10.º Ano. Rotas de Aprendizagem. Filosofia Graça Vinhal I - MÓDULO INICIAL: INICIAÇÃO À ATIVIDADE FILOSÓFICA

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Transcrição:

Filosofia Graça Vinhal (graca.vinhal@mogofores.salesianos.pt) 10.º Ano Rotas de Aprendizagem I - MÓDULO INICIAL: INICIAÇÃO À ATIVIDADE FILOSÓFICA CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OPERACIONALIZAÇÃO INÍCIO DO 1.º PERÍODO I - ABORDAGEM INTRODUTÓRIA À FILOSOFIA E AO FILOSOFAR O que é a filosofia? As questões da filosofia Racionalidade argumentativa da Filosofia e a dimensão discursiva do trabalho filosófico - Caracterizar a noção de filosofia como uma atividade conceptual crítica. - Clarificar a natureza dos problemas filosóficos - Explicitar os conceitos de tese, argumento, validade, verdade e solidez; - Operacionalizar os conceitos de tese, argumento, validade, verdade e solidez, usando-os como instrumentos críticos da filosofia; - Elaboração, pelos alunos e ao longo do ano, de um dicionário de termos filosóficos, em formato analógico ou com recurso a meios digitais (por exemplo, na plataforma Moodle). - Operacionalização dos conceitos estudados na análise de textos argumentativos (por exemplo, textos de opinião em publicações periódicas) com relevância no quotidiano social e político do momento. - Enunciação, pelos alunos, de problemas filosóficos por oposição a problemas não filosóficos. - Identificação, pelos alunos, em textos argumentativos sobre assuntos comuns do quotidiano de conceitos com relevância na reflexão filosófica. DESCRITORES DO PERFIL DO ALUNO Conhecedor / sabedor / culto / informado (A, B, G, I, J) Criativo (A, C, D, J) 1

Tese, argumento, validade, verdade e solidez Quadrado da oposição Formas de inferência válida - Aplicar o quadrado da oposição à negação de teses. - Explicitar em que consistem as conectivas proposicionais de conjunção, disjunção (inclusiva e exclusiva), condicional, bicondicional e negação; - Aplicar tabelas de verdade na validação de formas argumentativas; - Aplicar as regras de inferência do Modus Ponens, do Modus Tollens, do silogismo hipotético, das Leis de De Morgan, da negação dupla, da contraposição e do silogismo disjuntivo para validar argumentos. - Formulação pelos alunos de possíveis problemas filosóficos a partir desses conceitos. - Formulação pelos alunos, individualmente ou em cooperação, de teses expressas em proposições quantificadas, condicionais, conjuntivas e disjuntivas e respetiva negação, quando possível, em comunicação oral direta ou através de meios digitais. - Elaboração, em pares ou grupos de texto argumentativo sólido sobre temas relevantes no quotidiano, usando as formas proposicionais e as formas válidas de argumentos formais estudados (eventualmente em articulação com a disciplina de Matemática e/ou a área de Cidadania e Desenvolvimento). Crítico / analítico (A, B, C, D, G) Principais falácias formais - Identificar e justificar as falácias formais da afirmação do consequente e da negação do antecedente. - Competição em torneio entre grupos, na turma ou inter-turmas, na construção de argumentos com as formas argumentativas válidas estudadas. O discurso argumentativo e principais tipos - Clarificar as noções de argumento não-dedutivo, por - Identificação, a pares ou pequenos grupos, de argumentos não formais e falácias formais e não formais em artigos 2

de argumentos e falácias informais indução, por analogia e por autoridade; - Construir argumentos por indução, por analogia e por autoridade; - Identificar, justificando, as falácias informais generalização precipitada, amostra não representativa, falsa analogia, apelo à autoridade, petição de princípio, falso dilema, falsa relação causal, ad hominem, ad populum, apelo à ignorância, boneco de palha e derrapagem; - Utilizar conscientemente diferentes tipos de argumentos formais e não formais na análise crítica do pensamento filosófico e na expressão do seu próprio pensamento; - Aplicar o conhecimento de diferentes falácias formais e não formais na verificação da estrutura e qualidade argumentativas de diferentes formas de comunicação. de opinião de publicações periódicas digitais e respetivas caixas de comentários (diretamente na publicação ou nos meios de difusão através de redes sociais) ou em qualquer suporte de informação. Indagador / investigador (C, D, F, H, I) Respeitador da diferença / do outro (A, B, E, F, H) 3

II - A AÇÃO HUMANA E OS VALORES CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OPERACIONALIZAÇÃO INÍCIO DO 2.º PERÍODO DESCRITORES DO PERFIL DO ALUNO A AÇÃO HUMANA ANÁLISE E COMPREENSÃO DO AGIR Determinismo e liberdade na ação humana [Metafísica] - Formular o problema do livrearbítrio, justificando a sua pertinência filosófica. - Enunciar as teses do determinismo radical, determinismo moderado e libertismo enquanto respostas ao problema do livre-arbítrio. - Formulação, após a introdução da noção de livre-arbítrio, individualmente ou em trabalho colaborativo, do problema do livre-arbítrio. - Apresentação, individualmente ou em trabalho colaborativo, de teses em respostas ao problema do livre-arbítrio, sob a forma das proposições estudadas. Sistematizador / organizador (A, B, C, I, J) - Discutir criticamente as posições do determinismo radical, do determinismo moderado e do libertismo e respetivos argumentos. - Formulação, individualmente ou em trabalho colaborativo, de teses e argumentos sobre o problema do livrearbítrio a partir da leitura de textos selecionados (em suporte físico e digital) e apresentação oral ou através de sistemas digitais. Questionador (A, F, G, I, J) 4

- Elaboração colaborativa de um esquema síntese com as teses e argumentos de resposta ao problema do livre-arbítrio com eventual publicação num ambiente digital (por exemplo, a Plataforma Moodle). - Confrontação de teses e argumentos entre alunos relativamente à sua posição sobre o problema do livre-arbítrio. - Discussão num ensaio de uma tese e respetivos argumentos, ou das teses e seus argumentos, de resposta ao problema do livre-arbítrio. 5

II - A AÇÃO HUMANA E OS VALORES 2. OS VALORES - ANÁLISE E COMPREENSÃO DA EXPERIÊNCIA VALORATIVA DESCRITORES CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OPERACIONALIZAÇÃO DO PERFIL DO ALUNO A dimensão ético-política - análise e compreensão da experiência convivencial [Ética] Enunciar o problema da natureza dos juízos morais, justificando a sua relevância filosófica. Caracterizar o conceito de juízo moral enquanto juízo de valor. Formulação pelos alunos, a partir da clarificação dos conceitos de juízo de facto, de juízo de valor e de juízo moral, do problema da natureza dos juízos morais e sua justificação filosófica. Comunicador (A, B, D, E, H) A dimensão pessoal e social da ética Clarificar as teses e os argumentos do subjetivismo, do relativismo e do objetivismo enquanto posições filosóficas sobre a natureza dos juízos morais. Discutir criticamente estas posições e respetivos argumentos. Caracterização pelos alunos, com base em textos pré-selecionados pelo professor, das teses e dos argumentos de cada uma das posições relativas à natureza dos juízos morais. Elaboração pelos alunos, em suporte analógico ou digital, de mapas de argumentos (com eventual redução dos argumentos às formas de inferência válida estudadas). Comunicador (A, B, D, E, H) Aplicar estas posições na discussão de problemas inerentes às sociedades multiculturais. Identificação justificada, individual ou colaborativamente, em textos de opinião sobre controvérsias relevantes no momento, de posições que sejam exemplo de cada uma das teses. Autoavaliador (transversal às áreas) 6

A necessidade de fundamentação da moral - análise comparativa de duas perspetivas filosóficas O problema do critério ético da moralidade de uma ação: A ética deontológica de Kant - O dever e a lei moral; - A boa vontade; - Máxima, imperativo hipotético e imperativo categórico; - Heteronomia e autonomia da vontade; - Agir em conformidade Clarificar a necessidade de uma fundamentação da ação moral. Enunciar o problema ético da moralidade de uma ação. Clarificar os conceitos nucleares, as teses e os argumentos das éticas de Kant e Mill. Discutir criticamente as éticas de Kant e Mill. Mobilizar os conhecimentos adquiridos para analisar criticamente ou propor soluções para problemas éticos que possam surgir a partir da realidade, cruzando a perspetiva ética com outras áreas do saber. Confrontação oral de teses e argumentos entre alunos relativamente à sua posição sobre o problema da natureza dos juízos morais ou discussão em ensaio. Identificação pelos alunos, a partir de uma situação quotidiana ou em relevo no momento, de razões morais de aceitação ou repúdio de uma ação. Apresentação aos alunos de situações reais / relevantes no momento, eticamente problemáticas, pedir-lhes para decidirem uma ação e inferirem um princípio ético universal a partir da ação decidida. Redução, pelos alunos, da argumentação dos autores a formas de inferência válida e analisar a sua validade e solidez. Elaboração, pelos alunos, de um quadro comparativo entre as duas éticas, pedindo-se que, em trabalho colaborativo, estabeleçam primeiro os critérios de comparação. Solicitação aos alunos da resolução de problemas éticos reais resultantes da aplicação de conhecimentos de áreas científicas (Biologia, Economia, Física ) Participativo e colaborador (B, C, D, E, F) Responsável e autónomo (C, D, E, F, G, I, J) Cuidador de si e do outro (B, E, F, G) 7

com o dever e agir por dever; - Críticas à ética de Kant. a partir de um ponto de vista da ética de Mill ou da ética de Kant, com discussão crítica dos resultados obtidos, por meios analógicos ou digitais. 8

II - A AÇÃO HUMANA E OS VALORES 2. OS VALORES - ANÁLISE E COMPREENSÃO DA EXPERIÊNCIA VALORATIVA DESCRITORES CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OPERACIONALIZAÇÃO DO PERFIL DO ALUNO INÍCIO DO 3.º PERÍODO A ética utilitarista de Mill - A intenção e consequências; o princípio da utilidade; - A felicidade; prazeres inferiores e prazeres superiores; - A inexistência de regras morais absolutas; - Críticas à ética de Mill. Formular o problema da organização de uma sociedade justa, justificando a sua importância filosófica. 9

Ética, direito e política liberdade e justiça social; igualdade e diferenças; justiça e equidade [Filosofia Política] O problema da organização de uma sociedade justa: a teoria da justiça de John Rawls - A posição original e o véu de ignorância; - A justiça como equidade; - Os princípios da justiça; - A regra maximin; o contratualismo e a rejeição do utilitarismo; - As críticas comunitarista Clarificar os conceitos nucleares, as teses e os argumentos da teoria da justiça de Rawls. Confrontar a teoria da justiça de Rawls com as críticas que lhe são dirigidas pelo comunitarismo (Michael Sandel) e libertarismo (Robert Nozick). Aplicar os conhecimentos adquiridos para discutir problemas políticos das sociedades atuais e apresentar soluções, cruzando a perspetiva filosófica com outras perspetivas. Identificação, pelos alunos, a nível global ou local (com recurso aos media digitais e eventual garantia da fiabilidade e qualidade das fontes) de situações que configuram uma organização social injusta, com possível clarificação das razões subjacentes (distribuição da riqueza, acesso à educação, a cuidados básicos de saúde ). Colocação dos alunos a partir da posição original para enunciação dos princípios de justiça, com discussão oral para confronto entre os princípios enunciados, as consequências da sua aplicação e as condições estabelecidas por Rawls relativas à posição original e ao véu de ignorância. Confrontação oral (e/ou discussão em ensaio) de teses e argumentos entre alunos relativamente à sua posição sobre o problema da organização de uma sociedade justa. Assunção pelos alunos do papel de decisores políticos e, face a um problema global ou local, tomar uma decisão tendo 10

(Michael Sandel) e libertarista (Robert Nozick) a Rawls. por base uma das posições relativas ao problema da organização de uma sociedade justa. Discussão crítica, pelos alunos, de teorias (por exemplo, estudadas em História A ou Economia) à luz das teses e argumentos estudados. 11

II - A AÇÃO HUMANA E OS VALORES CONTEMPORÂNEO CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OPERACIONALIZAÇÃO 1. Erradicação da pobreza 2. Estatuto moral dos animais Adquirir instrumentos cognitivos, conceptuais e metodológicos fundamentais para o desenvolvimento do trabalho filosófico e transferíveis para outras aquisições cognitivas. 4. TEMAS / PROBLEMAS DO MUNDO Apresentar com clareza o problema que a debater. Apresentar com clareza a posição defendida. DESCRITORES DO PERFIL DO ALUNO 3. Responsabilidade ambiental 4. Problemas éticos na interrupção da vida humana 5. Fundamento ético e político de direitos humanos universais 6. Guerra e paz 7. Igualdade e discriminação Adquirir informações seguras e relevantes para a compreensão dos problemas e dos desafios que se colocam às sociedades contemporâneas. Desenvolver um pensamento autónomo e emancipado que, por integração progressiva e criteriosa dos saberes parcelares, permita a elaboração de sínteses reflexivas pessoais, construtivas e abertas. Adquirir hábitos de estudo e de trabalho autónomo. Desenvolver atitudes de discernimento crítico perante a informação e os saberes transmitidos. Argumentar a favor da posição defendida. Avaliar criticamente os argumentos expostos. Responder às questões levantadas pela avaliação crítica. Extrair a conclusão do debate desenvolvido ao longo do ensaio. Usar uma linguagem clara. Conduzir logicamente as ideias apresentadas. Pensar de maneira autónoma. 12

8. Cidadania e participação política 9. Os limites entre o público e privado 10. Outros (desde que inseridos nas áreas filosóficas das Aprendizagens Essenciais propostas para o 10.º ano) O desenvolvimento do tema deve ter por horizonte a elaboração de um ensaio filosófico, sendo que a sua extensão e o grau de aprofundamento do ensaio deverá Desenvolver atitudes de curiosidade, honestidade e rigor intelectuais. Desenvolver uma consciência crítica e responsável que, mediante a análise fundamentada da experiência, atenta aos desafios e aos riscos do presente, tome a seu cargo o cuidado ético pelo futuro. Assumir o exercício da cidadania, informando-se e participando no debate dos problemas de interesse público, nacionais e internacionais. Iniciar ao conhecimento e utilização criteriosa das fontes de informação, designadamente obras de referência e novas tecnologias. Dominar metodologias e técnicas de trabalho intelectual que potenciem a qualidade das aquisições cognitivas e assegurem a autoformação e a educação permanente. Desenvolver práticas de exposição (oral e escrita) e de intervenção num debate, aprendendo a apresentar de forma metódica e compreensível as 13

ter em consideração a maturidade dos alunos (possível área de trabalho transversal com outras disciplinas). ideias próprias ou os resultados de consultas ou notas de leitura. Identificar e clarificar de forma correta os conceitos nucleares relativos aos temas/problemas propostos à reflexão. Desenvolver atividades de análise e confronto de argumentos. Desenvolver, seguindo planos/guiões ou modelos simples, temas/problemas programáticos. Promover a integração de saberes (perspetiva interdisciplinar). Desenvolver a capacidade de problematização. 14