Violências no Ambiente Escolar. Coordenação-Geral de Direitos Humanos - DEIDHUC/SECAD/MEC



Documentos relacionados
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO COORDENAÇÃO GERAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Apoio à Valorização da Diversidade no Acesso e na Permanência na Universidade

Conheça as 20 metas aprovadas para o Plano Nacional da Educação _PNE. Decênio 2011 a Aprovado 29/05/2014

EDUCAÇÃO INFANTIL E LEGISLAÇÃO: UM CONVITE AO DIÁLOGO

Educação, crescimento, equidade Não temos espaço para errar

ANEXO 1. Programas e Ações do Ministério da Educação - MEC. 1. Programas e Ações da Secretaria da Educação Básica SEB/2015

EIXO II EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS PROPOSIÇÕES E ESTRATÉGIAS

Fórum Estadual de Educação PR Plano Nacional de Educação PNE 2011/2020

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE DIRETORIA DE EDUCAÇÂO INTEGRAL, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

IMPLANTANDO O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

Direito à Educação. Parceria. Iniciativa. Coordenação Técnica. Apoio

LICENCIATURA INDÍGENA

ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NO PROJETO VIVA A VIDA

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 321, DE 2014

Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica

Belém/PA, 28 de novembro de 2015.

O Curso de Graduação em Ciências da Religião nas Faculdades Integradas Claretianas em São Paulo

UMA NOVA EDUCAÇÃO PARA O BRASIL COM O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Educação Integral Desafios para a implementação

Fornecimento de Óculos para Alunos Portadores de Deficiência Visual

ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES

META NACIONAL 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os

ACS Assessoria de Comunicação Social

Políticas de Governo para EaD

Ações do Ministério da Educação no enfrentamento ao Trabalho Infantil


PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EDUCADORES DE JOVENS E ADULTOS

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

difusão de idéias QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção

AGENDA PROPOSITIVA DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

Resolução nº 30/CONSUP/IFRO, de 03 de outubro de 2011.

Carta de recomendações para o enfrentamento às violências na primeira infância

3.1 Ampliar o número de escolas de Ensino Médio de forma a atender a demanda dos bairros.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM GOIÁS: Políticas e programas que resgatam e qualificam o trabalhador

O PROGRAMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DIREITO À DIVERSIDADE E O COORDENADOR PEDAGÓGICO

Art. 1º Fica modificada a redação da Seção V do Título IV da Lei Complementar nº 49, de 1º de outubro de 1998, que passa ter a seguinte redação:

PROJETO DE LEI Nº 015/2015, DE 29 DE ABRIL DE 2015.

Adolescentes no Brasil Um olhar desde o Direito

GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE 2ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO

EMENTA: Dispõe sobre a Política Municipal de Atenção ao Idoso e da outras providências.

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição Fatia 3;

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa?

13 Nesse sentido, são profissionais da educação: I professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro

SAÚDE DA FAMÍLIA E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UM DESAFIO PARA A SAÚDE PUBLICA DE UM MUNICIPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO Brasil

CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA O ENSINO SUPERIOR EM RONDÔNIA

Projeto Grêmio em Forma. relato de experiência

Indicador(es) Órgão(s) 26 - Ministério da Educação

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E SUAS 20 METAS. Palestra: Campo Grande MS

PROPOSTA DE INVESTIMENTO SOCIAL. Lei Federal de Incentivo ao Esporte FUNDAÇÃO GOL DE LETRA INSTITUTO EQUIPAV

3.3 Linhas de ação Informações sobre programas 3.4 Proponente Submissão

PREFEITURA MUNICIPAL DE PILÕES CNPJ: / CEP: GABINETE DO PREFEITO

Plano Nacional de Educação 201? 202?: Desafios e Perspectivas. Fernando Mariano fmariano@senado.leg.br Consultoria Legislativa

PROJETO CURSO ALUNO INTEGRADO / 2013

PRONATEC. Fomenta as redes estaduais de EPT por intermédio do Brasil Profissionalizado;

EIXO II EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS PROPOSIÇÕES E ESTRATÉGIAS UNIÃO 1

MELHORIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA ESCOLAR

Ministério da Educação. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Reitoria Conselho de Graduação e Educação Profissional

CONSTRUÇÃO DO PROCESSO DE CONFERÊNCIAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 2015

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: DA EDUCAÇÃO BÁSICA AO ENSINO SUPERIOR

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Ata de Reunião da UTE/2014 realizada durante a XIX Cúpula da Rede Mercocidades

Rua do Atendimento Protetivo. Municipalino:

PROJETO ESCOLA DE FÁBRICA

Carta Aberta aos Estudantes e Trabalhadores dos Cursos de Graduação a Distância em Serviço Social no Brasil

TOTAL

PNE PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PARECER HOMOLOGADO Despacho do Ministro, publicado no D.O.U. de 5/12/2012, Seção 1, Pág. 30.

FÓRUM SUL MINEIRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL- 2010

ESTRUTURA, POLÍTICA E GESTÃO EDUCACIONAL AJUDA

Educação Básica obrigatória dos 4 aos 17 anos. GT Grandes Cidades Florianópolis-SC 26 a 28 de abril de 2010

XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE

Avaliação da Educação Infantil no âmbito das políticas públicas

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM ATO DE AMOR E AFETIVIDADE

PROGRAMA EU SORRIO PARA O APRENDIZ

CONCEPÇÃO DE CUIDADO E EDUCAÇÃO:

Encontros estaduais do MEC e da Undime com os dirigentes municipais de educação. Secretaria de Educação a Distância

Sistema Penitenciário Regional Rio de Janeiro Escola de Gestão Penitenciária RJ 7 a 9 de dezembro de 2005

AS MANIFESTAÇÕES DE VIOLÊNCIA E A CONSTRUÇÃO DE VALORES HUMANOS NO PROJETO ESPORTE NA COMUNIDADE, NA LOCALIDADE DE MONDUBIM.

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO. Prof. Msc Milene Silva

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS. Projetos e Políticas Públicas de competência do SISNAD

Inovação e Qualidade na Educação. Paulo Egon Wiederkehr

Ministério da Educação

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO RESOLUÇÃO/FNDE/CD/N 48 DE 28 DE NOVEMBRO DE 2008.

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

Palavras-chave: Currículo. Educação Infantil. Proposta Curricular.

PNE NO EVENTO ACERCA DO PDI PROEG-16/9/2015

ANÁLISE DE UMA POLÍTICA PÚBLICA VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO: PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

Padrões de Qualidade para Cursos de Comunicação Social

Universalizar a educação primária

O PNE E OS DESAFIOS ATUAIS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Edital de seleção para formação em gestão de Organizações da Sociedade Civil Fundação Tide Setubal 2011

Santander InveStImento SocIal PrIvado

Transcrição:

Violências no Ambiente Escolar Coordenação-Geral de Direitos Humanos - DEIDHUC/SECAD/MEC

Violências no Ambiente Escolar Pensar as diversas formas de violências nas escolas significa considerar o quanto uma criança pode ter seu percurso educacional fragilizado; A SECAD/MEC tem a missão de contribuir para a redução das desigualdades educacionais por meio da participação de todos os cidadãos em políticas públicas que assegurem a ampliação do acesso à educação.

Violências no Ambiente Escolar A violência física, psicológica, social, institucional, doméstica e familiar, em suas diversas formas, compõe dimensão cada vez mais ampliada no cotidiano da nossa sociedade. Entre as múltiplas formas de violência, a praticada contra crianças e adolescentes exige atenção prioritária do Estado, por outros motivos, em decorrência da condição peculiar de crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes vitimados por ela. Daí a necessidade de valorizar a permanência e a progressão escolar dando estabilidade a esse percurso.

Violências no Ambiente Escolar Dentre as múltiplas formas de violências ocorridas no ambiente escolar, preconceito e discriminação são formas de violência simbólica que não só expulsam crianças e adolescentes da escola mas também expulsam/excluem no interior da própria escola; Apesar das muitas pesquisas já realizadas no Brasil sobre o tema, permanece a sensação de sua invisibilidade.

Violências no Ambiente Escolar As violências nas escolas começam a tornar-se um fenômeno, especialmente, nos anos 80 por alguns motivos: Crescimento populacional; Aumento da população urbana; Aumento das zonas periféricas nas grandes cidades; Aumento da população de baixa renda; Aumento da população escolarizada; Crise da instituição escola ; Aumento das taxas de mortalidade entre os jovens; Democratização (movimentos sociais denunciando violências) e extensão da violência em todo o país.

Violências no Ambiente Escolar Os estudos feitos sobre violência nas escolas apontam, basicamente, para dois tipos de análises sobre o fenômeno: a) violência vem de fora, portanto, deve ser exteriorizada ; b) violência está dentro de cada um de nós, portanto, devemos lidar com ela dentro de nós ; Ou ainda remetem para a compreensão de que se há excesso de algo, há desequilíbrio de forças e, portanto, a violência se impõe (ex.: excesso de cobrança por disciplina, acaba levando os/as estudantes a se revoltarem contra as pessoas que representam autoridade). Fonte: Caleidoscópio dos Estudos sobre Violência nas Escolas no Brasil: 1980-2009

Projeto Escola que Protege Objetivo: Qualificar profissionais de educação nas modalidades à distância e presencial, para uma atuação adequada, eficaz e responsável, no âmbito escolar, diante das situações de evidências ou constatações de violências sofridas por crianças e adolescentes.

Escola que Protege Ações: Formação de profissionais da educação básica da rede pública de ensino, além de profissionais da rede de proteção integral (profissionais de saúde, assistência social, conselheiros tutelares, do Sistema de Garantia de Direitos, dentre outros/as); Produção de materiais didáticos e paradidáticos nas temáticas; Elaboração de Plano de Intervenção Educacional; Criação/fortalecimento de uma Comissão Gestora Local

Histórico do Projeto Escola que Protege O projeto piloto da EqP, implantado inicialmente nas cidades de Recife, Belém e Fortaleza, previa três ações: 1) acolhimento, avaliação diagnóstica e atendimento psicossocial às crianças e adolescentes; 2) escola para pais; e 3) capacitação de professores(as). Nesta fase, o projeto atingiu 403 escolas, 4.340 famílias e capacitou 1.540 professores(as).

Histórico do Projeto Escola que Protege Em 2006, o Escola que Protege continuou investindo na formação continuada de professores(as) e, por meio de 20 IES, alcançou 84 cidades de 18 Unidades Federadas (UF) e formou 4.500 educadores(as), em módulos presenciais e a distância, beneficiando cerca de 800 escolas. Na edição de 2007,o Ministério da Educação descentralizou recursos para 18 universidades públicas e a previsão de capacitação era de 10.000 pessoas.

Projeto Escola que Protege Em 2008, foi lançada a Resolução nº37 e normatizou a seleção de mais 18 universidades públicas. A execução dos projetos vem acontecendo em 2009 e há previsão de 10 mil profissionais formados/as; Já em 2009, a Resolução nº17 foi publicada e foram aprovados 17 projetos. As descentralizações e os convênios estão ocorrendo e a execução dos projetos dá-se entre 2009 e 2010.

Lei 11.525/2007 Além da tarefa de fomentar a formação continuada, temos o compromisso de fomentar o cumprimento da Lei 11.525/2007 a qual modificou a LDB, obrigando os sistemas a prever o ensino do Estatuto da Criança e do Adolescente no Ensino Fundamental. O MEC em parceria com a SEDH, FIA/CEATS e Fundação Telefônica ofereceu curso on line com 1000 vagas para profissionais de educação sobre o ECA e ofertará, em 2010, mais 1000 vagas. Além disso, o MEC em parceria com a UFPB está realizando pesquisa sobre a implementação da Lei 11.525/07 em todas as Secretarias de Educação no país.

A educação é fator fundamental para garantir um desenvolvimento duradouro e sustentável, capaz de promover a inclusão social e o pleno exercício da cidadania.

Contatos: escolaqueprotege@mec.gov.br Telefones: (61) 2104-9468/8490 danielly.queiros@mec.gov.br Coordenadora: Rosiléa Wille Coordenação-Geral de Direitos Humanos