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Transcrição:

CARTA ECONÔMICA Nº 10/2015 Senhores Conselheiros, Gestores e Membros do Comitê de Investimentos, No mês de Outubro não ocorreram fatos no campo político e econômico que trouxessem definições ou, ao menos direções, que nos indiquem melhoria de expectativas com relação à reversão dos indicadores econômicos que continuaram a se deteriorar ao longo deste mês. O grande problema de nossa economia atualmente, embora tenha sido construído ao longo de um período, é o desajuste e desequilíbrio das contas públicas. Não há economia que siga bem quando o governo não controla suas receitas e despesas. No caso brasileiro, desde o ineditismo histórico do envio de um orçamento federal para o Congresso prevendo déficit isso fica evidenciado. Se o governo central não tem condições de honrar seus compromissos como fará para se financiar, perguntam-se os demais agentes econômicos diante de suas perplexidades e incertezas. Todo o ambiente econômico se contamina de incertezas. Adicionalmente, ao final de outubro ainda discutia-se ou tentavam os especialistas do meio acadêmico e público quantificar este déficit: R$ 60 bilhões?; O dobro deste valor? R$ 100 bilhões...? Com esta situação os agentes econômicos tiveram que incorporara em suas análises uma nova expressão: dominância fiscal. Em suma, ela significa que em momentos de descontrole das contas públicas a política monetária perde sua eficácia, notadamente de controle da inflação pelo aumento dos juros, pois a política fiscal assume dinâmica própria e os juros elevados somente pioram ainda mais o quadro fiscal e, diante da recessão em curso, a dívida pública cresce em relação ao PIB, trazendo maior percepção de risco aos seus financiadores (investidores que adquirem títulos públicos federais). Repare no quadro abaixo:

Imagem 1:Porcentagem do PIB na evolução da dívida bruta. Essa situação eleva a percepção de risco podendo gerar aumento do Dólar frente ao Real com os respectivos efeitos inflacionário bem como novas reduções nas notas dadas ao Brasil pelas agencias internacionais de classificação de risco (agências de rating). No dia 15 de outubro a agência Fitch reduziu a nota do Brasil, mas manteve o grau de investimento e, dentre os motivos desta ação citou: a) a crise fiscal, b) a redução da meta fiscal e orçamento com déficit e c) volume das despesas do Governo. Repare no quadro abaixo: Imagem 1: Situação do Risco de Investimento brasileiro

Como agravamento desta situação podemos apontar 2 fatores: 1- no campo políticofinanceiro o Ministro da Fazendo tem sido uma voz dissonante e isolada na equipe do Governo ao defender a reversão deste quadro através de um forte ajuste fiscal; 2- a criação de mais um imposto (contribuição?), a já conhecida CPMF que serve para adiar as necessárias e urgentes mudanças estruturais de nossa economia. Em outubro o COPOM esteve reunido, em sessão ordinária, diante de um cenário em que a inflação está perto de 10% no ano em curso e as projeções para 2016 estão sendo revistas para cima. O combinado seria elevar os juros, mas, neste momento, isso só agravaria a agravaria a recessão e elevaria o desequilíbrio fiscal (dominância fiscal). O COPOM decidiu pela manutenção dos juros no atual patamar e indicou, em seu comunicado ao mercado, que trazer a inflação para o centro da meta (4,5% aa) ficou para 2017 (horizonte relevante); para ilustrar este aspecto destacamos, junto com o gáfico abaixo, o seguinte trecho do comunicado: Imagem 2: Comunicado do Comitê de Política Monetária - COPOM Gráfico 2: Evolução da Taxa Selic Meta

Como temos destacado em nossos comunicados o atual quadro é favorável para aqueles agentes econômicos que são rentistas, ou seja, aqueles que buscam os maiores juros pelo empréstimo de seus recursos e, dentre eles estão os RPPSs. O Brasil ainda apresenta a maior taxa de juro real (acima da inflação) do mundo. A economia precisa de previsibilidade e isso não temos no momento; entretanto, este nível elevado dos juros, por ora, é o único indicador que podemos ter alguma certeza e, neste caso, a manutenção em elevados patamares, acima da meta atuarial dos RPPSs, se constitui em uma boa notícia para estes investidores. Abaixo temos quadros com o comportamento dos índices de mercado no mês de outubro: Tabela 1: Índices de Mercado Anbima IMA Outubro/2015

Tabela 2: Rentabilidade das aplicações financeiras no ano de 2015

Faltam dois meses para o final do ano e para acompanharmos as definições políticas e econômicas termos uma melhor avaliação de perspectivas para 2016. Por enquanto vamos aplicando e aproveitando as elevadas taxas de juros que tanto trazem retorno aos recursos financeiros previdenciários. Até Lá! Ronaldo Borges da Fonseca Paulina Costa Marques Medeiros Economista Economista CORECON nº 1639-1 19ª Região/RN CORECON nº 2002 14ª Região/MT