Janaína Le Sann Nascimento R1 Anatomia Patológica
Individualizados; Encapsulados; Vasos linfáticos aferentes; Vaso linfático eferente; Córtex; Medula; Linha de defesa secundária;
Cápsula Seios subcapsulares Folículos primários
Córtex Paracortical Medula Folículos primários Linfócitos B virgens Linfócitos T pequenos Células reticulares e foliculares dendríticas Linf. T/VEA Cél. reticulares Macrófagos Plasmócitos Cordões medulares Linfócitos B Fibras e cél. Reticulares Macrófagos Plasmócitos
Linfáticos aferentes Seio subcapsular fenestrado Córtex (folículos primários, linfócitos T) Sinusóides medulares Linfáticos eferentes Circulação sistêmica
Respostas à infecções e estimulação imunitária; Agente infeccioso local; Estimulação antigênica (hiperplasias linfóides); Padrão reacional: Folicular: estímulo à zona B; Paracortical: estímulo à zona T; Sinusal: estímulo histiocítico; Misto; Alterações arquiteturais: Necrosantes; Granulomatosas; Fibrosantes;
Folículo primário é um condensado de linfócitos B inativos, hipercromáticos. Sob influência de estímulos antigênicos específicos estas células adquirem capacidade de produzir anticorpos. O folículo passa a ser chamado de centro germinativo, um folículo pálido, cercado por um colar de células B virgens, a zona do manto (ZM). Em algumas condições reativas, as células da ZM adquirem pequena quantidade de citoplasma e passam a ser chamadas de células da zona marginal.
Regiões cervical, axilar, inguinal; Mesentérica; Infecções, corpo estranho; Dor, aumento de volume, eritema da pele subjacente, podendo haver abscedação e fistulização com formação cicatriz; Mesentéricas podem simular abdome agudo principalmente em crianças;
Centros germinativos reacionais, com zona do manto polarizada; e bem evidente; Aspecto de céu estrelado : células blásticas, macrófagos de corpos tingíveis e células do CG; Polarização do CG com agrupamento dos centroblastos a um lado enquanto, na face oposta, estão os centrócitos e células dendríticas foliculares apresentadoras de Ag;
Células B monocitóides (de memória) formam borda externa à zona do manto; Algumas reações imunes, particularmente na toxoplasmose e na infecção inicial pelo HIV; Fonte: http://www.fcm.unicamp.br/deptos/anatomia/talinfonodo.html, acessado em 05/07/13
Associada ao HIV; Toxoplasmose; Sífilis; Artrite reumatóide; Síndrome de Sjögren; Doença de Kimura; Doença de Castelman; Transformação progressiva dos CG; Hiperplasia folicular reacional inespecífica;
CG em céu estrelado Folículos linfoides com CG Fonte: http://www.fcm.unicamp.br/deptos/anatomia/talinfonodo.html, acessado em 05/07/13
Macrófago de corpos tingíveis, centroblasto (seta verde) Fonte: http://www.fcm.unicamp.br/deptos/anatomia/talinfonodo.html, acessado em 03/07/13
Expansão da zona paracortical; Ativação das células linfoides, aumentando o número de células B, plasmócitos e imunoblastos; Aspecto salpicado na histologia; Acompanha hiperplasia folicular; Principal reação às infecções virais;
Linfadenites virais; Proliferação imunoblástica reacional (pósvacinal, hipersensibilidade a drogas); Linfadenopatia angioimunoblástica; Hiperplasia paracortical inespecífica;
Predomínio inicial de hiperplasia folicular evoluindo para expansão da zona paracortical; Pode simular linfoma devido à alteração arquitetural do linfonodo; Há focos de necrose e histiocitose sinusal com hemofagocitose; Imunoblastos e células B monocitóides numerosos; Mononucleose, infecções por citomegalovírus e herpes simples;
Hiperplasia paracortical (proeminência das vênulas pós-capilares) Fonte: Rosai and Ackerman Surgical Pathology, Rosai, 10th edition, 2011. fig. 21.6
Inclusões em olho de coruja
Muito frequentes; Inespecíficas; Linfonodos em áreas de drenagem; Dilatação dos seios linfáticos, infiltrados por histiócitos de núcleos homogêneos e citoplasma abundante podendo conter algum tipo de material celular ou hemácias quando próximos a tumores;
Histiocitose sinusal inespecífica; Histiocitose sinusal hemofagocítica; Doença de Rosai-Dorfman; Doença de Whipple; Linfadenopatia por drenagem de lipídeos exógenos;
Doença de Rosai-Dorfman (emperipolese); Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/ficheiro:rosai-dorfman_disease_-_very_high_mag.jpg acessado em 05/07/13
Hiperplasia sinusal Fonte: Rosai and Ackerman Surgical Pathology, Rosai, 10th edition, 2011. fig. 21.7
Menos comum; Isquemia ou processos imunológicos; - Infarto do linfonodo; - Linfadenite de Kikuchi; - Linfadenopatia no LES; - Doença de Kawasaki;
Linfadenite de Kikuchi (histiocítica necrosante) Fonte: http://www.precepta.com.br/wp-content/uploads/2012/01/caso-cl%c3%adnico-141.png acessado em 05/07/13
Neoplasias primárias do tecido linfoide; Proliferação atípica e clonal de populações celulares que mantém semelhanças morfológicas, imunológicas e funcionais com as células normais correspondentes; Origem linfonodal ou extra-nodal; Formas predominantemente tumoral ou leucêmica;
Precursor Comum Linfoide Célula pré-t duplo + CD4/CD8 Linfoblasto pré-b Célula B virgem Célula do manto Célula B do CG Célula T periférica Célula B da Zona marginal
Etiopatogênese: - Translocações cromossômicas e oncogênicas; - Fatores genéticos; - Vírus (EBV, HHV-8, HTLV-1); - Agentes ambientais (H. pylori e linfoma gástrico de células B); - Iatrogênicas (Radio e quimioterapias);
Linfomas Hodgkin; Linfomas não-hodgkin: - Nodais; - Extranodais; - Apresentação leucêmica;
LINFOMA DE HODGKIN LINFOMAS NÃO-HODGKIN Progressão da doença Início mais frequente em linfonodos cervicais, progredindo topograficamente no organismo por contiguidade A progressão da doença não se faz necessariamente por contiguidade, sendo mais freqüentes os casos com acometimento sistêmico ao diagnóstico, inclusive com leucemização Localização do Tu primário Estádio ao diagnóstico Biologia da célula neoplásica Idade Quase sempre linfonodos Extranodal significa Tu secundário I e II Células de Hodgkin e Reed- Sternberg são de histogênese debatida, provavelmente linfoide; Tipo linfocitário nodular origem linfoide B Bimodal (crianças/adultos jovens e idosos) Acometimento extra nodal em até 40% dos casos Estômago, anel de Waldeyer e pele Indolentes e altamente agressivos: IV Agressivos: I,II,III Originados em células B (80-90%); T (10-20%); NK (raros); fenótipo null (raríssimos) Todas as faixas etárias com predomínios de diferentes subtipos histológicos em diversas idades
Proliferação de células atípicas (Reed-Sternberg) ou suas variantes, imersas em um substrato celular inflamatório; Célula de Reed-Sternberg (RS): - grande célula bi ou multinucleada, com nucléolo evidente e eosinifílico, citoplasma amplo; Células de Hodgkin: - grandes células mononucleadas com nucléolos evidentes; Variantes da célula de RS: - célula lacunar, linfocítica-histiocítica (L&H);
Corresponde a 1/3 dos linfomas; Pico de incidência em adultos jovens e outro na velhice (curva bimodal); Em países em desenvolvimento há alta frequência em crianças; Disseminação por contiguidade torna comum o acometimento de cadeias linfonodais vizinhas; Estudos de biologia molecular têm demonstrado incorporação clonal do genoma do EBV nas células de RS;
LH predominância linfocítica nodular LH clássico Padrão Nodular Difuso ou nodular Células tumorais Popcron ou L&H RS Substrato Linfócitos, histiócitos Linfócitos, histiócitos, plasmócitos e eosinófilos Fibrose Rara Comum Imunofenótipos Classificação histológica CD20 + CD45 + CD15 CD30 - Predominância linfocítica nodular CD20 - CD45 - CD15 + CD30 -+ LH esclerose nodular LH celularidade mista LH depleção linfocítica LH rico em linfócitos
Pico de incidência na 4ª década; Mais frequente em homens; Intensa proliferação de linfócitos pequenos, de imunofenótipo T, agregados em torno às células L&H, em distribuição vagamente nodular; Demais linfócitos são B;
Tipo histológico mais comum; Adultos jovens e crianças (no nosso meio); Nódulos celulares irregulares, compostos por linfócitos, eosinófilos, plasmócitos e células de RS da variante lacunar; Tais aglomerados celulares são delimitados por faixas de tecido fibroso proliferado; Tipo 1 (rico em células, linfócitos, ou misto) e tipo2 (depleção celular em + de 50% do nódulo);
Segundo tipo mais comum; De aspecto celular heterogêneo; numerosos eosinófilos, plasmócitos, neutrófilos e macrófagos, alguns linfócitos e muitas células RS; Fibrose difusa, irregular;
Pior prognóstico; Menos comum; Padrão reticular com grande número de células RS pleomórficas e depleção linfocitária; Pode apresentar padrão de fibrose difusa com muitas células pleomórficas, poucos linfócitos e fibrose difusa irregular;
Pouco frequente; Proliferação difusa de pequenos linfócitos entremeados por células RS clássicas;
Macroscopia linfoma de Hodgkin
Alterações histopatológicas no linfoma de Hodgkin
Infiltrado celular reacional misto (linfócitos, eosinófilos, macrófagos)
Características clínicas e biológicas dependem do seu subtipo histológico; Existem dois grupos principais de LNH, de células B e de células C; Cada um subdividido em linfomas de células primordiais (precursoras) e células periféricas (maduras); Aumento volumétrico indolor de um ou mais linfonodos, de grande volume. Tardiamente os linfonodos fundem-se entre si formando massas volumosas e aderidas aos tecidos vizinhos, de consistência elástica; Aos cortes mostram tecido branco acinzentado com aspecto de carne de peixe ;
Idosos; Raros em jovens; raríssimos em crianças; Curso clínico arrastado, se rápido, corresponde histologicamente a um linfoma de grandes células; Disseminados ao diagnóstico, acometimento medular, por vezes leucemizados; Pouca resposta terapêutica devido à baixa taxa de proliferação celular, podendo-se cogitar conduta expectante em dependência da idade e tamanho do tumor; Progressão lenta, culminando em óbito; exceto o linfoma de células do manto que não responde à terapia, com sobrevida máxima de até 5 anos;
Adultos, podendo incidir em qualquer idade; Curso clínico agressivo; Levam a óbito em pouco tempo se não tratados; Respondem a quimioterapia agressiva; TMO também é opção terapêutica; Principalmente crianças; Levam à morte em poucas semanas ou meses; Frequente comprometimento da MO com leucemização frequente; Acometimento do SNC, necessária terapêutica profilática; responde à terapêutica e TMO;
Referências bibliográficas: Robbins and Cotran Pathologic Basis Disease, 8th Edition, Elsevier-Saunders, 2008.; Rosai and Ackerman's surgical pathology 10th ed.; Atlas de Histologia Descritiva/Michael H. Ross (at al), Porto Alegre, Artmed, 2012; Histologia Básica/L.C.Junqueira, José Carneiro. 11.ed. [reimpr.]. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012
Obrigada!