Uma simulação das perdas de receitas do estado e dos municípios do RJ com as mudanças em discussão

Documentos relacionados
Uma simulação das perdas de receitas do estado e dos municípios do RJ com as mudanças em discussão

PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

Descentralização das receitas do petróleo e gás natural: riscos e oportunidades para os governos locais do Rio de Janeiro

Marco legal da exploração do petróleo e gás: conceitos introdutórios ABRIL 2016

Royalties de petróleo

Pré-Sal Avaliação e Perspectivas

EXTRAÇÃO DO PETRÓLEO

Royalties do Petróleo: para além da mera disputa por recursos

GESTÃO DE PARTILHA: PERSPECTIVAS

Os Regimes de Concessão e Partilha de Produção de Petróleo e Gás Natural no Brasil

PANORAMA DA EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO BRASIL

NOTA TÉCNICA: A repartição de royalties pela antiga e nova legislação

Marco Regulatório Pré-Sal

5.1 1 a Rodada de Licitações Sob o Regime de Partilha de Produção

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Painel I Cenário Político: Posição do Governo e Planejamento Energético

FUP Federação Única dos Petroleiros. Atualizando o debate sobre as rendas geradas pela exploração de petróleo no Brasil efeitos do pré-sal

Indicadores de capacidade institucional e finanças municipal: apresentação dos resultados para os municípios receptores de rendas petrolíferas 1

A ANP e os Desafios do Pré-Sal

Desafios Regulatórios del área del Pré-Sal

Conferência Telefônica / Webcast. Modelo Regulatório de Exploração e Produção Pré-sal e áreas estratégicas. José Sergio Gabrielli Presidente

A importância da nova lei de redistribuição dos royalties de petróleo - Discussões STF

PRÉ-SAL : UMA GRANDE OPORTUNIDADE

As rendas geradas pela exploração de petróleo no Brasil o pré-sal brasileiro para educação e desenvolvimento

Exxonmobil avança sobre o petróleo brasileiro movida por interesses geoestratégicos

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM RIO DE JANEIRO

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM RIO DE JANEIRO

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM RIO DE JANEIRO

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM RIO DE JANEIRO

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM RIO DE JANEIRO

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM RIO DE JANEIRO

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM RIO DE JANEIRO

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM RIO DE JANEIRO

3 REGIMES FISCAIS Tipos de Regimes Fiscais

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM RIO DE JANEIRO

COMPARAÇÃO DOS MODELOS FISCAIS DE PARTILHA E CONCESSÃO. Prof. Edmar de Almeida Prof. Luciano Losekann Grupo de Economia de Energia

José Formigli Diretor do E&P. 500 mil barris de óleo por dia no Pré-Sal

A DISTRIBUIÇÃO DOS ROYALTIES DE PETRÓLEO NO BRASIL

6º ) ROYALTIES ). PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Perspectivas para os Setores Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis

PERSPECTIVAS DO SETOR DE GÁS NATURAL NO RIO DE JANEIRO

Senado Federal Comissão de Serviços de Infraestrutura Painel 4: Capitalização da Petrobras

Análise das Rodadas de Licitação até 2013 e perspectivas para a exploração de petróleo no horizonte 2020

FUNDO BRASILEIRO PARA A BIODIVERSIDADE - FUNBIO TERMO DE REFERÊNCIA Nº

ATRATIVIDADE DO UPSTREAM BRASILEIRO PARA ALÉM DO PRÉ-SAL Prof. Edmar de Almeida. Grupo de Economia de Energia

As rendas petrolíferas dos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo e o pré-sal

Ministério de Minas e Energia PROPOSTA DE MODELO. Workshop sobre o Marco Regulatório do Pré-sal Marco Antonio M. Almeida. veis - MME.

SENADO FEDERAL. PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 78, DE 2018 (nº 8.939/2017, na Câmara dos Deputados)

OPORTUNIDADES NO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

Nota acerca da proposta de mudança dos critérios de partilha dos recursos provenientes da exploração de petróleo 1

Rodadas de Licitação 2017 Potenciais Impactos no RJ

Excedentes da Cessão Onerosa

Silvio Jablonski Chefe de Gabinete ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

Implicações Federativas da Nova Legislação para Redistribuir as Participações Governamentais em Petróleo

A indústria do petróleo: Possibilidades de maior contribuição da iniciativa privada para a exploração e produção de áreas do Pré-Sal

Perspectivas para Exploração e Desenvolvimento do Pré-Sal

Resultado dos Leilões 2017 Idarilho Nascimento São Paulo, 08 de novembro de 2017

POLÍTICA MINERAL & NOVO MARCO REGULATÓRIO DA MINERAÇÃO

NOTA TÉCNICA Sistema FIRJAN. Out/2015 Ano II nº 5 Atualizado em Fev/2016 PRÉ-SAL O POTENCIAL SÓCIOECONOMICO E DE INVESTIMENTO DO PRÉ-SAL

Textos para Discussão 119

Marco regulatório de exploração e produção de petróleo e gás. 30 Perguntas e Respostas

O mito da Petrobrás quebrada, política de preços e suas consequências para o Brasil

Painel 2 O Brasil Permanece Atrativo? Alberto Machado Neto 12 de novembro de 2015

Visão Geral sobre E&P e o Potencial do Estado de Pernambuco

Estudo preliminar de royalties

Política e regulação da indústria de petróleo e gás natural. Prof. Paulo Henrique de Mello Sant Ana Engenharia de Energia - UFABC

LEI Nº 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997

Palavras-chaves: Avaliação dos Royalties, Royalties, IFDM Saúde

DIREITO SETORIAL E REGULATÓRIO DO PRÉ-SAL

Perspectiva de Suprimento de Óleo e Gás e Futuro da Petroquímica. Adriano Pires Dezembro de 2018

BACIA DE CAMPOS OS CAMINHOS E OPORTUNIDADES PARA A TRANSFORMAÇÃO DA BACIA DE CAMPOS

ANÁLISE DA PROPOSTA DE RETORNO DO REGIME DE CONCESSÃO NO PRÉ- SAL E EM ÁREAS ESTRATÉGICAS

Royalties do Petróleo. Histórico

ANUÁRIO ECONÔMICO. Firjan. Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. PRESIDENTE Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira

Aprovada, capitalização da Petrobras vai testar o mercado

Oportunidades em Concessões e PPPs no estado e municípios do Rio de Janeiro

Análise da cessão onerosa e do Projeto de Lei nº 8.939, de 2017

Impactos dos royalties nos municípios da Bacia de Campos

Tendências e perspectivas do

MEC SHOW Mesa Redonda Espírito Santo Investimentos Previstos Oportunidades e Desafios. Waldyr Barroso Diretor

CIDE Combustíveis e a Federação

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Royalties. Qualquer parte desta publicação poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. Impresso no Brasil. Ficha Catalográfica

FIESP - 14º ENCONTRO DE ENERGIA. Symone Christine de Santana Araújo Diretora do Departamento de Gás Natural Ministério de Minas e Energia

O PAPEL DA PRÉ-SAL PETRÓLEO

PROJETO DE LEI Nº 1.618, DE Autor: Deputado MAURO PASSOS

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO LUCIENE C. FERNANDES

A Importância dos Royalties na Economia dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro

Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis

APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL MARÇO 2018

A URGENTE DEFESA DO PRÉ-SAL PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL

Excedentes da Cessão Onerosa

A Nova Fronteira Petrolífera do Pré-Sal

XVIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Tema Principal: Pacto Federativo

Desafios e perspectivas para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis

Orçamento de Investimentos Diretos da União 2 - Transporte - até setembro/2012 (R$ milhões) Restos a Pagar Pagos 3 Total Pago (2012)

Aspectos Regulatórios do

PRÉ-SAL NOVO MARCO LEGAL

Info Dengue Relatório de situação da dengue no Estado do Rio de Janeiro

Conteúdo Local Reforma e Contrarreforma. Eloi Fernández y Fernández FGV, 30 OUT 2017

Transcrição:

Uma simulação das perdas de receitas do estado e dos municípios do RJ com as mudanças em discussão Paula Nazareth, Nina Quintanilha e Jorge Salles Observatório Celso Furtado 20 de março de 2012

Histórico: Trabalho escrito em co-autoria com Jorge Eduardo Salles e Nina Quintanilha Araújo, do TCE/RJ, e publicado como capítulo da coletânea Mar de Riqueza, Terras de Contrastes, organizada pela professora Rosélia Piquet (UCAM Campos) Produto de projeto de pesquisa desenvolvido na Escola de Contas e Gestão com técnicos do TCE-RJ (desde 2006) Objetivo: acompanhamento dos impactos das rendas petrolíferas sobre as finanças públicas do estado e municípios do RJ

Estrutura do trabalho 1. Novo paradigma na exploração com a descoberta do pré-sal 2. Mudanças no marco regulatório do setor de petróleo e gás natural 3. Estimativa de impactos sobre as finanças públicas do RJ 1. O grau de dependência das receitas do petróleo e gás natural 2. Estimativa de Perdas de Receitas Futuras do Pós-sal e Pré-sal (2012/2020)

Novo marco regulatório do pré-sal Fonte: ANP.

Pré-sal Pré-sal no RJ: (Cipeg, 2009) Área: 69 mil km2 (46% da área total do Brasil); Área concedida: 17 mil km2 (25%, em regime de concessão) Reservas possíveis entre 13 e 20 bilhões de barris (não licitado: pode chegar a 60 bilhões) (*) Revista de Economia Fluminense, Ano V, Edição especial, abril 2010 Fonte: Edson Silva (ANP), http://www.acaoresponsavel.org.br/acao/forum25052010.html

L2 De quanto estamos falando? (produção de petróleo) 6 Produção real Projeção pós-sal Projeção pré-sal Milhões de bar rris diários 5 4 3 2 1 0 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Fonte: ANP e MME.

Slide 6 L2 As expectativas positivas quanto à exploração desses recursos, se efetivadas, definem novos horizontes para a indústria nacional e podem levar o Brasil a ocupar lugar de destaque no cenário internacional, tornando-se exportador líquido não só de petróleo, como também de derivados. De fato, o governo estima que no próximo decênio (2010-2020), a produção nacional de petróleo e gás natural seja duplicada, e que já entre 2017 e 2018, a produção, só na área do pré-sal, seja equivalente à atual produção total do Brasil, de cerca de 2 milhões de barris diários de petróleo. Eduardo; 20/09/2011

Diante do novo paradigma, governo criou Comissão Interministerial para adequar marco regulatório (novas regras) Diagnóstico: Atual marco não permite adequado aproveitamento das novas reservas: concebido em contexto de produção nacional pequena, barril de petróleo muito mais barato e elevado risco exploratório O que está em jogo: interesses econômicos, políticos e geopolíticos conflitantes, dos diversos atores envolvidos 4 Projetos de Lei enviados ao Congresso em agosto de 2009, aprovados em 2010

L4 L3 Novo marco regulatório do pré-sal Regime de Partilha da Produção (Lei 12.351/10) Capitalização da Petrobras (Lei 12.276/10) Criação da PPSA (Lei 12.304/10) Criação do Fundo Social (Lei 12.351/10)

Slide 8 L3 L4 É estratégico o papel reservado à Petrobras na exploração do pré-sal, no modelo de partilha tal como aprovado, indo muito além do aspecto tecnológico. De fato, a empresa que vencer a licitação deverá constituir necessariamente consórcio com a Petrobras (que será sempre indicada como a responsável pela execução do contrato e terá participação mínima de 30%) e a PPSA, que representará os interesses da União. Se quiser aumentar sua participação, a Petrobras poderá participar da licitação. Nos casos em que for contratada diretamente ou vencedora isolada da licitação, a Petrobras também deverá constituir consórcio com a PPSA. Eduardo; 20/09/2011 De acordo com a nova legislação aprovada, os contratos de partilha de produção serão celebrados pela União, por intermédio do Ministério de Minas e Energia, diretamente com a Petrobras, dispensada a licitação ou mediante licitação na modalidade leilão, cabendo a gestão dos contratos à PPSA. O critério de julgamento da licitação é a oferta de maior excedente em óleo para a União, respeitado um percentual mínimo a ser definido no contrato. Eduardo; 20/09/2011

Algumas características Concessão Petróleo da concessionária; Risco de exploração da concessionária; Bônus de assinatura; Royalties; Participação especial definida em Decreto; Qualquer empresa pode ser concessionária exclusiva. Partilha Petróleo da União; Risco de exploração da contratada; Bônus de assinatura; Royalties; Excedente em óleo ofertado em leilão (para União); Petrobras sempre participa mínimo de 30%.

Questão primordial ainda não definida: distribuição da riqueza futura do pré-sal (government take) riscos para o pacto federativo Análise da evolução dos critérios legais de distribuição das receitas do petróleo entre os entes federativos, evidenciou o caráter ora compensatório (aos estados e municípios produtores e afetados pelas atividades), ora redistributivo (entre todos os entes), além da forma como tem sido enfrentada (ou não) a questão da destinação ou uso desses recursos.

Marco regulatório do pré-sal: Questão da distribuição Lei 12.351/10: PL original não enfrentava distribuição: mantinha, até proposição legal específica, critérios da lei nº 9.478/97 aos contratos de partilha, mantendo inalterados os de concessão (sistema misto). Lei foi aprovada com Emenda Modificativa nº 24 do Senado (Emenda Simon, que alterou Emenda Ibsen, da Câmara); Alterava regras de pagamento das participações governamentais dos contratos de partilha de produção (futuros) e dos de concessão, apenas para exploração no mar (em terra: mantém lei nº 9.478/97); a) Exclui participação da União (mantém critérios da lei nº 9.478/97=> 20% royalties até 5%; 40% royalties excedentes; e 50% PE) e destinação de 7,5% a municípios afetados pelas operações de embarque e desembarque; b) o que sobra: passa a constituir Fundo Especial a ser distribuído entre todos os estados (50%) e municípios (50%), pelos critérios do FPE e FPM. União deveria cobrir integralmente perdas de estados e municípios produtores, até que o aumento de produção recompusesse receitas anteriores (não explicitava como)

Marco regulatório do pré-sal: Partilha da Produção e Fundo Social Lei foi aprovada em 22/12/10, mas artigo 64 (Emenda Simon) foi VETADO Projeto de Lei nº 8.051/10: No último dia do seu mandato (31/12), Presidente Lula apresentou nova proposta à Câmara definindo as participações governamentais no pré-sal (na partilha) : bônus de assinatura Royalties => aumento da alíquota de 10% para 15% extinção da participação especial Distribuição dos royalties (15%): 22% - União (19% - FS e 3% - Fundo especial Mudança Climática e Proteção Meio Ambiente) 25 % - estados confrontantes 6% - municípios confrontantes 3% - municípios afetados 22% - todos os estados da Federação (FPE) 22% - todos os municípios da Federação (FPM)

Marco regulatório do pré-sal: novas propostas em tramitação no Congresso O Senado aprovou em 19/10/2011 o PLS 448/11, do Senador Wellington Dias (PT/PI), relatado por Vital do Rêgo (PMDB/PB) PLS prevê evolução dos percentuais com ajustes no tempo, até 2020 Final 2020 Distribuição dos royalties (15% para partilha, mantém concessão) : 20% - União 20 % - estados produtores 4% - municípios produtores 2% - municípios afetados 27% - todos os estados da Federação (FPE) 27% - todos os municípios da Federação (FPM) Distribuição da PE (só concessão) : 46% - União 20 % - estados produtores 4% - municípios produtores Fundo especial 30% Depois de meses de negociações não se chegou a um consenso;

Conflito Federativo ameaça definição de novos critérios: E & M produtores e não produtores, de acordo com a sua posição de proprietários ou não de reservas de petróleo e gás natural, em lados opostos: Produtores: CF/88 assegura participação no resultado da exploração dos recursos naturais ou a compensação financeira por essa exploração ( 1º do art. 20); Não produtores (maioria): entendem que recursos pertencem à União => riquezas devem ser distribuídas por todos os entes federativos.

Questões não enfrentadas: destinação e uso das receitas petrolíferas (FS: programas e projetos de combate à pobreza, enfrentamento das mudanças climáticas e desenvolvimento da educação, cultura, esporte, saúde pública, previdência, meio ambiente e ciência e tecnologia.,,) controles (orçamentário e social) sobre aplicação dos recursos do FS

Impactos nas finanças do estado e dos municípios do RJ Concentração das reservas: estado detém 83% das reservas provadas de petróleo e 57% das reservas provadas de gás natural do Brasil (31.12.2011). Principal produtor: 79% da produção nacional de petróleo de 2011 => aumento de receitas do petróleo e gás natural desde 1998 (regras definidas na lei 9478/97) => elevada dependência Receitas do petróleo em 2011: Estado RJ: R$ 6,9 bilhões, equivalente a 12% da receita total Municípios do RJ: R$ 3,8 bilhões, equivalente a 10,5% das receitas totais

De quanto estamos falando? (Compensação Financeira) Total de Participações Governamentais Pagas em 2011 - Brasil 100% = R$ 25,8 bilhões Royalties 50% PE 49% Demais 1% Fonte: ANP.

De quanto estamos falando? (distribuição) Royalties e PE distribuídos em 2011 (R$ milhões): Royalties PE Total Total % União 3.674 6.325 9.999 39% ERJ 2.469 4.480 6.949 27% Municípios do RJ 2.654 1.112 3.767 15% Estados (exc. RJ) 1.371 579 1.950 8% Municípios (exc. RJ) 1.721 145 1.866 7% Fundo Especial 1.034 1.034 4% Depósito Judicial 65 8 73 0% Total 12.988 12.649 25.637 100% Fonte: ANP.

Impacto no Orçamento do ERJ Evolução da participação das Receitas da Compensação Financeira na Receita total do ERJ - 1996/2011 (*) 20% 16% 16% 12% 11% 12% 8% 5% 4% 0% 0% 1996 2000 2004 2008 2011 % Compensação Financeira/ Receita (*) Inclui Royalties,Participações Especiais e Fundo Especial do Petróleo

Impacto nos Orçamentos Municipais do RJ Evolução da participação das Receitas da Compensação Financeira na Receita total dos municípios do RJ - 1996/2011 (*) 16% 12% 12% 11% 11% 8% 6% 4% 0% 0% 1996 2000 2004 2007 2011 % compensação financeira / receita total (*) Inclui Royalties,Participações Especiais e Fundo Especial do Petróleo

Grau de dependência dos municípios do RJ ZPP ZPP ZPP ZPP ZPP ZPP ZPS ZPS ZPS ZPS ZPP ZPP ZPP ZPP ZPP ZPP ZPP ZPP ZPP ZPP

L5 Grau de dependência dos municípios do RJ 2011 (% média) Municípios do RJ (enquadramento ANP fevereiro de 2012) Zona de Produção Principal Rendas do Petróleo/ Receita Total 2011 (15 municípios, excluída a Capital) 34% Zona de Produção Secundária (4 municípios ) 21% Zona Limítrofe (67 municípios) 6% Municípios não enquadrados (5 municípios) 2% Município da Capital 1% TOTAL Municípios do RJ (92 municípios) 11%

Slide 22 L5 Como se observa na Tabela 1, em virtude da distribuição diferenciada dos recursos, definida, em última instância, pela variável geográfica, o grau de dependência varia muito entre os municípios, e mesmo dentro de cada uma das Zonas definidas pela legislação, sendo muito mais significativo para aqueles confrontantes, que integravam a Zona de Produção Principal em 2009 (excluído, para fins desta análise, o município do Rio de Janeiro, que apresenta o mais baixo grau de dependência apurado, apenas 1%.) Eduardo; 16/10/2011

L6 Grau de dependência - municípios da ZPP - 2011 Municípios do RJ (enquadramento ANP fevereiro de 2012) Rendas do Petróleo/ Receita Total 2011 Zona de Produção Principal (15 municípios, excluída a Capital) 34% SAO JOAO DA BARRA 84% CAMPOS DOS GOYTACAZES 60% RIO DAS OSTRAS 52% PARATY 50% CARAPEBUS 46% QUISSAMA 46% CASIMIRO DE ABREU 45% ARMACAO DE BUZIOS 44% MARICA 43% CABO FRIO 40% ARRAIAL DO CABO 34% MACAE 31% ANGRA DOS REIS 13% NITEROI 6% DUQUE DE CAXIAS 6%

Slide 23 L6 Como se observa na Tabela 1, em virtude da distribuição diferenciada dos recursos, definida, em última instância, pela variável geográfica, o grau de dependência varia muito entre os municípios, e mesmo dentro de cada uma das Zonas definidas pela legislação, sendo muito mais significativo para aqueles confrontantes, que integravam a Zona de Produção Principal em 2009 (excluído, para fins desta análise, o município do Rio de Janeiro, que apresenta o mais baixo grau de dependência apurado, apenas 1%.) Eduardo; 16/10/2011

Impacto na População do ERJ Crescimento da população residente nos municípios do RJ -1996/2011, por status (segundo enquadramento ANP -2000) (variação % 1996/2011) Zona de Produção Principal Zona de Produção Secundária Zona Limítrofe 23% 25% 48% Não enquadrados 21% Estado do RJ 20% Capital 14% Fonte:IBGE O resultado é, desde 1996, maior crescimento populacional nos municípios beneficiários de royalties (mais do que o dobro do estado)...

Impacto na População do ERJ Crescimento da população residente nos municípios integrantes da ZPP RJ - 2000/2011 (enquadramento ANP - 2000) (variação % 2000/2011) ZPP 41% ESTADO DO RJ CAMPOS DOS GOYTACAZES SÃO JOÃO DA BARRA 12% 15% 20% CABO FRIO QUISSAMÃ ARMAÇÃO DOS BÚZIOS CARAPEBUS MACAÉ CASIMIRO DE ABREU 50% 52% 56% 58% 61% 65% RIO DAS OSTRAS 202% 0% 50% 100% 150% 200% 250% Fonte: IBGE

A Emenda Simon e o PL 8.051/10 Em jogo, a alteração dos critérios de distribuição das participações governamentais Critério atual: Lei do Petróleo (LF 9478/97) Emenda Simon: Art. 64 da Lei 12.351/10 Critério alternativo proposto pelo Governo: PL 8.051/10 E agora, a aprovação pelo Senado do substitutivo PLS 448/11!!!

Participações governamentais distribuídas: Brasil-2010 Comparativo dos valores efetivamente pagos e estimados (Emenda Simon) (em R$ milhões) Entes Valores distribuídos (critério: lei nº 9.478/97) (1) Estimativa de valores (critério: emenda Simon) (2) Valores estimados (Emenda Simon)/ Valores distribuídos (em %) Diferença de valores (2) (1) TOTAL NACIONAL 19.967 19.967 0% 0 União 7.984 7.984 0% 0 Estados 6.423 5.808-10% -615 Municípios 5.560 6.175 +11% 615 RIO DE JANEIRO Estado do RJ 5.463 89-98% -5.374 Municípios do RJ 3.481 320-91% -3.161

Estimativa de Perdas de Receitas do Pós-sal - 2010 Valores pagos (LF 9478/97) X estimados (Emenda Simon) (R$ milhões) ENTES ARRECADADO 2010 ESTIMADO 2010 (E. SIMON) VARIAÇÃO % ESTADOS TOTAL 6.423 5.808-10% Confrontantes 6.249 - -100% Não confrontantes 174 5.808 3236% ERJ TOTAL 5.463 89-98% ERJ Confrontação 5.460 - -100% MUNICÍPIOS TOTAL 5.560 6.175 11% Confrontantes e com instalações 4.119 - -100% Afetados 367 367 0% Todos os demais (não confrontantes) 696 5.808 766% Repasse dos estados 378 - -100% MUNICÍPIOS DO RJ 3.481 320-91% Confrontantes e com instalações 3.021 - -100% Afetados 144 144 0% Não confrontantes 21 176 734% Repasse do ERJ 295 - -100%

Participações governamentais distribuídas: Municípios do RJ-2010 Comparativo dos valores pagos (critérios atuais) e estimados (Emenda Simon) (R$ milhões) Município Valores distribuídos (lei nº 9.478/97) (1) Estimativa (emenda Simon) (2) Variação % (1) / (2) Diferença (1) (2) Perda %/ receita total de 2010 Campos dos Goytacazes 1.029 4-100% (1.025) -54% Macaé 430 62-85% (368) -26% Rio das Ostras 255 2-99% (253) -49% São João da Barra 205 1-99% (203) -72% Cabo Frio 189 4-98% (185) -35% Rio de Janeiro 144 25-83% (119) -1% Angra dos Reis 98 33-67% (65) -9% Quissamã 97 1-99% (96) -46% Casimiro de Abreu 74 1-98% (72) -40% Duque de Caxias 68 5-92% (63) -4% Parati 57 23-60% (34) -25% Armação de Búzios 55 1-98% (54) -37% Niterói 49 5-89% (44) -4% Maricá 38 2-94% (36) -19% Magé 38 5-86% (33) -11% Guapimirim 32 3-91% (30) -29% Carapebus 31 1-98% (30) -42% Total municípios do RJ 3.481 320-91% (3.161) -9%

Premissas (não é pra projetar!): 1. Emenda Simon: para avaliar impactos de possível derrubada do veto ao art. 64 da Lei 12.351/10, foram aplicadas regras vetadas aos valores efetivamente pagos em 2010 calculados pelas regras atuais (pós-sal): valores pagos (LF 9478/97) X estimados (Emenda Simon); 2. Pré-sal: Premissas: 3. Produção: previsão contida no PDE 2020 (MME), ajustada pela produção do Plano de Investimentos da Petrobras 2011/2015 (90% do total; tem produção por campo no pré-sal, campos já concedidos (+ de 30% da produção do pré-sal de 2020 são concessão), permite estimar confrontação, ajustada para inicio de operação): de 2,46 mbd em 2012 (sendo 2,06 no pós sal) para 5,756 (sendo 3,08 no pré-sal; ultrapassa pós em 2019); 4. Foi considerada redução média de 34% da produção total esperada do pré-sal já explorada por concessão! 5. Confrontação: depende da localização dos poços em cada campo: a partir dos dados da Petrobras e mapa das reservas: 46% da produção do pré-sal serão provenientes de campos confrontantes com ERJ 6. Alíquota de royalties: 10% 7. Participação especial: estimada em 10,9% da receita bruta (mesma alíquota efetiva observada em 2010) 8. Preço do petróleo pós-sal: para cada campo: aplicou-se percentual sobre Brent (apurado em agosto de 2011 ANP) ao preço médio de 2010 (US$ 80), com tx de câmbio de 1,7 9. do pré-sal: fixo em R$ 887,27/m3 (Kissanje) 11,7% superior ao Marlim

Estimativas de perdas PL 8051/10 (partilha) Estado do RJ Municípios do RJ Bilhões 6 5 Bilhões 6 5 4 4 3 3 2 2 1 1-2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020-2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Atual Prop. Governo Atual Prop. Governo Perdas do ERJ em 9 anos: Atual PL8051/10 = R$ 5,8 Bilhões Perdas dos Municípios do RJ em 9 anos: Atual PL8051/10 = R$ 5,4 Bilhões

L7 Pós sal (Concessão) Royalties PE Atual (LF9748/97 e LF12351/10) Emenda Simon PL 8051/10 PLS 448/11 Alíq. distribuição Alíq. distribuição Alíq. distribuição Alíq. distribuição 10% até 40% 17,5% - Min. da marinha; 12,5% - Min. da ciência e tec.; 26,25% - Estados confrontantes; 26,25% - Municíp. confrontantes; 5% - Mun. com instal. E/D; 3,75% - Mun. afetados por inst. de e/d; 1,75% - Fundo dos Municípios (FPM); 7% - Fundo dos Estados (FPE). 40% - Min. das minas e energia; 10% - Min. do meio ambiente; 40% - Estados confrontantes; 10% - Municípios confrontantes. 10% até 40% 17,5% - Min. da marinha; 12,5% - Min. da ciência e tec.; 3,75% - Mun. afetados inst. de E/D; 33,125% - Fundo dos Estados (FPE); 33,125% - Fundo dos Municípios (FPM). 40% - Min. das minas e energia; 10% - Min. do meio ambiente; 25% - Fundo dos Estados(FPE); 25% - Fundo Municípios (FPM). Não Aplicável. 10% Não Aplicável. até 40% 3% - Min. da Defesa.; 17%- Fundo Social; 20% - Estados confrontantes; 17 a 4% - Municípios confrontantes; 3% - Mun. afetados por inst. de E/D; 20 a 27% - Fundo dos Municípios (FPM); 20 a 27% - Fundo dos Estados (FPE). 42 a 46% - Fundo Social da União; 34 a 20%- Estados confrontantes; 5 a 4%- Municípios confrontantes; 9,5 a 15% - Fundo dos Estados(FPE); 9,5 a 15% - Fundo Municípios (FPM). Pré-sal (Conc.) PE Rylt. 10% até 40% 30% Fundo Social da União; O restante, idem ao Pós-sal. 50% - Fundo Social da União; O restante, idem ao Pós-sal. Idem acima. Não Aplicável. Idem acima. Pré sal (Partilha) Royalties EO Não aplicável. Idem acima. 15% 19% - Fundo Social da União; 3% - Fundo esp. União (Clima e MA); 25% - Estados confrontantes; 6% - Municípios confrontantes; 3% - Municípios afetados; 22% - Fundo dos Estados (FPE); 22% - Fundo dos Municípios (FPM). 15% 17% - Fundo Social da União; 3% - Ministério da Defesa; 22% - Estados confrontantes; 5% - Municípios confrontantes; 2% - Municípios afetados; 25,5% - Fundo especial (FPE); 25,5% - Fundo dos Municípios (FPM). 100% - Fundo Social da União. Não aplicável. Não Aplicável. 100% - Fundo Social da União.

Slide 32 L7 Considerou-se Royalties de 10%, uma vez que os royalties excedentes da produção em mar chegam quase a 5% (em 2010 foram 4,91%). Eduardo; 18/10/2011

Pós-sal Royalties PE Distribuição das Participações Governamentais - Mar Atual (LF9748/97 e LF12351/10) PL 8051/10 PLS 448/11 3% COMP. UNIÃO Distribuição dos Royalties (10%) 30% COMP. UNIÃO 26,25% COMP. ESTADO 35% COMP. MUN. 7% DISTR. ESTADO 1,75% DISTR. MUN. 50% COMP. UNIÃO 40% COMP. ESTADO 10% COMP. MUN. NA NA 20% COMP. ESTADO 20 a 7% COMP. MUN. (17% prod.+3% afet.) 17% DISTR. UNIÃO 20 a 27% DISTR. ESTADO 20 a 27% DISTR. MUN. 91,25% 43% a 30% 8,75% 57% a 71% 100% 34 a 20% COMP. ESTADO 5 a 4% COMP. MUN. 42 a 46% DISTR. UNIÃO 9,5 a 15% DISTR. ESTADO 9,5 a 15% DISTR. MUN. 39% a 24% 61% a 76% Pré-sal (Concessões já existen ntes) Royaltie es PE 26,25% COMP. ESTADO 35% COMP. MUN. 30% DISTR. UNIÃO 7% DISTR. ESTADO 1,75% DISTR. MUN. 40% COMP. ESTADO 10% COMP. MUN. 50% DISTR. UNIÃO 61,25% 38,75% 50% 50% NA NA IDEM ACIMA IDEM ACIMA Pré-sal (Partilha) Royalties NA 3% COMP. UNIÃO 25% COMP. ESTADOS 9% COMP. MUN. 19% DISTR. UNIÃO 22% DISTR. ESTADOS 22% DISTR. MUN. 3% COMP. UNIÃO (Min. Defesa) 22% COMP. ESTADO (prod.) 7% COMP. MUN. (5% prod.+2% afet.) 17% DISTR. UNIÃO (Fundo Social) 25,5% DISTR. ESTADO 25,5% DISTR. MUN. 37% 32% 63% 68% EO NA 100% DISTR. UNIÃO 100% DISTR. UNIÃO

Comparativo Receitas estimadas 2012/2020 Regras atuais X PL 448/11 ERJ - R&PE R$ Bilhões 12 10 8 6 4 2-2010 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 LF9748/97 PL448/11

Comparativo Receitas estimadas 2012/2020 Regras atuais X PL 448/11 Municípios do RJ - R&PE R$ Bilhões - 7 6 5 4 3 2 1 2010 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 LF9478/97 PL448/11

Estimativa Vital do Rêgo (E&M) Comp. Finaceira a em R$ Bilhões 35 30 25 20 15 10 5 55% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Distribuiçã ão % - 2010 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% E&M Produtores E&M Não produtores

Estimativa de Perdas Estado e Municípios RJ 2012/2020 Regras atuais X PL 448/11 (em R$ milhões) Perdas 2012 Acumulado 2012 a 2020 Estado do RJ (1.098,6) (27.886,7) -17% -35% Municípios do RJ (1.462,9) (24.492,2) -38% -54% Angra dos Reis (41,3) (654,8) -47% -60% Campos dos Goytacazes (439,3) (7.320,6) -39% -55% São João da Barra (100,2) (1.989,3) -40% -56% Macaé (193,1) (3.113,1) -42% -61%

Estimativa de Perdas 2010/2012 - Regras atuais X PL 448/11 (em R$ milhões) Municípios R&PE 2010 R&PE (PL448/11) 2012 Perda R&PE (2012-2010) Perda % /R&PE recebido 2010 Perda %/ Receita Total 2010 Quissamã 97 56-41 -43% -20% Parati 57 30-26 -46% -19% São João da Barra 205 150-54 -26% -19% Campos dos Goytacazes 1029 684-345 -34% -18% Rio das Ostras 255 177-77 -30% -15% Armação de Búzios 55 35-20 -37% -14% Casimiro de Abreu 74 52-22 -29% -12% Macaé 430 272-159 -37% -11% Cabo Frio 189 132-57 -30% -11% Angra dos Reis 98 47-51 -52% -7% Duque de Caxias 68 46-22 -32% -1% Rio de Janeiro 144 108-36 -25% 0%

Considerações Finais: Novo Marco regulatório do petróleo e gás natural definido em 2010: sistema misto concessão (pós-sal) e partilha (pré-sal) Pendente de aprovação: Critérios de distribuição da riqueza futura do pós e pré-sal Conflito federativo ameaça definição de critérios: E & M produtores X não produtores: propostas em discussão: Emenda Simon (vetada): inverte critério histórico compensatório aos produtores (art. 20, 1, CF/88) e prioriza critério redistributivo (todos E & M) PL 8051/10 (Lula): caráter compensatório permanece (menos acentuado: 1/3 do total), mas contempla redistributivo (do mar, 44% do total) PL 448/11 (Vital do Rego): caráter compensatório menos acentuado (30% no pós e 32% no pré-sal; pior para M) e aumenta redistributivo (cerca de 70%, mais no pós); não respeita contratos em vigor

Estimativa de Perdas Futuras de Receitas RJ 2012/2020 Estado do RJ: Perdas totais estimadas: com Emenda Simon (pós-sal): R$ 11,2 bilhões (- 97%) com regras PL 8051/10 (pré-sal): R$ 5,8 bilhões (-50%) com regras PLS 448/11 (pós e pré-sal): R$ 27,9 bilhões (-35%) Municípios do RJ: Perdas totais estimadas: com Emenda Simon (pós-sal): R$ 6,7 bilhões (- 85%) com regras PL 8051/10 (pré-sal): R$ 5,4 bilhões (-68%) com regras PLS 448/11(pós e pré-sal): R$ 24,5 bilhões (-54%)

Considerações Finais: RJ: mudanças impactarão finanças do estado e municípios: concentra reservas, produção e população Perdas estimadas para estado e municípios RJ: Pelas regras do PL 448/11 (pós e pré-sal): perdas acumuladas 2012/2020 podem chegar a R$ 52,4 bilhões Riscos para pacto federativo: além das mudanças em discussão, Rio reclama mudanças em compensações definidas na CF/88 (SEFAZ-RJ): perda com cobrança do ICMS (principal imposto) no destino: pode chegar a R$ 63,7 bi perda com critérios FPE (distribuição dos recursos federais): pode chegar R$12,8 bi perda com novas regras de distribuição de royalties e participações especiais: estimadas pela SEFAZ em R$ 49 bilhões Total de perdas RJ estimado em até R$ 125 bilhões (SEFAZ-RJ)

Considerações Finais: Questões não enfrentadas nas propostas em discussão: uso das receitas petrolíferas e controles social e orçamentário sobre aplicação Desafios para governos locais: devem se preparar para assumir papel de liderança na construção de nova governança capaz de viabilizar o desenvolvimento de alternativas econômicas que gerem emprego e renda (principalmente nas regiões Norte e Noroeste do estado, as mais afetadas) imprescindível capacidade institucional para planejar e implementar as políticas públicas para o desenvolvimento local, incluindo a oferta dos serviços essenciais à população e a criação de um ambiente favorável à atração de novos investimentos.