01 Nos casos de histerectomia é necessário fazer a citologia do colo do útero? R. Conforme Diretrizes Brasileiras para Rastreamento do Câncer do Colo do Útero de 2001, na página 36, a recomendação é que: mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais. Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada. 02 O que fazemos quando não localizamos a paciente no sistema para realizar seguimento? R. Em primeiro lugar, só irão aparecer para seguimento mulheres que fizeram exames na rede do SUS e que tiveram alguma alteração. No entanto, o Siscan está selecionando as pela Unidade de Saúde solicitante e não pelo município de residência da mulher. Portanto, se esta Unidade for fora do município de residência da, não conseguirá localiza-la. Portanto, solicitamos que todas as informações das mulheres que estão com exames alterados, mesmo que não apareçam no sistema, deve ser coletada e arquivada no município, até que o erro seja solucionado pelo Ministério da Saúde. 03 Temos recebido resultados de exames de cito de colo de útero ou histo de colo de útero, com recomendação do laboratório para repetir a coleta do exame em três meses, sendo que o prazo recomendado é de seis meses. Porque estão sugerindo estas recomendações? Houve mudanças? R. Não ocorreram mudanças, e a recomendação é seguir as Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer de colo do útero. 04 E em outras situações os laboratórios também têm sugerido realizar o tratamento clínico da paciente e repetir o exame em seguida. Isto deve ser feito, uma nova coleta tão próxima uma da outra? R. Se essa citologia for realizada em paciente com inflamação temos que seguir a recomendação da página 42, das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer de Colo de útero. 05 Como eu localizo uma paciente no seguimento? R. Na aba seguimento, clicar em gerenciar seguimento, e no filtro de pesquisar, digitar o numero do cartão do SUS da paciente que aparecerá as informações necessárias. 06 Existe alguma documentação legal para que as enfermeiras possam fazer o pedido de mamografia? R. Sim. Nota Técnica do Inca de 01 de junho de 2009, disponível no site da SES/MS, na área da Saúde da Mulher, Mama.
07 Porque até o momento não foi inserida a assinatura digital do médico responsável pelo resultado do exame? R. Não existe, até o momento, proposta do Ministério da Saúde de inserir a assinatura digital do médico. Por isso o laudo só é válido após a assinatura do profissional responsável pelo mesmo. No entanto, o Sistema permite que visualize o resultado para agilizar o encaminhamento da paciente na rede. 08 Porque não podemos imprimir o resultado do preventivo e entregar para a paciente, visto que o resultado demora em torno de 30 a 45 dias para chegar? 06 sobre o tempo de entrega do preventivo, qual a tolerância para receber os resultados? R. Conforme portaria do Ministério da Saúde N.3388, de 30 de dezembro de 2013, que redefine a qualificação nacional em citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (qualicito) no âmbito da rede de atenção a saúde das pessoas com doenças crônicas, no capítulo 7, inciso 4, parágrafo 7, o tempo médio de liberação de exames é calculado pela soma dos dias transcorridos entre a entrada do material e a liberação dos laudos, dividido pelo total de exames liberados no período, o qual não deve ultrapassar o limite de 30 dias a partir da entrada do material no laboratório. 09 Em algumas situações quando vou fazer pedido de exame e logo após digitar o cartão SUS da paciente, o Siscan não dá opção de cito de colo de útero, apenas de cito de mama? R. Temos que verificar se o sexo da paciente no cartão SUS esta como masculino. Neste caso, você deve verificar na base do CadSus o sexo que está informado. Caso no cadastro da base do cartão estiver informado o CPF da mulher, a mesma deve procurar onde faz o cadastro do CPF para regularizar. A outra situação, se não existir o CPF no cartão do SUS tem como o próprio município (o técnico responsável pelo Cadweb) fazer a alteração no Cadweb. 10 Cada unidade de saúde deve inserir suas informações? R. Sim. Todos os profissionais da unidade que estiver cadastrado no siscan com alguns dos perfis de CMM, CMA, USM, UST. 11 Os relatórios dos exames alterados podem ser verificados por cada unidade de saúde? R. Sim. Para isto entrar em seguimento, gerenciar seguimento, e digitar cartão SUS. 12 Como devemos proceder quando o exame é feito na unidade do SUS e o resultado dá alterado, e quando repete no particular e não dá alterado? R. Esta situação pode ocorrer a depender do momento da coleta e da forma da coleta do preventivo. No entanto, se este resultado da rede do SUS ou do particular for uma alteração de alto grau ou não podemos afastar o alto grau, temos que sensibilizar essa paciente para que dê continuidade para esclarecer este laudo, ou seja, fazer uma colposcopia se for o caso biopsia, e outros. Caso o exame não apresentou alto grau, recomendação é que se reavalie a coleta feita na rede do SUS, ou seja, se existe a presença dos dois epitélios e se a mesma não colheu com inflamação.
13 No caso de mamografia com laudo sugerindo histopatologia, estamos com dificuldade, pois o SISREG não aceita pedido do clínico tem de ser do mastologista ou outra especialidade? R. A solicitação dos exames deve estar conforme o protocolo de acesso de Campo Grande e o Manual Preliminar do Câncer (SISCAN) Segunda Versão, que preconiza os profissionais responsável pelas coletas de histopatológico de mama e de colo do útero. 14 Tem um problema com o tamanho do nódulo, sendo permitidos somente milímetros e dois dígitos, quando preciso acrescentar centímetros é impossível, tem como alterar o sistema? R. Pelo relato o tumor teria 20 centímetros! Além de ser um tamanho muito grande, achamos improvável que tenha sido feita mamografia nessa situação. Acho que a melhor orientação seria confirmar com o médico se está correto. É mais provável que seja 20 milímetros ou que ele tenha colocado uma vírgula (20,0) e a digitadora não tenha percebido. Caso esteja correto, sugiro preencher o tamanho com 99 e registrar o tamanho correto no campo de observações. 15 Quanto as Mamografias e preventivos alterados (colposcopia, biopsia) que são encaminhados para o CEONC,em Cascavel, no Estado do Paraná? R. Esclarecemos que as mamografias e preventivos realizados no Estado do Paraná, não irão aparecer no Siscan, porque a fonte pagadora é o Estado do Paraná. Somente irão aparecer as mulheres que tiveram exames alterados e que necessitam de seguimento, após correção pelo Ministério da Saúde na aba seguimento, conforme questão 02. 17 Em que faixa-etária deve ser realizado o Exame Clinico da Mama no Projeto Toque de Vida? R. Quando da implantação do Projeto Toque de Vida em 2004, o preconizado era na faixa-etária de 40 a 69, no entanto, o exame clínico da mama deve ser realizado em todas as mulheres que forem atendidas nas Unidades de Saúde. 18 Ainda tem que digitar as fichas no Toque de Vida? R. Sim. Por que continuamos com o projeto e os dados são de suma importância para avaliação do mesmo. 19 É necessário enviar as informações do Toque de Vida? R. Sim, mensalmente para o email: toquedevida@saude.ms.gov.br
20 Como fazemos quando os preventivos de alto grau encaminhados ao CAM e não recebemos retorno? R. Se o preventivo de alto grau foi feito pela unidade requisitante do município de residência da paciente, quando a mesma for encaminhada ao CAM para realização de colposcopia e biopsia, estas informações estarão disponíveis na base do Siscan para o município residente da paciente. No entanto, se este exame de alto grau foi requisitado pela unidade do CAM o município de residência da paciente, por enquanto, não tem como visualizar o seguimento desta paciente, até que o Ministério da Saúde faça correção do erro citado na questão número 02. 22 Qual o fluxo para digitação de solicitação de mamografias pelo sistema, quando tem apenas um prestador vinculado pelo município? R. A Unidade de Saúde solicitante do exame digita a requisição e aguarda a Central de Regulação (SISREG) agendar a realização da mesma. A comunicação a paciente, do dia e local onde será feito o exame, depende do fluxo estabelecido por cada município que pode ser realizada pela Unidade de Saúde ou SISREG. 23 Qual o fluxo para digitação de mamografia, quando se tem mais de um prestador vinculado pelo município? R. A Unidade de Saúde solicitante do exame digita a requisição APÓS a Central de Regulação (SISREG) agendar a realização da mesma. A comunicação a paciente, do dia e local onde será feito o exame, depende do fluxo estabelecido por cada município que pode ser realizada pela Unidade de Saúde ou SISREG. 24 O protocolo publicado no Diário Oficial de Campo que padroniza as atribuições por profissionais serve para outros municípios? R. Os municípios podem utilizar como um modelo o protocolo acima referido adequando a sua realidade, desde que faça a citação da fonte análoga. O protocolo está disponível no site da Secretaria de Estado de Saúde, www.saude.ms.gov.br na área de programas, saúde da mulher, na sessão de informativos com o nome PROTOCOLO_DE_NORMATIZAÇÃO_DE_ASSISTÊNCIA_DE_ENFERMAGEM 25 O SUS autoriza a coleta de preventivo em meio líquido? R. Na rede de laboratórios do Estado de Mato Grosso do Sul, os prestadores não utilizam esta técnica. Em outros estados brasileiros onde realiza coleta em meio liquido o SUS custeia esse pagamento. 26 Quando encaminhamos para o serviço secundário, esses exames realizados por tal, aparecerão no siscan do município? É necessário fazer a vinculação do serviço secundário e terciário para aparecer o resultado desses exames (colposcopia, biopsia)? R. O Sistema foi idealizado para que todos os serviços incluíssem informações sobre os seguimentos de acompanhamento e tratamento das pacientes. No entanto, ainda persiste um erro de inclusão e visualização de informação por todos os serviços. Não é necessário fazer a vinculação do serviço secundário e terciário.
27 Temos uma paciente que no exame de preventivo deu lesão de alto grau. Enviado para colposcopia e realizado biopsia, temos como resultado: Neoplasia intraepitelial, Grau II; margens cirúrgicas livres de neoplasia e por fim ausência de malignidade. Assim, devemos apenas acompanhar por exame preventivo? Esse resultado nos confundiu sobre o seguimento... R. Conforme as Diretrizes Brasileiras de Rastreamento do Colo do Útero, a paciente deverá continuar sendo acompanhada pela unidade de saúde secundária e após dois exames consecutivos normais (citologia) ela deverá retornar ao rastreio a Unidade Básica de Saúde. 28 Nosso município trocou de laboratório e a maioria dos resultados está vindo escamoso. Em uma remessa veio quatro com ascos alterados e as enfermeiras acreditam que a digitação ou a análise da lâmina está inadequada, pois era raríssimo aparecer escamoso, e estamos tendo que coletar tudo novamente. R. Referente ao questionamento dos epitélios representados no exame colpocitológico, podemos ter problemas em três etapas: 1. Durante a coleta: No momento da coleta do material da endocérvice com a escova pode-se não amostrar as glândulas endocervicais. Neste caso reavaliar o procedimento de coleta da região endocervical. 2. Na etapa de análise da lâmina pelo citopatologista ou citotécnico: O profissional que lê a lâmina não visualiza células endocervicais (problema na coleta) ou há células endocervicais no esfregaço e o profissional não as percebe (problema na leitura da lâmina). Neste caso, primeiro solicitar ao laboratório que realizou a leitura da lâmina para que as revise e confirme onde foi o problema, se coleta ou leitura. 3. Na etapa de transcrição do resultado para o SISCAN: O digitador esquecer-se de marcar os outros epitélios: glandular e / ou metaplásico. Neste pedir para o laboratório conferir o resultado anotado pelo citopatologista ou citotécnico da requisição e o resultado impresso no SISCAN (que foi transcrito no site). Quanto ao questionamento do ASCUS, não vemos nenhum problema. 29 No município tem duas pacientes que fizeram preventivo, colposcopia e biopsia, tudo no particular e todos deram alterados. O ginecologista encaminhou para a rede pública. Tem como lançar elas no Siscan? R. Só poderemos lançar no seguimento o exame da paciente feito na rede particular, após ela realizar algum exame (de colo de útero) na Rede SUS. Isto é importante porque só assim teremos o histórico. 30 É possível existir resultados constantes de cito de colo de: atrofia com inflamação em mulheres jovens (média de 30 anos)? R. Sim. Mas é necessário realizar uma avaliação clínica do caso, porque, teoricamente, pacientes jovens não teriam atrofia de colo. Campo Grande, Março de 2015