Gênero no processo. construindo cidadania



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Transcrição:

Gênero no processo de educação: construindo cidadania Kátia Souto Jornalista e Executiva Nacional da União Brasileira de Mulheres A educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados. Estamos todos nos educando. do. (Paulo Freire) 1

Há varias correntes pedagógicas contemporâneas e suas diferenças entre pedagogia, metodologia, didática e ferramentas, expressando concepções plurais sobre o educar. Estaremos abordando aqui a educação como processo transformador de homens e mulheres, capaz de romper com processos educativos repetitivos e criar condições objetivas para transformação da sociedade e mudança consciente de valores. Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da eqüidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não da sua negação, não temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção. (Paulo Freire) 2

Superar concepções tradicionais de educação e constituir uma cultura crítica entre educadores/formadores (profissionais da educação e outros) com práticas inovadoras e ativas são questões fundamentais para mudanças no campo da formação e da educação. Os processos educativos devem adotar a problematização da prática como estratégia pedagógica, contextualizando a formação às bases sociais, políticas e tecnológicas que sustentam os processos de trabalho e de formação, de forma inter/transdisciplinar. Uma das atitudes mais importantes que o educador/formador precisa assumir é ser um recontextualizador crítico e saber ouvir. Como promover uma educação não sexista, isto é, não discriminatória quanto ao sexo, favorecendo o desenvolvimento humano pleno, sem interdições baseadas na condição sexual, sem a imposição de identidades de gênero limitadas e antagônicas? ( Maria Eulina de Carvalho) 3

O gênero constitui uma estrutura de dominação simbólica dominação masculina. As relações de gênero assimétricas e hierárquicas constituem um campo de produção e reprodução de desigualdade entre meninos e meninas, homens e mulheres, masculino e feminino. Esse aprendizado do que é ser menino e menina é incorporado na socialização cotidiana, na família, na escola, no trabalho, na vida, enfim. Gênero e Vulnerabilidade Vulnerabilidade entendida como um conjunto de fatores de natureza biológica, epidemiológica, social e cultural; Diversas dimensões desta vulnerabilidade: a individual (comportamentos do indivíduo); a social ( aspectos sociais - violência sexual, prostituição e tráfico de drogas);a institucional (ausência de políticas públicas ); Vulnerabilidade individual e social - relações desiguais de gênero. Ser homem e ser mulher tem códigos e valores diferenciados na sociedade. 4

Masculina - caminhos de autodeterminação, de poder e força; Feminina - caminhos de complementariedade, submissão e fragilidade. Pierre Bourdieu, em seu livro A dominação masculina, explica que o gênero é um construto sócio-cultural e político que opera através de representações (estereótipos) de masculinidade e feminilidade, e de modos de ser (habitus) masculinos e femininos, somatizados através do processo educacional. Esse processo de socialização constrói simultaneamente o indivíduo e o mundo. Insere valores e representações modo de ser que vai determinando as relações e é uma aprendizagem informal. A ação de formação (...) que opera esta construção social do corpo não assume senão muito parcialmente uma ação pedagógica explícita e expressa. (Bourdieu) Bourdieu considera que essa ação pedagógica é uma violência simbólica. A violência simbólica é uma forma doce e quase sempre invisível. 5

O conceito de gênero pode ser utilizado para interpretar criticamente (re-significar) a própria história e identidade. Dois desafios para desenvolver a consciência de gênero na escola e nos processos educativos: Ensinar diretamente sobre os processos sociais; Enfocar oportunidades concretas no cotidiano e nos processos educativos (currículo, práticas pedagógicas, etc.) para exemplificar e discutir as identidades e as relações de gênero, como são construídas e perpetradas na sociedade. Como pensar e refletir esse processo na capacitação dos formadores e educadores do Programa Segundo Tempo? Em primeiro lugar pensar a proposta pedagógica de forma relacional aos objetivos, princípios e público do Programa. 1) Público: Crianças e adolescentes (7 a 17 anos meninos e meninas) expostos aos riscos sociais (exclusão social); 2) Objetivo: Democratizar o acesso ao esporte educacional como forma de inclusão social; 3) Princípios: Reversão do quadro atual de injustiça, exclusão e vulnerabilidade social. 6

À luz desses objetivos e princípios, refletir: A prática pedagógica tem incluído na sua temática e na sua metodologia a reflexão sobre os processos de socialização de meninos e meninas na sociedade? Tem desenvolvido uma ação de transformação ou de perpetação dos estereótipos masculinos e femininos? Tem oferecido a reflexão crítica dos contextos para incluir meninos e meninas de forma eqüitativa nas ações do Programa? O conceito de gênero: Que sentidos estão contidos nesta expressão? Como se expressam no corpo e nas práticas esportivas? Como a escola e o PST tem trabalhado essas questões? Tem inserido na formação dos educadores? Como tem desenvolvido a relação entre os educadores entre si e desses com as crianças e adolescentes? Fundamental pensar a prática pedagógica a partir de episódios reais no cotidiano de meninos e meninas na escola e na vida. 7

Enfatizar o caráter social das diferenças entre homens e mulheres, talvez estivéssemos obscurecendo o fato da construção dos gêneros envolve o corpo, implica corpos sexuados. (Guacira Lopes Louro). Um exemplo é a questão da força física e da divisão de tarefas na escola e em casa. Esses exemplos podem estar direcionando a escolha esportiva ou a prioridade entre meninos e meninas, a partir da própria família e/ou escola? Essas diferenças se apresentam no Brasil, também regionalmente e expressam as desigualdades sociais de nosso país. Os dados nacionais do Segundo Tempo apontam uma participação maior de meninos do que de meninas ( mais ou menos 62% meninos e 38% meninas). Seria interessante fazermos algumas reflexões contextualizando uma abordagem de gênero, por exemplo: Qual a faixa etária em que se expressa maior essa diferença? Em que região se apresenta maior? Por quê? Evasão escolar como se coloca no contexto das escolas e quais as razões da mesma? Atinge mais meninos ou meninas? 8

Quais os principais aspectos de exclusão social dos meninos e meninas em cada local l (violência, i drogas, desagregação familiar, desemprego, gravidez na adolescência, responsabilidade na família, etc.); Quais os turnos alternativos das escolas e espaço físico para o desenvolvimento do programa? Como é realizada a seleção e ingresso no Programa? Qual a participação/envolvimento da família? Como se tem trabalhado a proposta pedagógica de inclusão social do Programa junto à escola e à família? Tem considerado a diferença entre meninos e meninas? Poderíamos tecer várias considerações para reflexão, mas o que gostaria de ressaltar é a necessidade de se desenvolver um trabalho blh integrado escola, família, comunidade d e Programa Segundo Tempo. Que pense e reflita sobre o contexto social e cultural de meninos e meninas no campo pedagógico e da formação, bem como junto aos formadores/educadores do Programa e da Escola. É importante, diria, imprescindível discutir com todos os atores envolvidos as possibilidades de transformação que a prática esportiva pode ter no campo da cidadania, contribuindo para a formação de homens e mulheres iguais, onde se desnaturalize situações de assimetria entre os gêneros e promova um ambiente de igualdade e de desenvolvimento dos potenciais humanos individuais respeitando-se as diferenças (CHA). 9

Gênero não é o único fator determinante das identidades e construções culturais do ser homem e ser mulher, outros olhares se fazem necessários também na prática pedagógica, como a questão de raça, etnia, orientação sexual, portadores de deficiência, entre outros. Entretanto, não tenho dúvida de que uma abordagem de gênero no processo de educação e formação é um referencial de qualidade da educação e também de elemento fundador de processos de transformação para inclusão social e construção de cidadania. A mudança não é um trabalho exclusivo de alguns homens, mas dos homens que a escolhem. (Paulo Freire) Grandes realizações são possíveis quando Ga d s a açõ ssãopossv squa do se dá importância aos pequenos começos. (Lao Tzu) 10