Arquitectura. Tiragem: 26366. Pág: 18. País: Portugal. Cores: Cor. Área: 15,95 x 12,70 cm². Period.: Diária. Corte: 1 de 1. Âmbito: Informação Geral



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Tiragem: 26366 Pág: 18 Área: 15,95 x 12,70 cm² ID: 23205553 22-12-2008 P2 Porto Arquitectura O cidadão Arménio Losa Arménio Losa - Exposição de Fotografia de Luís Ferreira Alves. Matosinhos. Galeria Municipal. De 2ª a 6ª das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30; sáb., dom. e feriados das 10h às 12h e das 15h às 18h. Até 11 de Janeiro. Entrada gratuita. Luís Ferreira Alves e Arménio Losa andavam pelo Porto quando o Porto tinha menos 50 anos do que tem hoje - e viveram em grupo as suas descobertas modernistas. Era um tempo em que havia personagens extraordinárias, e entre elas as do arquitecto Arménio Losa e da sua mulher, a escritora Ilse Losa: O Arménio e a Ilse eram gente da cidade, na cidade e para a cidade. E guardo como muitos outros portuenses dos tempos difíceis, dos tempos do silêncio, a comovida imagem daquele casal sempre presente nas primeiras filas dos acontecimentos da urbe, qualquer que fosse a hora, a incomodidade e o risco, escreveu o fotógrafo no texto que acompanha a exposição patente desde sexta-feira na Galeria Municipal de Matosinhos. Mais do que um document do legado arquitectónico de Arménio Losa, a exposição de Luís Ferreira Alves é um tributo a um trabalhador incansável, (...), um persistente arquitecto e urbanista, que cumpriu o seu tempo operando na cidade, mas a quem sobrou outro tempo, esse que os cidadãos e os democratas guardam para os outros e para a civitas.

Tiragem: 26366 Pág: 18 Área: 15,87 x 16,79 cm² ID: 23040902 08-12-2008 P2 Porto Música A arquitectura em concerto Recital de Margarida Reis + Jaime Mota. PORTO Casa da Música. Às 21h00. Bilhetes a seis euros. Esta noite, a Casa da Música recebe mais um momento de louvor ao centenário de nascimento do arquitecto Arménio Losa (1908-1988). A Ordem dos Arquitectos da Secção Regional do Norte resgata a música do compositor Fernando Lopes-Graça, amigo íntimo de Losa. É o próprio comissário do concerto, Manuel Dias da Fonseca, que recorda os tempos em que Lopes-Graça visitava o Porto e formavam-se verdadeiros encontros entre a arquitectura e a música. Eram uns encontros para a paixão e para a descoberta (...) Em silêncio, a união era a música, sempre a música. O concerto realiza-se às 21h00, e a interpretação fica a cargo da mezzo-soprano Margarida Reis e do pianista Jaime Mota. Entretanto, no edifício da Alfândega do Porto, continua patente, até final do mês, a exposição Arménio Losa/ Cassiano Barbosa Arquitectos, Nosso Escritório (1945-1957), que ajuda a entender e a redescobrir a dimensão moderna da obra de Losa (e do seu sócio) e o seu papel na renovação da arquitectura na cidade do Porto, em meados do século passado.

Tiragem: 124921 Pág: 61 Área: 9,86 x 17,60 cm² ID: 23052743 07-12-2008 Porto

Casa Cláudia ID: 22881033 01-12-2008 Tiragem: 20400 Period.: Mensal Âmbito: Decoração Pág: 26 Área: 22,21 x 28,62 cm²

Planeamento e Cidades ID: 23139790 01-12-2008 Tiragem: 5000 Period.: Mensal Âmbito: Outros Assuntos Pág: 30 Área: 27,62 x 34,01 cm²

Tiragem: 59760 Pág: 20 ID: 22955498 30-11-2008 Público Porto Área: 26,84 x 33,95 cm² Corte: 1 de 2 Arquitectura Centenário de Arménio Losa (1908-1988) celebrado no Porto O edifício de habitação multifamiliar na Rua da Boavista/Carvalhosa é um ícone do Losa moderno PAULO PIMENTA Edifícios-casas que acrescentam modernidade à cidade tradicional A passagem do seu centenário e a realização de uma exposição evocativa na Alfândega são o pretexto para uma visita guiada às casas de Arménio Losa. Manuel Mendes é o guia Sérgio C. Andrade a Um óculo, normalmente redondo, ou uma composição desenhada com vários óculos; uma porta que simultaneamente se abre para a luz do exterior e para uma caixa de escadas no que ganha o seu brilho maior na forma helicoidal e na leveza com que se liberta das paredes interiores; uma forma inovadora de resolver os edifícios de esquinas, às vezes com varandas, outras encimando-os com um terraço assumindo que é indispensável, numa habitação, haver um lugar para secar a roupa; a utilização das colunas/pilotis como suporte estrutural mas ao mesmo tempo como elemento estético; a forma como brinca com a geometria das massas mas também com pormenores, como o jogo das simetrias, as esquadrias fortes as grades das portas, os candeeiros exteriores, as argolas em ferradura e até o cuidado no desenho dos números de polícia... Enfim, uma forma muito personalizada de fazer uma arquitectura moderna, mas mantendo a escala doméstica da cidade em que se insere... Estas são, explica Manuel Mendes, algumas das marcas mais notórias da arquitectura de Arménio Losa (1908-1988), cujo centenário está a ser evocado numa série de iniciativas promovidas pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos, e que tem o seu epicentro na exposição documental patente, até final do ano, no edifício da Alfândega do Porto. Intitulada Arménio Losa/Cassiano Barbosa Arquitectos Nosso Escritório (1945-1957), a exposição foi precisamente coordenada por Manuel Mendes, arquitecto, professor e responsável pelo Centro de Documentação da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP). A mostra foi inicialmente pensada para documentar o período da produção da sociedade Arménio Losa/ Cassiano Barbosa, que Manuel Mendes, na sequência da investigação que realizou no Centro de Documentação da FAUP e também nos arquivos da Câmara do Porto, sinalizou como tendo decorrido entre 1945-57. No entanto, a exposição haveria de crescer, de Um moderno Não o considerando um arquitecto moderno no sentido mais radical deste movimento na linha de um Le Corbusier, Manuel Mendes vê na obra de Arménio Losa (no desenho) a confirmação de que se fez moderno no Porto, bem mais cedo, e mais, do que aquilo que se poderá pensar. forma directamente proporcional à descoberta de novas plantas e documentos, para lá destas balizas temporais, acabando por abarcar a produção anterior e posterior ao Nosso Escritório. Um território ingrato Manuel Mendes aceitou o desafio de guiar uma visita à obra de Arménio Losa no Porto, e mostrar in loco como ela identifica uma autoria, que justifica maior e melhor atenção do que aquela que tem tido na história da arquitectura moderna na cidade, onde normalmente aparece na sombra dos seus contemporâneos Januário Godinho (1910-1990) e Viana de Lima (1913-1991).

Tiragem: 59760 Pág: 21 ID: 22955498 Ainda que diga faltar-lhe algum distanciamento para uma avaliação mais sistemática da produção arquitectónica de Arménio Losa e Cassiano Barbosa, Manuel Mendes vê-a como um momento fundamental da entrada da estética do modernismo na arquitectura da cidade do Porto. E salienta, em especial, o facto de Losa ter feito entrar novos paradigmas de projecto e de construção num território historicamente muito marcado pelo pequeno cadastro, e também muito condicionado pelos circunstancialismos topográficos, sociais e económicos que enformam a cidade. Isto porque o Porto é um território ingrato para construir. Estava, na altura e continua ainda hoje, muito marcado pela tipologia unifamiliar rudimentar e de lote estreito; para além de que, nota Manuel Mendes, o portuense é irredutível nos seus hábitos, quer ter casas com entradas e acessos separados dos seus vizinhos, mesmo nas habitações verticais. de Dezembro. Arquitectos que conheceram ou 5 estudaram Losa participam numa mesa-redonda sobre a sua obra, no Maus Hábitos Foi sobre este território que Arménio Losa interveio de uma forma mais notória do que aquilo que normalmente vem referido nas histórias da arquitectura na cidade. E fê-lo tanto quando trabalhou no gabinete de arquitectura da câmara, entre 1939 e 1945, como durante a dúzia de anos em que se associou a Cassiano Barbosa (1911-1998) e erigiu a parte mais visível da sua obra, como, ainda mais tarde, quando abriu o seu traço a influências internacionais mais indiferenciadas. Não o considerando um arquitecto moderno no sentido mais radical deste movimento, Manuel Mendes vê na obra de Arménio Losa a confirmação de que se fez moderno no Porto, bem mais cedo, e mais, do que aquilo que se poderá pensar. É disso que o nosso guia nos dá conta, no roteiro cujas paragens principais são identificadas no texto ao lado. Começámos pela Baixa, entre as ruas de Ceuta e de Sá da Bandeira, onde os dois arquitectos desenharam os edifícios mais inovadores, e simultaneamente com os quais Losa marcou também a sua visão do que deveria ser fazer cidade, como se pode ver na sua intervenção no eixo urbanístico Aliados/D. João I/Filipa de Lencastre/Ceuta. Depois são as habitações mais próximas de uma arquitectura doméstica, cujo tradicionalismo é rompido por Losa em pequenos gestos autorais. Fora do raio da Baixa, surgem os edifícios-vila da Avenida dos Combatentes e os de habitação multifamiliar da Constituição, e, paralelamente a eles, as vivendas mais pessoais da Marechal Gomes da Costa. No centro de tudo, há os edifícios-síntese do Pinheiro Manso e da Boavista, expressão mais conseguida da arquitectura de Arménio Losa, sem dúvida o mais criativo e o mais modernista dos dois sócios do Nosso Escritório, salienta Manuel Mendes. 30-11-2008 Público Porto As casas de Arménio Losa Edifício de apartamentos em andar Rua de D. João IV, 737-749/ /Rua do Moreira, 70-76 1934 (com Aucíndio dos Santos) Este projecto da década de 30, da altura em que Losa entrou para o gabinete da Câmara do Porto (onde trabalhou com o influente Aucíndio dos Santos), é dos primeiros de uma série de habitações que fez para a Baixa. É uma tipologia multifamiliar, em esquina, que denota já a aptidão do arquitecto para resolver os ângulos. Tem as pequenas coisas que dão força à arquitectura do Losa, diz Manuel Mendes, citando o tratamento cuidado das fachadas, as portas bem desenhadas, o terraço para secar a roupa... Soluções também visíveis noutros edifícios idênticos, como os das ruas do Moreira, 195, e de Gonçalo Cristóvão, 12 (ambos de 1935, o último também com Aucíndio dos Santos), e o da Alegria, 190 (1945, com Cassiano Barbosa). Edifício de habitação multifamiliar Rua da Boavista, 571 1945 (com Cassiano Barbosa) É outro ícone do Losa moderno, e talvez a mais citada das suas obras. Edifício de habitação multifamiliar de seis pisos, encomendado pelo mesmo cliente da Sá da Bandeira, ele marca uma evolução fortíssima da fase de tarimba do arquitecto. Losa recuou o prédio, de forma a permitir a iluminação lateral dos apartamentos. E tem novidades: um pátio inglês, porteiro com casa própria e a primeira coluna interior de recolha de lixo, que foi um fiasco. O desenho da porta é uma das partes notórias de acabamentos rigorosamente desenhados. Com a mesma importância e denunciando evolução relativamente ao praticado nos anos 40, há um edifício idêntico na Rua da Constituição, 27/53 (1950, com Cassiano Barbosa). Edifício com quatro casas de habitação Av. Boavista, 2450/Rua P. Manso, 34 1937 Manuel Mendes chama-lhe a obra mãe de todas as que se fizeram nos anos 30 no Porto, projecto síntese de uma época, mas que, curiosamente, Losa desvalorizava, evitando mesmo nomeá-lo. É novamente uma solução feliz de edifício em ângulo. Tem a particularidade de agrupar quatro casas para a burguesia numa zona muito marcada, à época, pelas vivendas da aristocracia e dos brasileiros torna-viagem. Contém todos os pormenores, toda a delicadeza e cuidados estéticos que virão a caracterizar a linguagem do arquitecto: o reboco areado, o recurso ao betão e ao granito tradicional e o modo como, com eles, Losa incorpora a estratégia de composição da arquitectura doméstica portuense. Vê-se bem que ele está a experimentar uma arquitectura nova, e que sabe bem o que quer. Casas de habitação Avenida dos Combatentes, 301-309 1952/1954 (com Cassiano Barbosa) Quase duas décadas depois do Pinheiro Manso, Losa projecta para outra avenida de vivendas unifamiliares de classes mais abastadas, na zona das Antas, um edifíciovila que congrega quatro duplexes. Integralmente revestido a azul (pintado e com azulejos de tons diferentes), o prédio tem apenas quatro janelas. Nunca foi muito valorizado, nem é inovador, diz Manuel Mendes, que vê no edifício alguma influência brasileira, nomeadamente na abertura das varandas. O guia admite também haver neste projecto a mão de outro arquitecto portuense, Adalberto Dias (1930-2008). O que tem graça é parecer uma casa unifamiliar e, afinal, são quatro, comenta. Plano de urbanização da Praça D. João I/Edifício Rialto Praça de D. João I 1942 O urbanismo foi uma parcela importante na carreira de Losa. Manuel Mendes acha mesmo que ele é dos primeiros a assumir operativamente as directivas da Carta de Atenas (1933) em Portugal. O arquitecto teve intervenção directa, no início da década de 40, no desenho da Praça de D. João I, e em particular no alinhamento que o edifício Rialto (projecto de Rogério de Azevedo) estabeleceu com as ruas de Passos Manuel e de Magalhães Lemos, e na sua definição como edifício-torre, em que todas as faces são fachadas. Terá também passado pelo seu estirador o desenho do eixo Passos Manuel-Ceuta, que cruza os Aliados, e que incluía já o projecto de um túnel a desaguar no Carregal. Faltou ao Porto capacidade económica, e política, para dar continuidade a projectos mais arrojados, lamenta Manuel Mendes. Torres residenciais Rua do Campo Alegre, 732-738 1959 São as duas primeiras torres residenciais (de sete pisos cada) a surgirem na zona do Campo Alegre, e são exemplo de projectos em que Losa se envolveu na década de 50. Denotam alguma marca de arquitectura internacional da época, nomeadamente da América Latina. A solução de ligar as duas torres por um pátio transforma-as em edifícios de quatro frentes, com as vantagens de iluminação daí decorrentes. Têm pilotis revestidos a marmorite, portas amplas com pala e melhores acabamentos, mas menor arrojo estético do que os andares de habitações da Avenida de Fernão de Magalhães, com estação de serviço, frente ao jardim das antas (1957), e da Rua da Alegria, 402-412 (1958), onde Losa montou o seu atelier. Área: 27,21 x 31,60 cm² Corte: 2 de 2 Edifício de comércio, escritórios e habitação Rua de Sá da Bandeira 1946 (com Cassiano Barbosa) É também um edifício de contiguidade em ângulo, e o mais arrojado de quantos Losa (já com o seu sócio do Nosso Escritório) projectou para a Baixa. O edifício cria uma unidade programática (comércio-escritórios-habitações) até então pouco usual no Porto. Entre outras novidades, ressalta o corpo avançado para a rua e o ângulo resolvido com uma coluna perdida sobre o passeio, que protege os peões e adorna o espaço público. E o cuidado do desenho das caixilharias e das portas, da caixa de escadas helicoidais e de todo o mobiliário interior, que o próprio Losa desenhava. A este edifício pode juntar-se o da Rua de Ceuta (que tem um mural de Augusto Gomes), com o mesmo programa e o mesmo bom gosto. São das melhores obras do moderno de Losa, diz o guia. Habitação unifamiliar Rua Fernão Vaz Dourado, 11 1950 (com Cassiano Barbosa) Na viragem das décadas de 1940/50, Losa projectou duas vivendas unifamiliares para a zona da Avenida do Marechal Gomes da Costa, à Foz (na rua acima referida e também na de Tristão da Cunha, 136, um projecto de 1948). São casas de rés-do-chão, com serviço à cota baixa, uma mezzanine na sala, e desenho muito cuidado, principalmente na composição com que matiza o valor da massa das paredes, em parte em granito aparelhado. Ele domina muito bem esta dimensão doméstica, cria espaços dóceis e acolhedores, diz Manuel Mendes, vendo este modernismo losiano em contraponto com a doutrina Le Corbusier, porque o moderno não tem que ser puro e duro. Projectos idênticos, e bem cotados arquitectonicamente, existem em Gaia, na Rua do Clube dos Caçadores (1947), e em Ofir (1950).

Tiragem: 27000 Pág: 11 Period.: Semanal Área: 10,77 x 17,55 cm² ID: 22921767 27-11-2008 Guia Para a Semana Norte e Centro Âmbito: Interesse Geral

ID: 22863446 22-11-2008 Tiragem: 114190 Pág: 60 Área: 26,67 x 29,18 cm² Corte: 1 de 2

ID: 22863446 22-11-2008 Tiragem: 114190 Pág: 61 Área: 27,16 x 29,32 cm² Corte: 2 de 2

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Tiragem: 124921 Pág: 26 Cores: Preto e Branco Área: 26,72 x 25,97 cm² ID: 22720584 11-11-2008 Porto

Tiragem: 40000 Pág: 10 Área: 4,06 x 4,57 cm² ID: 22679098 07-11-2008 Lisboa Exposição Alfândega do Porto olha a arquitectura Umavisãosobreaobraarquitectónica de dois autores referência em Portugal, Arménio Losa e Cassiano Barbosa, é apropostadaordemdosarquitectos com a mostra Nosso Escritório, patente no Edifício da Alfândega do Porto.

Falcão do Minho ID: 22672548 06-11-2008 Esposende Arménio Losa Tiragem: 3000 Period.: Semanal Âmbito: Regional Pág: 7 Cores: Preto e Branco Área: 18,47 x 20,85 cm² Corte: 1 de 2 - centenário de nascimento Iniciaram-se, em 28 de Outubro as comemorações do centenário de nascimento de Arménio Losa, arquitecto natural da freguesia de Marinhas, Esposende. A exposição intitulada Arménio Losa. Cassiano Barbosa Arq. º Nosso Escritório (1945 1957), um dos actos destas comemorações, encontra-se patente no Museu dos Transportes e Comunicações Edifício da Alfândega, Porto. O programa elaborado prolonga-se até Dezembro de 2008, com várias acções de âmbito cultural e artístico, além da exposição. Outros eventos, para assinalar a efeméride, são da responsabilidade de entidades ligadas à organização e visam, sobretudo, mostrar os trabalhos do homenageado ao longo da sua carreira. Entre outras acções, pelo centenário salientamos: concurso de fotografia, visitas guiadas a trabalhos já executados; ciclo de conferências sobre temas ligados ao urbanismo, ruas da cidade do Porto, rua Sá da Bandeira; Mesa Redonda, Arménio Losa no seu tempo; concerto na Casa da Música, entre outros actos sobre a vida e obra do homenageado, um esposendense que viveu largos anos defronte ao mar. As comemorações são da responsabilidade da Ordem dos Arquitectos e bem assim em parcerias, caso da Faculdade dos Arquitectos da Universidade do Porto, Câmara Municipal de Matosinhos, Associação Museu dos Transportes e Comunicações. Quanto aos apoios, contam-se: Cinema Batalha, Maus Hábitos e o patrocínio de: MSD AXA Portugal, Comp.ª de Seguros Solução. Sobre a biografia de Arménio Losa, um ilustre esposendense nascido em Marinhas, de que tivemos a honra de conhecer e privar visando, sobretudo, soluções para o seu concelho. Aproveitamos o dados recolhidos recentemente. Por isso: Sobre o seu perfil biográfico, poderemos dizer de que é oriundo de família de Marinhas, filho de um capitão do Exército; entrou para a Escola de Belas Artes do Porto, quando tinha 17 anos pelos vistos, convencido de que seria um bom pintor. Arménio Losa, por ironia do destino virou: aos 28 anos entrou na Arquitectura, em 1932, aluno de Marques da Silva, que orientou nesta especialidade a que se associou Cassiano Barbosa, entre 1936/1960, com uma carreira brilhante, plena de êxitos, com obras que ainda hoje são emblemáticas. Basta referir, na qualidade de autor ou de co-autor, assinou mais de 150 trabalhos. E, como disse Alice Rios, quando redigiu o seu perfil, da via rápida que ainda hoje é das mais belas de todas as entradas do Porto. De facto, as comemorações deste Centenário são a confirmação do valor e da obra de um grande artista. De Arménio Losa, faleceu em 1988, com 80 anos de idade, não se pode dissociar a figura, diríamos angélica, de Ilse Lieblech Losa, a jovem austríaca que nunca a deixou pela vida fora BANDA DE MÚSICA DE ANTAS EM CONVÍVIO ANUAL No dia 25 de Outubro, Antas (Esposende) a Associação da Banda de Música dos Bombeiros Voluntários de Esposende, realizou o seu convívio de final de época e de actividade, tendo participado em 35 concertos no decorrer da temporada. Segundo o programa que o seu Presidente José Viana nos indicou, o dia iniciou-se pelas 14h30, com evocação ao fundador da Banda, Mestre Manuel Laranjeira, seguindo-se o concerto de fim de actividades Na igreja matriz, foi celebrada Missa de Sufrágio do Mestre, de dirigente e outros elementos já falecidos; os cânticos foram interpretados pelo coro e o instrumental da Banda. A cerimónia das celebrações deste acontecimento cultural, com o jantar tradicional, teve larga participação de amigos e admiradores da Banda; a banda actualmente, conta com 70 elementos, além de 86 anos de fundação. A Escola de Música, em campanha para conseguir jovens até aos 25 anos, é frequentada por 40 elementos. Parabéns a dirigentes e associados e um aceno de simpatia para o reverendo Sampaio Viana. Artur L. Costa

Tiragem: 50000 Pág: 25 Área: 3,81 x 11,85 cm² ID: 22597004 31-10-2008 Destak Porto Exposição Arquitectura A FAUP, Centro de Documentação e a Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos, têm patente no Museu dos Transportes e Comunicações a Exposição Arménio Losa. Cassiano Barbosa. Arquitectos: Nosso Escritório [1945-1957], dois autores que contribuíram na ampliação da cidadania da arquitectura, do seu ofício e saber, nas suas dimensões técnica e artística, política e social durante o século XX.

Tiragem: 124921 Pág: 63 Área: 9,54 x 17,16 cm² ID: 22566666 29-10-2008 Porto

Tiragem: 124921 Pág: 27 Área: 10,54 x 22,40 cm² ID: 22566381 29-10-2008 Porto

Tiragem: 59760 Pág: 10 Área: 26,55 x 32,64 cm² ID: 22549097 28-10-2008 P2 Corte: 1 de 3

ID: 22535140 27-10-2008 Museu dos Transportes Obras de Losa e Barbosa em foco A Exposição «Arménio Losa. Cassiano Barbosa. Arquitectos: Nosso Escritório [1945-1957]» é inaugurada amanhã, às 22h00, no Museu dos Transportes e Comunicações, Porto. Esta iniciativa da FAUP Centro de Documentação e Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos está integrada nas comemorações do centenário do nascimento de Arménio Losa. Tiragem: 17000 Pág: 12 Cores: Preto e Branco Área: 5,24 x 8,54 cm²

ID: 22535114 27-10-2008 Museu dos Transportes Obras de Losa e Barbosa em foco A Exposição «Arménio Losa. Cassiano Barbosa. Arquitectos: Nosso Escritório [1945-1957]» é inaugurada amanhã, às 22h00, no Museu dos Transportes e Comunicações, Porto. Esta iniciativa da FAUP Centro de Documentação e Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos está integrada nas comemorações do centenário do nascimento de Arménio Losa. Tiragem: 30000 Pág: 18 Área: 4,57 x 7,98 cm²

Tiragem: 124921 Pág: 39 Área: 10,44 x 19,32 cm² ID: 22309261 06-10-2008 Porto