TEMPOS DE MUDANÇA NOS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE



Documentos relacionados
agricultura TAGUS, 22 de Janeiro de 2015

Agenda 21 Local do Concelho de Redondo. Síntese do Diagnostico do Concelho

Uma estratégiacom o objectivoúnicode contribuirpara fixar população no interior do seu território.

DUECEIRA. ASSEMBLEIA DE PARCEIROS Lousã 05.Novembro uma parceria para redesenhar o futuro. associação de desenvolvimento do ceira e dueça

III.2. Do Plano de Acção à Subvenção Global: A contratualização com Associação de Municípios no âmbito do INAlentejo

Carta Educativa de Almeida. Câmara Municipal de Almeida

Seminário Novos desafios, novas oportunidades: o novo Programa de Desenvolvimento Rural ( )

PDR Relação entre as Necessidades e as Prioridades / Áreas foco DR

PROJETO HÁ FESTA NO CAMPO UM PROJETO DE INSPIRAÇÃO.

Estratégia de Desenvolvimento Turístico Sustentável para as Terras do Priolo. Carta Europeia de Turismo Sustentável Terras do Priolo

Como é que os locais e os territórios podem contribuir para o estímulo à Inovação Social? Pedro Saraiva - TAGUS - Ribatejo Interior

UM OLHAR PARA O MUNDO RURAL DLBC - A NOVA ESTRATÉGIA PARA O TERRITÓRIO

As regiões Portuguesas: Lisboa: Competitividade e Emprego; Madeira: Phasing-in; Algarve: Phasing-out; Norte, Centro, Alentejo, Açores: Convergência

FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO

O Papel da Engenharia no Crescimento

Mário Daniel Almeida. Júri

POLIS TEJO. Polis Tejo UM RIO VIVO, UM LUGAR VIVIDO. Laudemira Ramos. ARH do Tejo, I.P. Constância, 6 de Maio de 2011

(Minho Laboratório de Inovação e Desenvolvimento)

Av. da Cooperação. Ed. Inditrans, Lote A1, n.º Outeiro Seco. Tel Fax Site:

REDE REGIONAL DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO NO ALTO MINHO. Nuno Vieira e Brito IPVC Carlos Brandão IPVC Carla Gomes CIM Alto MInho

CICLO DE CRIATIVIDADE E DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL. Mercado de Produtores Mostra de Produtos Inovadores Ateliês Concursos Workshops

Governo dos Açores. FEADER A Europa investe nas zonas rurais ASDEPR. Critérios de Selecção dos Pedidos de Apoio

PLANOESTRATÉGICO DO DESENVOLVIMENTOECONÓMICOLOCAL DE S. JOÃO DA MADEIRA. Plano da sessão

VISÃO ESTRATÉGICA PARA PENICHE

Atelier SUDOE INTELIGENTE

1.º MÉRITO DO PROJECTO

AGENDA. Da Globalização à formulação de uma estratégia de Crescimento e Emprego para a União Europeia.

A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo Território e Municípios

O Comité Nacional de Coordenação (CNC) espera que o Programa ART PAPDEL alcance os seguintes resultados:

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020

Figura 1: Processo de implementação da Rede Social. 04

4. Indicadores de desenvolvimento sustentável

Valorizar os produtos da terra. Melhorar a vida das nossas aldeias. documento síntese para consulta e debate público 9 Fev 2015

PLANO DESENVOLVIMENTO SOCIAL MAFRA

REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO-RURAIS E POLÍTICA DE COESÃO PÓS-2013

Comunidade Intermunicipal da Beira Interior Sul

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DE LONGO PRAZO 2025 COMÉRCIO, LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

PROGRAMAS DAS UNIDADES CURRICULARES. Análise de Informação Económica para a Economia Portuguesa

sustentabilidade da construção Isabel Santos e Carla Silva

microproduções agrícolas e desenvolvimento sustentável em regiões periféricas

MAR Alentejano. Um Oceano de Oportunidades. Roberto Grilo Vice-Presidente da CCDR Alentejo. Porto, 30 de maio de 2014

PROGRAMA PRODER COOPERAR EM PORTUGUÊS MISSÃO A CABO VERDE ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL. 14 a 19 de Novembro 2011

Urbana. Urbana. Nuno Vitorino 19 Outubro Nov Nuno Vitorino

Questionário preparatório da reacção das redes atlânticas ao Livro Verde sobre a coesão territorial

Análise SWOT. Área: Território. Rede Social. - Novo Acesso Rodoviário - Qualidade do Ambiente - Recursos Naturais

ENSINO PROFISSIONAL EM PORTUGAL

Apresentação dos Cursos de Geriatria e Ética

Politicas Municipais de Apoio à Criança

VERSÃO 2. Prova Escrita de Geografia A. 11.º Ano de Escolaridade. Prova 719/1.ª Fase EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020. Inclusão Social e Emprego

A Estratégia Regional de Especialização Inteligente do Alentejo

Orientação nº 1/2008 ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA ESTRATÉGIA LOCAL DE DESENVOLVIMENTO (EDL) EIXO 4 REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Plano de Desenvolvimento do Alto Minho

MATÉRIAS SOBRE QUE INCIDIRÁ CADA UMA DAS PROVAS DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Técnicas de recolha e análise de informação para caracterização e diagnóstico do contexto de intervenção

INVESTIR EM I&D - PLANO DE ACÇÃO PARA PORTUGAL ATÉ 2010 CIÊNCIA E INOVAÇÃO -PLANO PLANO DE ACÇÃO PARA PORTUGAL ATÉ NOVA TIPOLOGIA DE PROJECTOS

Candidatura ao Programa PROHABITA. Programa GPS CÂMARA MUNICIPAL DE PENICHE. Gestão de Proximidade para a Sustentabilidade

Estratégia Territorial de Valorização do Parque Nacional da Peneda-Gerês Refoios, 16 de setembro 2014

ESTRATÉGIA LOCAL DE DESENVOLVIMENTO

MANIFESTO VERDE. Açores Sustentáveis. Uma Voz Ecologista na Assembleia Legislativa dos Açores. Eleições para a Assembleia Legislativa

O ENOTURISMO. Conceito:

Valencia, 14/10/2014 Med on the Move

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

1. Promover a melhoria das condições de vida das população das áreas susceptíveis

RESTAURANTE DO FUTURO

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO. José Matias Alves

Cidades Solidárias que Futuro?

ANEXO I QUADRO 1: CÓDIGOS DA DIMENSÃO «DOMÍNIO DE INTERVENÇÃO» Investimento produtivo genérico em pequenas e médias empresas («PME»)

Montemor-o-Novo, 14 de Novembro de 2014

EMPREGO E DESEMPREGO NO NORTE DE PORTUGAL

Carta Europeia de Turismo Sustentável no Parque Nacional da Peneda Gerês. III Jornadas da Rede Ibérica Cazorla, Fevereiro 2008

PARTE I As Finanças Públicas e o Papel do Estado

Medidas de apoio à inovação

Aspectos Sócio-Profissionais da Informática

AGENDA 21 LOCAL E AUDITORIA URBANA DE GUIMARÃES

Desenvolvimento sustentável

Financiamento, Investimento e Competitividade

INDICADORES ESTATÍSTICOS

Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa

O CONTRIBUTO DA PEQUENA AGRICULTURA FAMILIAR PARA A COESÃO DOS TERRITÓRIOS

O Agrupamento de escolas do concelho

REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DE MINISTROS DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR DA COMUNIDADE DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA (CPLP)

Implementação da AGENDA 21 LOCAL em 16 Freguesias dos Municípios associados da LIPOR

PROGRAMA GEODATA FOMENTO HABITACIONAL E PROMOTORES URBANISTICOS

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau

Soluções de Financiamento FINICIA

Potencial humano com prioridade para intervenções no âmbito do emprego privado e público, da educação e formação e da formação avançada, promovendo a

Agenda da Competitividade Balanço e Perspectivas. Evento Anual do ON.2 PORTO 19.Dez.2011

Uma Agenda de Mudança

Eixo Prioritário III Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial

Ficha de Caracterização de Entidade/Projecto Emprega o Futuro

Plano Plurianual Anexo II Programas de Governo Finalístico Valores em R$ 1,00

Evolução da Agricultura Portuguesa no Período 1989/2010. Análise de Indicadores Relevantes.

Uma entidade privada sem fins lucrativos constituída em 1994, por entidades colectivas denaturezapúblicaeprivada,comsedenaviladocadaval.

Eixo III _ Desenvolvimento Sustentável. III.3. Gestão Ambiental Sustentável, Conservação da Natureza e Biodiversidade. Tipologia de Investimento

DOCUMENTO DE TRABALHO

SEMINÁRIO OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES PARA AS EMPRESAS INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES

Parques Com Vida. Um Projecto com Marca

O Plano de Desenvolvimento Social

Transcrição:

TEXTOS UNIVERSITÁRIOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS SUB Hamburg A/609638 TEMPOS DE MUDANÇA NOS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE AS DINÂMICAS EM TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO NUNO MIGUEL FERNANDES AZEVEDO FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN FUNDAÇÃO PARA A CIÊNCLA E A TECNOLOGIA

ÍNDICE GERAL ÍNDICE DE FIGURAS 13 ÍNDICE DE QUADROS 17 AGRADECIMENTOS 19 RESUMO 23 ABSTRACT 25 SIGLAS 27 INTRODUÇÃO GERAL 31 1. Enquadramento 31 2. Questões e hipóteses de partida 37 3. Metodologia e estrutura da tese 41 CAPÍTULO I TIPOLOGIAS E DINÂMICAS NOS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE... 53 1. Enquadramento geral 53 2. Os territórios rurais na União Europeia 55 2.1. Os territórios do rural e as relações urbano-rurais : 56 Delimitações e classificações do rural 57 Tipologias nas relações urbano-rurais 65 7

2.2. Dinâmicas pesadas e tendências dos espaços rurais 75 Tendências demográficas europeias e o despovoamento nas regiões rurais 76 Dinâmicas e tendências territoriais nas regiões rurais 84 3. Os espaços rurais em Portugal 96 3.1. Abordagens e tipologias diferenciadas 97 3.2. Diversidade dos espaços rurais em Portugal 102 Uma classificação dicotómica: rural versus não rural 103 Uma classificação operacional baseada nas problemáticas e potencialidades 106 Diferenciação pela competitividade da agricultura e dinâmicas socioeconómicas 111 Uma classificação pelas dinâmicas socioeconómicas do espaço rural 115 Os espaços rurais no mosaico territorial de Portugal 119 3.3. Síntese: a diversidade de abordagens e delimitações 124 4. Tendências nos territórios rurais 129 Uma demografia regressiva associada à melhoria nas condições de vida e, por vezes, a novas procuras 133 Diminuição da actividade agrícola e a diversificação da actividade económica 139 Aproveitamento das amenidades rurais na valorização do território 143 Crescente importância dos centros urbanos como pólos de estruturação dos espaços rurais 150 Instituições e criação de alicerces para um novo projecto de desenvolvimento territorial 161 CAPÍTULO II DINÂMICAS E TIPOLOGIAS TERRITORIAIS EM TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO 167 1. Enquadramento Geral :... 167 2. Dinâmicas demográficas 169 2.1. Evolução territorial e temporal das dinâmicas demográficas 170 Reforço dos municípios mais populosos e regressão dos periféricos e de menor dimensão 173 Do esvaziamento das freguesias rurais à crescente concentração urbana 176 8

2.2. Estrutura demográfica 183 A diminuição dos jovens e o acentuado envelhecimento populacional 183 A diminuição da natalidade e os saldos naturais negativos 187 Dinâmica migratória fortemente negativa 192 2.3. Uma síntese das dinâmicas demográficas 205 3. Dinâmica produtiva e estrutura de emprego 207 3.1. Traços gerais da evolução da economia regional 208 3.2. Estrutura de emprego e recursos humanos 213 Do predomínio do sector primário ao crescimento do terciário 213 Evolução positiva das habilitações escolares e qualificações profissionais e dos ganhos médios mensais 224 Elevada importância das pensões e reformas no orçamento de grande parte dos habitantes e o aumento do apoio ao desemprego e do subsídio social de inserção 232 3.3. Tecido empresarial e especialização produtiva 237 3.4. Uma síntese das dinâmicas produtivas e do emprego 245 4. Ocupação do solo e as actividades agro-fiorestais 246 4.1. Ocupação e uso do solo: a importância das actividades ambientais 248 4.2. Evolução e caracterização das actividades agrícolas 261 O território e as produções agrícolas 261 Agricultores e explorações agrícolas 267 4.3. Dos produtos agrícolas tradicionais às novas vocações 272 4.4. Síntese da ocupação do solo e das actividades agrícolas 285 5. Centralidades e acessibilidades 288 5.1. A centralidade e o sistema urbano regional 290 5.2. Um nível diferenciado de acessibilidades e centralidades 300 5.3. A melhoria das acessibilidades e a estrutura urbana regional 311 5.4. Uma síntese das centralidades e acessibilidades na região 322 6. Escalas diferenciadas de análise reflectem-se em mosaicos territoriais 325 6.1. Mosaicos regionais reflectem diferentes níveis de competitividade, coesão e qualidade ambiental 326 6.2. Mosaicos intra-regionais reflectem ocupações e dinâmicas distintas 332 9

CAPÍTULO III MEMÓRIAS, REINVENÇÕES E INSTITUIÇÕES EM TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO 347 1. Enquadramento geral 347 2. As memórias e as inquietações locais 349 2.1. Ciclos sucessivos de perda demográfica constroem memórias sofridas e perdas de esperança 361 Um rural em despovoamento sucessivo 361 Um rural com melhores condições de vida mas despovoado 364 De um rural agrícola a um rural diversificado 365 Uma visão pessimista para o futuro 367 2.2. Ritmos migratórios desencadeiam processos de perdas e ganhos 368 Ciclos de entrada sucedem-se a ciclos de saída 368 Acessibilidades e serviços públicos melhoram a qualidade de vida local 370 O abandono do campo compromete a ideia de rural protegido 371 Um futuro incerto 372 2.3. Centralidade urbana e acessibilidades favorecem o vigor social e económico 372 Um quadro de emigração com um calendário mais curto 372 Políticas públicas favorecem a aglomeração 374 Agricultura regrediu e terciário alastrou 375 Perspectivas para o futuro 376 2.4. Síntese: memórias e trajectórias diferenciadas 377 3. A recriação do rural 381 3.1. Uma multiplicidade de eventos 384 As feiras reflectem a territorialidade e a temporalidade da diversidade do rural... 386 Nos anos 80 inicia-se um novo ciclo 391 A organização dos eventos e a construção de "inteligência colectiva" 392 A relevância dos impactos 394 3.2. As Feiras do Fumeiro e da Caça e Turismo 395 Feira do Fumeiro de Vinhais 395 Feira da Caça e do Turismo de Macedo de Cavaleiros 397 3.2.1. Um retrato dos visitantes das feiras 399 3.2.2. Um retrato dos expositores das feiras 405 3.3. Síntese: a recriação do rural através das feiras de produtos locais 413 10

4. A Governança territorial 416 4.1. Os diagnósticos e as estratégias partilhadas 421 Partilha de diagnósticos, estratégias e medidas de intervenção 422 As dinâmicas emergentes 427 4.2. Os actores identificados com o território 431 O papel das instituições públicas e privadas 432 A proliferação de organizações associativas 438 A nebulosidade institucional 443 4.3. Compromissos, parcerias e redes para o desenvolvimento regional e local 446 Parcerias intermunicipais 449 Parcerias intramunicipais 452 Selectividade geográfica 455 4.4. Sintese da governança e desenvolvimento das áreas rurais 459 CONCLUSÕES 463 BIBLIOGRAFIA 485 Em CD a Acompanhar o Livro DOCUMENTO COMPLEMENTAR Anexo I - FICHAS DAS FREGUESIAS OBJECTO DE ESTUDO DE CASO Anexo II - INQUÉRITOS REALIZADOS NAS FEIRAS Anexo III - QUESTIONÁRIO AOS PRESIDENTES DE CÂMARA 11