TÍTULO: ADESÃO ÁS PRÁTICAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO AUTOR(ES): MICHELE MONTEIRO DA SILVA, APARECIDA SANTOS DA SILVA, BENEDITA SANTANA SOUZA DOS SANTOS, IVANIA BENICIA RIBEIRO, MONICA CRISTINA FERREIRA DE A. PEREIRA, SEBASTIANA FAUSTINO DA COSTA ORIENTADOR(ES): RAQUEL SILVA BICALHO ZUNTA, YARA PADALINO CHIMURA
RESUMO: A técnica da higienização das mãos consiste em um procedimento de eficácia comprovada por estudos, promovendo a segurança do paciente prevenindo infecções e permitindo o seu controle. A adesão dos profissionais da equipe de saúde à estratégia de higienização das mãos na prática assistencial é inferior a 50%, índice considerado como inaceitável. Objetivos: Levantar as principais dificuldades em relação a adesão à prática de higienização das mãos pela equipe de enfermagem e identificar as principais intervenções utilizadas para melhoria da adesão à higienização das mãos pela equipe de enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com a seguinte questão norteadora: Quais práticas educativas mais contribuem para a adesão da equipe de enfermagem quanto ao procedimento de lavagem das mãos? Foram usadas as bases de dados: LILACS e SCIELO e os seguintes descritores: higienização das mãos; equipe de enfermagem; adesão; dificuldades. Foram encontrados 22 artigos que correspondiam aos critérios de inclusão estabelecidos. Foi feita uma leitura minuciosa dos artigos selecionados e emergiram dois eixos para posterior discussão: A adesão, dos profissionais de enfermagem, à técnica de higienização das mãos e estratégias para adesão à higienização das mãos. INTRODUÇÃO: As evidências disponíveis na literatura confirmam a elevada prevalência e complexidade das infecções relacionadas à assistência em saúde. Contudo, tanto a prevenção como o controle desses eventos adversos são possíveis quando da implantação de medidas de precaução padrão, que se concentram em minimizar a introdução de microrganismos e em aumentar a resistência do paciente à infecção. Vale acrescentar que a técnica de higienização das mãos é considerada também como um pilar fundamental para a redução da disseminação da resistência bacteriana (OLIVEIRA; PAULO, 2008). A estratégia de controle de infecções por meio da higienização das mãos faz sentido, pois, a pele tem capacidade para abrigar microrganismos e transferilos de uma superfície para a outra, por contato direto, pele com pele ou indireto por meio de objetos (CRUZ et al., 2009; CAETANO et al., 2011; MENDES et al., 2013). Sendo assim, os profissionais da equipe de saúde encontram-se
vulneráveis à colonização por microrganismos, o que acaba contribuindo para a ocorrência de contaminação cruzada, visto que estes indivíduos atuam como reservatório e potenciais disseminadores de agentes patogênicos para o ambiente, para os clientes e para a comunidade hospitalar (BORGES et al., 2006; PRADO-PALOS et al., 2011). Apesar da importância das mãos na cadeia de transmissão das infecções hospitalares e os efeitos da sua higienização na diminuição das taxas, muitos profissionais são passivos diante do problema, enquanto os serviços adotam formas pouco originais e criativas para envolver os profissionais em campanhas. Porém, estudos recentes mostraram a maior eficácia de algumas estratégias de educação para se obter a desejada mudança de comportamento, como, por exemplo, programas de educação permanente, palestras, campanhas educativas, promoção de concursos e de músicas alusivas ao tema, uso de pôsteres, sinais luminosos, mensagens e envolvimento de pacientes (CHAVES et al., 2009; CRUZ et al., 2009; NEVES et al., 2009; OLIVEIRA et al., 2011). OBJETIVOS: Levantar as principais dificuldades em relação a adesão à prática de higienização das mãos pela equipe de enfermagem; Identificar as principais intervenções utilizadas para melhoria da adesão à higienização das mãos pela equipe de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de revisão integrativa da literatura, que segundo Polit e Beck (2011), consiste em uma técnica de pesquisa que facilita a sintetização do conhecimento científico já produzido, por meio de análise dos resultados já evidenciados em outros estudos realizados por especialistas. DESENVOLVIMENTO: Justifica-se a escolha do tema por ser a técnica de higienização das mãos considerada um pilar fundamental para a redução da disseminação da resistência bacteriana e os profissionais de enfermagem encontram-se vulneráveis à colonização por microrganismos, o que acaba contribuindo para a ocorrência de contaminação cruzada. Como questão norteadora surge a seguinte indagação: Quais práticas educativas mais
contribuem para a adesão da equipe de enfermagem quanto ao procedimento de lavagem das mãos? O acesso do material para a realização da pesquisa foi realizado por meio de bases de dados científicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Os descritores selecionados por meio da Biblioteca Virtual em Saúde-Descritores em Ciências da Saúde (DECS) foram: higienização das mãos; equipe de enfermagem; adesão; dificuldades. RESULTADOS PRELIMINARES: À partir dos descritores selecionados acima foram encontrados 94 artigos na biblioteca virtual SCIELO, sendo que 54 correspondem ao descritor higienização mãos e 40 entre o cruzamento dos descritores Equipe enfermagem AND Adesão AND dificuldade. Na base de dados LILACS foram encontrados 500 estudos, sendo 349 correpondentes ao descritor Higienização das mãos e 151 correspondentes entre o cruzamento dos descritores Equipe enfermagem AND adesão AND dificuldade. Somandose os artigos encontrados, na duas bases de dados, foram selecionados um total de 594 estudos. Os critérios de inclusão estabelecidos foram: os estudos deviam descrever estratégias para aumentar a adesão a prática de higienização das mãos em instituições de saúde, estarem disponíveis online na íntegra e de forma gratuíta, escritos em língua portuguesa e publicados entre 2006 até 2016. Como critérios de exclusão: ausência de texto completo nas plataformas de busca online, artigos duplicados e artigos que não contemplam o tema. Após o estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 50 estudos da SCIELO e 101 da LILACS, totalizando 152, após a leitura do título foram selecionados 67 estudos, posteriormente com a leitura dos resumos foram selecionados 22 estudos. A partir da leitura completa dos artigos selecionados emergiu dois eixos que nortearão a discussão do presente estudo, sendo: A adesão, dos profissionais de enfermagem, à técnica de higienização das mãos e estratégias para adesão à higienização das mãos. FONTES CONSULTADAS BORGES, L.F.A. et al. Contaminação nas mãos de profissionais de saúde em diferentes unidades de um Hospital Universitário brasileiro. Nursing (São Paulo), v. 8, n. 100, p. 1000-1003, 2006.
CAETANO, J.A. et al. Identificação de contaminação bacteriana no sabão líquido de uso hospitalar. Rev. Escola Enfermagem USP, v. 45, n. 1, p. 153-160, 2011. CRUZ, E.D.A. et al. Higienização de mãos: 20 anos de divergências entre a prática e o idealizado. Ciencia y Enfermeria, v. 15, n. 1, p. 33-38, 2009. CHAVES, A.L. et al. A lavagem das mãos como expressão do cuidado de enfermagem junto aos pré-escolares de escolas municipais do Rio de Janeiro, Brasil. Rev. Enfermagem UFPE, v. 3, n. 1, p. 138-141, 2009. MENDES, W. et al. Características de eventos adversos evitáveis em hospitais do Rio de Janeiro. Rev. Associação Médica Brasileira, v. 59, n. 5, p. 421-428, 2013. OLIVEIRA, A.C. et al. Infecções relacionadas à assistência em saúde: desafios para a prevenção e controle. REME Rev. Mineira Enfermagem, v. 13, n. 3, p. 445-450, 2011. OLIVEIRA, A.C.; SILVA, R.S. Desafios do cuidar em saúde frente à resistência bacteriana: uma revisão. Rev. Eletrônica Enfermagem, v. 10, n. 1, p. 189-197, 2008. POLIT, D.F.; BECK, C.T. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática de enfermagem. 7 ed. Porto Alegre: Artmed;2011. PRADO-PALOS, M.A. et al. Prevalência de bastonetes Gram-negativos isolados da saliva de trabalhadores da saúde. Rev. Eletrônica Enfermagem, v. 13, n. 4, p. 730-734, 2011.