HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
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- Elias Amorim Peixoto
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1 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ALVES, Fabiane Correa 1 PUGIN, Tamiris Teixeira 2 CORTES, Laura Ferreira 3 INTRODUÇÃO: Uma forma simples de prevenção e controle de doenças infecciosas nos estabelecimentos de saúde é a correta higienização das mãos. Conhecido mundialmente como um método primário de precaução das transmissões de contato direto ou indireto dos microorganismos, abrangendo também as infecções cruzadas por microorganismos multirresistentes, (OLIVEIRA; PAULA,2013). Ignaz Philip Semmelweis foi o precursor da higienização das mãos em 1846, descobriu através da observação que o número de óbitos nas pacientes que eram atendidas pelos médicos era maior que o de pacientes atendidas pelas parteiras. Médicos e estudantes costumavam a examinar as pacientes após realizar autópsia e dessa forma traziam nas mãos microorganismos causadores de febre puerperal e óbito. Semmelweis pediu que os médicos que saíssem da sala de autópsia higienizassem as mãos com um produto que continha cloro onde se obteve a queda de óbitos pela infecção. (BOYCE; PITTET,2002) Assim começaram as observações de higiene e controle de microbiotas, mas foi entre os anos 1975 a 1985 que começaram as publicações de protocolos em hospitais sobre as primeiras orientações das lavagens das mãos com água e sabão, antes e depois dos cuidados ao paciente. Implementados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os anos passaram e a prática de higienização das mãos continua sendo estudada por diversas instituições e comprovada eficácia e com baixo custo financeiro. Uma lavagem ineficaz ou inexistente acarreta uma série de transmissões de agentes patológicos, nos quais os profissionais da saúde são os maiores veículos de microbiotas em suas mãos, (BRASIL,2007). As ações de promoção e prevenção das 1 Autora. Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade Integrada de Santa Maria. fabiianecorrea@gmail.com. 2 Coautora. Orientadora. Enfermeira. Enfermeira Obstetra Formada pelo Centro Universitário Franciscano. Servidora da Prefeitura Municipal de Santa Maria RS. Supervisora de Campo de Estágio na UBS Ruben Noal. ttpugin@gmail.com 3 Coautora. Orientadora. Enfermeira. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade Integrada de Santa Maria. Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação de Enfermagem da UFSM. laura.cortes@fisma.com.br
2 Infecções Relacionadas Assistência de Saúde (IRAS) tem como o objetivo de disseminar o conhecimento sobre a segurança do paciente para os profissionais que atuam nos cuidados. (BRASIL,2013). OBJETIVO: Relatar a vivência acadêmica durante a realização de uma atividade de educação em saúde sobre a higienização das mãos. MÉTODO: Este estudo trata-se de um relato de experiência de uma atividade extracurricular do campo de estágio do 7º semestre da graduação de enfermagem pela Faculdade Integrada de Santa Maria. O embasamento teórico com base nas aulas curriculares e leituras complementares foram primordiais para a atividade realizada no mês de setembro de No qual se iniciou com uma explanação sobre a higienização das mãos, sucedido de uma dinâmica para melhor visualização e assimilação das informações recebidas. Com a participação de três turmas de técnico de enfermagem de uma instituição de ensino privado do município de Santa Maria-RS. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A atividade foi realizada na noite do dia 18 de setembro de 2017, o convite foi pela professora das turmas do técnico de enfermagem em um evento de estágio curricular onde trazíamos a proposta da Caixa Mágica como educação em saúde com crianças em sala de espera da unidade básica de saúde. A caixa mágica faz parte de um método de ensino lúdico que funciona através da visualização das mãos na luz negra, quando aplicado um produto de ação fluorescente que iluminado com a luz possibilita ver as partes escuras onde não foi friccionado o produto mostrando as partes menos lavadas. Entende-se por educação em saúde o processo de troca e construção de conhecimentos entre profissionais e usuários do sistema, não sendo o educar um mero ato de transferir conhecimento. Tal processo de construção quando pautado em experiências de vida do sujeito produzem um corpo de significados e por consequência conhecimento, (OLIVEIRA,et al,2016). Na noite deste evento estavam presentes cerca de 50 alunos do curso técnico de enfermagem, três professoras enfermeiras do curso e a enfermeira supervisora da unidade básica. Saliento aqui que na minha vivência acadêmica foi a primeira atividade para um grande grupo de ouvintes, de forma interativa foi abordado a temática da qual eles aprenderam em sala de aula. Com perguntas simples e diretas eles respondiam timidamente tais como os momentos da higienização das mãos, a importância, os passos para uma lavagem correta das mãos. Na medida em que relatava minhas experiências em campos de estágios foram quebrando a timidez e começando a interagir e passar
3 suas experiências. Buscou-se aqui utilizar a construção de saberes pautada nas experiências vividas, como nos propõe Paulo Freire (Freire,2011), aliada ao saber teórico da higienização das mãos, proposto pela ANVISA (BRASIL,2013). Depois de uma recapitulação do que já sabiam apresentei a caixa mágica, onde foi explicado como funcionava e de que forma eles observariam suas mãos, na escolha de uma das professoras cerca de 10 alunos foram selecionados para fazer a antissepsia com álcool gel. Logo mais após a fricção das mãos passamos o líquido fluorescente em cada um dos, em expectativas de verem o resultado cada um colocou suas mãos dentro da caixa no qual a luz e se surpreenderam com o resultado. Com a curiosidade da turma em geral começaram a levantar e passar pela experiência de ver o resultado não só dos colegas selecionados e sim das mãos deles próprios. Após cada um passar pela caixa aos pouco foram retornando para seus respectivos lugares, deslumbrados com o resultado tiveram a percepção que uma técnica correta é eficaz para não transmitir agentes patogênicos nos serviços de saúde. Para concluir a atividade foi realizada uma dinâmica de grupo com uma música para retomar os locais onde menos foram higienizados e a utilização de adornos onde forma uma colônia maior de microorganismos e assim retomando a técnica por completo, (BRASIL,2005). Compreendendo que a prática de educação em saúde é obtida pela enfermagem e tem como capacidade pedagógica de transmitir de diversas formas educativas. A enfermagem utiliza da educação em saúde como um suporte para seu trabalho, no qual de forma direta e indireta interfere no dia a dia dos profissionais e da população. No qual a readaptação da demanda de educação em saúde é de acordo com as necessidades de cada ambiente de saúde sendo privado ou público, (ACIOLI,2012;DAVID;FARIA 2012). CONCLUSÕES: Esta atividade foi de suma importância na vida acadêmica, onde foram quebradas as barreiras de falar para um grande público. Receber o retorno positivo tanto das professoras como dos alunos ao término da atividade proposta é gratificante e perceber o quão satisfatório e proveitoso foi à atividade para as turmas nos estimula a seguirmos atuando como educadores em saúde em todos os espaços onde estamos inseridos. Como futuros educadores, trabalhar a conceituação e a técnica correta de higienização das mãos como método simples e eficaz no controle de infecções, nos permite contribuir para a formação de profissionais que façam a diferença durante a atuação nos serviços de saúde. O enfermeiro como educador
4 em saúde em tem um papel de transmitir as informações em todos os espaços onde ele é inserido seja em uma sala de espera na unidade de saúde onde foi realizado o convite ou em sala de aula com futuros profissionais da saúde, seja em escola ou até mesmo um evento para o público. A educação em saúde, aliada a uma boa observação do espaço onde estamos inseridos, sempre fará parte do legado da enfermagem. PALAVRAS CHAVES: Desinfecção das mãos; Enfermagem; Educação em Saúde. REFERÊNCIAS BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ANVISA.Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília, Acesso em: 20 set BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE _ Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz. Anexo 01: protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços de saúde. Brasilia,2013. OLIVEIRA, Adriana Cristina; PAULA, Adriana Oliveira. Intervenções para elevar a adesão dos profissionais de saúde à higiene de mãos: revisão integrativa. Revista Eletrônica de Enfermagem out/dez;15(4): FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários a Prática Educativa. ed. 43 Paz e Terra D. M. D. O. et al. CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: PERSPECTIVA DE ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA. Rev enferm UFPE on line, [S.L], p. 3901, nov Disponível em: < 3/pdf_11309>. Acesso em: 27 set ACIOLII, Sonia; DAVID, Helena Maria Scherlowski Leal; FARIA, Magda Guimarães De Araújo. Educação em saúde e a enfermagem em saúde coletiva: reflexões sobre a prática. Rev. enferm. uerj, Rio de janeiro, v. 20, n. 4, p , out./dez. undefined. Disponível em: < Acesso em: 27 set
5 BRASIL. Ministério do Trabalho e do Emprego_ Anexo I Nr 32 - Segurança E Saúde No Trabalho Em Serviços De Saúde. Brasilia,2005.
1. INTRODUÇÃO: CONTEXTO HISTÓRICO. Ignaz Semmelweis
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