A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN

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Transcrição:

1 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN RESUMO Lilian Martello 1 Francisco José Fornari Sousa 2 Introdução: A Educação Física é um fator contribuinte na estimulação em crianças com Síndrome de Down, onde busca compreender a importância de uma orientação especializada para poder planejar corretamente as atividades físicas. Objetivo: Estabelecer quais os pontos favoráveis da inclusão de alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física. Metodologia: Pesquisa bibliográfica, tendo como instrumentos de coleta o site EF Deportes. Foram encontrados 04 artigos foram utilizados, que mostram a importância da educação física para o desenvolvimento do aluno com síndrome de Down. Resultados: Os resultados mostram que os alunos portadores de Síndrome de Down tem capacidade de aprendizado como todos os demais, mas para a assimilação ser concluída em êxito, necessitam de mais tempo e atenção. Conclusão: A inclusão é antes de tudo, uma busca por uma educação de qualidade para todos, não podendo mais ter espaços para atitudes discriminatórias frente ao processo inclusivo de conviverem com o aluno com síndrome de down e participar do processo de ensino nas aulas de Educação física. Palavra-chave: Síndrome de Down. Educação Física Escolar. Inclusão. THE IMPORTANCE OF SCHOOL PHYSICAL EDUCATION FOR STUDENT DEVELOPMENT WITH DOWN SYNDROME ABSTRACT Lilian Martello Francisco José Fornari Sousa Introduction: Physical education is a contributing factor in the stimulation in children with Down syndrome, which seeks to understand the importance of expert guidance in order to properly plan physical activities. Objective: To establish that the favorable points of the inclusion of students with Down syndrome in physical education classes. Methods: Literature search, with the collection instruments EFDeportes the site. They found 04 articles were used, showing the importance of physical education for the development of the student with Down syndrome. Results: The results show that students with Down syndrome have learning capacity as everyone else, but for assimilation be completed in success, require more time and attention. Conclusion: Inclusion is above all a quest for quality education for all and can no longer have room for discriminatory attitudes against the inclusive process of rubbing shoulders with the student with down syndrome and participate in the educational process in the classroom Education physics. Word-keys: Down Syndrome. School Physical Education. Inclusion. 1 Acadêmica do curso de Educação Física do Centro Universitário UNIFACVEST. 2 Prof. da disciplina de TCC2 do curso de Educação Física do Centro Universitário UNIFACVEST.

2 INTRODUÇÃO Magalhães e Tolocka (2010) mostram que o tema inclusão tem levantado inúmeros debates sobre vantagens e desvantagens, evidenciando posições polêmicas e controversas entre os educadores e especialistas. Há quem defenda a inclusão de todos os alunos em classes comuns, inclusive de alunos com algum tipo de deficiência, eliminado assim serviços de apoio e recursos auxiliares, outros se posicionam e vêem a inclusão como inviável e utópica em nossa realidade educacional. Pode-se verificar que a inclusão não é somente inserir o indivíduo nas atividades físicas, em uma integração social, ela é bem mais complexa e séria. Deste modo percebe-se que a inclusão deve ocorrer de maneira completa, respeitando o indivíduo como parte da sociedade de forma produtiva. (PAIM; MARCONATO, 2010) Segundo Magnus; Amaral (2012) no contexto as aulas de educação física são de fundamental importância para crianças com necessidades educativas especiais, onde os professores devem estar atentos às necessidades e anseios das mesmas, oportunizando varias atividades sociais de maneiras variadas para a integração de toda a turma. Pois é de fundamental importância para o aluno com necessidades educativas especiais se sentir parte de um conjunto de ações, se sentir incluído num grupo com responsabilidades como qualquer outro aluno. (MAGALHÃES; TOLOCKA, 2010) Magnus; Amaral (2012) relatam que envolvimento do professor de Educação Física nessas atividades é de suma importância, dando uma seriedade para esse tipo de atividade e sem jamais expor o aluno ao ridículo ou deixá-lo ser subestimado. As atividades em grupo são prazerosas e fazem o aluno se envolver de maneira total de maneira harmoniosa. A Educação Física adquire papel importantíssimo na medida em que se pode estruturar o ambiente adequado para a criança oferecendo experiência, resultando em uma grande auxiliar e promotora do desenvolvimento, isto é, desempenhando papel fundamental no desenvolvimento global, pelo fato de que todo seu trabalho é realizado através dos movimentos (NUNES, et al, 2013). Sabemos que a atividade física é de suma importância para a manutenção da qualidade de vida, da saúde e na prevenção de doenças. A atividade física para pessoas com Síndrome de Down deve ser adequada as suas características e principalmente as suas necessidades. Uma das grandes vantagens do componente curricular Educação Física na escola é o fato dele poder trabalhar com o movimento e o corpo do educando. Sua possibilidade

3 dinâmica de atrair o estudante para a aula se dá pelo seu diferencial em relação às demais disciplinas, pois o momento prático no trabalho com atividades, fazendo com que o estudante interaja melhor com os conteúdos trabalhados na disciplina. Proporcionando também, uma melhor interação entre os educandos nas suas diversas vivencia. Proposta que se tornam cada vez mais comum e necessária no âmbito escolar, já que, as escolas devem se preparar cada vez melhor para atender um público que necessita de uma educação especial. (NUNES, et al, 2013) Tratando-se de alunos com síndrome de Down, as atividades propostas nas aulas de Educação física devem sempre contribuir para que o aluno tenha um melhor aproveitamento das tarefas, seu desenvolvimento depende muito disso. É importante que haja uma aproximação da criança, estabelecendo uma relação de confiança com o professor e principalmente com os colegas de classe. (MAGNUS; AMARAL, 2013) METODOLOGIA A pesquisa bibliográfica foi o caminho metodológico percorrido pelo presente estudo, que propiciou a identificação, classificação e organização dos documentos utilizados. RUIZ (1986, p. 58) ratifica pesquisa bibliográfica definindo-a como: [...] exame manancial, para levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado assunto. Sendo assim, na realização desta pesquisa bibliográfica foram utilizados os seguintes procedimentos: a) Seleção bibliográfica e documentos afins à temática e em meios físicos, interdisciplinares, capazes e suficientes para que o pesquisador construa um referencial teórico coerente sobre o tema em estudo, responda ao problema proposto, corrobore ou refute as hipóteses levantadas e atinja os objetivos propostos na pesquisa; b) Leitura do material selecionado; c) Análise e reflexão crítica sobre o material selecionado; d) Exposição dos resultados obtidos através de artigos. Foi elaborado através de informações coletadas a partir de artigos publicados nas bases de dados de EFDeportes, utilizando as seguintes palavras chave: Educação Física Escolar. Síndrome de Down. Inclusão. A pesquisa foi realizada entre Março a agosto de 2015. Os dados considerados foram publicações no período de 5 anos (2010 a 2015).

4 RESULTADOS Foram encontrados 120 registros nas bases de dados consultadas, todos identificados como possíveis estudos para a pesquisa, 100 artigos excluídos por não relacionarem com o tema da pesquisa dentro da Educação Física, 21 excluídos por serem apenas sobre análise genética, 07 excluídos por tratar do tema dentro da atividade física na área da fisioterapia, destes 04 artigos foram utilizados, que mostram a importância da educação física para o desenvolvimento do aluno com síndrome de Down. Figura1. Diagrama de Fluxo Artigos encontrados através da pesquisa de banco de dados (n=120) Artigos excluídos por não relacionar com o tema da pesquisa dentro da Educação Física (n=100) Artigos excluídos por tratar do tema dentro da atividade física na área de fisioterapia. (n=6) Artigos excluídos por serem apenas sobre análise genética. (n=10) Artigos incluídos para análise e pesquisa (n=4) DISCUSSÕES O resultado desta pesquisa de revisão bibliográfica mostra que a atividade física para os portadores de síndrome de down é importante para a boa qualidade de vida de qualquer indivíduo. A aula de Educação Física é fonte de prazer e alegria sempre bem esperada dentro do período na escola. A partir dessas características, percebe-se que a Educação Física pode contribuir com o processo de inclusão de crianças com necessidades especiais na escola regular. Seus conteúdos e objetivos próprios contribuem para o melhor desenvolvimento da criança com síndrome de down nos aspectos motor, cognitivo, afetivo e social, lhe

5 proporcionando maior autonomia e qualidade de vida em seu dia a dia. Conforme os estudos selecionados, um destaca a importância da inclusão do aluno com necessidade especial em turmas regulares de ensino, onde é de extrema importância para seu desenvolvimento (MAGNUS; AMARAL, 2013), dois estudos informa que a participação dos alunos com síndrome de down nas aulas de educação física pode ser um grande facilitador da inclusão, pois permite através de práticas corporais o envolvimento do grupo, sendo possível valorizar as características físicas de cada indivíduo, ressaltando as habilidades de cada um, sem comparações (MAGALHÃES; TOLOCKA, 2010), um estudo mostra que o processo de ensino aprendizagem da educação física deverá estabelecer uma prática que contextualize a realidade do aluno (NUNES, et al, 2013). Os artigos selecionados e que relacionam o tema são apresentados na tabela 1.

6 Tabela 1 - Análise dos artigos selecionados AUTOR ANO OBJETIVO RESULTADO/CONCLUSÃO Promover uma sociedade que aceite e valorize as diferenças individuais, aprenda a conviver 2012 dentro da diversidade humana, através da compreensão e da cooperação. MAGNUS, E. AMARAL, F. A inclusão do aluno com necessidade especial e de extrema importância para seu desenvolvimento. Ele precisa ser incluso na sociedade e no ambiente escolar, assim aprendendo com toda a comunidade escolar. MAGUALHÃES, B. A. TOLOCKA, R. E. 2010 NUNES, B. G. et al. 2013 PAIM, M. C. C. MARCONATO, E. 2010 Analisar a bibliografia existente sobre inclusão no ensino regular de pessoas com Síndrome de Down e o trabalho de professores de Educação Física. Identificar como é possível intervir positivamente nas aulas de Educação Física Escolar, proporcionando a inclusão e o desenvolvimento com turmas de ensino regular com portadores da Síndrome de Down. Verificar como é percebido pelos professores o processo de inclusão de alunos com Síndrome de Down e se esse processo esta acontecendo de forma positiva para esses alunos em especial nas aulas de Educação Física no ensino regular. A Educação Física pode ser um grande facilitador da inclusão, pois permite através de práticas corporais o envolvimento do grupo, sendo possível valorizar as características físicas de cada indivíduo, ressaltando as habilidades de cada um, sem comparações. O processo de ensino-aprendizagem da Educação Física deverá estabelecer uma prática que contextualize a realidade do aluno, cabe ao professor oferecer meios e estratégias proporcionando o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo do aluno com esta síndrome, propiciando a construção de conhecimento e habilidades mais complexas. A participação dos alunos com síndrome de down nas aulas de Educação Física, contata-se que quando há o comprometimento do professor com o aluno, este ganha confiança em si mesmo, e essa atitude do professor faz uma grande diferença no aprendizado e interação do aluno durante o desenvolvimento das atividades na aula, sendo a aprendizagem mais lenta quando comparada a dos seus colegas. Pode-se dizer que com essa atitude de comprometimento do professor é que começa realmente existir o processo de inclusão.

8 Para Nunes, et al (2013) o down tem um ritmo de aprendizagem diferenciado e a sua evolução pode ser rápida como também muito lenta. Depende do professor identificar a fase de desenvolvimento para promover a aprendizagem. A Educação Física também é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo down, considerando que ela propõe a ligação entre corpo e mente utilizando-se de atividades prazerosas, lúdicas e interagindo com a realidade. O trabalho corporal, os movimentos são importantes, pois possibilita o conhecimento através do corpo, sua imagem, expressão etc. Devido ao down apresentar movimentos desarmônicos e estereotipados, a educação física vem compensar e direcionar aspectos psicomotores, proporcionando o desenvolvimento geral e consequentemente específico (MAGUALHÃES; TOLOCKA, 2010). 3 CONCLUSÃO A Educação Inclusiva pressupõe que todas as crianças tenham a mesma oportunidade de acesso, de permanência e de aproveitamento na escola, independentemente de qualquer característica peculiar que apresentem ou não. O movimento inclusivo, nas escolas, por mais que seja ainda muito contestado, pelo caráter ameaçador de toda e qualquer mudança, especialmente no meio educacional, é irreversível e convence a todos pela sua lógica, pela ética de seu posicionamento social. A inclusão está denunciando o abismo existente entre o velho e o novo na instituição escolar brasileira. A inclusão é reveladora dessa distância que precisa ser preenchida com as ações eficazes. Para que este movimento inclusivo aconteça é fundamental que as crianças com deficiência tenham o apoio de que precisam, seja da sua própria família, da sociedade ou nas escolas. Mas, o mais importante de tudo, é que o professor, a família e toda a comunidade escolar estejam convencidos de que: cada aluno é diferente no que se refere ao estilo e ao ritmo da aprendizagem. No que se refere especificamente à inclusão dos portadores da Síndrome de Down a escolas terão de escolher o caminho a seguir, mas é bom lembrar que apostar na educação que ensina e estimula a competitividade é investir na permanência de uma característica de nosso mundo atual e não deixar as pessoas sem outra opção, submetidos a estilo segregado de viver. Os professores precisam estar conscientes de sua importância e da função que desempenham, no caso de terem um aluno com síndrome de Down, na sala. Como se vê, é na relação concreta entre o educando e o professor que se localizam os elementos que

9 possibilitam decisões educacionais mais acertadas, e não somente no aluno ou na escola. O sentido especial da educação consiste em amar e respeitar o outro, que são as atitudes mediadoras da competência ou da sua busca para melhor favorecer o crescimento e desenvolvimento destes. O conhecimento de uma abordagem holística, no sentido de integração e revelação do contexto de vida do portador da síndrome. Ter acesso aos outros profissionais, como fonoaudiólogos e fisioterapeutas envolvidos no desenvolvimento deste indivíduo, podem também trazer contribuições significativas para as ações do professor em sala de aula. A educação física como parte do processo educativo, também precisa se adaptar e preparar para receber as pessoas com síndrome de down. Adaptar as atividades é papel do professor, onde respeitar a individualidade de cada aluno faz parte da aula. As pessoas com síndrome de down possuem um ritmo de aprendizado menor, mas isso não quer dizer que elas não são capazes de aprender. Possibilitar ao aluno diversos estímulos, com atividades diferentes também podem ajudar no desenvolvimento por completo. Variar entre atividades em grupos, e individuais são interessantes para síndrome de down, onde assim estimulam além do motor, o social e o emocional também. O compromisso do educador e com o processo de transformação de ser humano, proporcionando-lhe recursos para que possam através de suas potencialidades, desenvolver a aprendizagem. Embora em algumas pessoas, a velocidade desta aprendizagem não corresponda aos padrões sociais, elas não deixam de ser humanos e o compromisso do educador continua o mesmo. REFERÊNCIAS MAGNUS, E. AMARAL, F. A inclusão dos alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física. 2012. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd171/alunos-comsindrome-de-down-educacao-fisica.htm. Acessado em 25/08/2015. MAGUALHÃES, B. A. TOLOCKA, R. E. A Pedagogia e a Educação Física como aliadas na inclusão de crianças com Síndrome de Down no ensino regular. 2010. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd142/inclusao-de-criancas-com-sindrome-de-down.htm. Acessado em 25/08/2015.

10 NUNES, B. G. et al. A inclusão de crianças com Síndrome de Down na Educação Física Escolar. 2013. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd180/sindrome-de-down-naeducacao-fisica.htm. Acessado em 25/08/2015. PAIM, M. C. C. MARCONATO, E. Inclusão na aula de Educação Física: relato de uma realidade no ensino fundamental. 2010. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd148/inclusao-na-aula-de-educacao-fisica.htm. Acessado em 25/08/2015. RODRIGUES, R. GONÇALVES, J. C. Procedimento de Metodologia Científica. 7. ed. Lages: Papervest, 2014. RUIZ, J. Á. Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 1986.