OPORTUNIZANDO A INCLUSÃO E O ACESSO AO ENSINO SUPERIOR: A EXPERIÊNCIA DA FACULDADE GAMA E SOUZA Resumo TEIXEIRA, Ana Cristina de Souza 1 - FGS-RJ / CMP HGSCM-RJ MACEDO, Juliana Gomes de 2 - FGS-RJ / ISERJ Relato de Experiência - Diversidade e Inclusão Agência Financiadora: não contou com financiamento Este trabalho é um relato de experiência sobre a inclusão do graduando residente em comunidades menos favorecidas do entorno da Faculdade Gama e Souza. A inclusão é um assunto debatido em várias esferas, por ser um conceito amplo, em que pessoas podem ser excluídas segundo critérios diversos de exclusão. A exclusão social se associa à ausência de democracia, pois os excluídos perdem possibilidades de ação e representação. A Faculdade Gama e Souza é uma das Instituições de Ensino na Cidade do Rio de Janeiro e tem como meta o desenvolvimento de ensino superior de qualidade, em sintonia com a realidade local. A realidade local em que suas unidades estão inseridas é composta majoritariamente por comunidades menos favorecidas e com Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, que varia entre médio e baixo. O desenvolvimento da realidade local, para a instituição, ocorre através da educação. Na medida em que, é através da educação que ocorre a melhor forma de mobilidade social. Para tanto ela possui mensalidades mais acessíveis, além de convênios e programas de bolsas de estudo. Entretanto, nossa clientela por ser egressa de processos educacionais heterogêneos, pode possuir níveis diversos de deficiência. Uma medida que vem minimizando os níveis de evasão é o programa de nivelamento oferecido pela instituição. Entretanto, o nivelamento não atinge a diversidade de dificuldades. Para tanto, a Instituição possui núcleos de apoio de suporte docente e discente: Nadipe e Noped. Os núcleos atuam através ações que buscam favorecer a comunidade acadêmica ao longo dos semestres. Em relação à comunidade docente, é oferecido suporte pedagógico. Aos discentes é oferecida escuta diferenciada que busca singularizar e atender necessidades. Além da mediação de conflitos interpessoais. Palavras-chave: Inclusão. Educação Superior. Apoio Acadêmico. 1 Mestre em Saúde Coletiva: Núcleo de Saúde Coletiva da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenadora do NOPED e Professora da Faculdade Gama e Souza (FGS-RJ). Coordenadora de Equipe de Psicologia Médica do Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do HG Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro (CPM HGSM-RJ). E-mail: ana.teixeira@gamaesouza.edu.br. 2. Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. (UERJ). Coordenadora do NADIPE e Professora da Faculdade Gama e Souza (FGS-RJ). E-mail: profjmacedo@gmail.com
20787 Introdução O presente trabalho é o relato de experiência ocorrida na Faculdade Gama e Souza, em que foram abordadas as possibilidades de acesso e inclusão do aluno na formação superior das comunidades menos favorecidas próximas à instituição. A Faculdade Gama e Souza conta com convenio de ONGs e programas de bolsas de estudo para oportunizar o acesso ao Ensino Superior. Essas ações (convênios com ONGs e programas de bolsas de estudos) visam proporcionar incentivos na qualidade de descontos ou isenções nas mensalidades. Contudo as possibilidades de acesso e inclusão não se restringem apenas aos programas de incentivo, mas necessitam de suporte acadêmico que têm a função de flexibilizar e viabilizar apoio ao corpo docente e discente ao longo da graduação. Inclusão/Exclusão excluídos são todos aqueles que são rejeitados de nossos mercados materiais ou simbólicos, de nosso valores (Xiberras, 1996) É notório nos dias atuais a utilizações de certas palavras como chavões em discursos políticos, novas leis e principalmente dentro do contexto educacional: EXCLUSÃO, INCLUSÃO, ACESSIBILIDADE, DEMOCRATIZAÇÃO, dentre outros. Segundo Ferreira (2010), o termo exclusão, significa: [1] ato de excluir, afastar, omitir; [2] método, sistema ou artifício, través do qual eliminam números, coisas ou pessoas para se chegar à determinada resolução ou conclusão. Acrescentada a esta definição, temos na Wikipédia, esta definição: as «exclusões» são de uma forma geral, dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um determinado grupo. Estes grupos «excluídos» ou, que sofrem de exclusão social, carecem assim de uma estratégia ou política de inserção de modo a que se possam integrar e ser aceites pela sociedade que os rodeia. Analisando a língua portuguesa percebemos que EXCLUIR, é um verbo transitivo direto indireto. Portanto, entendemos que o verbo exige complemento para que tenha sentido completo. Ele é um verbo transitivo direto e indireto, pois possui 2 objetos ou 2 complementos. Um dos objetos (direto) se liga ao verbo diretamente sem o uso de preposição (quem exclui, exclui alguém) e o outro complemento (indireto) se liga ao mesmo verbo
20788 introduzindo uma preposição (quem exclui, exclui alguém de algum lugar, de alguma coisa ou de alguma forma). Quando falamos exclusão precisamos definir esses dois objetos: quem excluímos e de onde excluímos. Não faz sentido falarmos de exclusão digital que é um tema bastante debatido nos dias atuais, por exemplo, sem antes fazermos uma análise dos conceitos de exclusão, considerando as pessoas que podem ser excluídas e o critério de exclusão. Wanderley (2001, p.16) aponta que a noção de exclusão social: sinaliza o destino excludente de parcelas majoritárias da população mundial, seja pelas restrições impostas pelas transformações do mundo do trabalho seja por situações decorrentes de modelos e estruturas econômicas que geram desigualdades absurdas de qualidade de vida. Por vezes, pensamos que quando falamos em exclusão social, nos referimos aos grupos de minorias (mendigos, homossexuais, menores infratores, índios, sem terras, idosos...), porém ao analisarmos o contexto histórico é possível afirmar que as categorias de exclusão não refletem sempre às minorias. Pela própria história do Brasil, podemos observar que as condições de desigualdade entre indivíduos da sociedade e o conceito de exclusão, foram definidos, dentro de uma sociedade capitalista. Desta forma, o conceito é construído pela classe dominante que detém o poder e por sua vez, se impõe como superior às demais classes. Assim, é possível observar que a exclusão social está diretamente relacionada às questões da não-democracia. Onde os excluídos não têm o poder de ação e representação, não tem oportunidades de acesso a bens e serviços públicos de qualidade que, em tese, seriam direitos de todos. A inclusão social vai muito mais além do que direitos constitucionais. É exatamente dentro dessa proposta, de minimizar nichos em que pessoas estariam à parte devido a alguma característica ou impossibilidade, que a Faculdade Gama e Souza traça seu objetivo principal: OPORTUNIZAR A INCLUSÃO E O ACESSO AO ENSINO SUPERIOR. A Faculdade Gama e Souza não pretende apenas reconhecer, respeitar e tolerar as diferenças. Ela legitima como condição individual inerte um ser que compõe a sociedade, que como todo individuo objetiva fazer parte do mundo em que vive. E a partir de suas ações favorece a democracia que é fundamental no processo de inclusão social não só nas relações políticas, mas principalmente nas questões que caminham no status deste cidadão e de seu papel específico que exerce diante da sociedade. Esta democracia reelabora o sujeito social
20789 em seu cotidiano. É nesse processo contínuo e diário que se apresenta o exercício da democracia. Oportunizando a Inclusão na Faculdade Gama e Souza A experiência de inclusão social desenvolvida pela Faculdade Gama e Souza possui ações diversas. A missão institucional é: Para o cumprimento de seu papel social de formação de profissionais éticos e competentes, a Faculdade Gama e Souza tem por missão o desenvolvimento de ensino superior de qualidade, em sintonia com a realidade local e regional, tendo como suporte recursos humanos professores e funcionários qualificados, metodologias de ensino coerentes e infra-estrutura física e tecnológica adequada às suas finalidades. (FACULDADE GAMA E SOUZA/Missão) Para tanto ela vem melhorando seus indicadores institucionais, através de investimentos em laboratórios, capacitação profissional e contratação de profissionais competentes e titulados através de processo de seleção interna e externa. A clientela atendida se compõe pelas comunidades do entorno de seus campi: Olaria e Bonsucesso (bairros do subúrbio do município do Rio de Janeiro) e Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes (bairros da zona oeste do município do Rio de Janeiro). A população moradora desses bairros possui IDH - Índice de Desenvolvimento Humano médio e alto, respectivamente. Entretanto a instituição visa atender ás comunidades menos favorecidas da região, que independente da localização possuem IDH que varia de médio a baixo. O IDH é uma medida comparativa usada para classificar países pelo seu desenvolvimento. Atualmente o índice vem sendo aplicado para avaliar o desenvolvimento de estados, cidades e localidades. O IDH como um instrumento avaliativo/comparativo engloba três dimensões: riqueza, educação e expectativa de vida. A construção dos valores que o determinam, consideram a qualidade de vida e as relações entre saúde, consumo e educação (CONVÊNIO IPP/IUPERJ/IPEA/FJP-MG e PNUD). As possibilidades de inclusão e acesso à formação superior possuem ações diversificadas, que visam promover o ingresso das camadas populares na graduação, além de beneficiar pessoas com necessidades especiais. O desenvolvimento humano proporcionado pela educação pode permitir níveis diversos de crescimento pessoal, profissional e social. É pela educação que ocorre uma das melhores possibilidades de inclusão, na medida em que, pessoas podem a partir dela construir melhores condições de si, profissionais e sociais. A
20790 educação desenvolve pessoas; desenvolve a cultura; pode instigar o desejo de conhecer e favorece a mobilidade social, entre outros. A iniciativa da instituição vem proporcionado à região o acesso ao mercado de trabalho em posições mais igualitária a outros estudantes da cidade, minimizando a exclusão. A pobreza tende a participar ativamente na dificuldade de profissionalização, interferindo no desenvolvimento profissional perpetuando o lugar social à margem, o que favorece a exclusão. Por dificultar o acesso a elementos que poderiam interromper com o ciclo pobreza-subemprego-exclusão. Cabe acrescentar que há diversos programas sociais que visam a profissionalização e que seriam importantes à mobilidade social. Entretanto, nem todas as pessoas são contempladas com as vagas nas instituições públicas ou beneficiadas com os programas do governo como o Prouni, existindo ainda uma camada popular que continua excluída dos meios de formação. A primeira ação que pode favorecer o acesso é o preço da mensalidade, mais acessível, considerando a realidade local. A instituição também possui convênios com ONGs e programas de bolsas de estudos que atende aos menos favorecidos. Ela favorece, mas não determina o ingresso, por haver outras especificidades que norteiam a decisão de voltar a estudar. Por atender ás camadas populares egressas de processos educacionais que foram deficitários por diversos motivos (ambiente caótico no interior das famílias ou no interior da instituição educacional; greves; faltas ou trocas de professor; sucessivas alterações educacionais ou ainda afastadas da educação formal por longos períodos, evasão escolar e regresso em idade tardia). Nossa clientela possui defasagem no processo de escolarização, o que a torna excluída de vários processos de formação. A defasagem proporciona níveis diversos de dificuldade e desinteresse, na medida em que, ao não acompanhar o ritmo das propostas da educação superior o graduando tende a afastar-se da formação. Uma medida de inclusão que pode minimizar a defasagem e a evasão discente é o programa de nivelamento de português e matemática. O nivelamento é desenvolvido pela coordenação do ISE - Instituto Superior de Educação (Faculdade Gama e Souza/ISE), em que graduandos em Licenciatura em Letras e Matemática atuam como monitores dessas disciplinas, seguindo as exigências e necessidades das disciplinas da graduação. Os monitores são acompanhados e orientados pelo Coordenador do Curso que traça diretrizes de trabalho para atuar junto aos alunos com defasagem de conteúdos. O programa atende ao mesmo tempo às necessidades de estágio regular dos licenciandos e busca minimizar as possíveis falhas do processo de escolarização aos graduandos.
20791 Apesar do exposto, essas possibilidades não abarcam a complexidade do problema da exclusão. Há outros elementos que atravessam a formação e necessitam de olhares específicos que possam permitir ações assertivas às demandas que surgem durante a graduação. Para tanto a instituição possui ainda dois núcleos de suporte e apoio docente e discente. Esses núcleos visam através da mediação flexibilizar as relações interpessoais do corpo acadêmico e favorecer a apropriação do conhecimento aos graduandos: Núcleos de atendimento didático-pedagógico (NADIPE) e de orientação psicopedagógico (NOPED). Os Núcleos de Atendimento Didático-Pedagógico e de Orientação Psicopedagógico da Faculdade Gama e Souza tem como tem como meta primordial, se auto afirmar na comunidade acadêmica como lócus de gestão e interlocução das atividades acadêmicas junto aos colégios de aplicação e comunidade, ajudando a promover na faculdade as perspectivas de ensino, Pesquisa e Extensão. As interfaces dinamizadas pelo NADIPE e pelo NOPED estão fundadas no PPI e no PDI da faculdade como núcleo de gestão pedagógica junto ao corpo docente e discente da faculdade. (FACULDADE GAMA E SOUZA/Nadipe) O Nadipe possui ações voltadas ao corpo docente que supervisiona as práticas de ensino dos professores de todos os cursos através das fichas institucionais que funcionam como um meio de avaliação, orientação e treinamento docente; articula o estágio dos alunos licenciandos em pedagogia no estágio de supervisão da escola básica dos Colégios de Aplicação Gama e Souza; busca motivar a participação dos professores em fóruns e criação de projetos na faculdade; atua na mediação entre corpo docente e a gestão administrativa; divulga os cursos na escola básica juntamente com as coordenações, além de conjuntamente ao Noped desenvolver encontros entre as direções, coordenações e professores que visam a troca de conhecimento e desenvolvimento profissional. Na prática suas ações ocorrem a partir das solicitações. As solicitações podem ter origem diversa: coordenações e ouvidoria o que marca o trabalho em equipe; ou ainda dos próprios alunos o que vem proporcionando voz aos mais diferentes membros da comunidade acadêmica. O Noped possui ações psicopedagógicas, que flexibilizam as relações interpessoais e de orientação educacional; proporciona a mediação das relações interpessoais entre corpo docente e discente e comunidade escolar; promove a inclusão dos alunos acadêmicos que apresentem dificuldades na apropriação do conhecimento científico devido à defasagem acadêmica, transtornos de aprendizagem ou outros; constrói estratégias metodológicas e psicopedagógicas que possam atender as necessidades dos alunos em curso; articula atividades de educação inclusiva com crianças com necessidades educativas especiais em
20792 conjunto com o estágio dos alunos licenciandos do ISE - Instituto Superior de Educação (Faculdade Gama e Souza/ISE). Tanto a Psicopedagogia como a Orientação Educacional possuem seu lugar na educação básica como uma prática estruturada atuando no ensino médio mais notadamente nas ações de orientação educacional. Segundo Giacaglia e Penteado (2010) apesar do serviço não ser encontrado em todas as unidades educacionais, ele existe em boa parte das escolas e colégios e com ações bem definidas. Entretanto, na educação superior esse suporte quase inexiste, sendo encontrado uns poucos serviços de apoio ao aluno. Dessa forma é possível articular teoria e prática e organizar um setor de apoio nas instituições de ensino superior (IES). A iniciativa pode proporcionar atividades para melhorar o desempenho dos alunos; orientar a carreira profissional; propor soluções de problemas que surgem; orientar famílias e ainda participar em diversos momentos da graduação. Na prática o Noped também atua através de solicitação potencializando uma escuta diferenciada às necessidades e demandas do corpo discente. Essa escuta pode incluir programas de planejamento de estudos, ações interpessoais ou o encaminhamento a profissionais da área da educação ou da saúde quando necessário. A instituição possui alunos com necessidades especiais e enfermidades mentais que necessitam de apoio em épocas de tensão como provas e trabalhos de conclusão de curso. Por outro lado à comunidade docente nem sempre reconhece ou entende tais questões, sendo necessário apoio aos profissionais para manejarem esses problemas ao longo do semestre. Uma questão específica da função da orientação educacional no ensino superior é relacionada as trocas de curso ao longo da graduação. Muitas vezes os egressos podem fazer uma escolha profissional apressada ou desvinculada do real desejo pessoal, tornando a troca de curso algo corriqueiro em instituições de ensino superior. Percebemos que a escolha profissional deveria ser um tema mais explorado durante o Ensino Médio por ser um período em que as investigações sobre o futuro profissional estão mais latentes. Na instituição particular essa demanda parece não causar grandes problemas, considerando as possibilidades de troca. Entretanto reconhecemos os prejuízos de tempo e de recursos do aluno. Na Faculdade Gama e Souza a troca de curso, ocorre diretamente entre o aluno e a coordenação de campus, de acordo com os critérios de aproveitamento de disciplinas. O NOPED visando auxiliar a carreira do futuro profissional vem oferecendo palestras sobre o desenvolvimento de carreira que tem a função de orientar o graduando em sua trajetória profissional. No ensino
20793 médio o NOPED, junto com a coordenação do seguimento oferece a orientação vocacional, no Colégio de Aplicação de Bonsucesso, de forma a auxiliar o aluno na escolha profissional. Conclusão A pobreza não é a única categoria possível de exclusão. Contudo ela é a que produz mais efeitos por impedir o acesso em diversos níveis. Entretanto, a dificuldade de formação profissional tende a perpetuá-la por impedir o acesso a possibilidades profissionais que facilitariam a mobilidade social. Assim, as faculdades poderiam auxiliar o processo de formação através de programas de incentivo educacional através de convênios e bolsas de estudos. Os programas de nivelamento surgem como uma outra possibilidade, por atuar nas falhas do processo de escolarização inicial. Entretanto eles por si só não têm como suprir questões da diversidade que atravessam a vida docente e discente. Desenvolver programas de apoio docente e discente, oportunizando o acesso, inclusão e continuidade na formação superior é fundamental para alcançar os sujeitos excluídos, a margem da sociedade. Para tanto o Nadipe procura supervisionar as práticas de ensino dos professores de todos os cursos a fim de orientar quanto uma prática inclusiva capaz de transformar a realidade da comunidade discente. Por termos um Colégio de Aplicação, a Faculdade Gama e Souza oportuniza um espaço de articulação entre a prática e a teoria. É um espaço de análise da prática pedagógica estudada em teoria e a oportunidade da experimentação (TEIXEIRA, 2000) de novas práticas. Por sua vez, o Noped vem auxiliando os graduandos nas mais diferentes necessidades através de uma escuta diferenciada que busca compreender a queixa para além do discurso manifesto. O discurso é apenas mais uma versão da realidade que necessita ser acolhida, compreendida e receber atenção adequada. A compreensão das demandas proporciona auxílio ao professor, no manejo delas ao longo do semestre, em especial nas questões relativas à saúde mental. A compreensão dos conflitos entre professor-aluno vem se traduzindo em orientações aos profissionais visando flexibilizar as relações e reflexões oportunas ao corpo discente. O trabalho dos núcleos Nadipe e Noped não ocorre como prática isolada, mas a partir da integração entre os profissionais da instituição. Nesse sentido a ênfase reside na mediação e na ação interdisciplinar onde nada é definitivo ou possui uma verdade única.
20794 O presente trabalho não se propõe a ser definitivo no tema da inclusão ou na necessidade de apoio ou suporte acadêmico. É necessário considerar as necessidades diferenciadas em universos diferentes na formação superior e desenvolver ações específicas a cada realidade. Ele é um relato de uma possibilidade prática em construção que pode ser multiplicado nas instituições de ensino superior. REFERÊNCIAS CONVÊNIO IPP/IUPERJ/IPEA/FJP-MG e PNUD. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na Cidade do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www7.rio.rj.gov.br/cgm/comunicacao/publicacoes/cadernos/edicoes/2005_06/anexos/ 1.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2013. Faculdade Gama e Souza. ISE. Disponível em: <http://www.gamaesouza.edu.br/site/extensao.asp>. Acesso em: 11 jul. 2013.. Missão. Disponível em: <http://www.gamaesouza.edu.br/site/missao.asp>. Acesso em: 10 mai. 2013.. Nadipe. Disponível em: <http://www.gamaesouza.edu.br/site/nadipe.asp>. Acesso em: 10 mai. 2013.. Noped. Disponível em: http://www.gamaesouza.edu.br/site/noped.asp. Acesso em: 10 mai. 2013. FERREIRA, A.B.H. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. São Paulo: Positivo livros, 2010. GIACAGLIA, L.R.A. ;PENTEADO, W.M.A. Orientação educacional na prática: princípios, histórico, legislação, técnicas e instrumentos. São Paulo: Cengage Lerning, 2010. LEVENFUS, R.S.; SOARES, D.H.P. Orientação vocacional ocupacional. Porto Alegre: Artmed, 2010. SILVA, L.D. Orientação educacional: uma necessidade para o ensino superior? Disponível em: <http://www.portalanpedsul.com.br/admin/uploads/1999/ensino_superior/trabalho/01_04_2 8_ORIENTACAO_EDUCACIONAL UMA_NECESSIDADE_PARA_O_ENSINO_SUPE RIOR.pdf>. Acesso em: 03 jan. 2013. SOARES, D.H.P. A escolha profissional do jovem ao adulto. São Paulo: Summus, 2001. TEIXEIRA, Anísio. Pequena introdução à filosofia da Educação: A escola progressiva, ou, a transformação da escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
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