Departamento de Desenvolvimento Profissional. Análise das Demonstrações Contábeis Armando Madureira Borely Armando.borely@globo.



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Departamento de Desenvolvimento Profissional Análise das Demonstrações Contábeis Armando Madureira Borely Armando.borely@globo.com Rio de Janeiro Janeiro de 2016 Rua 1º de Março, 33 Centro Rio de Janeiro/RJ Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br www.crc.org.br

2 SIMBOLOGIA UTILIZADA AC PC RLP PC ELP PL LC LS Rt VB VV CR F CPV E ARLP LG PE AT LB RB LL RLE RLEd PL ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PASSIVO CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO PATRIMONIO LÍQUIDO LIQUIDEZ CORRENTE LIQUIDEZ SECA RECEITA TOTAL VENDAS BRUTAS VENDAS À VISTA CONTAS A RECEBER FORNECEDORES CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS ESTOQUE ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO LIQUIDEZ GERAL PASSIVO EXIGÍVEL ATIVO TOTAL LUCRO BRUTO RECEITA BRUTA LUCRO LÍQUIDO RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO APÓS O IMP. RENDA PATRIMÔNIO LÍQUIDO C COMPRAS RA ROTAÇÃO DO ATIVO RL RECEITA LÍQUIDA CFC CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE IBRACON INSTITUTO DE AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL

SUMÁRIO I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV CAPÍTULO INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE COMO FONTE DE DADOS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS RECLASSIFICAÇÃO DAS DEM.CONTÁBEIS ANÁLISE DAS DEM.CONTÁBEIS DADOS ABSOLUTOS E RELATIVOS ANÁLISE FINANCEIRA ANÁLISE ECONÔMICA ÍNDICES DE ATIVIDADES ENDIVIDAMENTO ANÁLISE DE INDICADORES COMBINADOS CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA EXERCÍCIOS

I. INTRODUÇÃO A Contabilidade é um sistema de informações. Sua dinâmica acontece no processo de transformações de fatos econômicos e financeiros das entidades em demonstrações que se prestam à análise e interpretação da situação das empresas, com vistas à tomada de decisão. O citado processo obedece às seguintes etapas: Planificação Escrituração Demonstrações Contábeis Análise e interpretação das Demonstrações Contábeis Tomada de decisão O programa tem início com a apresentação do Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Em seguida, calculamos uma série de indicadores e discutimos seus significados. Por fim, estabelecemos associação lógica de indicadores no termômetro da saúde do negócio, através do modelo de Kanits, considerado como ferramenta útil ao tomador de decisões. Convém ressaltar, a existência de outros estudiosos da matéria, como por exemplo: Altman, Elizabetsky, Matias e Pereira. No Brasil, somente a partir de 1970 a análise das Demonstrações Contábeis começou a ser aplicada de forma mais consistente e, mesmo assim, restrita a determinados segmentos. Ressalte-se que na chamada Revisão Analítica os auditores muito se utilizam deste recurso como forma de conhecimento mais amplo da organização sob exame. A Análise das Demonstrações Contábeis surgiu por motivos eminentemente práticos e, mostrou-se desde logo, instrumento de grande utilidade. Este trabalho está planejado para construirmos o conhecimento da matéria em questão, com exercícios práticos, sem que se esgotem em si mesmos, porém, facilitando o acesso ao estudo da análise das demonstrações contábeis para aqueles que desejarem mais conhecimentos nesse assunto.

2 II. A CONTABILIDADE COMO FONTE DE DADOS Entende-se a Contabilidade na sua forma mais simples, como a ciência capaz de produzir relatórios que sirvam a cada classe de usuário, para tomada de decisões. Qualquer empreendimento com finalidade lucrativa ou entidade que presta serviços sociais à coletividade, constitui o campo de aplicação da Contabilidade. Aplicando seus fundamentos teóricos (princípios, normas, procedimentos, métodos e técnicas), a Contabilidade cumpre a função de captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam a situação patrimonial de uma entidade, a fim de oferecer informações sobre sua composição e variação, bem como sobre o resultado decorrente de suas atividades. II. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE O Comitê de Pronunciamentos Contábeis aprovou a Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis estabelecendo os conceitos que fundamentam a preparação e apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários externos. A estrutura aborda: O objetivo das demonstrações contábeis. As características qualitativas que determinam a utilidade das informações contidas nas demonstrações contábeis. A definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que compõem as demonstrações contábeis; e Os conceitos de capital e de manutenção de capital. As Demonstrações Contábeis são preparadas com os seguintes pressupostos básicos: Utilização do regime de competência; e

3 Continuidade. Objetivos: Fornecer informações sobre posição, desempenho e mudanças na posição patrimonial e financeira da entidade. Resultado da atuação da administração na gestão da entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que foram confiados. Características Qualitativas: Compreensibilidade (Prontamente entendidas pelos usuários). Relevância (Influenciam as tomadas de decisões dos usuários). o Materialidade Confiabilidade (Livres de erros ou vieses relevantes e representar adequadamente aquilo que se propõe a representar). o Primazia da essência sobre a forma o Imparcialidade o Prudência o Integridade Comparabilidade (Comparação ao longo do tempo). o Tempestividade o Equilíbrio entre custo e benefício o Equilíbrio entre as características qualitativas Segundo o CFC (Res. 750/93 e alterada pela Res. CFC 1.282 de 28/05/2010) os Princípios de Contabilidade são os seguintes: Entidade (PF x PJ) Continuidade (Registros contábeis efetuados como se a empresa fosse operar por prazo indeterminado)

4 Oportunidade (As transações contábeis devem ser efetuadas para que os componentes patrimoniais produzam informações íntegras e tempestivas) Registro pelo valor original (Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda do País). O registro deve ser pelo custo histórico ou suas variações: custo corrente, valor realizável, valor presente, valor justo, atualização monetária. Obs.: Atualização monetária (Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais). Competência (Os eventos reconhecidos devem ser incluídos no período em que ocorrerem, independente do recebimento ou pagamento). Prudência (Pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício de julgamentos necessários, a fim de que os ativos e receitas não sejam superestimados e que os passivos e as despesas não sejam subestimadas. Ou seja: Menor valor para o ativo e maior valor para o passivo) III. DEMOSTRAÇÕES CONTÁBEIS A lei das Sociedades Anônimas (Lei 11.638/07), aplicável às demais sociedades de grande porte, bem como o CFC estabelecem base para conceito, estrutura, conteúdo e nomenclatura das Demonstrações Contábeis em entidades não financeiras.

5 As demonstrações são extraídas de livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil das entidades, observando os Princípios Fundamentais de Contabilidade. No conjunto das citadas demonstrações destacam-se o Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado de Exercício e a Demonstração do Fluxo de Caixa que serão objeto do nosso estudo. 1. BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial destina-se a evidenciar, em determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade. É constituído pelo Ativo (aplicação de recursos em bens e direitos), Passivo (origem dos recursos representados por obrigações com terceiros) e Patrimônio Líquido (diferença do Ativo sobre o Passivo). Sua representação gráfica é a seguinte: EMPRESA Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/2008 e 31/12/2009 ATIVO Circulante Disponibilidades Créditos Investimentos Temporários Estoques Despesas Antecipadas Não Circulante Real. a longo prazo (Incluem valores a receber de sócios, diretores, empresas colig./controladas) Investimentos Temporários

6 Imobilizado Bens em arrendamento Bens em operação Bens para futura operação Intangível Circulante Não circulante Exigível a longo prazo Receita Diferida (-) Custo/desp.diferido PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social (-) Capital não realizado Reservas de capital Ajustes de avaliação patrimonial Reservas de lucros ( - ) Ações em Tesouraria ( - )Prejuízos acumulados Obs.: O prazo de 365 dias (ou até o final do exercício seguinte) que limita o circulante (ativo ou passivo) do longo prazo varia em função do ciclo operacional de cada empresa. Por exemplo: empresa de construção naval tem ciclo operacional superior a um exercício.

7 CIRCULANTE Agrupam-se no Circulante os elementos do Ativo (Bens + Direitos) e do Passivo (Obrigações) com prazo de realização e pagamento, respectivamente, situados no curso do exercício subseqüente à data do balanço. NÃO CIRCULANTE Agrupam-se no Longo Prazo os elementos do Ativo (Bens e Direitos) e do Passivo (Obrigações) com prazos de realização e pagamentos, respectivamente, situados após o término do exercício subseqüente à data do Balanço. Os ativos não destinados à transformação direta em meios de pagamento e cuja perspectiva de permanência da empresa, ultrapasse um exercício, são divididos em: a) Investimentos Participações em outras sociedades, além de bens e direitos que não se destinem à manutenção da atividade fim. b) Imobilizado Bens e Direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução da atividade fim. c) Intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

8 2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) destina-se a evidenciar, em determinado período de operações, a composição do resultado em seus vários níveis mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas, observando o princípio da competência. Compreenderá: a) As receitas e os gastos do período, b) os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos. Sua apresentação é a seguinte: Receita Bruta (-) Deduções (-) Tributos Receita Líquida (-) CMV / CPV Lucro Bruto Despesas Vendas Despesas gerais e administrativas Outras despesas operacionais Result. Líquido antes do result. Financeiro, IR/CSSL/Participações Financeiras ( - ) Receitas Financeiras Result. Líquido após o Result. Financeiro e antes do IR/CSSL e Participações IR/CSSL Resultado Líquido do exercício após o IR/CSSLe antes de participações Participações Resultado Líquido Final Result. Líquido por ação

9 3. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Fornece a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas do Patrimônio Líquido (PL); faz clara indicação do fluxo de uma conta para outra, bem como a origem e o valor de cada acréscimo ou redução do Patrimônio Líquido (PL) durante o exercício. Complementa os dados constantes do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício. Nada mais é que um resumo das contas do Patrimônio Líquido extraído do Razão. SALDOS EM 31/12/2008 Ajustes de exerc.ant. Aumento de capital Com lucros Por subscrição Reversão de reservas De Contingências De lucros a realiz. Lucro Líquido do Exerc. Dest. Lucro Líq. Transf.p/Reservas Res.Legal Res. Estatutária Res. de lucros Juros s/cap.próp. a pagar Divid. a distribuir Capital Res. de Capital Ajustes Aval.Pat. Res. de Lucros Ações Tes. Prej. Acumul. Total SALDOS EM 31/12/2009

10 4. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC) A DFC provê informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos em dinheiro de uma empresa, ocorridos durante um determinado período. Quando analisada em conjunto com as demais Demonstrações Contábeis permitem avaliar: a) a capacidade da empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa. b) A capacidade da empresa em honrar seus compromissos e pagar dividendos. c) Liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa. d) Taxa de conversão do lucro em caixa. e) Grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa. f) Efeitos sobre a posição financeira da empresa, das transações de investimentos e de financiamentos. O Fluxo de Caixa pode ser elaborado através de dois modelos: o modelo direto e o modelo indireto. O modelo direto evidencia os recebimentos e pagamentos, enquanto que o modelo indireto parte do resultado do exercício conciliando-o com o saldo de caixa para o mesmo exercício. Em qualquer dos modelos o fluxo de caixa deve ser segregado em três partes: o fluxo das atividades operacionais, das atividades de investimentos e das atividades de financiamentos.

11 Método Direto Ativ. Operacionais Rec.Clientes 29.500 Receb. Juros 5.300 Pagamentos Fornec.mercadorias (10.000) Impostos (2.000) Salários (21.000) Juros (3.600) Caixa Líq.ativ.operac. (1.800) Ativ. Investimentos Rec.Venda Imobilizado 15.000 Pag.aquis.Imobilizado (20.000) Caixa Líq.Investimentos (5.000) Ativ.de Financiamentos Aumento Capital 20.000 Distrib.dividendos (1.500) Caixa Líq.Financ. 18.500 Aumento Líq.Caixa 11.700 Saldo anterior caixa 5.600 Saldo final de caixa 17.300

12 Método Indireto Atividades Operacionais Lucro líquido 3.900 Mais: depreciação 1.500 Menos: Lucro venda imobil. (3.000) Lucro ajustado 2.400 Aumento dup.receber (10.700) Aumento estoques (3.000) Aumento fornecedores 16.500 Redução salários a pagar Caixa Líq.Ativ.Operacionais Atividades de Investimentos (7.000) (4.200) (1.800) Receb.venda imobilizado Pagamento aquis.imobilizado Atividades de Financiamento 15.000 (20.000) (5.000) Aumento de capital Distribuição dividendos 20.000 (1.500) 18.500 Aumento líq.disponibilidades 11.700 Saldo anterior caixa 5.600 Saldo final de caixa 17.300

13 5. DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Apesar de não ser obrigatória a sua divulgação, de acordo com a lei 11.638/07, mas, considerando a importância da DOAR na análise financeira e econômica das empresas, apresentaremos breve resumo do que vem a ser essa demonstração. A DOAR tem por objetivo apresentar de forma ordenada e sumariada, principalmente, as informações relativas às operações de financiamentos e investimentos da empresa durante o exercício,e evidenciar as alterações na posição financeira. Os financiamentos são as origens de recursos e os investimentos as aplicações de recursos. Ressalte-se que o significado de recurso não é de disponibilidade, mas, sim de Capital Circulante Líquido (CCL) que é a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante (AC PC) e, portanto, mais amplo. Seguindo uma tendência mundial, o Brasil deverá substituir a DOAR pela demonstração do Fluxo de Caixa, considerando-se que esta última é de mais fácil entendimento por parte dos usuários. CÁLCULO DO C.C.L. Ativo Circulante Passivo Circulante CCL 31/12/2002 31/12/2001 Variação

14 DOAR I. ORIGEM DOS RECURSOS Ano atual Ano anterior Das operações Lucro Líquido do Exercício Mais: Depreciação e amortizações Variações Monet. de emp. E financ. a l.prazo Menos: Part.lucro de controlada Lucro na venda de imobilizado Lucro ajustado Dividendos recebidos Dos Acionistas Integralização de capital De terceiros Novos empréstimos Baixa de bem do imobilizado (valor de venda) TOTAL II. APLICAÇÃO DE RECURSOS Pagamento do Pas. Exig. L.Prazo Reclassificação p/pas.circulante Redução do Patrimônio Líquido Distrib. De dividendos TOTAL III. AUMENTO DO CCL

IV. RECLASSIFICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas DCs, principalmente no BP e na DRE. O objetivo é melhorar a eficiência da análise. Eis os seguintes casos principais de reclassificação: 15 1. Duplicatas Descontadas São classificadas subtrativamente em Duplicatas a Receber no Ativo Circulante. Deverão ser reclassificadas no Passivo Circulante, pois, pelas peculiaridades das operações, ainda há o risco da empresa reembolsar o dinheiro obtido se o seu cliente não liquidar a dívida com o banco. 2. Despesa do Exercício Seguinte No Ativo Circulante é o único grupo de contas que não se converterá em dinheiro e, portanto, não servirá para pagar as dívidas da empresa. Esta despesa reduzirá o resultado no próximo exercício e, conseqüentemente, o Patrimônio Líquido. Por isto, os analistas preferem, na ocasião da análise, já deduzir do PL aquela despesa futura (excluindo-a do Ativo Circulante). 3. Receitas Diferidas O montante constante deste grupo é lucro, ainda que estimado, resultante de receita recebida, se houver absoluta certeza de que aquela receita não será devolvida. Ou seja: é um lucro líquido e certo que será incorporada ao Patrimônio Líquido no ano seguinte. Dessa forma, o grupo de Receitas Diferidas será eliminado para efeito de análise, sendo reclassificado no Patrimônio Líquido, conforme o risco de devolução da parcela recebida antecipadamente.

16 V. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 1. CONCEITO A determinação das causas dos fenômenos patrimoniais é função de análise. Conhecidas essas causas, podemos dar interpretação aos fatos. A análise das Demonstrações Contábeis é uma técnica contábil que visa fornecer elementos para que se realize a interpretação dos fenômenos patrimoniais. Analisar uma demonstração é decompô-la nas partes que a formam, para melhor interpretar seus componentes. Quando realizamos a análise de relatórios contábeis devemos observar os fatos que concorreram para a formação daquela estrutura e que também poderão advir dela, uma vez que não podemos admitir que o patrimônio tenha estagnado a partir do levantamento daqueles dados. Antes de se iniciar a análise, as Demonstrações Contábeis devem ser cuidadosamente revisadas e, se possível auditadas. Esse exame consiste numa crítica às contas das demonstrações, bem como na transcrição delas para um modelo previamente definido. A esta atividade dá-se o nome de padronização ou reestruturação das Demonstrações Contábeis para efeito de análise.

17 Os objetivos básicos da padronização são os seguintes: Simplificação. Comparabilidade. Adequação aos objetivos da análise. Precisão nas classificações das contas. Ajustes e reclassificações de valores. Conhecimento das Demonstrações Contábeis. 2. ESTRUTURA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2.1. COLETA DE DADOS As Demonstrações Contábeis fornecem elementos quantitativos necessários e básicos para estudo. Entretanto, o acesso a outras informações internas e externas pode melhorar a qualidade da análise (inventários, documentos, média setorial). 2.2. CRÍTICA DOS DADOS Significa ajustar, por meio de reclassificações, os elementos que distorceriam os indicadores. Especial atenção deve ser dada a valores fictícios, como: bens em desuso sem valor comercial, ativo permanente superavaliado, cheques sem fundos, duplicatas incobráveis. 2.3. APURAÇÃO DOS DADOS É a totalização dos valores monetários estruturados de forma padronizada, selecionando-se os indicadores de acordo com o tipo de análise que se pretende fazer (financeira, econômica, estrutura). 2.4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS Para facilitar o entendimento, os dados são apresentados em quadros que resumem as observações (tabelas).

18 2.5. ANÁLISE DE RESULTADOS É o estudo de desempenho histórico ou esperado das diversas atividades empresariais (vendas, produção e estoque) e sua representação monetária registradas nas demonstrações contábeis, transformadas em indicadores. 2.6. TOMADA DE DECISÃO As fases anteriores permitem conhecer a situação da empresa de modo racional e organizado. Assim sendo, pode-se identificar obstáculos às metas traçadas, desvios de padrões e fraco desempenho diante da concorrência, ponderando-se alternativas de solução ou manutenção do ritmo observado. As decisões podem ser estratégicas e operacionais. VI. DADOS ABSOLUTOS E RELATIVOS 1. DADOS ABSOLUTOS São os dados coletados diretamente do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício ATIVO ANO 1 ANO 2 AC 3.610 4.300 RLP 200 260 AP 1.820 2.200 TOTAL 5.630 6.760 2. DADOS RELATIVOS São os resultados de comparações por quociente (razão) que se estabelecem entre dados absolutos, facilitando a leitura, como é o caso da análise de estrutura (ou vertical) e índice. 2.1) ESTRUTURA (VERTICAL) Realça a participação de cada parte no todo a que pertence. É utilizada para análise das tendências de determinada conta ou grupo de contas em uma série histórica.

19 ATIVO ANO-VALOR 1 % ANO-VALOR 2 % AC 3.610 4.300 RLP 200 260 AP 1.820 2.200 TOTAL 5.630 100 6.760 100 2.2) EVOLUÇÃO (HORIZONTAL) Corresponde ao estudo das variações ocorridas em períodos de tempo consecutivos nos itens que compõem as Demonstrações Contábeis. Adota-se o índice 100 (cem) como representativo dos valores monetários do ano que serve para confronto com os valores dos demais períodos. Pela regra de três simples calcula-se os índices correspondentes aos períodos que serão confrontados com o período-base. A inflação prejudica a comparação de balanços sucessivos. Para se obter conclusão adequada é necessária eliminar as variações devidas à inflação, convertendo-se todos os valores à moeda da mesma data (por exemplo: moeda do último exercício). É utilizada para análise de tendências de determinada conta (ou grupo de contas) em uma série histórica. 2.3) ÍNDICE São razões entre componentes dos demonstrativos, sendo que um não inclui o outro, escolhendo-se um para base de confronto. ATIVO VALOR-ANO 1 % VALOR-ANO 2 % AC 3.610 100 4.300 119 RLP 200 260 AP 1.820 2.200 TOTAL 5.630 6.760 2.4) QUOCIENTE São razões entre valores heterogêneos, de natureza diferente, indicando quantas vezes um contém o outro. Uma associação lógica é relacionar o AC com PC, obtendo o grau de Liquidez Corrente, por exemplo.

20 ATIVO PASSIVO AC 3.610 PC 2.390 RLP 200 ELP 440 AP 1.820 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.800 TOTAL 5.630 TOTAL 5.630 VII. ANÁLISE FINANCEIRA Para esta análise utilizaremos o quociente, a fim de obter os seguintes indicadores: 1. Liquidez Corrente Indica a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo. Ativo Circulante AC LC = -------------------------- = -------- Passivo Circulante PC 2. Liquidez Seca Indica a capacidade de pagamento, excluindo os estoques. Ativo Circulante - Estoques AC - E LS = ----------------------------------------- = ----------------- Passivo Circulante PC 3. Liquidez Geral Indica a capacidade de pagamento da empresa, no curto e longo prazo. 4. Liquidez Imediata AC + RLP LG = -------------------------- PE Indica a capacidade imediata de pagamento das dívidas de curto prazo. DISP PC

21 VIII. ENDIVIDAMENTO É por meio desses indicadores que podemos apreciar a Quantidade e a Qualidade da dívida. 1. Participação do Capital de terceiros (Quantidade) 2. Garantia do Capital próprio PC + ELP PL E 1 = ------------------------ E 2 = ----------------- PC + ELP + PL PC + ELP 3. Endividamento Curto Prazo (Qualidade) 4. Endividamento longo prazo (Qualidade) PC ELP E 3 = ---------------- E 4 = PC + ELP PC + ELP Indica quanto do capital de terceiros vencerão no curto ou longo prazo. IX. ANÁLISE DE RENTABILIDADE 1. Rotação do Ativo (Giro do Ativo) Expressa o número de vezes em que as vendas reproduzem o montante de recursos aplicados no Ativo Operacional. 2. Margem Bruta VL RA = ------------ A LB x 100 MARGEM BRUTA = ------------------- RL

22 3. Margem Líquida LL x 100 MARGEM LÍQUIDA = ---------------------- RL 4. Rentabilidade do Capital Próprio (Taxa de retorno sobre o P.L.) Indica a taxa que os sócios obtiveram de retorno sobre seus investimentos. LL TRPL = -------------------- PL 5. Taxa de Retorno sobre Investimentos Significa o retorno, medido através do lucro, que a empresa está obtendo através da aplicação de seus ativos. Lucro Líquido TRI = ---------------------- A Conforme DuPont, a rentabilidade da empresa é obtida através da conjugação do Preço e Quantidade (Fórmula de DuPont). Ou seja: Lucro Líquido Vendas TRI = Margem de lucro x giro do ativo = ----------------------- x ---------------------- Vendas Desta forma, o pay back (retorno do investimento) é obtido: Ativo total 100% / TRI OBS.: Outros fatores (índices) podem ser criados especificamente atendendo a segmentos da economia. Por exemplo: FEL (Fator de Eficiência Local) que é a divisão das Vendas Líquidas Locais por Despesas Operacionais. É aplicado em algumas afiliadas da TV Globo.

23 X. ÍNDICES DE ATIVIDADES 1. Prazo Médio de Recebimento das Vendas Indica em quantos dias, na média, recebe suas vendas a prazo. PMRV = 360 x DUP. RECEBER ------------------------------------------------ VENDAS 2. Prazo Médio de Pagamento de Compras Indica em quantos dias, na média, a empresa paga suas compras a prazo. PMPC = 360 x FORNEC. ------------------------------------------ COMPRAS 3. Prazo Médio de Renovação dos Estoques Indica em quantos dias, na média, a empresa renova seus estoques. EF x 360 PMRE = -------------------------------- CPV 4. Ciclo Operacional PMRE + PMRV 5. Ciclo Financeiro Indica a folga financeira da empresa. Ou seja: após vender e receber, quantos dias a empresa aguardará para pagar suas dívidas. PMRE + PMRV - PMPC= Ciclo Finac Exemplos:

24 PRAZOS DIAS DIAS PMRE 130 90 PMRV CO 90 220 40 130 PMPC <180> +40 <180> <50> 6. Necessidade de Capital de Giro Conceito: É o montante de que a empresa necessita tomar para financiar o Ativo Circulante Operacional em decorrência das atividades de comprar, produzir e vender. Ativo Circulante Operacional (ACO) Passivo Circulante Operacional (PCO) Compra matéria-prima e gera Fornecedores Transfere matéria prima em estoque e gera Salários a pagar Vende a prazo e gera Impostos a recolher NCG = Duplicatas a receber + Estoque - (Fornecedores + Tributos a recolher + Salários a pagar, ou NCG = ACO - PCO As fontes de financiamento da NCG são: Passivo circulante próprio Financiamento bancário a longo prazo

25 Financiamento bancário a curto prazo Duplicatas descontadas A seguinte estrutura gráfica exemplifica a NCG: Duplicatas a Receber Fornecedores Tributos Estoques Salários NCG Ou seja: PMRE PMRV 74 dias 63 dias = 137 dias PMPC Ciclo financeiro 85 dias 52 dias Alguns índices para análise do fluxo de caixa: a) Cobertura de juros: Caixa gerado nas operações (Líquido) = 15.000 = 3,0 Juros 5.000 A cada $ 1,00 pago de juros foram gerados $ 3,00 de caixa na atividade operacional. A empresa trabalha 4 meses (12/3) para gerar caixa referente aos juros.

26 b) Capacidade de quitar dívidas: Caixa gerado nas oper. (após os impostos, juros e dividendos) = 7.000 = 0,25 Passivo exigível total 28.000 A empresa gerou recursos para pagar 25% da dívida. A quitação plena se dará em 4 anos ( 100/25). c) Nível de recebimento das vendas: Caixa Bruto gerado das vendas = 24.000 = 0,80 Vendas 30.000 80% das vendas foi recebido. XI. ANÁLISE DE INDICADORES COMBINADOS Podemos fazer múltiplas combinações de indicadores. Devemos selecionar os indicadores que se prestam a finalidades específicas, respondendo a algumas questões básicas: Por que preciso de indicadores? Quais indicadores deverei selecionar? De modo geral, pretendemos saber nossa posição no ranking do setor. Para tanto e como fonte de informações temos publicações especializadas que fornecem estudos que podem ser utilizados como parâmetros de competitividade dos negócios que nos interessam. Outra aplicação prática é atender a lei de licitações e contratos administrativos, cuja comissão julgadora tem interesse em saber a capacidade financeira dos licitantes, antes da contratação. Neste sentido, há o trabalho intitulado Fator de Insolvência, elaborado pelo Prof. Stephen Kanitz (USP), que é tratado neste tópico, onde o autor relaciona alguns indicadores e pesos para construir-se a seguinte tabela: -7-6 -5-4 -3-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 INSOVÊNCIA PENUMBRA SOLVÊNCIA

27 FATOR DE INSOLVÊNCIA = 0,05 X1 + 1,65 X2 + 3,55 X3-1,06 X4 0,33 X5 VARIÁVEIS DO FATOR DE INSOVÊNCIA INDICADORES PARCIAIS FÓRMULA EXPLICAÇÕES PESOS X 1 Rentabilidade do Capital RL Resultado Líq. Exercício após I.R + 0,05 Próprio PLm Patrimônio Líquido Médio X 2 Liquidez Geral AC + RLP PE Ativo Circ. + Realizável a L. Prazo Passivo Exigível + 1,65 X 3 Liquidez Seca AC E PC Ativo Circulante Estoques Passivo Circulante + 3,55 X 4 Liquidez Corrente AC PC Ativo Circulante Passivo Circulante - 1,06 X 5 Endividamento PE PL XII. RELATÓRIO (EXEMPLO MARION) Passivo Exigível Patrimônio Líquido - 0,33 Uma proposta de Relatório Final seria: Analisamos o quadro clínico da empresa...nos anos...,... e... Dos anos analisados, notamos, com o quadro clínico, que a tendência da liquidez corrente foi...(estabilizar, piorar, melhorar) e que o conceito, em relação à mediana do setor, é...(bom, ruim, razoável) para o último ano. A liquidez seca é de... O endividamento da empresa é... (alto, baixo, médio) quando comparado com...(média brasileira, economia internacional). A qualidade do endividamento da empresa é... (satisfatória, boa, insatisfatória), todavia, possivelmente ela... (tem, não tem) problemas de pagamento de sua dívida, visto que a liquidez corrente é... (baixa, alta).

28 Notamos que a rentabilidade da empresa...(subiu, caiu) de um ano para outro, contudo, ainda continua (positiva e boa, negativa e ruim) em relação à média do setor. De maneira geral, a situação da empresa ainda é...(insatisfatória, satisfatória), mesmo tendo...(melhorado, piorado) a Margem Líquida e a rentabilidade do ano... para o ano... Analisando os índices combinados do tripé da empresa (liquidez, endividamento e rentabilidade) as notas foram, respectivamente,...,...,... (vide fator de insolvência) nos anos...,... e... Em termos de sugestões e propostas, consideramos que cada vez mais o mercado fica competitivo, a empresa... em análise poderia concentrar seus esforços no aumento... (do capital de terceiros, de produtividade) e, conseqüentemente, na redução de seus... (custos de produção, compromissos de curto prazo). (Fonte: MARION, 2009)

29 XIII. CONCLUSÃO Através deste trabalho, que não tem a pretensão de esgotar o assunto, constatamos a importância da análise e interpretação das Demonstrações Contábeis, bem como sua integração direta com a Contabilidade. Esta ferramenta que pode ser considerada estratégica, é útil em diversas etapas da vida empresarial, tais sejam: Decisão sobre aquisição de empresas. Posicionamento da empresa perante seus concorrentes e/ ou o mercado que atua. Análise, por parte de instituições financeiras para a concessão de empréstimos. Estudo da performance interna da empresa. Análise por parte de potenciais investidores. Análise para participações em licitações diversas.

30 XIII. BIBLIOGRAFIA CFC Res. 750/93 de 31-12-1993 Princípios Fundamentais de Contabilidade CFC Res. 1.282/09 de 02-06-2010 Atualiza e consolida a Resolução 750/93. CFC 1.374/11 de 16-12-2011 Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação dos Relatórios Contábil-Financeiro IUDÍCIBUS, Sérgio, Martins, Eliseu e Gelbcke, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade Societária 2ª edição, Ed. Atlas, 2013. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Coufab. Empres. SP. Ed.Atlas, 7ª edição, 2012. MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços Abordagem Gerencial. São Paulo. Ed.Atlas. 7ª ed. 2010. Iudícibus. Análise de Balanço. 10ª ed. Ed. Atlas- SP- 2009 Martins, Eliseu of all. Análise Avançada das DCS: Uma Abord. Ptlos. Ed. Atlas. 1º ed. SP. 2012 Neto, Alexandre Assaf. Estrutura e Análise de Balanço, um Enfoque Econômico- Financeiro. 10ª ed. Ed- Atlas- SP- 2012.

31 XIV. EXERCÍCIOS 1. Com base nas demonstrações contábeis a seguir, efetue os exercícios indicados: BALANÇO PATRIMONIAL CONTAS 1 2 3 4 Ativo Circulante 134.168 192.276 270.534 443.244 Disponível 15.394 16.048 19.488 122.322 Títulos negociáveis - 52 - - Clientes 88.490 112.868 148.626 219.286 (-) Duplicatas descontadas (38.188) (51.248) (59.028) (156.162) Estoques 61.978 108.718 144.716 244.522 Outros valores a receber 6.494 5.838 16.732 13.276 Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo 13.344 18.248 18.476 20.992 55.888 106.292 116.876 151.074 Participação em empresa 11.710 14.826 17.354 20.022 coligada Imobilizado 44.178 91.466 99.522 131.052 TOTAL 203.400 316.816 405.886 615.310 Passivo Circulante 72.632 99.828 140.154 294.672 Fornecedores 28.070 35.850 62.862 118.404 Outra Obrigações a pagar 44.562 63.978 77.292 176.268 Passivo Não Circulante Passivo Exigível a L. Prazo 40.726 102.338 136.816 161.704 Patrimônio Líquido 90.042 114.650 128.916 158.934 Capital Social 69.228 91.788 99.364 116.184 Reservas de Capital 20.814 22.862 29.552 42.750 TOTAL 203.400 316.816 405.886 615.310 Nota: Patrimônio Líquido no início do ano 1: Capital Social: 46.236 Reserva de Capital: 19.936 66.172

32 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO COMPONENTES 1 2 3 4 Receita Líquida 223.312 328.630 390.272 584.778 Custo de Produtos Vendidos 123.978 180.456 217.956 354.958 Lucro Bruto 99.334 148.174 172.316 229.820 Despesas 73.696 105.360 124.658 178.176 Outras Receitas 6.198 8.972 10.282 44.156 Outras Despesas 13.166 26.450 50.154 78.872 Lucro Líq. Exerc. (antes I.R.) 18.670 25.336 7.786 16.928 Imp. Renda 2.918 4.130 210 108 Lucro Líq. Exerc. (após I.R.) 15.752 21.206 7.576 16.820 Preencher os seguintes quadros: Liquidez Corrente: PERÍODO AC PC SETOR LC 1 172.356 110.820 1,73 2 1,90 3 1,74 4 1,60 Liquidez Seca: PERÍODO AC E PC SETOR LS 1 172.356 61.978 110.820 1,26 2 0,80 3 0,75 4 0,60 Rotação de Contas a Receber e Prazo médio: PERÍODO VENDAS CONTAS A RECEBER ROTAÇÃO PRAZO MÉDIO/dias TOTAIS INÍCIO FINAL 2 328.630 88.490 112.868 3 4

33 Rotação e prazo médio de renovação de fornecedores: PERÍODO COMPRAS FORNECEDOR ROTAÇÃO P.MÉDIO/ dias Totais Início Final 2 227.196 28.070 35.850 3 4 Rotação e prazo médio de renovação dos estoques: PERÍODO CPV ESTOQUE ROTAÇÃO P.MÉDIO/dias Inicial Final 2 180.456 61.978 108.718 3 4 Liquidez Geral: PERÍODO AC RLP PASSIVO EXIGÍVEL LG PC ELP 1 172.356 13.344 110.820 40.726 2 3 4 Endividamento: PERÍODO PEt Pet +PL E1 PL PEt E2 1 151.546 241.588 0,63 90.042 113.358 0,79 2 3 4 Lucratividade Operacional Bruta: PERÍODO LOB ROL Taxa 1 99.334 223.312 2 3 4

34 Lucratividade Operacional Líquida: PERÍODO LOL ROL Taxa 1 25.638 223.312 2 3 4 Lucratividade Final: PERÍODO REL ROL Taxa SETOR 1 18.670 223.312 11,3 2 10,9 3 8,4 4 8,1 Rentabilidade do Capital Próprio: PERÍODO RELd PLi PLf R 1 15.752 66.172 90.042 2 3 4 Análise Vertical: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO COMPONENTES 1 % 2 % 3 % 4 % Receita Líquida 223.312 100 328.630 100 390.272 100 584.778 100 Custo de Produtos 123.978 180.456 217.956 354.958 Vendidos Lucro Bruto 99.334 148.174 172.316 229.820 Despesas 73.696 105.360 124.658 178.176 Lucro Líquido 25.638 42.814 47.658 51.644 Outras Receitas 6.198 8.972 10.282 44.156 Outras Despesas 13.166 26.450 50.154 78.872 Lucro Líq. Exerc. 18.670 25.336 7.786 16.928 (antes I.R.) Imp. Renda 2.918 4.130 210 108 Lucro Líq. Exerc. (após I.R.) 15.752 21.206 7.576 16.820

35 Fator de Insovência: Indicadores Fórmula Peso 1 2 3 4 Bal. Pond. Bal. Pond. Bal. Pond. Bal. Pond. Rent. Capital + 0,05 Próprio Liquidez Geral + 1,65 Liquidez Seca +3,55 Liquidez Corrente -1,06 Endividamento -0,33 2. Admita uma empresa com a seguinte situação: Ativo Circulante Passivo Circulante Disponível 9.000 Fornecedores 20.000 Duplicatas a 30.000 Impostos a Recolher 12.000 Receber Estoques 11.000 Outras Dívidas 8.000 Total 50.000 Total 40.000 Pede-se: a) Calcular o Índice de Liquidez Corrente. b) Melhorar este índice passando-o para 1,40, comentando a sua decisão. 3. Admita uma empresa com a seguinte situação: Ativo Circulante Passivo Circulante Disponível 1.000 Fornecedores 2.000 Duplicatas a 6.000 Imp. A Recolher 6.000 Receber Estoque 2.000 Empréstimos 7.000 Outras Dívidas 3.000 Total 9.000 Total 18.000 Pede-se: a) Calcular o Índice de Liquidez Corrente. b) Calcular o Índice de Liquidez Seca

c) Se adquirirmos R$ 8.000 de estoques a curto prazo, para quanto passaria o Índice de Liquidez Seca? 4. Em épocas de inflação alta é interessante ter um Índice de Liquidez Imediata elevado? Por quê? 5. Indique a relação correta, considerando a seguinte simbologia: AC Ativo Circulante; PC Passivo Circulante; CCL Capital Circulante Líquido; LC Liquidez Corrente ( ) LC = CCL + AC PC ( ) LC = AC PC CCL ( ) LC = PC + CCL AC ( ) LC = 1 + CCL PC 36 6. Uma empresa tem Ativo Circulante de R$ 1.800.000 e Passivo Circulante de R$ 700.000. Se fizer uma aquisição extra de mercadorias, a prazo, na importância de R$ 400.000, seu índice de Liquidez Corrente será de: ( ) 3,10 ( ) 1,60 ( ) 4,60 ( ) 2,00 7. A Diretoria Financeira da Cia. Itamaracá estabelece como política: manter o capital circulante líquido da empresa sempre positivo e acompanhar continuamente o desempenho dos seus índices de liquidez. Para colocar em prática essa determinação, a empresa efetua a quitação de 50% do saldo do passivo circulante, que venceria em até 120 dias. Quais as alterações que o registro desse evento produz no Capital Circulante Líquido (CCL) e no Índice de Liquidez Corrente (LC)? Simular valores e discriminar os cálculos. CCL LC ( A ) Não altera Não altera

( B ) Não altera Aumenta ( C ) Aumenta Diminui ( D ) Diminui Diminui ( E ) Aumenta Aumenta 37

8. Com base nas Demonstrações Financeiras a seguir, calcular os Índices de Liquidez (quatro) para 2003. BALANÇO PATRIMONIAL CIA. BOA DE PAPO ATIVO PASSIVO E PAT. LÍQUIDO 31-12-2002 31-12-2003 31-12-2002 31-12-2003 Circulante Circulante Caixa 10.000 28.000 Fornecedores 5.000 5.000 Dupl. A Receber 15.000 50.000 Contas a pagar 4.000 4.000 Estoques 30.000 15.000 Imp. Renda 8.000 2.000 Total Circulante 55.000 93.000 Total 17.000 26.000 Circulante Não Circulante Não Circulante C/C Empresas 12.000 5.000 Financiamentos 0 30.000 Coligadas 5.000 0 30.000 Pat.Líquido Investimentos 8.000 15.000 Capital 72.000 87.000 Coligadas Imobilizado 20.000 40.000 (-) Dep.Acumulada (6.000) (10.000) Total P.Líquido 72.000 87.000 34.000 45.000 Total 89.000 143.000 89.000 143.000 38 9. Com base nos índices seguintes, preencha os espaços em branco: ATIVO PASSIVO E PL Circulante Circulante Caixa e Bancos Diversos a pagar Dupl. A receber Estoques Não Circulante Circulante total Financiamento Não Circulante Pat.Líquido Investimentos 20.000 Capital 100.000 Imobilizado 40.000 Reservas Intangível Pat.Líquido total Total 200.000 Total a) A Liquidez Corrente é igual a 1,60 b) 40% do Ativo são financiados com Capital de terceiros c) A Liquidez Geral é igual a 1,40 d) A Liquidez Imediata é igual a 0,2857... (arredondar) e) A Liquidez Seca é igual a 1,00

39 10. Comparemos a Empresa Prosperidade com a Cia. Conservadora: Prosperidade Ativo Passivo Circulante 4.200 Circulante 3.100 Imobilizado 5.800 ELP 2.900 PL 4.000 Total 10.000 Total 10.000 Conservadora Ativo Passivo Circulante 4.200 Circulante 4.000 Imobilizado 5.800 PL 6.000 Total 10.000 Total 10.000 Analise os Índices de Endividamento (três) de ambas as empresas fazendo comentários comparativos. 11. O Banco Enjoadinho dispõe em seu Manual de Normas que o limite de crédito para seus clientes será estipulado de maneira que o Capital de Terceiros não ultrapasse 60% dos recursos totais antes da concessão do empréstimo. Seu cliente, A Rainha da Massagem, apresenta o seguinte Balanço Patrimonial resumido: ATIVO PASSIVO E PL Circulante 180.000 Circulante 400.000 Realizável L.Prazo 320.000 Exigível L.Prazo 200.000 Imobilizado 700.000 Pat.Líquido 600.000 Total 1.200.000 Total 1.200.000 O limite de crédito dessa empresa será: ( ) 720.000 ( ) 360.000 ( ) 120.000 ( ) 60.000 12. Quando uma empresa substitui dívidas de longo prazo por dívidas de curto prazo, o que acontece com o seu endividamento (quantidade e qualidade da dívida)? 13. Calcule os índices de atividades para 2003 (três) da Cia. Moderna (PMRV, PMRE, PMPC), além da NCG em dias e valor. Considerar apenas os saldos finais de 2003. BALANÇO PATRIMONIAL 31-12- X3 31-12- X3 Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa 1.000 Fornecedores 1.000 C.Receber 1.000 Comissões a pagar 200 Estoques 1.800 Pró-labore a pagar 200 Desp.Antecipadas 200 Sal. A pagar 500

40 Total do Ativo Circulante 4.000 Juros a pagar 1.500 Emp.Bancários 3.000 Total P.Circulante 6.400 Vendas Líquidas 12.000 Estoque inicial 1.000 Compras 5.000 14. Uma empresa com PMRE (Prazo Médio de Renovação de Estoques) igual a 20 dias e PMRV (Prazo Médio de Recebimento de Vendas) igual a 45 dias terá um ciclo operacional igual a: ( ) 25 dias ( ) 65 dias ( ) 35 dias 15. Sabendo-se que o estoque final de 2003 da empresa XYZ é de R$ 9.836.400 e que a empresa demora, em média, 90 dias para vender seus estoques e 60 dias para recebe-los (vendas a prazo), que o custo da mercadoria vendida representa 60% das vendas, qual será o valor das Duplicatas a Receber para 2003? 16. A Cia. XYZ possui ciclo operacional igual a 88 dias e PMPC (Prazo Médio de Pagamento de Compras) igual a 90 dias. Nesse caso temos que: ( ) O ciclo financeiro dessa empresa será de 178 dias ( ) A empresa terá que se financiar em 2 dias ( ) A Cia. Tem uma folga financeira de 2 dias ( ) O Ciclo Financeiro da empresa é de 218 dias 17. Calcule os índices de atividades (três) da Cia. Playboy: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO 31-12-X2 31-12-X3 31-12-X4 Circulante Disponível 1.000 1.400 2.000 Dup. A Receber 10.000 12.000 15.000 Estoques 6.000 7.150 8.370 Circulante total 17.000 20.550 25.370 Fornecedores 1.000 1.600 2.000

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO Receita Bruta 50.000 80.000 140.000 (-) Deduções (5.000) (8.000) (14.000) Receita Líquida 45.000 72.000 126.000 (-) CPV (23.000) (36.800) (64.400) Lucro Bruto 22.000 35.200 61.600 Compras 10.000 15.000 21.000 41 18. Considere as demonstrações contábeis a seguir: Ativo Disponível 500 Dup. A Receber 2.500 Estoques 2.000 Imobilizado 4.000 Ativo Total 9.000 Passivo/PL Circulante (Fornecedores) 2.000 Exig. Longo prazo 1.000 Patrimônio Líquido 6.000 9.000 DRE Vendas 7.000 CMV (4.400) Lucro Operacional Bruto 2.600 Despesas Operacionais (2.000) Lucro Operacional Líquido 600 Obs.: Compras do ano: $ 6.000 Calcule os seguintes indicadores, evidenciando os cálculos: a) Endividamento total b) Margem Líquida c) Retorno do patrimônio líquido d) Capital de terceiros e) Ciclo Operacional 19. Considerando que a margem de lucro é de 12%, o valor das vendas líquidas $ 10.000 e o ativo total de $ 4.000, pede-se calcular o Lucro líquido, a Rotação do Ativo e a taxa de retorno do Investimento.

42 20. Considere as demonstrações contábeis a seguir: BALANÇO Ativo Circulante Disponível 500 Dup. A Receber 2.500 Estoques 2.000 5.000 Permanente 4.000 9.000 Passivo Circulante (Fornecedores) 2.000 Exig. Longo prazo 1.000 Patrimônio Líquido 6.000 9.000 DRE Vendas 7.000 CMV (4.400) Lucro Operacional Bruto 2.600 Despesas Operacionais (2.000) Lucro Operacional Líquido 600 Calcule os seguintes indicadores, evidenciando os cálculos: a) Índice de Liquidez Corrente b) Endividamento total c) Margem Líquida d) Retorno sobre Investimentos e) Pay Back Investidores (mercado) 21. Considere os balanços e as DREs da questão anterior, além de: Estoque inicial = 2.400 Calcule: a) PMRV b) PMRE c) PMPC d) Ciclo operacional e ciclo de caixa e) NCG (valor)

22. Se a Taxa de Retorno sobre Investimentos da empresa é de 14,30%. O payback será de: ( ) 5 anos ( ) 7 anos ( ) 9 anos ( ) 11 anos 43 23. O Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido mostra quanto a empresa imobilizou de recursos do seu Patrimônio Líquido. O que podemos dizer quando este índice é igual a 15%? 24. Uma empresa possui imobilizado de R$ 20.000 e Patrimônio Líquido de R$ 15.000. Os acionistas estão pretendendo aumentar o capital com integralização a ser feita em bens móveis, a fim de reduzir o atual quociente de imobilização. Considerando X como o aumento de capital, qual o seu valor para que o quociente de imobilização passe a ser de 110%? ( ) 15.000 ( ) 25.000 ( ) 35.000 ( ) 20.000