ROTINAS PREVIDENCIÁRIAS INTRODUÇÃO AO CNPJ E CEI

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Transcrição:

UNIDADE 1 C ROTINAS PREVIDENCIÁRIAS MÓDULO 1. CADASTRO INTRODUÇÃO AO CNPJ E CEI versão 1.0 dezembro/2010

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Ao final desta Unidade, você será capaz de: 1. Definir o que é cadastro; 2. Definir o que é um sujeito passivo perante a Previdência Social; 3. Identificar as diferenças entre um cadastro de CNPJ e um cadastro CEI; 4. Indicar quais sujeitos passivos devem ter CNPJ e quais devem ter CEI. PRÉ-REQUISITOS CONTEÚDO 1.1. Cadastro... 3 1.2. Sujeito Passivo... 3 1.3. Tipos de Cadastro... 5 1.4. Instrução normativa RFB 971/09... 6 2

1.1. Cadastro Este módulo gira em torno de um conceito fundamental: o cadastro. Mas... o que é um cadastro? Cadastro é um banco de dados onde estão registradas informações. Os tipos de cadastro que iremos abordar aqui reúnem informações capazes de identificar: uma pessoa e/ou um bem No campo previdenciário, o que a Lei nos diz? Segundo a Instrução Normativa RFB 971/2009, em seu artigo 17, considera-se: I - cadastro, o banco de dados contendo as informações de identificação dos sujeitos passivos na Previdência Social. 1.2. Sujeito Passivo O objeto do cadastramento é o sujeito passivo. Mas o que exatamente significa sujeito passivo? De acordo com o Código Tributário Nacional - CTN (artigos 121 a 123): Sujeito passivo é todo aquele que: Está obrigado ao pagamento de um tributo ou penalidade pecuniária (obrigações principais) ou, ainda, Todo aquele que deve cumprir determinada obrigação acessória no interesse da administração tributária (exemplo: emitir nota fiscal; preencher e enviar a declaração do imposto de renda etc.). E quem são os sujeitos passivos na Previdência Social? Na Lei 8212/91, os contribuintes aparecem nos artigos 12 a 15. Na Instrução Normativa 971/09, os contribuintes (sujeitos passivos) são identificados e definidos nos artigos 2º (empregados doméstico); 3º (empresa); 3º 4º (equipados à empresa), 4º (contribuintes segurados obrigatórios); 5º (quem pode ser segurado facultativo). A lista dos que são considerados sujeitos passivos previdenciários está na Lei 8.212/91 e também na Instrução Normativa 971, que nós já mencionamos, lembra? Esta lista é bastante extensa, mas podemos apontar três conceitos importantes em relação a alguns destes sujeitos passivos. 3

Contribuinte A Lei 8.212/91, em seu artigo 12, inciso V, explica quem são os contribuintes individuais. Entre eles, estão, por exemplo, aqueles que prestam serviços em caráter eventual e sem relação de emprego com uma ou mais empresas. Exemplo: eletricista autônomo que faz manutenção num equipamento de uma empresa. Temos, ainda, os que exercem por conta própria atividade econômica de natureza urbana. São os profissionais liberais. Por exemplo, um médico em seu consultório particular. Note que este contribuinte individual será equiparado à empresa em relação ao segurado que lhe presta serviço. Exemplo: se o médico citado contratar uma secretária para todos os dias lhe auxiliar no consultório, ele será equiparado à empresa para fins de cumprimento das obrigações previdenciárias em relação à secretária, que será segurada obrigatória da Previdência Social. Cooperativas As cooperativas estão definidas nos artigos 1093 a 1096, do Código Civil, e também nos artigos 208 a 212, da Instrução Normativa RFB 971. Destacamos que a cooperativa é uma sociedade de pessoas, sem fins lucrativos, destinada a prestar serviços aos seus associados. O cooperado é considerado segurado obrigatório na categoria de contribuinte individual. Da mesma forma que o contribuinte individual, se uma cooperativa tem segurados que lhe prestem serviços, em relação a estes ela será equiparada à empresa. Exemplo: uma cooperativa de médicos que contrata um contador como empregado para gerir suas finanças. Associações, ou entidades de qualquer natureza ou finalidade Associação é definida nos artigos 53 a 61 do Código Civil. Numa associação, pessoas se organizam para atingir uma finalidade comum não econômica e, diferentemente de uma sociedade que é integrada por sócios que detêm obrigações recíprocas, uma associação é composta por associados que não mantêm obrigações/direitos entre si. Assim como o contribuinte individual e a cooperativa, uma associação será equiparada à empresa sempre que houver um segurado lhe prestando serviço. Exemplo: Um clube recreativo que contrata um segurança. Note: entre os associados do clube (donos de títulos deste) não há vínculo obrigacional, mas entre a associação e seu contratado há e, nesse caso, a associação será equiparada à empresa para fins previdenciários. São eles: 1) Empresa; 2) Equiparado à Empresa; 3) Empregador Doméstico. Vejamos cada um destes conceitos. 1.2.1. EMPRESA Para fins previdenciários, o conceito de empresa é ampliado se comparado à legislação trabalhista e/ou à legislação cível. Para a Previdência Social, Empresa será toda sociedade ou empresário individual que assume o risco da atividade econômica exercida, seja ela urbana ou rural, com ou sem finalidade lucrativa, e, também, os órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta. 1.2.2. EQUIPARADOS À EMPRESA Pela Lei 8.212/91, são equiparados à empresa para fins previdenciários: o contribuinte individual (em relação ao segurado que lhe presta serviço); as cooperativas (em relação ao segurado que lhe presta serviço); as associações, ou entidade de qualquer natureza ou finalidade (em relação ao segurado que lhe presta serviço); a missão diplomática; a repartição consular. 1.2.3. EMPREGADOR DOMÉSTICO É o sujeito passivo previdenciário definido como a pessoa ou a família que admite empregado doméstico a seu serviço, mediante remuneração e sem finalidade lucrativa. Empregador doméstico não é equiparado à empresa! E mais: empregado doméstico não é apenas a pessoa contratada para prestar serviços de limpeza dentro de casa. É toda pessoa contratada para trabalhar para pessoa ou família, desde que o serviço prestado não agregue ao seu empregador a figura do lucro. Assim, um motorista particular, por exemplo, poderá ser considerado um empregado doméstico. 4

1.3. TIPOS DE CADASTRO A Previdência Social utiliza dois tipos de cadastros em relação aos seus sujeitos passivos. Certamente você já ouviu falar deles! Eles são: O Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); O Cadastro Específico do INSS (CEI). O número identificador do CNPJ ou do CEI corresponde à matrícula do sujeito passivo, devidamente cadastrado. 1.3.1. CNPJ Como sabemos quem deverá providenciar o cadastro no CNPJ e quem irá cadastrar-se pelo CEI? São, em regra, as pessoas jurídicas e equiparadas e, ainda, alguns entes despersonalizados, como condomínios edilícios, órgãos públicos, embaixadas, serviços notariais (cartórios) etc. A Instrução Normativa RFB 1005/10 (artigos 10 e 11) indica todos os que estão obrigados a se cadastrarem no CNPJ. Para fins previdenciários, serão relevantes os cadastros no CNPJ das empresas e equiparados. Lembramos que o conceito de empresa é amplo, englobando, inclusive, órgãos e entes da Administração Pública. Visite a página da Receita Federal. Ali você irá encontrar um resumo das entidades obrigadas à inscrição no CNPJ: www.receita.fazenda.gov.br > empresa > Cadastro - CNPJ > Quem está obrigado a se inscrever no CNPJ. 1.3.2. CEI O CEI é o Cadastro Específico do INSS. São, em regra: as pessoas jurídicas (e equiparadas) isentas do CNPJ, as obras de construção civil, o produtor rural contribuinte individual, o segurado especial, o titular de cartório (em seu nome, ainda que a serventia tenha CNPJ) etc. A Instrução Normativa RFB 971/09 (Artigo 19, inciso II e 1º e 2º) traz uma lista dos que estão obrigados a se cadastrarem no CEI. Na página da Receita Federal há um resumo das entidades obrigadas à inscrição no CEI: www.receita.fazenda.gov.br > empresa > todos os serviços > Cadastros Contribuições Previdenciárias > Matrícula CEI (Cadastro Específico do INSS). Se o ente tem CNPJ, não poderá ter CEI! 5

Hoje, é papel da Receita Federal do Brasil arrecadar e fiscalizar as contribuições previdenciárias devidas pelos sujeitos passivos previdenciários. Depois de arrecadada, a receita gerada pelas contribuições previdenciárias é repassada ao INSS. O INSS, por sua vez, é o responsável pelo pagamento dos benefícios previdenciários (aposentadoria, pensão e outros auxílios) aos segurados do regime geral de previdência social que, cadastrados, cumpram os requisitos legais para a sua fruição. Os segurados serão identificados através de um número específico o NIT que é o Número de Identificação do Trabalhador perante a Previdência Social (Art.17). Podemos afirmar, portanto, que as contribuições previdenciárias são uma das fontes de custeio dos benefícios pagos pelo INSS. Daí a importância do adequado cadastramento (CNPJ ou CEI), controle e fiscalização dos sujeitos passivos previdenciários pela Receita Federal, bem como o cadastramento dos segurados perante o INSS (NIT). 1.4. INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB 971/09 Agora que já sabemos quem são os sujeitos passivos previdenciários e quais são seus respectivos cadastros, podemos reler e compreender o artigo 17, da Instrução Normativa RFB 971/09 na sua totalidade. De acordo com o Art. 17, considera-se: I - cadastro, o banco de dados contendo as informações de identificação dos sujeitos passivos na Previdência Social; II - matrícula, a identificação dos sujeitos passivos perante a Previdência Social, podendo ser o número do: a) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para empresas e equiparados a ele obrigados; ou b) Cadastro Específico do INSS (CEI) para equiparados à empresa desobrigados da inscrição no CNPJ, obra de construção civil, produtor rural contribuinte individual, segurado especial, consórcio de produtores rurais, titular de cartório, adquirente de produção rural e empregador doméstico, nos termos do art. 19; III - inscrição de segurado, o Número de Identificação do Trabalhador (NIT) perante a Previdência Social. 6

Cadastro é um banco de dados contendo as informações de identificação (matrícula) dos sujeitos passivos na Previdência Social. Todos os sujeitos passivos da Previdência Social deverão estar cadastrados. São considerados sujeitos passivos da Previdência Social toda empresa ou equiparado e toda pessoa física que possuir obrigação de pagar contribuições previdenciárias (como os empregadores domésticos), ou, ainda, de prestar informações à Previdência Social. Os dois cadastros utilizados pela Previdência Social em relação aos seus sujeitos passivos são o CNPJ e o CEI. O CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) inclui as empresas, equiparados e alguns entes despersonalizados (condomínios edilícios, os órgãos públicos, as embaixadas, cartórios etc.). O CEI (Cadastro Específico do INSS) inclui as pessoas jurídicas e equiparadas, isentas do CNPJ, as obras de construção civil, o produtor rural contribuinte individual, o segurado especial, consórcio de produtores rurais, o titular de cartório, adquirente de produção rural, empregador doméstico etc. Se o ente tem CNPJ, não poderá ter CEI. 7