RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DE TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DE TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA. Ano de avaliação da tecnologia: Embrapa Gado de Corte e Embrapa Acre

Transcrição:

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DE TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA Nome da tecnologia: Cultivar de Sorgo BRS Ponta Negra Ano de avaliação da tecnologia: Unidade: Responsável pelo relatório: 2018 Embrapa Milho e sorgo Rubens Augusto de Miranda Sete Lagoas, Fevereiro de 2019

2 Sumário 1. IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA... 3 1.1. Nome/Título... 3 1.2. Eixos de Impacto do VI Plano Diretor da Embrapa... 3 1.3. Descrição da tecnologia... 3 1.4. Ano de Início da geração da tecnologia:... 3 1.5. Ano de Lançamento:... 3 1.6. Ano de Início da adoção:... 3 1.7. Abrangência da adoção:... 3 1.8. Beneficiários... 4 2. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA... 4 3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS E CUSTOS DA TECNOLOGIA... 6 3.1. Avaliação dos Impactos Econômicos... 6 3.1.1. Tipo de Impacto: Incremento de Produtividade... 6 3.1.2. Tipo de Impacto: Redução de Custos... 6 3.1.3. Tipo de Impacto: Expansão da Produção em Novas Áreas... 6 3.1.4. Tipo de Impacto: Agregação de Valor... 6 3.1.5. Análise dos impactos econômicos... 6 3.2. Custos da Tecnologia... 8 3.2.1. Estimativa dos Custos... 8 3.2.2. Análise dos Custos... 8 3.3. Análises de rentabilidade... 9 4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DE TECNOLOGIAS AGROPECUÁRIAS AMBITEC- Agro... 10 4.1. Impactos Ecológicos da Avaliação dos Impactos... 10 4.2. Impactos Socioambientais da Avaliação dos Impactos... 10 4.3. Índice de Impacto Socioambiental... 12 4.4. Impactos sobre o Emprego... 12 5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL... 13 5.1. Capacidade relacional... 13 5.1.1. Aspecto relações de equipe/rede de pesquisa... 13 5.1.2. Aspecto relações com interlocutores... 13 5.2. Capacidade científica e tecnológica... 13 5.2.1. Impactos na capacidade científica e tecnológica Instalações (métodos e meios)... 14 5.2.2. Impactos na capacidade científica e tecnológica Recursos do Projeto... 14 5.3. Capacidade organizacional... 14 5.3.1. Impactos na capacidade organizacional aspecto equipe/rede de pesquisa... 14 5.3.2. Impactos na capacidade organizacional aspecto transferência/extensão... 15 5.4. Produtos de P&D... 15 5.4.1. Impactos nos produtos de P&D aspecto produtos de P&D... 15 5.4.2. Impactos nos produtos de P&D aspecto produtos tecnológicos... 15 5.5. Índice de Impacto no desenvolvimento institucional... 16 6. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS... 17 8. BIBLIOGRAFIA... 19 9. EQUIPE RESPONSÁVEL... 20

3 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA 1. IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título Variedade de Sorgo BRS Ponta Negra 1.2. Eixos de Impacto do VI Plano Diretor da Embrapa Avanços na busca da Sustentabilidade Agropecuária 1.3. Descrição da tecnologia O BRS Ponta Negra é uma cultivar de sorgo forrageiro do tipo variedade, resistente ao acamamento. Apresenta alta produção de biomassa, e excelente capacidade de rebrota, com baixo custo. A cultivar é adaptada à Região do Semiárido Nordestino devido às características de tolerância à seca, à toxidade por alumínio e à acidez do solo. O BRS Ponta Negra possui também boa resistência às principais doenças que atacam o sorgo, principalmente à Antracnose. A característica de insensibilidade ao fotoperíodo torna a cultivar perfeitamente adequada para utilização no nordeste e norte de minas. Ciclo: 100-120 dias. Altura das plantas: 2,00-2,50 m (altura média: 2,2 m). Floração 60-70 dias. Panícula semiaberta. Cor do grão: marrom claro. Tanino presente. Proteína no grão: 9,92%. Proteína na folha: 16,19%. Massa Verde: 48,60 a 51,50 t/ha. 1.4. Ano de Início da geração da tecnologia: 1994 1.5. Ano de Lançamento: 2007 1.6. Ano de Início da adoção: 2014 1.7. Abrangência da adoção: Selecione os Estados onde a tecnologia selecionada está sendo adotada: Nordeste Norte Centro Oeste Sudeste Sul AL X AC DF ES PR BA X AM GO MG X RS CE X AP MS RJ SC MA PA MT SP PB X RO PE X RR PI X TO RN X

4 SE X 1.8. Beneficiários Todos os produtores agrícolas, principalmente de base familiar, com baixo e médio nível tecnológico. Devido as características da cultivar, a alta produtividade, traz benefício para a sociedade como um todo, pois ajuda a assegurar o fornecimento do milho em grão para as demandas internas. Os componentes do setor de fabricação de ração, com um produto com características propícias para processamento. A indústria de semente nacional diretamente como mais um produto produzido e comercializado pelas firmas nacionais, e indiretamente através de seus programas de melhoramento de milho híbrido. 2. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA As informações existentes a respeito ao sorgo, indicam-no como um bom substituto do milho na produção agrícola e na alimentação animal. Contudo, ao analisarmos o uso de ambas as culturas para forragem as informações disponíveis são mais escassas, tanto para milho como para sorgo. É comum o uso de variedades para o cultivo com a finalidade de forragem o que dificulta a avaliação do mercado como um todo. A razão é que ao optar por variedades, os produtores salvam sementes para plantios futuros. Assim, o mercado de sementes subdimensiona a área plantada dessas culturas com a finalidade de forragem. A única fonte disponível da área plantada com sorgo forrageiro no Brasil é a Associação Paulista dos Produtores de Sementes e Mudas (APPS). O Gráfico 2.1 apresenta uma série de tempo da área de sorgo forrageiro no Brasil entre 1991/92 e 2017/18 com dados da APPS (2018) 1. Gráfico 2.1: Área de sorgo forrageiro no Brasil, 1991/92 a 2017/18 (mil ha) Fonte: APPS (2019) Por outro lado, o BRS Ponta Negra é utilizado pela indústria de sementes diretamente como mais um produto comercializado por elas, e indiretamente, através de seus programas de melhoramento, como fonte de obtenção de linhagens, dada as características adaptabilidade à região do cerrado brasileiro. Finalmente, outro aspecto da importância deste cultivar está na indústria de semente nacional, onde promoveu e promove o fortalecimento de firmas nacionais na produção e comercialização de sementes. 1 Para o cálculo da área estimada

Este cultivar tem ajudado a preservar o parque de firmas de produção de sementes de capitais nacionais, fortalecendo-as como fornecedoras deste insumo e defendendo-as dos ataques de multinacionais, oferecendo opções de materiais a serem produzidas por pequenas firmas regionais de sementes que seriam naturalmente absorvidas por empresas multinacionais, caso não houvessem as opções dada pela Embrapa, e entre elas, a mais forte, a disponibilização de sementes do cultivar BRS Ponta Negra e de toda base genética usada para sua obtenção. 5

6 3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS E CUSTOS DA TECNOLOGIA 3.1. Avaliação dos Impactos Econômicos 3.1.1. Tipo de Impacto: Incremento de Produtividade Se aplica: sim ( X ) não ( ) Tabela 3.1: Benefícios Econômicos por Incremento de Produtividade, 2014/2018 Ano Rendimento Anterior/ ha Rendimento Atual/ ha Preço Unitário R$/ha Custo Adicional R$/ha Ganho Unitário R$/ha Participação da Embrapa % Ganho Líquido Embrapa R$/ha Área de Adoção ha Benefício Econômico R$ (A) (B) (C) (D) E=[(B-A)xC]-D (F) G=(ExF) (H) I=(GxH) 2014 11.968,26 13.165,09 0,10-14,23 133,82 70% 93,67 10.240,00 959.190 2015 11.308,89 12.439,77 0,10-17,04 134,38 70% 94,06 28.160,00 2.648.851 2016 12.235,30 13.458,83 0,14-14,28 189,05 70% 132,34 44.160,00 5.843.996 2017 15.320,24 16.852,26 0,09-15,34 153,06 70% 107,14 34.880,00 3.737.098 2018 23.535,27 25.888,80 0,13-15,46 323,98 70% 226,79 60.800,00 13.788.674 3.1.2. Tipo de Impacto: Redução de Custos Se aplica: sim ( ) não ( X ) 3.1.3. Tipo de Impacto: Expansão da Produção em Novas Áreas Se aplica: sim ( ) não ( X ) 3.1.4. Tipo de Impacto: Agregação de Valor Se aplica: sim ( ) não ( X ) 3.1.5. Análise dos impactos econômicos Um dos desafios em se avaliar o impacto econômico de uma planta forrageira é que as informações de produção, área e preço são escassas, enquanto nos grãos tais dados costumam ser amplamente divulgados. Além da dificuldade natural da escassez de informações, a cultura forrageira ainda pode ser analisada para a produção de corte e pastejo e para a produção de silagem. Nesse ponto, para simplificar (devido ao fato de que a produção para corte e pastejo requer uma análise indireta, avaliando o impacto sobre a produção de carne e/ou leite) optou-se por considerar toda a área plantada com o BRS Ponta Negra para fins de silagem. O procedimento seguinte foi de estimar a produtividade de silagem a partir da produtividade de grãos, com as informações publicadas pela Conab. Calculando-se a razão da produtividade média de grãos por hectare pelo produto %Matéria Seca x % Grãos obtém-se a produtividade média de silagem por hectare. Ou seja, o cálculo é feito com uma simples regra de três. O teor de matéria seca indicado para produção de silagens em silos de concreto é de 30% a 35% (70% a 65% de água) e desse percentual, cerca de 40% são constituídos pelos grãos de sorgo (para o milho esse percentual é de 50%). Assim, a cada tonelada de silagem 350 kg é de material seco (MS), considerando 35%, e desse montante cerca de 40% é constituído por grãos de sorgo. Então a cada tonelada têm-se cerca de 140 kg de grãos. O percentual de grãos na

silagem é um indicativo da qualidade da mesma e essa é uma das razões da silagem de sorgo normalmente ser mais barata que a de milho (que possui um maior percentual de grãos) Com informações obtidas nas entrevistas de aplicação dos questionários do Ambitec, para avaliação dos impactos ambientais e sociais, constatou-se que a produção de silagem com o BRS Ponto Negra chega a ser duas vezes mais produtiva que outros materiais não adaptados para a região e/ou atividade forrageira. Isso deve, principalmente, a característica de insensibilidade ao fotoperíodo. Assim, a estimativa de produtividade de silagem do procedimento anterior foi multiplicada por 100% para a obtenção da produtividade do BRS Ponta Negra. Adicionalmente, para o cálculo do rendimento anterior x atual, considerou-se a produtividade do BRS Ponta Negra como sendo 10% superior, percepção dos entrevistados, a de outros materiais também adaptados ao semiárido. Na análise, os preços nominais anuais foram atualizados para o presente pelo índice de inflação do Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), que mede o comportamento de preços em geral da economia brasileira pela ponderação de 3 outras índices: Índice de Preços no Atacado (IPA); Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e, Índice Nacional de Construção Civil (INCC). A Tabela 3.2 apresenta os índices do IGP-DI para correção dos valores ao longo da série de tempo. Tabela 3.2: Comparação dos ganhos e benefícios econômicos nominais e corrigidos Ano Índice IGP-DI 1995 1,1478 1996 1,0934 1997 1,0748 1998 1,0170 1999 1,1998 2000 1,0981 2001 1,1040 2002 1,2641 2003 1,0767 2004 1,1214 2005 1,0122 2006 1,0379 2007 1,0789 2008 1,0910 2009 0,9857 2010 1,1130 2011 1,0500 2012 1,0810 2013 1,0552 2014 1,0378 2015 1,1070 2016 1,0718 2017 0,9958 Fonte: Portal Brasil, 2018 2 7 Segundo a Tabela 3.1, os benefícios econômicos gerados, corrigidos pela inflação, tendo como base a participação de 70% da Embrapa na geração da tecnologia, passaram de R$ 959 mil na safra 2013/14 para R$ 13.79 milhões na safra 2017/18, os resultados desta último ano se devem ao clima mais favorável que 2 Disponível em: http://www.portalbrasil.net/igp.htm. Acesso em: 03/12/2018

quatro primeiros anos. A soma dos benefícios econômicos ao longo dos anos de adoção da cultivar BRS Ponta Negra totalizam R$ 26,98 milhões. Contudo, se somarmos aos benefícios apresentados acima os benefícios sociais da manutenção da parcela nacional de firmas produtoras de sementes proporcionadas pelo programa de franquia da Embrapa na produção destas sementes, e os benefícios proporcionados pela indústria de semente, através da geração de sementes de milho mais adaptadas às condições brasileiras, podemos concluir que o benefício total desta tecnologia vai muito além dos valores apresentados anteriormente. 8 3.2. Custos da Tecnologia 3.2.1. Estimativa dos Custos Ano Custos de Pessoal Tabela 3.3: Estimativa dos custos em R$, 1992/2018 Custeio de Pesquisa Depreciação de Capital Custos de Administração Custos de Transferência Tecnológica 1992 946.028,85 473.014,42 37.841,15 283.808,65-1.740.693,08 1993 946.028,85 473.014,42 37.841,15 283.808,65-1.740.693,08 1994 946.028,85 473.014,42 37.841,15 283.808,65-1.740.693,08 1995 946.028,85 473.014,42 37.841,15 283.808,65-1.740.693,08 1996 946.028,85 473.014,42 37.841,15 283.808,65-1.740.693,08 1997 946.028,85 473.014,42 37.841,15 283.808,65-1.740.693,08 1998 946.028,85 473.014,42 37.841,15 283.808,65-1.740.693,08 1999 960.033,59 480.016,79 38.401,34 288.010,08-1.766.461,80 2000 802.563,52 401.281,76 32.102,54 240.769,06-1.476.716,88 2001 775.466,71 387.733,36 31.018,67 232.640,01-1.426.858,75 2002 727.285,79 363.642,90 29.091,43 218.185,74-1.338.205,86 2003 624.134,09 312.067,05 24.965,36 187.240,23-1.148.406,73 2004 644.106,84 322.053,42 25.764,27 193.232,05-1.185.156,59 2005 624.726,92 312.363,46 24.989,08 187.418,08-1.149.497,53 2006 706.812,60 353.406,30 28.272,50 212.043,78-1.300.535,18 2007 711.191,26 355.595,63 28.447,65 213.357,38-1.308.591,91 2008-0,00 3.559,50 11.865,02 59.325,08 136.026,14 2009-0,00 2.936,45 9.788,17 48.940,83 114.972,22 2010-0,00 2.681,13 8.937,11 44.685,54 99.386,44 2011-0,00 2.168,03 7.226,77 36.133,86 84.015,98 2012-0,00 1.858,36 6.194,54 30.972,70 71.280,40 2013-0,00 1.547,25 5.157,50 25.787,50 60.408,63 2014-0,00 1.319,70 4.399,00 21.994,99 51.502,79 2015-0,00 1.144,43 3.814,76 19.073,81 43.634,80 2016-0,00 930,42 3.101,40 15.507,01 35.291,79 2017-0,00 781,26 2.604,21 13.021,06 29.801,68 2018-0,00 659,28 2.197,61 10.988,06 13.844,95 Total 3.2.2. Análise dos Custos Para o cálculo dos custos com pessoal no desenvolvimento da tecnologia se considerou a remuneração anual bruta, mais encargos sociais, da equipe com cinco melhoristas de sorgo (com 20% de dedicação cada um), dois técnicos agrícolas do programa de melhoramento (com 80% de dedicação cada um), quatro técnicos agrícolas lotados em outras Unidades, no BAG ou Pós Melhoramento (com 50% de dedicação cada um), seis assistentes de campo do programa de melhoramento (com 80% de dedicação cada um) e três assistentes de campo lotados em outras Unidades, no BAG ou Pós Melhoramento (com 50% de dedicação

cada um). Tais percentuais são referentes à dedicação ao programa de melhoramento para a produção de cultivares, e não para a cultivar específica, e foram indicados pelo Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento. Assim, adicionalmente ao somatório dos gastos anuais com pessoal, dividiu-se o montante pela média de cultivares lançadas por ano (1,25 cultivares lançadas/ano). Tal procedimento tem por objetivo obter um valor aproximado por cultivares. A remuneração anual foi calculada a partir da Tabela de Cargos e Salários do Acordo Coletivo vigente na maior parte do respectivo ano 3. Para simplificar o levantamento se considerou a referência no meio da carreira, com antiguidade de 15 anos (15% de acréscimo). A rubrica de outros custeios, que envolve os custos da pesquisa, foi mensurada como 50% dos custos com pessoal. A depreciação de capital foi estimada como cinco (5) por cento da soma dos valores de outros custeios, custos administrativos e custos de transferência. Os custos administrativos foram estimados como vinte (20) por cento da soma dos valores de custos de pessoal, outros custeios e custos de transferência. Os custos de transferência foram estimados como dez (10) por cento dos custos com pessoal. Assim como os benefícios econômicos, os custos estimados foram corrigidos pela inflação a partir dos índices do IGP-DI. Considerando que no período apresentado (27 anos) a soma dos custos corrigidos chegou a aproximadamente R$ 25 milhões e que no cálculo dos benefícios foram alcançados aproximadamente R$ 26,98 milhões. Os números absolutos apontam para um saldo custo/benefício positivo, mas a situação muda ao considerarmos o custo de oportunidade, dado que o custo de desenvolvimento da tecnologia é oriundo de fluxos mais antigos. 9 3.3. Análises de rentabilidade Tendo os benefícios e os custos da tecnologia faça a análise de rentabilidade com base em três diferentes métodos, quais sejam, a taxa interna de retorno (TIR), a relação benefício/custo (B/C) e o valor presente líquido (VPL). Atenção: Os custos e os benefícios econômicos devem ser deflacionados para a estimação de tais indicadores. Tabela 3.4: Análises de rentabilidade taxa interna de retorno (TIR), a relação benefício/custo (B/C) e o valor presente líquido (VPL) Taxa Interna de Retorno TIR Relação Benefício/Custo B/C (6%) Valor Presente Líquido VPL (6%) 0,42% 0,37 (R$ 10.175.594,23) A partir dos dados coletados, a taxa interna de retorno da tecnologia foi de 0,42% e a relação benefício/custo (B/C) resultou em 0,37. Os resultados apontam que a tecnologia ainda não se pagou, resultando em prejuízo. Em relação ao cálculo do Valor Presente Líquido (VPL), novamente utilizando uma taxa de desconto de 6% ao ano, o resultando foi um prejuízo de R$ 10.175.594,23. Contudo, esses resultados negativos se devem a, principalmente, duas razões, que devem ser interpretadas/analisadas com ressalvas. Primeiramente, o desenvolvimento é antigo e perdurou por um período muito acima do desejável. Em tal situação, a atualização dos valores para o presente acaba por inflacionar consideravelmente os custos. Em segundo, cabe mencionar que a tecnologia possui apenas 5 anos de adoção e possui perspectiva de crescimento nos próximos anos. Assim, a tendência é que a tecnologia saia do prejuízo e passe a apresentar um saldo positivo no futuro. 3 Como as Tabelas Salariais entre 1995 e 1997 não foram obtidas, foi utilizado a Tabela vigente a partir de 01/05/1998 para esses anos.

4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DE TECNOLOGIAS AGROPECUÁRIAS AMBITEC-Agro 10 4.1. Impactos Ecológicos da Avaliação dos Impactos Tabela 4.1.1: Impactos ecológicos aspecto eficiência tecnológica Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral 1. Mudança no uso direto da terra Sim 1,00 0,55 0,68 2. Mudança no uso indireto da terra Sim 0,00 0,05 0,04 3. Consumo de água Sim 0,00 4,20 3,00 4. Uso de insumos agrícolas Sim 5,00 7,60 6,86 5. Uso de insumos veterinários e matérias-primas Sim 1,00 0,60 0,71 6. Consumo de energia Sim -1,50 0,90 0,21 7. Geração própria, aproveitamento, reuso e autonomia Não 8. Emissões à atmosfera Não 9. Qualidade do solo Sim 0,00 1,00 1,07 10. Qualidade da água Sim 0,10 0,04 0,06 11. Conservação da biodiversidade e recuperação ambiental Sim 0,40 0,56 0,51 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ).**Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial ). A característica do BRS Ponta Negra de boa resistência às principais doenças que atacam o sorgo, é corroborada pela percepção dos produtores (tanto para os de Tipo 1 como os de Tipo 2) de que a tecnologia viabilizou a diminuição do defensivos, expresso no critério uso de insumos agrícolas. Cabe ressaltar também que a diminuição da necessidade de uso fertilizantes também contribuiu para o desempenho do referido critério. Os produtores do Tipo 2 também mencionaram que a diminuição do uso de pesticidas impactou o comprometimento do uso por contaminação no critério consumo de água. 4.2. Impactos Socioambientais da Avaliação dos Impactos Tabela 4.2.1: Impactos socioambientais aspecto respeito ao consumidor Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral 12. Qualidade do produto Sim 2,63 0,45 1,07 13. Capital social Sim 0,15 0,33 0,28 14. Bem-estar e saúde animal Não * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ).**Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Em relação ao aspecto respeito ao consumidor, o critério qualidade do produto merece destaque entre os produtores do Tipo 1. O bom desempenho do critério se deve ao entendimento dos produtores de que os procedimentos de pós-colheita e a disponibilidade de fontes de insumos melhorou com a tecnologia. Tabela 4.2.2: Impactos socioambientais aspecto trabalho/emprego Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral 15. Capacitação Sim 3,50 2,65 2,89 16. Qualificação e oferta de trabalho Sim 0,25 0,60 0,50 17. Qualidade do emprego/ocupação Sim 2,13 1,65 1,79

11 18. Oportunidade, emancipação e recompensa equitativa Não entre gêneros, gerações e etnias * Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno).**tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) Ambos os tipos de produtores indicaram a alteração positiva no critério de capacitação no aspecto trabalho/emprego. Segundo eles, a capacitação local de curta duração aumentou bastante após a adoção da tecnologia. O aumento do registro de empregos refletiu no bom desempenho do critério qualidade do emprego/ocupação. Tabela 4.2.3: Impactos socioambientais aspecto renda Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral 19. Geração de Renda do estabelecimento Sim 5,00 5,80 5,57 20. Valor da propriedade Sim 4,13 6,90 6,11 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ).**Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Tanto os produtores do Tipo 1 como do Tipo 2 indicaram alterações positivas no critério Geração de Renda do Estabelecimento. Esse resultado se deve aos incrementos que a tecnologia possibilitou em relação segurança, estabilidade e distribuição da renda, assim como também em relação ao montante e diversidade das fontes de renda. Os produtores também perceberam um aumento no valor da propriedade. Segundo eles, isso se deve, principalmente, ao estímulo da tecnologia à investimentos em benfeitorias e melhoria dos preços dos produtos. Tabela 4.2.4: Impactos socioambientais aspecto saúde Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral 21. Segurança e saúde ocupacional Sim 0,50 1,00 0,86 22. Segurança alimentar Sim 2,30 2,20 2,23 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ).**Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) Os produtores, de ambos os tipos, observaram alterações positivas, após a adoção da tecnologia, na garantia da produção, quantidade de alimento e qualidade nutricional do alimento, resultando no impacto positivo do critério segurança alimentar. Tabela 4.2.5: Impactos socioambientais aspecto gestão e administração Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral 23. Dedicação e perfil do responsável Sim 3,38 5,30 4,75 24. Condição de comercialização Sim 4,63 3,80 4,04 25. Disposição de resíduos Não 26. Gestão de insumos químicos Não 27. Relacionamento institucional Sim 3,75 2,75 3,04 *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ).**Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) O aspecto da gestão e administração também é um dos destaques do BRS Ponta Negra. A adoção da tecnologia induziu ao aumento da dedicação do responsável pela atividade (com alterações positivas na

capacitação dirigida, permanência no estabelecimento e engajamento familiar). As condições de comercialização também melhoraram, assim como o relacionamento institucional, com o aumento da utilização de assistência técnica. 4.3. Índice de Impacto Socioambiental Tabela 4.3.1: Análise dos Resultados Tipo 1 Tipo 2 Geral 1,55 2,05 1,91 *Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno).**tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) Os resultados indicam que independente do tamanho ou tipo de produtor, a tecnologia foi bem sucedida em gerar impactos positivos tanto no aspecto ambiental como no social. Em relação à eficiência tecnológica, o critério de uso de insumos agrícolas foi o mais impactante, com a diminuição do uso de pesticidas, principalmente. Em termos de impacto social é importante mencionar o impacto positivo da tecnologia sobre a geração de renda e valor da propriedade. Adicionalmente, ressalta-se também o impacto positivo os aspectos de gestão e administração que melhoraram com a adoção da tecnologia. 12 4.4. Impactos sobre o Emprego Tabela 4.4.1: Número de empregos gerados (Exemplo 2005/2018) Emprego adicional por Área Quantidade de Não se aplica Ano unidade de área adicional emprego gerado (A) (B) C= (AXB) 2014 0,024 12.800 307 2015 0,024 17.920 430 2016 0,024 16.000 384 2017 0,024 - - 2018 0,024 25.920 622 Em relação à geração de empregos, esta tecnologia tem apelo em termos da indústria de sementes, aumentando a necessidade de mão-de-obra em pequenas firmas nacionais de produção de sementes e fixando esta mão-de-obra no setor agrícola do Brasil. Se de um lado a tecnologia garante a manutenção dos empregos dentro da porteira (por viabilizar a atividade econômica), de outro a mesma gera empregos na cadeia produtiva de sementes. Assim, para o impacto da geração de empregos, se considerou a quantidade de vagas adicionais que foram criadas, a jusante e a montante da produção agrícola, com o aumento da produção causada pela tecnologia. A geração de empregos na cadeia produtiva é calculada por um fator de 0,024 empregos com a produção de sementes para cada hectare plantado. No período total de uso da tecnologia todo foram gerados 1.743 postos de trabalho de saldo, referentes a empregos no decorrer de uma safra agrícola. Além da criação de vagas, o uso da tecnologia exige maior qualidade da mão-de-obra da agricultura proporcionando maior oportunidade de treinamento para os trabalhadores rurais.

13 5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 5.1. Capacidade relacional A capacidade relacional refere-se à contribuição do projeto de desenvolvimento tecnológico agropecuário para ampliação e diversificação da rede de relacionamento científico da equipe, inclusive quanto ao referencial conceitual e metodológico. Os critérios de capacidade relacional são: relações de equipe/rede de pesquisa e relações com interlocutores. 5.1.1. Aspecto relações de equipe/rede de pesquisa Tabela 5.1.1: Impactos na capacidade relacional aspecto relações de equipe/rede de pesquisa Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) 1. Diversidade de especialidades Sim - 0,0 0,0 2. Interdisciplinaridade (coautorias) Sim - 0,0 0,0 3. Know-who Sim - 0,0 0,0 4. Grupos de estudo Sim - 0,0 0,0 5. Eventos científicos Sim - 0,0 0,0 6. Adoção metodológica Sim - 0,0 0,0 *Tipo 1 - Especialista ( desenvolvedor da tecnologia ).**Tipo 2 Equipe de projeto Geral O pesquisador respondente disse que não observou pequenas alterações em relação aos critérios vinculados ao aspecto relacional de equipe/rede de pesquisa. 5.1.2. Aspecto relações com interlocutores Tabela 5.1.2: Impactos na capacidade relacional aspecto relações com interlocutores Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) 7. Diversidade Sim - 3,0 3,0 8. Interatividade Sim - 3,0 3,0 9. Know-who Sim - 3,0 3,0 10. Fontes de recursos Sim - 0,0 0,0 11. Redes comunitárias Sim - 3,0 3,0 12. Inserção no mercado Sim - 3,0 3,0 *Tipo 1 - Especialista ( desenvolvedor da tecnologia ).**Tipo 2 Equipe de projeto Geral No decorrer do desenvolvimento do BRS Ponta Negra ocorreu uma alteração significativa na relação com os interlocutores, aumentando-se a interatividade redes comunitárias e de produtores, favorecendo o sucesso da posterior inserção no mercado. A partir do entendimento de que o desenvolvimento da cultivar seria oportuna e necessária como apoio social aos agricultores do semiárido, tanto os pequenos de base familiar como os produtores de maior escala com características patronais/comerciais ocorreu uma maior interação com os interlocutores. O Ensaio Regional do Nordeste, organizado pela Embrapa Milho e Sorgo, teve um papel importante no estreitamento de laços com os produtores nordestinos. 5.2. Capacidade científica e tecnológica A capacidade científica e tecnológica diz respeito à capacidade instalada de infraestrutura e instrumental metodológico, bem como às contribuições do projeto de desenvolvimento tecnológico para captação de recursos e a execução de aquisições instrumentais e pessoais. Os critérios de capacidade científica e tecnológica são: instalações (métodos e meios) e recursos do projeto (captação e execução).

14 5.2.1. Impactos na capacidade científica e tecnológica Instalações (métodos e meios) Tabela 5.2.1: Impactos na capacidade científica e tecnológica Instalações (métodos e meios) Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) Geral 13. Infraestrutura institucional Sim - 0,0 0,0 14. Infraestrutura operacional Sim - 0,0 0,0 15. Instrumental operacional Sim - 0,0 0,0 16. Instrumental bibliográfico Sim - 0,0 0,0 17. Informatização Sim - 0,0 0,0 18. Compartilhamento da infraestrutura Sim - 0,0 0,0 *Tipo 1 - Especialista ( desenvolvedor da tecnologia ).**Tipo 2 Equipe de projeto O pesquisador respondente disse que não observou pequenas alterações em relação aos critérios vinculados ao aspecto Instalações (meios e métodos). 5.2.2. Impactos na capacidade científica e tecnológica Recursos do Projeto Tabela 5.2.2: Impactos na capacidade científica e tecnológica Recursos do projeto Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) 19. Infraestrutura (ampliação) Sim - 0,0 0,0 20. Instrumental (ampliação) Sim - 0,0 0,0 21. Instrumental bibliográfico (aquisição) Sim - 0,0 0,0 22. Contratações Sim - 0,0 0,0 23. Custeios Sim - 0,0 0,0 *Tipo 1 - Especialista (desenvolvedor da tecnologia ).**Tipo 2 Equipe de projeto Geral O pesquisador respondente disse que não observou pequenas alterações em relação aos critérios vinculados ao aspecto Recursos do Projeto. 5.3. Capacidade organizacional A capacidade organizacional provê a verificação das contribuições do projeto de desenvolvimento tecnológico para otimizar os mecanismos de aprendizagem e compartilhamento de capacidade entre os membros de rede, bem como para a consequente operacionalização das atividades de pesquisa, incluindo a transferência de resultados. Os critérios que integram esse aspecto são: equipe/rede de pesquisa e transferência/extensão. 5.3.1. Impactos na capacidade organizacional aspecto equipe/rede de pesquisa Tabela 5.3.1. - Impactos na capacidade organizacional aspecto equipe/rede de pesquisa Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) 24. Cursos e treinamentos Sim - 0,0 0,0 25. Experimentos, avaliações, ensaios Sim - 0,0 0,0 26. Bancos de dados, plataformas de informação Sim - 0,0 0,0 27. Participação em eventos Sim - 0,0 0,0 28. Organização de eventos Sim - 0,0 0,0 Geral

15 29. Adoção de sistemas de gestão Sim - - 0,0 *Tipo 1 - Especialista ( desenvolvedor da tecnologia ). **Tipo 2 Equipe de projeto O pesquisador respondente disse que não observou pequenas alterações em relação aos critérios vinculados ao aspecto equipe/rede de pesquisa nos impactos da capacidade organizacional. 5.3.2. Impactos na capacidade organizacional aspecto transferência/extensão Tabela 5.3.2. - Impactos na capacidade organizacional aspecto transferência/extensão Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) 30. Cursos e treinamentos Sim - 3,0 3,0 31. Número de participantes Sim - 3,0 3,0 32. Unidades demonstrativas Sim - 0,0 0,0 33. Exposições na mídia/artigos de divulgação Sim - 0,0 0,0 34. Projetos de extensão Sim - 0,0 0,0 35. Disciplinas de graduação e pós-graduação Sim - 0,0 0,0 *Tipo 1 - Especialista ( desenvolvedor da tecnologia ).**Tipo 2 Equipe de projeto Geral Dentre critérios vinculados ao aspecto de transferência/extensão, segundo o pesquisador se destacaram o aumento do número de cursos e treinamentos para o público externos, assim como o maior número de participantes. 5.4. Produtos de P&D Os resultados finalísticos do projeto de pesquisa e desenvolvimento tecnológico são verificados nesse aspecto, em consideração dos produtos de P&D e dos produtos tecnológicos. Os critérios avaliados nesse aspecto são: produtos de P&D e produtos tecnológicos. 5.4.1. Impactos nos produtos de P&D aspecto produtos de P&D Tabela 5.4.1. - Impactos nos produtos de P&D aspecto produtos de P&D Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) 36. Apresentação em congressos Sim - 0,0 0,0 37. Artigos indexados Sim - 0,0 0,0 38. Índices de impacto (WoS) Sim - 0,0 0,0 39. Teses e dissertações Sim - 0,0 0,0 40. Livros/capítulos, boletins, etc. Sim - 0,0 0,0 *Tipo 1 - Especialista ( desenvolvedor da tecnologia ).**Tipo 2 Equipe de projeto O desenvolvimento da tecnologia não apresentou alterações em relação aos produtos de P&D. Geral 5.4.2. Impactos nos produtos de P&D aspecto produtos tecnológicos Tabela 5.4.2. - Impactos nos produtos de P&D aspecto produtos tecnológicos Se aplica (Sim/Não) Tipo 1 (*) Tipo 2 (**) 41. Patentes/registros Sim - 0,0 0,0 42. Variedades/linhagens Sim - 3,0 0,0 43. Práticas metodológicas Sim - 0,0 0,0 44. Produtos tecnológicos Sim - 0,0 0,0 Geral

16 45. Marcos regulatório Sim - 0,0 0,0 *Tipo 1 - Especialista (desenvolvedor da tecnologia). **Tipo 2 Equipe de projeto Segundo o pesquisador respondente, o desenvolvimento do BRS Ponta Negra teve impacto relevante no desenvolvimento de novos materiais tolerantes ao alumínio tóxico e stress hídrico. 5.5. Índice de Impacto no desenvolvimento institucional Tabela 5.5: Análise dos resultados Tipo 1 Tipo 2 Geral - 2,40 2,40 *Tipo 1 - Especialista (desenvolvedor da tecnologia ).**Tipo 2 Equipe de projeto O resultado agregado do Índice de Desenvolvimento Institucional dá um indicativo do caso de sucesso do BRS Ponta Negra, em alguns aspectos pontuais. A contribuição do BRS Ponta Negra para o Desenvolvimento Institucional da Embrapa Milho e Sorgo se destaca no relacionamento com interlocutores, de certa forma entrelaçado com o aspecto de transferência/extensão, favorecido pelo apelo da tecnologia junto a pequenos produtores de base familiar.

17 6. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS Tradicionalmente, agricultores nordestinos em regiões de climática de semiárido utilizam sementes de má qualidade adquiridas em feiras, geralmente grãos salvos, comprometendo ainda mais produtividade da lavoura em situações recorrentes de stress hídrico severo. Procurando minimizar os impactos de tal círculo vicioso de baixa produtividade e renda, o desenvolvimento do BRS Ponta Negra não foi apenas oportuno, mas também necessário como apoio social aos agricultores do semiárido. Os dados indicam que desde o lançamento da cultivar a sua participação no mercado vem crescendo sistematicamente. A área plantada saltou de 10.240 hectares plantados no primeiro ano de adoção, safra 2013/14, para 60.800 hectares na safra 2017/18. Devido à ótima relação custo/benefício para o produto, a tendência é que o plantio da cultivar aumente nos próximos anos. Os benefícios econômicos, em termos de aumento da produtividade, indica a geração de renda para os produtores rurais e à indústria de sementes. Somente a parcela referente ao ganho de produtividade gerou aproximadamente R$ 26,98 milhões, no percentual atribuído à Embrapa, de benefício econômico ao produtor rural e à sociedade desde o lançamento da tecnologia. Apesar disso deste impacto inicial aparentemente favorável, se somarmos os benefícios aos custos de desenvolvimento da tecnologia e relativizarmos os fluxos (benefícios e custos) pelo custo de oportunidade do dinheiro ao longo do tempo, os resultados indicam que a tecnologia ainda não se justifica, em termos de impacto econômico. Todos os indicadores de rentabilidade calculados corroboram essa conclusão. Contudo, esses resultados negativos se devem a dois motivos principais e devem ser analisados. Primeiramente, o desenvolvimento é antigo e perdurou por um período muito acima do desejável. Em tal situação, a atualização dos valores para o presente acaba por inflacionar consideravelmente os custos. Em segundo, cabe mencionar que a tecnologia possui apenas 5 anos de adoção e possui perspectiva de crescimento nos próximos anos. Assim, a tendência é que a tecnologia saia do prejuízo e passe a apresentar um saldo positivo no futuro. No que diz respeito a aspectos socioambientais, o apelo da tecnologia é evidente, pois viabilizou o aumento da renda, aumento do valor da propriedade, diminuição do uso de pesticidas, etc. A adoção do BRS Ponta Negra permitiu ao agricultor comprar a semente a um menor custo, além de ter possibilitado o aumento da renda como resultado da produtividade maior do cultivar e da oportunidade de se produzir outra safra de grãos no período de inverno. Além de gerar renda, a tecnologia permite o desenvolvimento de estruturas socialmente mais justas quando exige melhor qualificação da mão-de-obra e promove ambientes de trabalho mais saudáveis. Dada às características de rusticidade e, por conseguinte, a resistência ao ataque de pragas e doenças, fatores que pesam favoravelmente na avaliação dos impactos ambientais, a tecnologia é ambientalmente amigável. Por outro lado, a diminuição de incorporação de áreas marginais de fronteira agrícola na produção de cereais e o uso do cultivar no sistema de integração lavoura pecuária e sistema de plantio direto, visando recuperação de pastagem degradada e conservação dos solos são fatores que mostram a importância do cultivar para o meio ambiente. Por fim, o desenvolvimento do BRS Ponta Negra também proporcionou ganhos para a Embrapa, enquanto Instituição, principalmente em relação ao aspecto de relacionamento com interlocutores.

18 7. FONTE DE DADOS As informações com respeito a cultivar BRS Ponta Negra foram obtidas junto a Embrapa Milho e Sorgo e a extinta Embrapa Produtos e Mercados. A estimativa de participação da tecnologia no mercado foi feita com base nos dados disponíveis pelo Controle da Produção de Sementes e Mudas (SIGEF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Adicionalmente, dados de venda de sementes são anualmente tratados pela Associação Paulista de Produtores de Sementes e Mudas (APPS), e disponibilizados aos participantes da associação. Usamos como base de cálculo para o item área de adoção as informações colhidas nos órgãos acima. Em relação ao Ganho Líquido Unitário na avaliação de impacto econômico, foi utilizada a base das informações de rendimentos da cultura do milho divulgado pelo IBGE cada ano. Tabela 7.1: Número de consultas realizadas por município Municípios Estado Produtor Familiar Produtor Patronal Pequeno Médio Grande Comercial Total Quixadá CE 02 01 0,1-04 Limoeiro CE 02-02 Beberibe CE 01 01 Total 02 01 03 01 07 Para a aplicação dos questionários, além dos produtores, também foram consultados extensionistas da EMATER-MG, pessoal representantes de instituições representativas dos produtores, pesquisadores que atuam na cadeia de milho e representantes comerciais das empresas de sementes. Tabela 7.2: Número de consultas realizadas para o desenvolvimento institucional Instituição Estado Município Função Total Embrapa MG Sete Lagoas Pesquisador 1 Total 1 Para a avaliação de Impacto Institucional foi consultado um dos pesquisadores da equipe de desenvolvimento da tecnologia. Infelizmente, o líder do projeto não foi entrevistado, dado a sua ausência, na Unidade, no período anterior a data limite de envio dos resultados preliminares. Tal questionário será aplicado para a próxima avaliação de impacto.

19 8. BIBLIOGRAFIA ] APPS. Associação Paulista dos Produtores de Sementes e Mudas. Evolução da Área e Produção de Sorgo no Brasil, 2019. Disponível em: < http://apps.agr.br/wpcontent/uploads/2018/06/evolui%c3%87%c3%83osite_17_18.pdf >. Acesso em: 12/02/2019. IBGE. Censo Agropecuário 1995-1996. Rio de Janeiro: IBGE, 1997. IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola. Rio de Janeiro: IBGE, 2008. Dez. 2008 (ISSN 0103-443 X). RODRIGUES G. S.; CAMPANHOLA, C. KITAMURA, P. C. Avaliação de impacto ambiental da inovação tecnológica agropecuária: um sistema de avaliação para o contexto institucional de P&D. Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasília, v. 19, n. 3, 2002, 349-375 p. SANTOS, F. G.; RODRIGUES, J. A. S.; SCHAFFERT, R. E.; LIMA, J. M. P.; PITTA, G. V. E.; CASELA, C. R.; FERREIRA, A. S., BRS Ponta Negra variedade de sorgo forrageiro. Embrapa Milho e Sorgo, Comunicado Técnico, n. 145. Sete Lagoas, MG, Setembro, 2007. - Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/474346/1/com145.pdf >, acessado em 20 de janeiro de 2019.

20 9. EQUIPE RESPONSÁVEL Tabela 9.1: Equipe do centro responsável pela elaboração do relatório de avaliação de impactos Membro da equipe Função 1 Rubens Augusto de Miranda Líder 2 Sinval Resende Lopes Participante 3 4 5 Tabela 9.2: Colaboradores do processo de elaboração do relatório de avaliação de impactos Colaborador Instituição 1 Luiz Carlos Almeida de Castro Plantimax 2 João Crisostomo Danasceno Nobre Plantimax 3 Francisco Moreira Leite Plantimax 4 5