INDUSTRIALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL SÉCULOS XVIII E XIX



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Transcrição:

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INDUSTRIALIZAÇÃO INDUSTRIALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL SÉCULOS XVIII E XIX

RESUMO O setor têxtil foi um dos primeiros a ter uma demanda de designers que produzissem padrões com qualidade, agregando valor ao produto, sem aumentar os custos de produção. Para este objetivo, o designer de super@ície, deveria criar um padrão que pudesse ser retido continuamente, e que atendesse às especi@icações das artes decorativas, padrões de mercado.

Cópia de um vaso romano antigo (o célebre Portland Vase) produzido por Wedgwood em cerâmica conhecida como jasper e conjugado o gosto neoclássico contemporâneo com os métodos produtivos mais avançados. O protótipo desse vaso levou quatro anos para aperfeiçoar.

Ilustração de 1841 demonstrando as vantagens do mecanismo chamado de espera corrediça na automação do torno. A máquina passa a executar o trabalho, transformando o trabalhador em simples operador e eliminando a necessidade de qualquer habilidade especial.

Máquina para a impressão contínua de padrões sobre papel ou tecido, de um tipo patenteado na década de 1830. Essas máquinas também serviam para imprimir decalques para serem aplicados na decoração de louças e outras cerâmicas.

Moenda de cana a vapor fabricada no Arsenal de Marinha da Corte e exposta na Exposição Nacional de 1861. A máquina a vapor era o grande símbolo de avanço tecnológico da época.

Máquina taquigrá@ica do padre Francisco João de Azevedo. Durante muitos anos, esta foi considerada pelos nacionalistas mais ardentes, precursosa da máquina de escrever Remington.

Máquina de costura Wheeler and Wilson de c.1854. Esse modelo pertence à primeira geração de máquinas produzidas para uso doméstico, e já mostra a aplicação de elementos decorativos pintados, para integrar a máquina ao ambiente caseiro.

Rótulo de 1888 utilizado pela Fábrica Progresso a Vapor, fabricante de móveis do Rio de Janeiro e provável concorrente da Moreira Carvalho e Cia.

Rótulo de vinagre de 1889, trazendo uma imagem da unidade onde era fabricado o produto, s i t u a d a e m u m a p a i s a g e m idealizada do Rio de Janeiro. A representação da própria fábrica sobre rótulos e em anúncios era uma estratégia comum, demonstrando o apelo da indústria como símbolo de progresso e modernidade.

Reclame de 1919 para cadeiras tipo Viena, inspiradas nos móveis de madeira vergada fabricados pela célebre @irma dos irmãos Thonet desde a década de 1850.

Industrialização e a busca da harmonia: padronização e racionalização O trabalho mecânico requer dimensões constantes e materiais homogêneos. Por tanto, para ser produzido em massa, um produto tinha de ser padronizado. Surge a necessidade de adoção desses sistemas de padrões técnicos para que o intercambio de peças fosse ezicaz em grande escala.

Sociedade de produção descobre a existência do consumidor. O design passa por uma evolução onde se destacam as seguintes características: Evolução do artesanato tradicional à arte industrial Industrialização e a busca da harmonia: padronização e racionalização Se estabelecem o sistema americano e a produção em massa Surge a idéia de inovação tecnológica e design doméstico.

O sistema americano e a produção em massa Frederick Taylor: pai da administração cienti4ica, propõe a utilização de métodos cientízicos cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a eziciência e ezicácia operacional na administração industrial. DeZiniu 4 princípios básicos de administração cientizica: Princípio de planejamento Princípio de preparação dos trabalhadores Princípio de controle Princípio da execução.

O sistema americano e a produção em massa Henry Ford introduziu em suas fábricas as chamadas linhas de montagem, nas quais os veículos a serem produzidos eram colocados em esteiras rolantes e cada operário realizava uma etapa da produção. O método de produção fordista permitiu produzir mais de 2 milhões de carros por ano, durante a década de 1920.