Comércio e negociações internacionais. Reinaldo Gonçalves
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1 Comércio e negociações internacionais Reinaldo Gonçalves
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3 Negociações comerciais internacionais: impasses e perspectivas
4 Tese Os acordos comerciais reduzem o grau de autonomia de políticas orientadas para o desenvolvimento econômico. Entretanto, há grau de liberdade para políticas pró-ativas.
5 Arranjos e negociações internacionais: Agenda negativa vs agenda positiva Agenda negativa - constituída pelas limitações de jure às políticas públicas em geral, e às políticas industriais, em particular Agenda positiva - expressa as brechas nestes arranjos, sejam eles, multilaterais, plurilaterais ou bilaterais
6 Objetivos 1. Análise das negociações comerciais internacionais 2. Como podem afetar a política de desenvolvimento (policy space autonomia de política) 3. Janelas de oportunidade são abertas para políticas pró-ativas de desenvolvimento
7 Negociações internacionais Processos em negociação e cenários OMC Mercosul-União Européia Alca Mercosul
8 1 OMC: Futuro incerto Suspensa em julho de 2006 e de 2008 Cenários A. Precipitação (retomada rápida e conclusão final 2007, 2008, ) B. Linha de menor resistência (retomada lenta e pacote minimalista , ) C. Hibernação (suspensão das negociações)
9 Cenário A - Precipitação Retomada rápida e conclusão final 2007, 2008, EUA: subsídios agrícolas (oferta mínima ou aparente melhora) EU: acesso a mercado (idem) Índia, Brasil et al: concessões acesso a mercado Países em desenvolvimento: aceitação Avanços marginais
10 Janelas de oportunidade NAMA: acesso para produtos nãoagrícolas TRIPS TRIMS SCM Anti-dumping Salvaguardas
11 NAMA Fórmula suíça simples (t*=ta/t+a) Tarifas consolidadas Flexibilidade (coef. PD e PED) Flexibilidade exceções para a fórmula Black box Prazos de implementação diferenciados Acordos setoriais
12
13 Acordos setoriais EUA: eletroeletrônicos, química, bens ambientais CNI: eletroeletrônicos, químicos, farmacêuticos, automotivo, pescado, têxteis, mat. esportivo, etc
14 Cenário B Linha de menor resistência Pacote minimalista Acesso a mercado: pequeno avanço NAMA, agric. e serv. Iniciativa Ajuda para o Comércio TED: LDCs Regras de origem: aperfeiçoamento Resolução de conflitos: idem Acordos setoriais: serv. e NAMA Avanços não significativos
15 Cenário C - Hibernação OMC: TPR, solução de conflitos e gerenciamento de acordos existentes (SPS, TBT, etc) Acordos setoriais Pressão para novas regras investimento, compras governamentais e competição Maior impulso para acordos bilaterais e plurilaterais Manutenção picos tarifários, subsídios e proteção prods. agrícolas
16 Resultados Risco de maior protecionismo (conjuntura internacional) Avanço dos acordos bilaterais e plurilaterais Autonomia de política não se altera (dimensão multilateral)
17 CENÁRIOS DA RODADA DOHA: PRINCIPAIS DIFERENÇAS Medida de política Cenário A Precipitação Cenário B Retomada lenta Cenário C Hibernação Tarifas Prods. Agrícolas Países desenvolvidos Redução 36% Redução 36% Países em desenvolvimento Redução 24% Redução 24% Prods. manufaturados Países desenvolvidos Redução 23% (A=10) Redução 50% (A=3) Países em desenvolvimento Redução 38% (A=25) Redução 34% (A=30)
18 Estrutura tarifária (agríc. e manuf.) Percentual de prods. com tarifa zero Redução marginal Impostos específicos Redução marginal Tarifas máximas Redução marginal Picos tarifários Redução marginal
19 Subsídios à exportação Países desenvolvidos Redução marginal Países em desenvolvimento Redução marginal Incentivos à produção Países desenvolvidos Redução de 33% Países em desenvolvimento
20 IMPACTO DAS NEGOCIAÇÕES DE DOHA SOBRE A RENDA REAL (VALORES US$ MILHÕES E % DO PIB) Simulação Doha Simulação Hong Kong Valores $ do PIB Valores % do PIB Mundo , ,14 Países desenvolvidos , ,09 Países em desenvolvimento , ,34 América Latina (AL) , ,11 Brasil , ,20 México 100 0,02 0 0,00 Argentina 700 0, ,22 Restante AL 400 0, ,08
21 RODADA DOHA: SIMULAÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO RETORNO DOS FATORES DE PRODUÇÃO Capita l Terra Mão-deobra rural Mão-de-obra de baixa qualificação Mão-deobra qualificad a Mundo 0,132-2,248 0,566 0,039 0,177 Países desenvolvidos 0,083-9,400 0,072 0,042 0,132 Países em desenvolvimento 0,310 1,714 0,826 0,024 0,536 América Latina 0,057 4,413 0, ,129 Brasil 0,209 15,49 0, ,141 México - 0,072-2,707-0, ,075 Argentina 0,087-0,397 0, ,420 Restante AL 0,004 5,258 0, ,030
22 Liberalização na agricultura Impacto pouco expressivo Brasil ganhos US$ 250 milhões US$ 1,1 bilhão Preços da commodities agrícolas sobem } trabalhadores brasileiros perdem Ganhos concentrados nas grandes propriedades de terra; trabalhador com ganho zero ou negativo Perda de renda na indústria brasileira
23 2. Integração regional: Negociações plurilaterais
24 2.1 Mercosul-União Européia Lançamento 1995 Standstill Àreas: Bens (temas tradicionais OMC, SPS, TBT... ) Serviços (Trips, Trims) Compra governamentais (+ política de concorrência e solução de conflitos) Ofertas foram feitas
25 Peça de resistência Abertura de bens e serviços, TRIMS e compras governamentais (Mercosul) Versus Abertura do mercado de prods. agrícolas (UE) Improvável qualquer acordo no futuro previsível
26 2.2 ALCA Início 1994 Standstill ou abandono? Single undertaking Abrangente Benefícios: maior concorrência, mais investimentos, melhores condições de acesso ao mercado hemisférico
27 Peça de resistência EUA Acesso ao mercado de produtos agrícolas Anti-dumping e subsídios Listas de ofertas dirigidas (grupos de países) Brasil TRIMs TRIPS Compras governamentais
28 Alca Improvável qualquer acordo no futuro previsível Negociações bilaterais (setoriais com os EUA 15 a 20) Autonomia para políticas setoriais?
29 2.3 Mercosul Aprofundamento vs ampliação Ampliação: Bolívia (acordo de adesão parcial, 1995); Chile (acordo de alcance parcial), Venezuela (2006), CAN, México, África do Sul. TEC: perfuração (lista de exceções, ex-tarifários ) Regimes especiais (ZFM, drawback, Recof, regime automotivo)
30 Peça de resistência Ampliação Sem eliminação de exceções Manutenção de autonomia de política
31 Conclusão Os acordos comerciais reduzem o grau de autonomia de políticas orientadas para o desenvolvimento Entretanto, há grau de liberdade para políticas pró-ativas.
32 Obrigado! Clicar docentes Clicar Reinaldo Gonçalves
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