 27

Tabela 4. Eventos Emergenciais para o Serviço de Coleta, Transporte e Disposição Final de Resíduos Sólidos Domiciliares. Eventos Precipitações Intensas Acondicionament o Componentes do sistema Coleta Transporte Tratamento Disposição final 2,3,4,5 2,3,4,5 2,3,4,5 2,3,4,5,12 Enchentes 1,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 Falta de Energia 2,3,4,5 e 7 Falha mecânica 2,3,4,8,10,11 2,3,4,8,10,11 2,3,4,8,10,11 2,3,4,8,10,11 Rompimento (Aterro) Escorregament o (Aterro) Impedimento de Acesso Vazamento de efluente 2,3,4,5,6,10,12 2,3,4,5,6,10,12 2,3,4,5 2,3,4,5,13 2,3,4,5,13 2,3,4,5,13 2,3,4,5,12 1,2,3,4,5,6,7,8, 10 1,2,3,4,5,6,7, 8,10 1,2,3,4,5,6,7,8,1 0 Greve 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,13 2,3,4,7,9,12, 13 Sabotagem 1,3,4,5,6,7,10 1,3,4,5,6,7,10 1,3,4,5,6,7,10 1,3,4,5,6,7,10 Depredação Incêndio Explosão 3,4,5,6,7,8,10,11 3,4,5,6,7,8,10, 11 2,3,4,5,6,7,8,1 0,11 3,4,5,6,7,8,10,11 2,3,4,5,6,7,8, 10,11 2,3,4,5,6,7,8, 10,11 3,4,5,6,7,8,10,11 2,3,4,5,6,7,8,10, 11,12,15 2,3,4,5,6,7,8,10, 11,12,15 28

Eventos Tabela 5. Eventos Emergenciais para o Sistema de Drenagem Urbana Bocas de lobo Rede de drenagem Componentes do sistema Corpo receptor Estiagem 3,4,5,6 Precipitações Intensas 3,4,5,6,7,10,1 2 3,4,5,6,7,10,1 2 3,4,5,6,7,10,1 2 Encostas 3,4,5,6,7,10,1 2 Áreas de alagamento 3,4,5,6,7,10,1 2 Enchentes 3,4,5,6,7,15 3,4,5,6,7,15 3,4,5,6,7,15 Entupimento 3,4,10 3,4,10 Represamento 3,4,6,10 3,4,6,10,3,4,6,10 Escorregament o Impedimento de Acesso Acidente Ambiental 4,5 4,5 4,5 Sabotagem 3,4,5,6,7,10 3,4,5,6,7,10 Depredação 3,4,5,6,7 3,4,5,6,7 3,4,5,6,7 3,4,5,6,7,15 3,4,5,6,7,8,10 3,4,5,6,7,8,10 3,4,5,6,7 3,4,5,6,7 2.2.1 Estruturação operacional do plano de contingências Conforme destacado, o Plano prevê os cenários de emergência e as respectivas ações para mitigação, entretanto, estas ações deverão ser detalhadas de forma a permitir sua efetiva operacionalização. A fim de subsidiar os procedimentos para operacionalização, destaca-se a seguir aspectos a serem contemplados nesta estruturação. Os procedimentos operacionais estão baseados nas funcionalidades gerais de uma situação de emergência. Assim, o Plano deverá estabelecer as responsabilidades das agências públicas, privadas e não governamentais envolvidas na resposta às emergências, para cada cenário e respectiva ação. 2.2.1.1 Medidas para a elaboração do Plano de Contingências São medidas previstas para a elaboração do Plano de Contingências: Identificação das responsabilidades de organizações e indivíduos que desenvolvem ações específicas ou relacionadas às emergências; Identificação de requisitos legais (legislações) aplicáveis às atividades e que possam ter relação com os cenários de emergência; Descrição das linhas de autoridade e relacionamento entre as partes envolvidas, com a definição de como as ações serão coordenadas; 29

Descrição de como as pessoas, o meio ambiente e as propriedades serão protegidas durante emergências; Identificação de pessoal, equipamentos, instalações, suprimentos e outros recursos disponíveis para a resposta às emergências, e como serão mobilizados; Definição da logística de mobilização para ações a serem implementadas; Definição de estratégias de comunicação para os diferentes níveis de ações previstas; Planejamento para a coordenação do Plano de Contingências. 2.2.1.2 Medidas para a Validação do Plano de Contingências São medidas previstas para a validação do Plano de Contingências: Definição de Programa de treinamento; Desenvolvimento de práticas de simulados; Avaliação de simulados e ajustes no Plano de Contingências; Aprovação do Plano de Contingências; Distribuição do Plano de Contingências às partes envolvidas. 2.2.1.3 Medidas para a Atualização do Plano de Contingências São medidas previstas para a atualização do Plano de Contingências: Análise crítica de resultados das ações desenvolvidas; Adequação de procedimentos com base nos resultados da análise crítica; Registro de Revisões; Atualização e distribuição às partes envolvidas, com substituição da versão anterior. A partir destas orientações, a administração municipal através de pessoal designado para a finalidade específica de coordenar o Plano de Contingências, poderá estabelecer um planejamento de forma a consolidar e disponibilizar uma importante ferramenta para auxílio em condições adversas dos serviços de saneamento básico. 30

3 MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL Um dos grandes avanços da Constituição Federal de 1988 foi a incorporação da participação dos cidadãos nas decisões de interesse público. A questão do saneamento básico é bastante complexa e a população detém o direito de poder atuar desde a elaboração do Plano, sua implementação, monitoramento, avaliação e fiscalização das ações. Assim, o poder público, privado e sociedade civil organizada, podem participar dos espaços de participação por meio da constituição de órgão colegiado (conselho), das audiências públicas, das consultas públicas e das conferências. O acesso universal aos benefícios gerados pelo saneamento demanda o envolvimento articulado dos diversos segmentos sociais envolvidos em parceria com o poder público. Isso exige o desenvolvimento de ações que possibilitem a compreensão do enfrentamento dessa questão, ou seja, que a população conheça os diferentes aspectos relacionados ao saneamento. A ideia de participação social impõe a presença no interior do aparato estatal dos vários segmentos sociais, de modo a tornar visível a diversidade e muitas vezes as contradições de interesses e projetos. A ideia suscita e se associa à noção de controle social do Estado, por oposição ao controle privado ou particular, exercido por grupos com maior poder de acesso e influência. (MORAES e OLIVEIRA FILHO, 2000). A participação da sociedade pode ser compreendida como um processo que visa estimular e contribuir com as pessoas e grupos sociais no sentido de entenderem a problemática do saneamento e ao mesmo tempo desenvolverem o senso de responsabilidade e de urgência com relação aos problemas sociais assegurando a ação apropriada e a tomada de decisão para solucioná-los, como medida da melhoria das condições de salubridade e dos serviços de saneamento básico (PORTO, 1996). A expressão controle social designa [...] os processos de influência da sociedade (ou do coletivo) sobre o indivíduo de acordo com Carvalho (1995, p.9) e Correia (2000, p.53), ou seja, como controle que a população deve ter sobre as ações do Estado. Carvalho (1995, p.8) acentua que [...] controle social é expressão de uso recente e corresponde a moderna compreensão da relação Estado - Sociedade, onde a esta cabe estabelecer práticas de vigilância e controle sobre aquele. Já para Correia (2000, p.53), o controle social envolve a capacidade que a sociedade civil tem de interferir na gestão pública, orientando as ações do Estado e os gastos estatais na direção dos interesses da coletividade. Correia (2000, p.53-54) acentua que: [...] quem paga indiretamente, por meio de impostos, os serviços públicos é a própria população; portanto, ela deve decidir onde e como os recursos públicos devem ser gastos, para que tais serviços 31

tenham maior qualidade, sejam eficientes e atendam aos interesses da maioria da população. Isso leva a [...] permanente prestação de contas dos gastos públicos à sociedade e o envolvimento desta, de forma sistemática, e não apenas conjuntural, com o trato da administração de bens e serviços públicos, segundo Silva (1992, p.4). Tendo como objetivo garantir a transparência na gestão da coisa pública desde a definição das prioridades na decisão das políticas até os resultados das ações, Moraes e Borja (2005) afirmam que se pode considerar duas dimensões distintas do controle social dos serviços públicos de saneamento: A primeira dimensão é a do cidadão que se materializa na sua participação como sujeito político, como representante de organizações/instituições civis, em órgãos colegiados normativos e/ou deliberativos da estrutura de regulação e controle. Dessa forma, os representantes legítimos dos usuários e não usuários participam do processo de definição de prioridades e das normas, obtendo informações sobre carências locais e regionais, bem como tem ciência sobre o perfil dos serviços e bens públicos existentes; A segunda dimensão relaciona-se aos usuários de serviços, quando estes assumem o papel de consumidores, reconhecendo e exigindo o direito de receber um serviço prestado dentro de padrões adequados de qualidade. Isto pressupõe que os usuários tenham acesso e conheçam quais são os equipamentos e serviços existentes, qual o patrimônio público existente no local e região, bem como possam intervir na definição de políticas públicas de saneamento. Os mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas constituem aspecto explicitamente previsto no escopo da Lei nº. 11.445/2007. Pretendeu o legislador na normalização deste tema fazer com que os contratos estabelecidos como decorrência da execução do PMSB, os quais devem seguir rigorosamente o estabelecido neste instrumento de planejamento, devessem ser monitorados e avaliados em suas metas, ações programadas e respectivos indicadores, bem como a inserção dos mecanismos e procedimentos de controle social que visa a representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico; Este item contempla a estruturação do mecanismo de participação social do acompanhamento e implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMBS) referente à definição dos instrumentos de controle social, da transparência, da divulgação das ações, da indicação de mecanismos de controle social e das diretrizes gerais relacionadas a direitos e deveres do usuário previstos no Termo de Referência. 3.1 Controle Social no Plano de Saneamento 32

Com a promulgação do Constituição Federal de 1988, tanto as normas jurídicas constitucionais como infraconstitucionais, têm conferido a possibilidade da sociedade exercer controle sobre o Poder Público. Este mecanismo é denominado controle social, que é definido por Mota (2010, p. 262) como: [...] conjunto de mecanismos que possibilitam a participação do cidadão ou da sociedade civil organizada no processo de realização de funções administrativas do poder público. Zymler e La Roque ensinam que: [...] um dos desafios das democracias modernas é construir um modelo de governo baseado no controle institucionalizado exercido pelo povo soberano sobre os detentores do poder político. [...] Aduzse que a participação popular, em última análise, é a fonte maior de legitimação tanto das políticas públicas quanto próprio direito. O controle social tem surgido de forma significativa sobre a função administrativa, destacandose a participação da sociedade em relação às ações e serviços de saúde, cujo sistema deve admitir participação da comunidade (art. 198, II, CF), e ainda, no sistema de seguridade social, em que prevê o caráter democrático e de co-gestão envolvendo a participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados (art. 194, VII). A legislação infraconstitucional também propõe o uso do mecanismo de controle social como pode ser verificado nas seguintes leis: a Lei Federal nº 10.257/2001 conhecida como Estatuto da Cidade, que introduz nos seus objetivos da política urbanística, a gestão democrática com participação das comunidades na formulação, execução e acompanhamento dos planos de desenvolvimento urbano (art. 2º, II3); a Lei Federal nº 9.784/1999 que regula processo administrativo federal, que reza nos casos como instrumentos relevantes de controle social e participação comunitária; e a Lei Federal nº 12.305/2010 que define o controle social como um dos princípios norteadores da Política Nacional de Resíduos Sólidos (art. 6º, X4). Por fim, o mecanismo institucional de controle social também está presente na Lei Federal nº 11.445/2007 como um dos princípios fundamentais que devem nortear os serviços públicos de saneamento básico. Com a edição da referida lei, iniciou-se uma nova ótica para o setor incluindo a gestão democrática relacionada ao: planejamento, regulação e prestação dos serviços de saneamento básico. A edição da Lei Federal nº 11.445/2007 enunciou o mecanismo institucional de controle social como princípio geral dos serviços públicos de saneamento básico (art. 2º, X), e também o definiu como: Conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação 33

relacionados aos serviços públicos de saneamento básico. (art. 3º, IV). Mota (2010, p. 262) comenta o artigo supracitado, afirmando que: [...] no teor desse dispositivo específico, a referida lei definiu que o controle dos serviços de saneamento pela sociedade poderá ocorrer tanto por meio de mecanismos de prestação de contas (accountability), mediante a apresentação de informações à população pelos órgãos responsáveis, quanto por meio da participação de representantes da sociedade civil em processo que de alguma forma irão influir na prestação desses serviços à comunidade. Nota-se, ainda, que na redação da referida lei existem hipóteses claras em que é garantida participação da sociedade civil como ferramenta de controle social, poderá ser instituído mediante adoção, entre outros, dos seguintes mecanismos: debates e audiências públicas, consultas públicas, conferências das cidades e participação de órgãos colegiados. É importante destacar que o art. 34, do Decreto nº 7.217/2010 que regulamentou a Lei Federal nº 11.445, também garante a participação da sociedade civil como ferramenta de controle social, mediante adoção, entre outros, dos seguintes mecanismos: debates e audiências públicas, consultas públicas, conferências das cidades e participação em órgãos colegiados de caráter consultivo na formulação da política de saneamento básico, bem como no seu planejamento e avaliação. Há entre essas duas orientações divergências quanto ao caráter do Conselho. Uma prevê que seja deliberativo e outra, apenas consultivo. É necessário um posicionamento claro por parte do Município em relação ao conselho a ser criado, para que não se crie dificuldades na hora de acessar aos programas e projetos do Ministério das Cidades. Poder-se-ia solucionar o caso agregando o posicionamento dos textos legais, com a criação do conselho Municipal de Saneamento de caráter consultivo e deliberativo, à luz do Conselho Nacional das Cidades. A Lei Federal nº 11.445/2007, ao tratar do exercício da titularidade, prevê a inserção de mecanismos de controle social na Política Pública de Saneamento Básico (art. 9º, V) e ainda, na questão do planejamento, prevê e assegura ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentam, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas, conforme dispõe o art. 19, 5º, da referida lei. Nesse sentido, baseado nas determinações da Lei Federal nº 11.445/2007, a política pública de saneamento básico nos municípios (tanto no controle social, quanto no planejamento) não resulta apenas da participação do Poder Público na sua construção, sendo imprescindível a participação da sociedade civil, visando melhorar a qualidade estatal na prestação dos serviços públicos, na fiscalização e na transparência das ações relativas ao saneamento básico. 34

3.2 Participação Social no Acompanhamento e Implementação do Planejamento A estruturação do mecanismo de participação social vai ao encontro da regulamentação e implantação das diretrizes nacionais, estaduais e municipais para o saneamento básico, com objetivo estratégico de universalização dos serviços de saneamento e a participação efetiva da sociedade no controle social das ações deflagradas. A participação social permite obter informações que usualmente não estão disponíveis nas fontes convencionais de consulta e que, por meio de técnicas especiais e de profissionais experientes são incorporadas ao Plano, permitindo que o cidadão possa efetivamente acompanhar a sua implementação. Os diversos atores sociais devem ser envolvidos para integrar de forma articulada e propositiva a formulação das políticas públicas, desde a construção do Plano Municipal de Saneamento Básico, como no acompanhamento das etapas de sua implementação, na gestão e avaliação sistemática dos serviços de saneamento. A ideia é que a comunidade seja mais do que a beneficiária passiva dos serviços públicos, seja atuante, defensora e propositora dos serviços que deseja em sua localidade, por meio do diálogo entre sociedade civil e poder público (BRASIL, 2009, p.15). Assim, os inúmeros grupos e instituições constituintes da chamada sociedade civil organizada como: organizações não governamentais, organizações da sociedade civil de interesse público, associações, cooperativas, sindicatos, entidades de classe e grupos organizados são atores que devem e podem atuar junto aos órgãos públicos, no planejamento de ações, na cobrança de investimentos necessários, no monitoramento, na fiscalização das ações e na minimização dos impactos socioambientais. Há um desafio a vencer dentro da cultura administrativa brasileira que está relacionado com a capacidade de articular as diversas competências e habilidades desses atores num processo integrado de reflexão e debate, tanto na etapa da construção do Plano Municipal de Saneamento Básico, quanto para sua efetiva implementação e revisão, contribuindo no processo de mudança da realidade sanitária municipal, num efetivo processo de instalação da governança administrativa. Entre as atribuições dos gestores públicos está a formulação de políticas públicas que estimulem os processos participativos e proporcionem aos seus servidores processos de capacitação. Como o Plano Municipal de Saneamento Básico é uma construção dos atores sociais e do poder público municipal, faz-se mister que os servidores que atuam nessa prestação de serviços e os representantes da sociedade civil organizada participem das reuniões, oficinas e audiências para compreender a forma de construção desse Plano, quais são seus produtos, como farão a fiscalização e o monitoramento das ações, numa visão que integra a saúde pública, o meio ambiente e o saneamento. 35

É importante também que as instituições acadêmicas participem das reuniões, das oficinas, das palestras, conferências e audiências no sentido de aportar conhecimento técnico-científico e se aproximando das demandas populares. O setor privado deve ser conclamado para aderir proativamente em ações de responsabilidade socioambiental, interagindo com o poder público e com a sociedade civil organizada. Articular-se com esses segmentos é angariar parcerias que são fundamentais no processo de discussão, de construção do plano de saneamento e de implementação das ações. 3.3 Instrumentos de Controle Social, de Transparência e Divulgação das Ações - Sistema Municipal de Saneamento O estabelecimento dos instrumentos e mecanismos de participação e controle social na gestão da política de saneamento básico está também presente nas orientações exaradas pela Resolução Recomendada do Conselho das Cidades nº 75, de 02 de julho de 2009. Em seu art. 2º, item VIII estabelece que essa participação far-se-á presente nas atividades de planejamento e regulação e fiscalização dos serviços na forma de conselhos da cidade ou similar em caráter deliberativo. Já o seu art. 3º, estabelece em seu item I, que a efetiva participação da sociedade deve ser garantida, tanto na etapa de formulação da Política e de elaboração e revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico em todas as suas etapas, inclusive o diagnóstico, quanto no Controle Social, em todas as funções de Gestão. Um Sistema Municipal de Saneamento deve contemplar todos os instrumentos que envolvem os serviços de saneamento básico, entre aqueles obrigatórios nos termos da lei 11.445/2007 e ainda outros que podem ser agregados ao termo da lei. Entre os instrumentos obrigatórios da lei estão: Plano Municipal de Saneamento Básico Ente de Regulação Órgão de Controle Social Direitos e os deveres dos usuários Sistema de informações sobre os serviços Prestadores e seus distintos Contratos Já entre outros instrumentos que podem ser agregados estão: Fundo Municipal de Saneamento Básico Conferencia Municipal de Saneamento Básico Os desenhos possíveis deste Sistema Municipal estão condicionados às diferentes alternativas que possa tomar o município em relação a dois aspectos, a regulação e a 36

prestação. O Sistema Municipal de Saneamento Básico será consolidado por meio da Política Municipal de Saneamento Básico em forma de lei. O PMSB será o instrumento da política e será institucionalizado na mesma legislação municipal do setor. O documento da Política será formulado como elemento conclusivo e de consolidação do PMSB e do formado do Sistema Municipal de Saneamento Básico. Ou seja, os termos deste documento dependem da alternativa institucional aprovada pela municipalidade em termos de regulação e prestação de todos os serviços. 3.3.1 Fundo Municipal de Saneamento Básico A Lei nº 11.445, prevê no art.139 a possibilidade do titular (Município) instituir fundos, aos quais poderão ser destinadas, entre outros recursos, parcelas das receitas dos serviços, com a finalidade de custear, na conformidade do disposto nos respectivos planos de saneamento básico, a universalização dos serviços públicos de saneamento básico. Como acentua Toshio Mukai: O artigo 13 prevê a possibilidade de os entes da federação, isoladamente ou reunidos em consórcios públicos, instituir fundos aos quais poderão ser destinadas parcelas das receitas dos serviços, entre outros recursos, com a finalidade de custear, de acordo com os planos de saneamento básico, a universalização dos serviços públicos de saneamento básico, o que revela a preocupação do legislador em criar um mecanismo capaz de conferir maior efetividade ao princípio da universalização dos serviços de saneamento do artigo 2º, inciso I. Tais recursos, inclusive, poderão ser utilizados como fontes ou garantias em operações de crédito para financiamentos dos investimentos necessários à universalização dos serviços públicos de saneamento básico, por força do parágrafo único deste artigo 13. (MUKAI, Toshio. Saneamento Básico Diretrizes Gerais, comentários à Lei 11.445 de 2007.Rio de Janeiro: Lumen, 2007. p. 46). Este Fundo tem a missão de financiar as ações públicas de saneamento básico conforme a Política e o Plano Municipal de Saneamento Básico. Suas fontes de recursos podem ser constituídas de dotações orçamentárias do município e de outros níveis de governo, bem como de outros fundos, doações e subvenções nacionais e internacionais, além de recursos financeiros de agências de financiamentos nacionais e internacionais. Tem como objetivo principal promover a universalização dos serviços no município e, secundariamente, de constituir uma fonte complementar e permanente do financiamento das ações a custos subsidiados, visando garantir a permanência da universalização e a qualidade dos serviços. 37

Diante deste quadro, considerando os fundamentos acima expostos, sugere-se que o Município crie por lei o Fundo Municipal de Saneamento Básico com intuito de obter recursos financeiros para promover a universalização dos serviços no município. 3.3.2 Conselho Municipal de Saneamento Os Conselhos têm origem em experiências de caráter informal sustentadas por movimentos sociais que foram absorvidas pelo debate da Constituinte e foram incorporadas no princípio da participação comunitária pela Magna Carta de 1988, gerando, posteriormente, várias leis infraconstitucionais que institucionalizaram os Conselhos de Políticas Públicas. O controle social da gestão pública nas áreas da Saúde, Educação, Assistência Social, Meio Ambiente, Saneamento, entre outros, tem o intuito de se firmar como um espaço de co-gestão entre Estado e sociedade, trazendo formas inovadoras de gestão pública para o exercício da cidadania ativa, possibilitando à sociedade a definição de um plano de gestão das políticas setoriais, com uma maior transparência e favorecimento da responsabilização dos políticos, dos gestores e técnicos. Os assuntos referentes ao saneamento básico devem ser do conhecimento dos conselheiros, que procuram esclarecer à população, receber as queixas e reclamações, negociar com os outros Conselhos e Secretarias ações que melhorem a qualidade de vida do cidadão, estabelecendo mecanismos de integração com as políticas de saúde, meio ambiente, recursos hídricos, desenvolvimento urbano, habitação e demais políticas correlatas (Resolução Recomendada do Conselho das Cidades nº 75, de 02 de julho de 2009, art. 2º, item XI); bem como examinar e investigar fatos denunciados no Plenário, relacionados às ações e serviços concernentes a sua atuação. As reuniões realizadas pelo Conselho Municipal de Saneamento devem ser abertas a qualquer cidadão. Todos podem se manifestar, mas o direito ao voto é exclusivo do Conselheiro. Os conselheiros devem ser representantes, segundo a Lei Federal nº 11.445/2007: I - dos titulares dos serviços; II - de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico; III - dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico; IV - dos usuários de serviços de saneamento básico; V - de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico. A presente lei não determina o número de conselheiros, desde que estejam presentes representantes das entidades acima relacionadas. Contudo, o Decreto nº 5.031, de 02 de abril de 2004 e a Resolução Recomendada nº 13, de 16 de junho de 2004, do Conselho Nacional 38

das Cidades, salientam que a sociedade civil organizada terá maior representatividade (60%) sobre o poder público (40%) neste Conselho. Para atender aos pressupostos legais enfeixados pela Lei Federal n.º 11.445/2007 e pelo Decreto n.º 7.217/2010, o Município deverá criar, órgão colegiado, de caráter consultivo ou a adaptação de um órgão colegiado já existente, com as devidas adaptações das leis que os criaram. Por intermédio de recomendações e moções, os conselhos exercem sua atribuição de caráter consultivo. Recomendações ou moções são manifestações de advertência ou o resultado de um assunto discutido em plenário que requer posicionamento do Conselho, mas que não é possível deliberar, pois ultrapassa o poder do mesmo. Assim, os conselheiros acompanham a autoridade local no processo de planejamento do setor correspondente, propõe critérios para a definição de padrões e parâmetros sanitários; acompanham o processo de desenvolvimento e incorporação científica e tecnológica na área afim e observam os critérios éticos com que os profissionais atuam com relação aos usuários. Todo Conselho é por natureza consultivo, daí que a Resolução Recomendada do Conselho das Cidades nº 75, de 02 de julho de 2009, é de que o mesmo seja de caráter deliberativo ou seja, tenha funções de formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução da política municipal de saneamento. Desta forma, os recursos do Fundo Municipal de Saneamento, podem ser geridos com maior autonomia e transparência. Salienta-se, ainda, que o art. 34, 6º, do Decreto nº 7.217/2010, determina que será vedado, a partir do exercício financeiro de 2014, acesso aos recursos federais ou aos geridos ou administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico, àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que não instituírem, por meio de legislação específica, o controle social realizado por órgão colegiado, de caráter consultivo na formulação da política de saneamento básico, bem como no seu planejamento e avaliação. Estará contida na proposta da Política Municipal De Saneamento Básico a previsão de composição, atribuições, e ainda, que o Conselho deliberará em reunião própria suas regras de funcionamento que comporão seu regimento interno, a ser homologado pelo Chefe do Poder Executivo Municipal. Este Conselho deverá ter caráter deliberativo para proceder a gestão dos recursos destinados ao Fundo Municipal de Saneamento. 3.3.3 Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico A Lei Federal 11.445/2007 prevê que o titular dos serviços deverá estabelecer um sistema de informações, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento SINIS (art. 53, da Lei Federal 11.445/2007). O objetivo é coletar e sistematizar dados relativos à cobertura, 39

à qualidade e à eficiência dos serviços; e as melhorias nas condições de saúde e na qualidade de vida da população e do meio ambiente. Para subsidiar a Política Municipal de Saneamento Básico e a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico (art. 9º, VI, Lei Federal nº 11.445), foi criado e estruturado um Sistema de Informações/Indicadores dos serviços de Saneamento Básico. Com estas informações as secretarias municipais responsáveis pelos serviços públicos de Saneamento Básico, podem identificar problemas, planejar as ações e, posteriormente, avaliá-las. 3.3.3.1 Audiência Pública A audiência pública se destina a obter manifestações orais e provocar debates em sessão pública especificamente designada acerca de determinada matéria. É considerada uma instância no processo de tomada da decisão administrativa ou legislativa, através da qual a autoridade competente abre espaço para que todas as pessoas que possam sofrer os reflexos dessa decisão tenham oportunidade de se manifestar antes do desfecho do processo. É por meio da audiência pública que o responsável pela decisão tem acesso, simultaneamente e em condições de igualdade, às mais variadas opiniões sobre a matéria debatida, em contato direto com os interessados. Contudo, tais inferências não determinam a decisão, pois têm caráter consultivo apenas, mas a autoridade, mesmo desobrigada a segui-las, deve analisá-las a propósito de aceitá-las ou não. A audiência pública propicia o debate público e pessoal por pessoas físicas ou representantes da sociedade civil, levando-se em conta o interesse público (coletivo) sobre o interesse particular. A Lei Federal nº. 11.445/2007, nos art. 11, 19, 5º e 51 prevê a realização de audiência pública nos seguintes casos: Prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato; Divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentem; No processo de elaboração e revisão dos planos de saneamento básico. Caberá ao órgão da Administração Pública responsável pelas situações supramencionadas gerenciar este instrumento de controle social. 3.3.3.2 Consulta Pública É o mecanismo que possibilita que o cidadão comum opine sobre questões técnicas formalizando-se através de peças formais introdutórias. A consulta pública é utilizada por 40

diversos órgãos da administração pública e por algumas entidades na elaboração de projetos, resoluções ou na normatização de um determinado assunto. A Lei Federal nº. 11.445/2007, nos art. 11, 19, 5º e 51 prevê a realização de consulta pública nos seguintes casos: Prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato; Divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentem; No processo de elaboração e revisão dos planos de saneamento básico. Caberá ao órgão da Administração Pública responsável pelas situações supramencionadas gerenciar este instrumento de controle social. 3.3.3.3 Conferência A Conferência Municipal de Saneamento Básico deve ser realizada a cada dois anos, servindo para subsidiar a formulação da política e a elaboração ou reformulação do PMSB. É uma forma eficaz de mobilização, por permitir a democratização das decisões e o controle social da ação pública. Possibilita a construção de pactos sociais na busca de políticas democráticas de saneamento e de serviços de saneamento, com atendimento universal e de boa qualidade, contribuindo para a construção da cidadania. Tal Conferência pode contribuir com bons resultados como: formular diagnósticos e planos de gestão de saneamento do município; induzir a criação de entes locais de regulação e controle social; popularizar o debate sobre o saneamento; criar e reforçar os laços entre as entidades representativas da área e da sociedade civil; propiciar maior inserção nos meios de comunicação; e contribuir para a própria formação de quadros e o revigoramento das entidades (MORAES e BORJA, 2001). A Conferência Municipal de Saneamento Básico irá subsidiar a formulação da Política Municipal de Saneamento Básico e a revisão do PMSB, contará com a representação dos vários segmentos sociais (Sociedade Civil) e será convocada pelo Chefe do Poder Executivo ou pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico. A referida Conferência terá sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, podendo ser proposta pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico e aprovada pelo Chefe do Poder Executivo. 3.3.4 Síntese dos Mecanismos de Controle Social Na figura a seguir é apresentada uma síntese dos mecanismos apresentados, com sua composição e atribuições. 41

Figura 1: Síntese dos Mecanismos de Controle Social 3.4 Mecanismos de Transparência e Divulgação das Ações do Plano Além dos instrumentos de controle social instituídos no Sistema Municipal de Saneamento, outras formas de acompanhamento das ações e de participação popular podem ser estimuladas pelos mecanismos de transparência e divulgações das ações do Plano Municipal de Saneamento Básico como: Indicadores setoriais gerados no Diagnóstico e apresentados como ferramenta de avaliação neste relatório, que devem ser divulgados no site do Sistema Nacional de Informações de Saneamento SNIS, cujo link deve estar no site da prefeitura; A versão final do Plano, contendo uma síntese de cada fase do projeto, disponibilizada no site da prefeitura e com versões impressas para consulta pública; Atas das reuniões do conselho municipal de saneamento publicadas no site da prefeitura; Relatório anual contendo os indicadores de desempenho do sistema de saneamento do município publicados no site da prefeitura; Relatórios de acompanhamento das metas do Plano Municipal de Saneamento publicado no site da prefeitura e com versões impressas para consulta pública Todas as ações de participação social durante a elaboração do PMSB foram divulgadas em rádios, jornais e sites, estando compiladas junto ao Plano. A divulgação das ações executadas no cumprimento das metas, das discussões do conselho, dos demais mecanismos de controle social e transparência devem dar continuidade a esta ação, tendo caráter permanente. 42