EFEITO DA SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DO MILHO PELO FARELO DE BISCOITO NA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE URÉIA DE CORDEIROS MORADA NOVA 1

Documentos relacionados
CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE ALBUMINA EM OVELHAS ALIMENTAS COM DIFERENTES FONTES ENERGÉTICAS E CONCENTRAÇÕES DE ENERGIA

CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE COLESTEROL EM OVELHAS ALIMENTADAS COM DIFERENTES FONTES ENERGÉTICAS E CONCENTRAÇÃO DE ENERGIA

CARACTERÍSTICAS MORFOMÉTRICAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS MORADA NOVA ALIMENTADOS COM FARELO DE BISCOITO

CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS MORADA NOVA ALIMENTADOS COM FARELO DE BISCOITO

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES SANGUÍNEOS DE NOVILHOS MANTIDOS EM PASTAGEM DE CAPIM MOMBAÇA SOB NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NITROGENADA

CONSUMO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO PRODUTIVO EM CORDEIROS ALIMENTADOS COM DIFERENTES FONTES E PROPORÇÃO DE VOLUMOSOS

DOI: Parte da tese de doutorado da primeira autora 2

PARAMETROS SANGUÌNEOS DE CABRAS LACTANTES ALIMENTADAS COM FARELO DE ARROZ (GORDO) (ORYZA SATIVA L.)

BALANÇO DE NITROGÊNIO DE CABRITOS ALIMENTADOS COM TANINO CONDENSADO NA DIETA

PERFIL PROTÉICO NO PRÉ-PARTO DE OVELHAS DA RAÇA IDEAL E A INFLUÊNCIA NO PESO AO NASCIMENTO E PERFIL PROTÉICO DOS CORDEIROS 1

Palavras-chave: agroindústria, alimentos alternativos, codornas europeias, resíduo de fruta

Palavras-chave: aditivos naturais, forragem, ionóforos, parâmetros sanguíneos

ANALISE DE PERFIL ENERGETICO DE OVINOS ALIMENTADO COM DIFERENTES NIVEIS DE FARELO DE CASCA DE MANDIOCA

file://d:\8_ruminantes\1216.htm

SUPLEMENTO PROTEICO ENERGÉTICO PARA OVINOS CONSUMINDO FORRAGEM DE BAIXA QUALIDADE: DIGESTIBILIDADE

VIABILIDADE ECONÔMICA DA SUBSTITUIÇÃO DO CONCENTRADO TRADICIONAL PELO RESÍDUO DE PANIFICAÇÃO NA DIETA DE CABRAS EM LACTAÇÃO

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

NÍVEIS DE UREIA, CREATININA E GLICOSE SANGUÍNEA E URINÁRIA DE VACAS HOLANDESAS SUBMETIDAS À DIETA COM ALTA PROTEÍNA 1

USO DE PIMENTA (CAPSICUM SPP.) COMO ADITIVO NATURAL SOBRE GLICOSE SANGUÍNEA E CONSUMO DE ÁGUA EM OVINOS

DESEMPENHO PARCIAL DE OVINOS ALIMENTADOS COM FENO DA PARTE AÉREA DA MANDIOCA EM SUBSTITUIÇÃO A SILAGEM DE MILHO

AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE FERMENTAÇÃO RUMINAL EM CABRAS LACTANTES ALIMENTADAS COM FARELO DE ARROZ (GORDO) (ORYZA SATIVA L.)

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO ÓLEO DE SOJA. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil

VALENÇA, Roberta de Lima Aluno de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), , São Cristovão, SE, Brasil.

DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO POR TORTA DE COCO BABAÇU EM RAÇÕES DE FRANGOS LABEL ROUGE DE 1 A 28 DIAS DE IDADE

DESEMPENHO DE TRÊS DIFERENTES LINHAGENS DE FRANGOS DE CRESCIMENTO LENTO NA FASE INICIAL

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO SUBPRODUTOS DA AGROINDÚSTRIA DE CERVEJARIA E ARROZ

CONSUMO DE NUTRIENTES EM OVINOS DE CORTE ALIMENTADOS COM FONTES PROTEICAS

BALANÇO HÍDRICO EM CABRAS ALIMENTADAS COM DIFERENTES NÍVEIS DE FENO DE GUANDU

DIGESTIBILIDADE APARENTE EM DIETAS CONTENDO FONTES PROTEICAS ALTERNATIVAS PARA OVINOS DE CORTE

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO GLICEROL PARA ALIMENTAÇÃO DE OVINOS

FENO DE GUANDU NA ALIMENTAÇÃO DE CABRAS SAANEN EM LACTAÇÃO

MEDIDAS MORFOMETRICAS DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO DE FARELO DE CASCA DE MANDIOCA

EFEITOS DO CAROÇO DE ALGODÃO INTEGRAL OU MOÍDO ASSOCIADO À QUITOSANA NO CONSUMO, DIGESTIBILIDADE E DESEMPENHO PRODUTIVO DE CORDEIROS

CARACTERISTICAS DE VÍSCERAS E GORDURA ABDOMINAL DE FRANGOS DA LINHAGEM LABEL ROUGE ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE URUCUM

CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA E EXCREÇÃO DE URÉIA E CREATININA EM NOVILHOS, A PASTO, SUPLEMENTADOS COM FONTES DE NITROGÊNIO NÃO PROTEICO.

SUPLEMENTO PROTEICO ENERGÉTICO A BASE DE MILHO OU CASCA DE SOJA PARA OVINOS CONSUMINDO FORRAGEM DE BAIXA QUALIDADE

DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE FÊMEAS RECEBENDO DIETAS COM NÍVEIS DE VALINA

DIGESTIBILIDADE APARENTE DE DIETAS CONTENDO ÓLEO DE FRITURA RESIDUAL COM DIFERENTES RELAÇÕES VOLUMOSO:CONCENTRADO PARA OVINOS

EFEITO DA TORTA DE BABAÇU E DA SILAGEM DE ABACAXI SOBRE A PRODUÇÃO DE PROTEÍNA MICROBIANA EM OVINOS

RENDIMENTO DE CORTES COMERCIAIS DE CORDEIROS SUBMETIDOS A DIETAS COM GRÃOS DE OLEAGINOSAS

Producote Feed O que é? Como devo fornecer o Producote Feed? Producote Feed Por que utilizar Ureia (NNP) na dieta?

UTILIZAÇÃO DE URUCUM NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGOS DA LINHAGEM LABEL ROUGE

PARAMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS DE COELHOS SUPLEMENTADOS COM QUITOSANA

Nome dos autores: Rafael de Sousa Carneiro Rafael de Sousa Carneiro 1 ; Glauco Mora Ribeiro 2

SUPLEMENTO PROTEICO ENERGÉTICO PARA OVINOS CONSUMINDO FORRAGEM DE BAIXA QUALIDADE

NÍVEIS DIETÉTICOS DE PROTEÍNA BRUTA SOBRE A DIGESTIBILIDADE DE BOVINOS DE CORTE EM PASTAGEM TROPICAL

PERFIL METABÓLICO DE CABRITOS EM TERMINAÇÃO ALIMENTADOS COM DIETAS COM TANINO CONDENSADO

MEDIDAS MORFOMÉTRICAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS SPRD ALIMENTADOS COM SILAGEM DE PALMA E OFERTA INTERMITENTE DE ÁGUA

DIGESTIBILIDADE IN VITRO DE DIETAS COM DIFERENTES NÍVEIS DE UREIA EXTRUSADA PARA BOVINOS DE CORTE CONFINADOS

DESEMPENHO E O COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIFERENTES RESÍDUOS DA INDÚSTRIA FRUTÍFERA RESUMO

BALANÇO NITROGENADO E SÍNTESE MICROBIANA EM CORDEIROS ALIMENTADOS COM DIETAS COM CAROÇO DE ALGODÃO INTEGRAL OU MOÍDO ASSOCIADO À QUITOSANA

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE NOVILHOS CONFINADOS SOB EFEITO DE DOSES DE COMPLEXO ENZIMÁTICO EM DIETA DE ALTA DENSIDADE ENERGÉTICA

DIGESTIBILIDADE DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO SUBPRODUTOS DA AGROINDÚSTRIA DE CERVEJARIA E ARROZ

SUPLEMENTAÇÃO ENERGÉTICA PARA OVINOS CONSUMINDO FORRAGEM TROPICAL: COMPORTAMENTO ALIMENTAR

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

QUALIDADE DO LEITE DE VACAS LEITEIRAS SUBMETIDAS À PASTEJO EM AZEVÉM COM ELEVADO NÍVEL PROTEICO 1

CONCENTRAÇÕES DE GLICOSE E URÉIA PLASMÁTICA DE VACAS GIROLANDO ALIMENTADAS COM SEMENTE DE LINHAÇA

NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO PELA PALMA FORRAGEIRA PARA NOVILHOS CONFINADOS: CONSUMO DE MATÉRIA SECA E FIBRA EM DETERGENTE NEUTRO

DESEMPENHO DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO DE FARELO DE CASCA DE MANDIOCA NA DIETA

PARÂMETROS RUMINAIS DE VACAS LEITEIRAS SOB PASTEJO SUPLEMENTADAS COM CO-PRODUTOS DA INDÚSTRIA DO BIODIESEL

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM URÉIA DE LIBERAÇÃO LENTA (OPTIGEN II) SOBRE A FUNÇÃO RUMINAL E ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL (ECC) DE VACAS LEITEIRAS

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO LEITE DE CABRAS ALIMENTADAS COM FEIJÃO GUANDU

DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS COM ORÉGANO ENTRE 7 A 28 DIAS DE IDADE

TRABALHO CIENTÍFICO (MÉTODO DE AUXÍLIO DIAGNÓSTICO PATOLOGIA CLÍNICA)

BALANÇO DE NITROGÊNIO DE BOVINOS DE CORTE ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO DIFERENTES NÍVEIS DE UREIA EXTRUSADA

SUBSTITUIÇÃO DO FARELO DE SOJA POR FARELO DE SOJA PROTEGIDO (SOYPASS) SOBRE PARÂMETROS RUMINAIS E SANGUÍNEOS DE VACAS LEITEIRAS EM CONFINAMENTO

CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DA CARNE DE CORDEIROS ABATIDOS EM DIFERENTES CLASSES DE PESO E TEMPO DE PERMANÊNCIA AO CONFINAMENTO

INFLUÊNCIA DOS PERÍODOS SECO E CHUVOSO SOBRE OS NÍVEIS DE GLICOSE CIRCULANTE EM CAPRINOS E OVINOS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE (FÊMEAS) SUBMETIDOS A RESTRIÇÃO ALIMENTAR QUANTITATIVA

Avaliação dos derivados de purina urinários em comparação com purinas duodenais para estimativa da síntese de proteína microbiana ruminal em ovinos.

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO INGESTIVO DE BEZERROS LEITEIROS ALIMENTADOS COM DIETAS ALTERNATIVAS

EFEITO RESIDUAL DOS NÍVEIS DE METIONINA + CISTINA SOBRE O DESEMPENHO PRODUTIVO DE POEDEIRAS NA FASE FINAL DE POSTURA

DESEMPENHO DE CORDEIROS SUBMETIDOS A DIETAS CONTENDO GRÃO DE SOJA E CAROÇO DE ALGODÃO

PERFIL SÉRICO DE CABRAS SAANEN EM LACTAÇÃO EM FUNÇÃO DA INCLUSÃO DA MACROALGA Gracilaria birdiae NA DIETA. Apresentação: Pôster

EFEITO DA INCLUSÃO DE MONENSINA SOBRE OS NÍVEIS DE GLICOSE DE OVINOS MESTIÇOS ½ DORPER + ½ SANTA INÊS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

ADIÇÃO DE CAPSICUM SPP (PIMENTA) SOBRE O CONSUMO DE NUTRIENTES NA ALIMENTAÇÃO DE OVINOS

EFEITO DA FITASE SOBRE O DESEMPENHO E TEOR DE URÉIA NO PLASMA DE SUÍNOS NA FASE DE CRESCIMENTO 1

NÍVEIS DE NITROGÊNIO UREICO NO LEITE DE VACAS EM PASTEJO DE AZEVÉM 1

FRACIONAMENTO DE PROTEÍNAS DO CONCENTRADO COM NÍVEIS CRESCENTES DE MILHETO EM SUBSTITUIÇÃO AO MILHO EM DIETAS DE OVINOS DE CORTE EM CONFINAMENTO

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR

DESEMPENHO DE BEZERROS E DIGESTIBILIDADE DE DIETAS COM NÍVEIS DE CASCA DE SOJA E MILHO GRÃO INTEIRO OU MOÍDO

Interpretação de Exames Laboratoriais para Doença Renal

INCLUSÃO DA CASCA DE SOJA NO CONCENTRADO DE CAVALOS ADULTOS: DIGESTIBILIDADE APARENTE DOS NUTRIENTES

Uso da creatinina como indicador da excreção urinária em ovinos

DEGRADABILIDADE IN VITRU DE CONCENTRADOS CONTENDO INCLUSÃO DO FARELO DO MESOCARPO DO BABAÇU EM DIETAS A BASE DE GRÃO DE MILHETO MOÍDO PARA BOVINOS

Uso do resíduo da casquinha de milho como fonte de fibras para coelhos em crescimento

DESEMPENHO INICIAL DE FRANGOS DE CRESCIMENTO LENTO ALIMENTADOS COM TORTA DE ALGODÃO

COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DA CARNE DE OVINOS SPRD ALIMENTADOS COM SILAGEM DE PALMA E COM OFERTAS INTERMITENTES DE ÁGUA

DESEMPENHO DE CORDEIROS MESTIÇOS TEXEL DE DIFERENTES CLASSES DE CONSUMO E GANHO RESIDUAL

NÍVEIS DE SUPLEMENTAÇÃO ENERGÉTICA PARA OVINOS CONSUMINDO FORRAGEM TROPICAL: DIGESTIBILIDADE DOS NUTRIENTES

DIFERENTES NÍVEIS DE CÁLCIO E ÓLEO EM DIETAS DE POEDEIAS DE 70 A 73 SEMANAS DE IDADE

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE BOVINOS EM PASTEJO RECEBENDO SUPLEMENTOS MÚLTIPLOS COM TANINOS E UREIA NO PERÍODO SECO

COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA EM SILAGENS DE SORGO TRATADAS COMO UREIA E SUBMETIDAS A EXPOSIÇÃO AERÓBICA

PESO E ESCORE CORPORAL EM OVELHAS SANTA INÊS SUPLEMENTADAS COM GLICERINA BRUTA ANTES E DURANTE A ESTAÇÃO DE MONTA

DETERMINAÇÃO DOS VALORES DE REFERÊNCIA PARA URÉIA E CREATININA SÉRICAS EM EQÜINOS.

Níveis de lisina digestível em rações para poedeiras semipesadas no período de 47 a 62 semanas de idade e seus efeitos sobre o desempenho produtivo.

COMPOSIÇÃO QUIMICA DE FARINHAS DE DIFERENTES ESPÉCIES DE INSETOS COMO INGREDIENTE PARA RAÇÃO ANIMAL

COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DO MÚSCULO LONGISSIMUS LUMBORUM DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO TORTA DE LICURI

Transcrição:

EFEITO DA SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DO MILHO PELO FARELO DE BISCOITO NA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE URÉIA DE CORDEIROS MORADA NOVA 1 Alex dos Santos Rodrigues JUNIOR* 1, Luiz Carlos Oliveira de SOUSA 1, Elane Duarte Soares 1, Paulo de Tasso VASCONCELOS FILHO 1, Luiza de Nazaré Carneiro da SILVA 1, Renata Teixeira ALENCAR 1, Hélio Henrique Araújo COSTA 1, Aline Vieira LANDIM 1 *autor para correspondência: alex56rodrigues@gmail.com 1 Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, Ceará, Brasil Abstract: The objective of this study was to evaluate the effect of the partial replacement of corn with the inclusion of biscuit bran in serum concentrations of urea of lambs of Morada Nova. It was used twenty lambs, with initial weight 17.1±3.74 kg and four months of age, distributed in a completely randomized design, in split plots, with the plots the levels of inclusion of biscuit, and in the subplots, the four times of collection, with five replicates per treatment. The diets were based on Tifton hay 85, corn, soybean meal and increasing levels of biscuit bran (zero, 15%, 30% and 45%) in partial replacement of corn. Was fulfilled the collection of blood per puncture of the jugular vein to determine the concentrations of urea, in four of pre-defined times (zero hour or prior to the delivery of the diet, 2h, 5h and 8h postprandial). The diets were provided in one time. There was effect (P <0.05) of diets on the urea content of only in time of 5 hours after feeding. The biscuit bran influences the level of urea plasma levels in sheep, but without negative changes to the operation normal physiological. Palavras-chave: nitrogênio, perfil hematológico, subprodutos Introdução Estudos que permitem gerar informações sobre a melhor forma de utilização dos subprodutos na alimentação de ruminantes, fazem-se necessários. Entre os

subprodutos gerados pelas industrias destacam-se os resíduos da panificação. Contudo, diversos autores relatam a existência de grandes diferenças na composição química nestes resíduos, sendo necessário então estudos que permitam mensurar seus efeitos quando utilizados na alimentação animal. Esse resíduo vem sendo testado como substituto do milho na dieta de ruminantes, porém a composição bromatológica do resíduo de panificação encontrada na literatura é muito ampla. Nesse contexto, os resíduos da panificação, surgem como alternativa alimentar para ruminantes no semiárido brasileiro, podendo substituir o milho, que é um alimento nobre e utilizado na alimentação humana, o que eleva os custos de produção. Diante do exposto, objetivou-se avaliar o efeito da substituição parcial do milho moído com a inclusão do farelo de biscoito na concentração sérica de uréia de cordeiros da raça Morada Nova. Material e Métodos A pesquisa foi realizada no Núcleo de Pesquisa em Nutrição de Pequenos Ruminantes da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, CE. Foram utilizados vinte cordeiros, com peso inicial 17,1±3,74 kg e quatro meses de idade, distribuídos em um delineamento ao acaso, e alocados em gaiolas metabólicas, dotadas de comedouros, bebedouros e saleiros. As dietas foram à base de feno de Tifton 85, milho, farelo de soja e níveis crescentes de farelo de biscoito (zero, 15%, 30% e 45%) em substituição parcial ao milho. Água e sal mineral à vontade. O período de adaptação dos animais às dietas e às gaiolas foi de 15 dias e ao final do ensaio de consumo e digestibilidade, em um único dia, foi realizada a coleta de sangue. Realizou-se a coleta de sangue por punção da veia da jugular para determinar as concentrações de uréia, em quatro tempos pré-estabelecidos (zero hora ou antes do fornecimento da dieta, 2h, 5h e 8h pós-prandial). As dietas foram fornecidas em uma só vez. As amostras do sangue coletado foram imediatamente

centrifugadas a 3500 rpm por cinco minutos para separação e obtenção do soro sanguíneo, e armazenado em freezer a -20 C para posterior análise. A dosagem de uréia sérica foi realizada por meio de kits Labtest através de leituras colorimétricas em espectrofotômetro em absorbância em 600 nanômetros. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente ao acaso, em parcelas subdivididas, tendo nas parcelas os níveis de inclusão do farelo de biscoito, e nas subparcelas, os quatro tempos de coleta, com cinco repetições por tratamento. As médias foram comparadas pelo teste Duncan admitindo significância de 0,05. Utilizou-se o procedimento Proc GLM do Statistical Analysis System SAS 9.0. Resultados e Discussão Houve influência (P<0,05) das dietas sobre o teor de ureia (Tabela 1) no tempo de 5 horas após a alimentação, e não foi observada influência (P>0,05) das dietas nos demais tempos. Observou-se maiores valores de ureia para os ovinos alimentados pela dieta com 30% de inclusão do FBISC (57,15 mg/dl), seguido por 45% (54,65 mg/dl) e 15% (51,06 mg/dl), sendo que os animais desta última dieta não diferiram dos animais que não receberam FBISC (0%) na dieta (45,05 mg/dl). Tabela 1. Concentrações séricas de ureia (mg/dl) em ovinos Morada Nova alimentados com farelo de biscoito Tempo (h) Dietas 1 0 15 30 45 EPM 0 44,83 49,94 51,02 51,26 1,90 2 45,03 51,46 57,03 56,42 2,62 5 45,05 B 51,06 AB 57,15 A 54,64 A 1,40 8 35,28 52,74 43,99 49,74 3,48 EPM: Erro padrão da média. Médias seguidas de letra comum, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Duncan a 5% de significância.

Os maiores valores de ureia sanguínea foram observados nos ovinos que consumiram FBISC, valores este que em determinados níveis esteve um pouco acima da referência que de 24 até 50 mg dl 1 (Diaz González et al., 2000). É importante lembrar que os níveis de ureia sanguínea sofrem interferência, principalmente do teor de proteína consumida. Nesse sentido, observa-se que os altos níveis de ureia sanguínea nos ovinos são consequência do alto teor de proteína consumida, pois a amônia produzida durante o metabolismo do nitrogênio no rúmen, que não é utilizada pelos microrganismos, é absorvida pela parede ruminal. A amônia é uma molécula nitrogenada tóxica ao organismo, sendo necessário seu transporte até o fígado, pela corrente sanguínea, onde, a partir dela, é sintetizada outra forma de nitrogênio, a ureia. De acordo com Santos (2011) a reciclagem de ureia tem significativa contribuição para os ruminantes, principalmente para animais com baixo consumo de PB, o que provavelmente fez com que o teor de ureia circulante fosse maior. Vale ressaltar que a reciclagem de ureia proporciona maior gasto energético, pois para a formação de cada mol de ureia são gastos dois moles de ATP, para que haja eficiência na reciclagem e excreção da ureia exige-se maior eficiência do fígado e dos rins, respectivamente (Kozloski, 2011). Os ruminantes possuem a capacidade de controlar a excreção de compostos nitrogenados através dos rins, a partir da reabsorção tubular de ureia, que acontece em casos de deficiência de nitrogênio no sistema. A concentração mínima de ureia no plasma ocorre antes da alimentação (tempo zero), e a máxima, aproximadamente, 4 a 6 horas após a alimentação (Butler et al., 1996). Assim, o tempo de 4 horas após a alimentação já se consolidou na literatura, como sendo ideal para colheita de sangue, para estimação de metabólitos sanguíneos. E, nesta pesquisa, verificou-se que a concentração de ureia no plasma apresentou comportamento quadrático em função do tempo, pois apesar da ausência de efeito, os ovinos apresentaram menores valores de ureia plasmática no tempo de 8 horas.

Este fato, possivelmente, foi evidenciado devido à uma possível elevação do tempo de alimentação à medida que o FBISC substituía o milho. Ressalta-se que a velocidade com que os teores de amônia plasmática se elevam depende, sobretudo, da taxa de liberação do nitrogênio no rúmen, assim, aumentam-se as concentrações de amônia e, posteriormente, de ureia no plasma. Conclusão O FBISC influencia o teor de ureia plasmática em ovinos Morada Nova, porém sem alterações negativas ao funcionamento fisiológico normal. Agradecimentos A Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA e a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico FUNCAP. Referências Butler, W. R.; Calaman, J. J.; Beam, S. W. 1996. Plasma and milk urea nitrogen in relation to pregnancy rate in lactating dairy cattle. Journal of Animal Science 74:858-65. Diaz González, F. H.; Barcellos, J. O. J.; Ospina Patiño, H. O.; Ribeiro, L. A. O. 2000. Perfil metabólico em ruminantes: seu uso em nutrição e doenças nutricionais. ed. UFRGS, Porto Alegre. Kozloski, G. V. 2011. Bioquímica dos ruminantes. 3th ed. UFSM, Santa Maria. Santos, F. A. P. 2011. Metabolismo de proteínas. p.287-310. In: Nutrição de Ruminantes. Berchielli, T. T.; Pires, A. V.; Oliveira, S. G., ed. FUNEP, Jaboticabal.