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Transcrição:

Informativo CNI INFORMATIVO DE BUENOS AIRES Estados Unidos iniciarão uma investigação por suposto dumping de biodiesel argentino Diálogo Brasil-Argentina avança: previsão de participação empresarial 2 3 Argentina e Brasil assinam acordos automotivos com Colômbia O governo argentino assinou, no dia 7 de abril, um acordo automotivo com a Colômbia para a redução de impostos no comércio de automóveis entre os dois países. O acordo contempla uma cota simétrica sem cobrança de tarifa de importação para 42.000 veículos por ano até o final do quarto ano de implementação - 30.000 veículos leves e 12.000 caminhões. O acordo poderá ter um impacto considerável no mercado automotivo, já que a cota de 42.000 veículos representou aproximadamente 21% do total exportado pelo setor em 2016. Além do impacto nas exportações, o acordo tem importante significado simbólico, confirmando a decisão do governo e da indústria de maior abertura do setor. As cotas são simétricas entre ambos os países e incrementais. Serão adotadas: 1º ano: 9.000/12.000 unidades; 2º ano: 21.000 unidades; 3º ano: 28.000 unidades; e 4º ano: 42.000 unidades. Atingir 100% da cota a partir do quarto ano representará um volume de comércio para cada país de 700 milhões de dólares. Foi estabelecida ainda uma cota para pick-ups, pesados, autocarros e chasis com 2.000 unidades no primeiro ano até atingir as 12.000 no último período de vigência do acordo, enquanto o restante da cota corresponde a automóveis, SUV (do inglês Sport Utility Vehicle) e veículos comerciais leves. Exportações Argentinas de Veículos País Unidades Participação Brasil 141.370 70,4% México 15.267 7,6% Chile 7.235 3,6% Estados Unidos 6.256 3,1% Austrália 5.029 2,5% Peru 4.498 2,2% Colômbia 4.308 2,1% Uruguai 3.020 1,5% Paraguai 2.858 1,4% Total 200.840 1

Espera-se que a Argentina se beneficie com o acordo, dado que a Colômbia conta com um setor ainda incipiente. Considerando o mercado atual, será desafiador atingir a cota de 42.000 veículos para o quarto ano, especialmente diante da maior concorrência esperada de veículos brasileiros e mexicanos no mercado colombiano, em um momento de queda das vendas no Brasil e de grande incerteza das perspectivas de vendas mexicanas nos Estados Unidos. No dia 11 de abril, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Marcos Pereira, finalizou as tratativas do acordo automotivo do Brasil com a Colômbia, em agenda de trabalho atendendo a diversas reuniões em Buenos Aires. Voltado para o comércio de automóveis, vans e veículos comerciais leves, o acordo também é baseado em cotas simétricas e isentará o intercâmbio do recolhimento do Imposto de Importação de 16%. As cotas acordadas serão de 12 mil unidades no primeiro ano de vigência do acordo, 25 mil unidades no segundo e 50 mil unidades do terceiro ao oitavo anos. 1 Está prevista uma revisão do acordo, caso seja atingida a cota de 50 mil unidades. Estados Unidos iniciarão uma investigação por suposto dumping de biodiesel argentino Em 23 de março, uma coalizão da indústria norte-americana de biodiesel, liderada pela Junta Nacional do Biodiesel (National Biodiesel Board - NBB), solicitou ao Departamento de Comércio e à Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos a imposição de direitos antidumping e compensatórios contra as importações de biodiesel da Argentina e Indonésia. A NBB acusa os produtores argentinos de exportar biodiesel a preços de dumping (o valor de exportação menor do que o praticado no mercado interno) e de se beneficiarem de subsídios distorcivos que favorecem as exportações argentinas, prejudicando, dessa forma, a indústria norte-americana. A Câmara Argentina de Biocombustíveis (CARBIO) recusou categoricamente as acusações e, ao governo argentino, assegurou que não existem evidências da prática de dumping, além de enfatizar que os argumentos apresentados já foram recusados por tribunais internacionais. A OMC decidiu em favor da Argentina no ano passado, tanto em primeira instância como na fase de apelação, contra uma medida antidumping imposta pela União Europeia similar à pretendida pela indústria do biodiesel dos Estados Unidos. A medida, declarada ilegal, estava baseada, segundo o governo argentino, nos mesmos argumentos que agora reitera a indústria dos EUA. Exportações Argentinas de Biodiesel Milhões de USD 1 - http://www.mdic.gov.br/index.php/noticias/2432-brasil-fecha-acordo-que-vai-triplicar-venda-de-automoveis-para-a-colombia 2

O biodiesel é o principal produto de exportação argentina aos Estados Unidos e o mais dinâmico, somando US$ 1.240 milhões (2,1% do total das exportações argentinas). Isto não impediu que a balança comercial fosse deficitária para a Argentina em USD 2.200 milhões. Em 13 de abril, o governo norte-americano iniciou as investigações antidumping e de direitos compensatórios, de acordo com comunicado publicado pelo Departamento de Comércio de Estados Unidos. As resoluções preliminares do Departamento de Comércio serão anunciadas em 8 de maio. No caso de uma avaliação que aponte para prejuízos ao mercado interno de biodiesel, o Departamento de Comércio poderá implementar medidas transitórias antidumping e de direitos compensatórios em junho e agosto 2017, respectivamente, ainda que estas datas possam ser modificadas conforme o prazo de duração da investigação (até dois anos). Diálogo Brasil-Argentina avança: previsão de participação empresarial Durante a IV Reunião da Comissão Bilateral de Produção e Comércio entre a Argentina e o Brasil, avançou-se sobre temas relacionados à harmonização de normas técnicas e sanitárias para o comércio bilateral, assim como à eliminação da dupla tributação no intercâmbio de serviços entre os países. Estas questões foram marcadas como prioritárias pelos presidentes Mauricio Macri e Michel Temer durante sua última reunião, em Brasília. Depois da reunião, o Ministro de Produção Argentino, Francisco Cabrera, e o Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil, Marcos Pereira, realizaram uma conferência de imprensa conjunta na qual destacaram os principais pontos da reunião. Cabrera enfatizou os avanços para a assinatura de um acordo de investimentos, a digitalização dos certificados comerciais e a criação do Conselho Empresarial Brasil-Argentina (CEMBRAR), a serem incorporados à Mesa de Diálogo. Sobre esta última iniciativa, o ministro indicou que a participação de representantes do setor privado estará a cargo da Confederação Nacional de Indústria (CNI) do Brasil e da União Industrial Argentina (UIA) pelo lado argentino. Estes empresários estarão incorporados à próxima Mesa de Dialogo, que será realizada na metade do ano, em Brasília. No balanço geral, avanços podem ser registrados em temas relacionados a normas técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e em um acordo para evitar a dupla tributação em serviços. O acordo deverá ser aprovado por ambos os Congressos e permitirá dar impulso aos serviços de valor agregado, explicou Cabrera. Finalmente, quanto ao acordo comercial com a União Europeia, ambos os ministros confirmaram sua disposição para a assinatura de um acordo comercial, no marco da Reunião Ministerial da Organização Mundial de Comércio (OMC) em Buenos Aires, em dezembro de 2017. A DINÂMICA DAS IMPORTAÇÕES ARGENTINAS APÓS O CEPO 2 E AS DJAIS: VOLTA aos anos 90 ou SIMPLES NORMALIZAÇÃO? Depois de ter atingido um recorde histórico de US$ 74,4 bilhões em 2013, o valor das importações argentinas caiu de forma contínua até chegar, em 2016, a US$ 55,6 bilhões - o menor nível desde a crise financeira internacional em 2009. A queda de importações coincide com a ocorrência de um forte choque externo que afetou o país com a queda dos preços das commodities a partir de 2013, desaceleração do crescimento e, posteriormente, recessão no 2 - Regime de controle cambial adotado pelo governo anterior. 3

Brasil a partir de 2014. Os fenômenos afetaram fortemente a demanda externa do país, forçando a um ajuste nas importações. No caso argentino, ante a inflexibilidade da política cambial durante o governo anterior, o ajuste realizou-se com base em estritos controles cambiais, restrições não alfandegárias (DJAIs) e impostos sobre veículos importados. A queda nos preços dos bens importados, especialmente combustíveis, facilitou o ajuste nos valores importados entre 2014 e 2016. De fato, enquanto as quantidades importadas reduziram-se ao redor de 6% entre 2014 e 2016, os preços de importação caíram quase 21% durante o mesmo período. Em todo o caso, o ajuste realizado com o choque externo traduziu-se em diminuição da participação de importações sobre o PIB em dólares, que passou de 14,1% em 2011 a 9,5% em 2015, para depois aumentar levemente até 10,4% em 2016. Importações Em bilhões USD e % sobre PIB 18,0% 16,0% 14,0% 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% 10,9% 15,9% 11,6% 14,1% Média 2003-2016 12,8% 9,5% 10,4% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Em 2016, a participação de importações sobre o PIB permaneceu abaixo da média do período 2003-2016, de 12,8%, e abaixo da média latino-americana (próxima de 20%). De fato, a Argentina foi, durante 2015, a terceira economia com menor participação das importações no PIB no mundo, só atrás da Nigéria e do Sudão. Ainda que a indústria local tenha enfrentado maior concorrência externa, os níveis permaneceram baixos. A participação de importações sobre consumo aparente aumentou de 17,7% em 2015 para 20,6%, em 2016, na indústria manufatureira, níveis similares aos de 2014 e abaixo dos registrados em anos anteriores. Importações sobre Consumo Aparente. Indústria manufatureira 2007 2010 2013 2014 2015 2016 INDÚSTRIA TOTAL 27% 25% 22% 21% 18% 21% Produtos têxteis 22% 21% 17% 16% 15% 18% Couro e calçado 18% 16% 15% 15% 15% 22% Produtos químicos 40% 37% 32% 33% 30% 32% Aparelhos elétricos 41% 50% 47% 46% 39% 48% Automotores 50% 52% 51% 46% 40% 49% 4

É importante ressaltar que os dados agregados escondem realidades complexas, como é o caso das indústrias de têxteis e de calçados, em que se verificaram retrações do mercado doméstico com um aumento significativo das importações. No entanto, a ideia de uma onda importadora que afetou gravemente a indústria local não se verificou. Também parece pouco consistente uma comparação com os anos noventa, período durante o qual as importações cresceram, em valor, a uma taxa média anual de 27,5% (56% ao início do processo de liberalização entre 1991 e 1995) e, em quantidade, a uma taxa média anual de 30% (60% ao início do processo de liberalização). Somente entre 2003 e 2011 houve um período de aumento similar nas importações argentinas. Importações (em valor e quantidade) Var % por ano 90,0% Valor Cantidad 40,0% -10,0% -60,0% 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* Em comparação, as importações caíram 6,9% em valor e cresceram 3,8% em quantidade durante o ano de 2016. Em relação ao ano de 2017, prevê-se que as importações se mantenham constantes em quantidade e cresçam tão somente 3,3% em valor. Um crescimento mais que moderado que refuta qualquer alerta sobre uma onda importadora e qualquer comparação com o período de liberalização dos primeiros anos da década dos 1990. INFORMATIVO DE BUENOS AIRES Publicação mensal Confederação Nacional da Indústria - CNI www.cni.org.br Unidade de Negociações Internacionais - NEGINT Gerente Executiva: Soraya Saavedra Rosar Equipe Técnica: Carolina Matos, Eduardo Freitas Alvim, Fabrizio Panzini e Lucia Maduro E-mail: negint@cni.org.br Website: negint.cni.org.br Supervisão Gráfica: Núcleo de Editoração CNI Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. Documento elaborado a partir de informações da ABECEB com dados entre os dias 18 de março de 2017 a 18 de abril de 2017.