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Transcrição:

CÁLCULOS PREVIDENCIÁRIOS - RGPS Sergio Geromes II Profsergiogeromes sergiogeromes@hotmail.com

AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS CLASSIFICAÇÃO Classificação das ações previdenciárias de acordo com a pretensão da parte autora (SAVARIS, José Antônio. Direito Processual Previdenciário. 7ª ed. Curitiba: Alteridade Editora, 2018). Deste modo, são 05 as principais espécies de ações: 1. Ação de concessão de benefício previdenciário; 2. Ação de restabelecimento de benefício previdenciário; 3. Ação de manutenção de benefício previdenciário; 4. Ação de anulação de benefício previdenciário; e 5. Ação de revisão de benefício previdenciário.

REVISÕES Artigo 559 da IN 77/2015: A revisão é o procedimento administrativo utilizado para reavaliação dos atos praticados pelo INSS, observadas as disposições relativas a prescrição e decadência. Artigo 560 da IN 77/2015: A revisão poderá ser processada por iniciativa do beneficiário, representante legal ou procurador legalmente constituído, por iniciativa do INSS, por solicitação de órgãos de controle interno ou externo, por decisão recursal ou ainda por determinação judicial. 1º Os beneficiários da pensão por morte tem legitimidade para dar início ao processo de revisão do benefício originário de titularidade do instituidor, respeitado o prazo decadencial do benefício originário. (AC 5100039-41.2018.4.03.9999). 2º Após a revisão prevista no 1º, a diferença de renda devida ao instituidor, quando existente, será paga ao pensionista, na forma de resíduos.

APELAÇÃO CÍVEL 5100039-41.2018.4.03.9999 (03/2019) AUXÍLIO-ACIDENTE. CUMULAÇÃO COM APOSENTADORIA. VEDAÇÃO. INCLUSÃO NO CÁLCULO DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. POSSIBILIDADE. REVISÃO DE PENSÃO POR MORTE DECORRENTE DE APOSENTADORIA. PRAZO DECADENCIAL AUTÔNOMO. [...] Nas situações em que o postulante é beneficiário de pensão por morte e a pretensão é de revisão do ato de concessão do benefício do segurado instituidor (benefício originário), considera-se como o termo a quo do lapso decadencial a data do início da pensão, ocasião em que exsurge o interesse do dependente, em nome próprio, deduzir a pretensão revisional. Nesse sentido, adoto o posicionamento do C. STJ no REsp nº 1.499.057, Relator Ministro Herman Benjamin, decisão monocrática, DJe 24/02/2015. [...]

NO MESMO SENTIDO Resp 1.462.100/PR (2015) PEDILEF 5000419-21.2013.4.04.7116 (TNU) EM SENTIDO CONTRÁRIO Resp 1.643.190/SP (2017) AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.605.554 PR (2017) PEDILEF 0007217-77.2011.4.03.6309

PRAZO DECADENCIAL

Artigo 1º do Decreto 20.910/1932: Prazo Prescricional de 5 anos para cobrar dívidas; Artigo 57 da Lei nº 3.807/1960: Prazo Prescricional de 5 anos. Sem prejuízo do direito ao benefício; Artigo 103 LB (Redação Original): Prazo Prescricional de 5 anos. Sem prejuízo do direito ao benefício. Artigo 103 LB: Prazo decadencial de 10 anos (Redação dada pela Lei n. 9.528/1997 convertida da MP 1.523/97); Artigo 103 LB: Prazo decadencial de 5 anos (Redação dada pela Lei n. 9.711/98 convertida da MP 1.663-15/1998); Artigo 103 LB: Prazo decadencial de 10 anos (Redação dada pela Lei n. 10.839/04 convertida da MP 138/2003); Artigo 103 LB: Prazo decadencial de 10 anos (Redação dada pela MP 871/2019).

PRAZO DECADENCIAL Artigo 103 LB: É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 626.489 1. O decurso do tempo não afeta a concessão inicial do benefício (direito adquirido). 2. É legítima a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário. 3. O marco inicial do prazo decadencial é a MP 1.523, de 28.06.1997. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência.

DA INCIDÊNCIA DO PRAZO DECADENCIAL

DECADÊNCIA Artigo 103 LB: É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.

REVISÕES DE REAJUSTAMENTO X DECADÊNCIA Artigo 436 da IN INSS/Pres nº. 45/2010: Não se aplicam às revisões de reajustamento e às estabelecidas em dispositivo legal, os prazos de decadência de que tratam os arts. 103 e 103-A da Lei 8.213, de 1991. Artigo 565 da IN INSS/Pres nº 77/2015: Não se aplicam às revisões de reajustamento os prazos de decadência de que tratam os arts. 103 e 103-A da Lei nº 8.213, de 1991.

REVISÕES DE REAJUSTAMENTO APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0002343-16.2011.4.03.6126/SP 2011.61.26.002343-6/SP RELATOR : Desembargador Federal FAUSTO DE SANCTIS APELANTE : WALDOMIRO TAFFARELLO (= ou > de 65 anos) ADVOGADO: SERGIO GEROMES e outro CODINOME: WALDOMIRO TAFARELLO APELADO: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS ADVOGADO: ADRIANA MECELIS e outro: HERMES ARRAIS ALENCAR DECISÃO (...) De início, não há falar-se em decadência quanto à Emenda Constitucional n. 20/1998. Com efeito, o entendimento de que a contagem do prazo decenal deve ser feita a partir da publicação da Lei n. 9.528/1997, somente se aplica aos benefícios anteriores a tal data quando houver pedido de revisão do ato de concessão, NÃO SE ESTENDENDO AOS PLEITOS DE REAJUSTES, como é o caso. (...) (...) DOU PARCIAL PROVIMENTO à Remessa Oficial e PROVIMENTO à Apelação da parte autora, para afastar a decadência e incluir na revisão a Emenda Constitucional n. 20/1998 (...).

TERMO INICIAL DO PRAZO DECADENCIAL ATO ADMINISTRATIVO POSITIVO: DO DIA PRIMEIRO DO MÊS SEGUINTE AO DO RECEBIMENTO DA PRIMEIRA PRESTAÇÃO, OU QUANDO FOR O CASO, ATO ADMINISTRATIVO NEGATIVO: DO DIA EM QUE TOMAR CONHECIMENTO DA DECISÃO INDEFERITÓRIA DEFINITIVA NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO.

ATO ADMINISTRATIVO POSITIVO Artigo 103 LB: É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.

TERMO INICIAL DO PRAZO DECADENCIAL

ATO ADMINISTRATIVO NEGATIVO Artigo 103 LB: É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Art. 568, único, da IN 77/2015: Em se tratando de pedido de revisão de benefícios com decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo, em que não houver a interposição de recurso, o prazo decadencial terá início no dia em que o requerente tomar conhecimento da referida decisão. Artigo 571 da IN INSS/Pres nº 77/2015: A revisão iniciada com a devida ciência do segurado dentro do prazo decadencial impedirá a consumação da decadência, ainda que a decisão definitiva do procedimento revisional ocorra após a extinção de tal lapso.

TNU IUJEF 0004324-07.2010.404.7252/SC REVISÃO. DECADÊNCIA. INICIO FLUIÇÃO DO PRAZO. DECISÃO ADMINISTRATIVA. O prazo previsto no artigo 103 da Lei nº 8.213/91 é decadencial começando a fluir do primeiro dia posterior ao do recebimento da primeira prestação do benefício, ou, quando for o caso, no dia em que o segurado tiver ciência da decisão administrativa que indeferiu seu pedido de revisão, devendo ser observado esse segundo marco nos casos em que houver pedido administrativo de revisão do benefício. (Relatora: Juíza Federal Ana Cristina Monteiro de Andrade Silva)

DECADÊNCIA E AS QUESTÕES NÃO RESOLVIDAS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.407.710 - PR (2013/0332024-5) PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. PRESCRIÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 103 DA LEI 8.213/91. 1. Hipótese em que se consignou que "a decadência prevista no artigo 103 da Lei 8.213/91 não alcança questões que não restaram resolvidas no ato administrativo que apreciou o pedido de concessão do benefício. Isso pelo simples fato de que, como o prazo decadencial limita a possibilidade de controle de legalidade do ato administrativo, não pode atingir aquilo que não foi objeto de apreciação pela Administração". [...]

Súmula 81 TNU: Não incide o prazo decadencial previsto no art. 103, caput, da Lei n. 8.213/91, nos casos de indeferimento e cessação de benefícios, bem como em relação às questões não apreciadas pela Administração no ato da concessão. TEMA 975 STJ: Decadência x Questões não apreciadas no Processo Administrativo.

Artigo 347, 4 º do Decreto 3.048/99: No caso de revisão de benefício em manutenção com apresentação de novos elementos extemporaneamente ao ato concessório, os efeitos financeiros devem ser fixados na data do pedido de revisão.

DECADÊNCIA RETROAÇÃO DE DIB MELHOR BENEFÍCIO

RE 630.501 RS Aposentadoria: preenchimento de requisitos e direito adquirido ao melhor benefício - 1 O Plenário iniciou julgamento de recurso extraordinário em que se discute, à luz do art. 5º, XXXVI, da CF, se segurado da previdência social tem, ou não, direito ao melhor benefício de aposentadoria, ou seja, se, sob a vigência de uma mesma lei, ele tem, ou não, direito a eleger, com fundamento no direito adquirido, o benefício calculado do modo mais vantajoso, consideradas todas as datas em que o direito poderia ter sido exercido, desde quando preenchidos os requisitos para a jubilação.

A Min. Ellen Gracie, relatora, deu parcial provimento ao recurso, para, atribuindo os efeitos de repercussão geral ao acolhimento da tese do direito adquirido ao melhor benefício, garantir a possibilidade de os segurados verem seus benefícios deferidos ou revisados de modo que correspondam à maior renda mensal inicial (RMI) possível no cotejo entre aquela obtida e as rendas mensais que estariam percebendo na mesma data caso tivessem requerido o benefício em algum momento anterior, desde quando possível a aposentadoria proporcional, com efeitos financeiros a contar do desligamento do emprego ou da data de entrada do requerimento, respeitadas a decadência do direito à revisão e a prescrição quanto às prestações vencidas.

AgRg no REsp nº 1.407.710 - PR PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. PRESCRIÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 103 DA LEI 8.213/91. 1. Hipótese em que se consignou que "a decadência prevista no artigo 103 da Lei 8.213/91 não alcança questões que não restaram resolvidas no ato administrativo que apreciou o pedido de concessão do benefício. Isso pelo simples fato de que, como o prazo decadencial limita a possibilidade de controle de legalidade do ato administrativo, não pode atingir aquilo que não foi objeto de apreciação pela Administração".

2. O posicionamento do STJ é o de que, quando não se tiver negado o próprio direito reclamado, não há falar em decadência. In casu, não houve indeferimento do reconhecimento do tempo de serviço exercido em condições especiais, uma vez que não chegou a haver discussão a respeito desse pleito. 3. Efetivamente, o prazo decadencial não poderia alcançar questões que não foram aventadas quando do deferimento do benefício e que não foram objeto de apreciação pela Administração. Por conseguinte, aplica-se apenas o prazo prescricional, e não o decadencial. Precedentes do STJ. 4. Agravo Regimental não provido.

STJ TEMA 966 STJ: Decadência x Melhor Benefício. Aplica Decadência.

Art. 103 da LB: O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, do ato de deferimento, indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019) I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019) II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de benefício, no âmbito administrativo. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 626.489 1. O decurso do tempo não afeta a concessão inicial do benefício (direito adquirido). 2. É legítima a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário. 3. O marco inicial do prazo decadencial é a MP 1.523, de 28.06.1997. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência.

PRAZO PRESCRICIONAL

PRAZO PRESCRICIONAL Decreto 20.910/1932: 5 anos; Lei nº 3.807/1960: 5 anos; Artigo 103 da LB (REDAÇÃO ORIGINAL): 5 anos; Artigo 103, único da LB: 5 anos, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.

SÚMULA 85 STJ: Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda publica figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior a propositura da ação.

SUSPENSÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL Art. 4º, Dec. 20.910/1932: Não corre a prescrição durante a demora que, no estudo, ao reconhecimento ou no pagamento da dívida, considerada líquida, tiverem as repartições ou funcionários encarregados de estudar e apurá-la. Parágrafo único. A suspensão da prescrição, neste caso, verificar-se-á pela entrada do requerimento do titular do direito [...]

SUSPENSÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL Art. 573, 6º, da IN 77/2015: Não ocorrerá a prescrição após o agendamento/requerimento da revisão, independentemente do prazo para conclusão do processo, nos casos de efeitos financeiros favoráveis ao segurado ou beneficiário. Art. 5º, Dec. 20.910/1932: Não tem efeito de suspender a prescrição a demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação.

REINÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL SUSPENSO

Art. 202, único, do CC: A prescrição interrompida recomeça a correr (do início) da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. Art. 9º, Dec. 20.910/1932: A prescrição interrompida recomeça a correr, pela metade do prazo, da data do ato que a interrompeu ou do último ato ou termo do respectivo processo. Art. 3º do Decreto-Lei 4.597/1942: Recomeça a correr, pela metade do prazo, da data do ato que a interrompeu, ou do último do processo para a interromper [...]. Súmula 383 STF: A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo.

PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO RE 631.240/MG RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO E INTERESSE EM AGIR. [...] 2. A concessão de benefícios previdenciários depende de requerimento do interessado, não se caracterizando ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação e indeferimento pelo INSS, ou se excedido o prazo legal para sua análise. É bem de ver, no entanto, que a exigência de prévio requerimento não se confunde com o exaurimento das vias administrativas. 3. A exigência de prévio requerimento administrativo não deve prevalecer quando o entendimento da Administração for notória e reiteradamente contrário à postulação do segurado. (g.n) 4. Na hipótese de pretensão de revisão, restabelecimento ou manutenção de benefício anteriormente concedido, considerando que o INSS tem o dever legal de conceder a prestação mais vantajosa possível, o pedido poderá ser formulado diretamente em juízo salvo se depender da análise de matéria de fato ainda não levada ao conhecimento da Administração, uma vez que, nesses casos, a conduta do INSS já configura o não acolhimento ao menos tácito da pretensão. [...]

CÁLCULO DE RMI NOÇÕES PRELIMINARES RENDA MENSAL INICIAL RMI: Valor do primeiro pagamento recebido pelo segurado, obtida mediante a aplicação de um percentual (%) ao Salário-de- Benefício (SB); a) Auxílio-Acidente (B/36 ou B/94): 50%; b) Auxílio-Doença (B/31 ou B/91): 91%; c) Aposentadoria Por Invalidez (B/32 ou B/92): 100%; d) Aposentadoria Por Tempo de Cont. (B/42): 100%; e) Aposentadoria Especial (B/46): 100%; f) Aposentadoria Por Idade (B/41): A partir de 70% até no máximo 100%; g) Pensão Por Morte (B/21 ou B/93) e Auxílio-Reclusão (B/25): 100%.

SALÁRIO DE BENEFÍCIO SB: Base de apuração da Renda Mensal Inicial, correspondente à Média Aritmética Simples (M.a.s) de determinado número de salários de contribuição; e SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO SC: Valor sobre o qual se faz incidir a alíquota da contribuição previdenciária. Base de Cálculo do Tributo. Equivale à remuneração do segurado, limitado ao valor teto do RGPS.

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO Artigo 201 DA CF/88: [...] 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei.

Artigo 28, I da Lei nº 8.212/91: para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês [...]; Artigo 28, II da Lei nº 8.212/91: para o empregado doméstico: a remuneração registrada na CTPS; Artigo 28, III da Lei nº 8.212/91: para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo a que se refere o 5 o ; Artigo 28, IV da Lei nº 8.212/91: para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se refere o 5 o.

Artigo 28, 3º da Lei nº 8.212/91: O limite mínimo do saláriode-contribuição; Artigo 28, 5º da Lei nº 8.212/91: O limite máximo do saláriode-contribuição; Artigo 135 da Lei nº 8.213/91: Os salários-de-contribuição utilizados no cálculo do valor de benefício serão considerados respeitando-se os limites mínimo e máximo vigentes nos meses a que se referirem.

SALÁRIO DE BENEFÍCIO Artigo 28 da Lei nº 8.213/91: O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o salário-família e o salário-maternidade, será calculado com base no salário-de-benefício.

SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO APÓS A LEI Nº 8.213/91 ATÉ O ADVENTO DA LEI Nº 9.876/99 Artigo 29 da LB: (REDAÇÃO ORIGINAL) O salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. PBC = 48 MESES NÚMERO POSSÍVEL DE SC UTILIZADOS DO PBC = 36 CORREÇÃO MONETÁRIA: TODOS OS SC (ART. 202 CF REDAÇÃO ORIGINAL)

DIB DE 05 DE ABRIL DE 1991 ATÉ A VÉSPERA DA LEI Nº 9.876/99

SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 9.876/99 Artigo 29 da LB: O salário-de-benefício consiste: I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-decontribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-decontribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO REVISÃO DE FATO

FÓRMULA DE CÁLCULO Artigo 29 da LB: O salário-de-benefício consiste: I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-decontribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-decontribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.

SALÁRIO DE BENEFÍCIO SB: M. A. S. 80% > SC x FP OBS: O FATOR PREVIDENCIÁRIO FP, SERÁ APLICADO NAS APOSENTADORIAS POR IDADE E POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E INTEGRA O SB. DESSE MODO, O SB SÓ SERÁ LIMITADO AO TETO APÓS A APLICAÇÃO DO FP.

FATOR PREVIDENCIÁRIO 7 o O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, segundo a fórmula constante do Anexo desta Lei. 8 o Para efeito do disposto no 7 o, a expectativa de sobrevida do segurado na idade da aposentadoria será obtida a partir da tábua completa de mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos.

FÓRMULA DO FATOR PREVIDENCIÁRIO Alíquota = 0,31 Idade Tempo de Contribuição Expectativa de Sobrevida

Idade Expectativa de Sobrevida TABELA DE EXPECTATIVA DE SOBREVIDA 2018/2019 Idade TABELA DE EXPECTATIVA DE SOBREVIDA - Ambos os Sexos 2018/2019 Expectativa de Sobrevida Idade Expectativa de Sobrevida Idade Expectativa de Sobrevida Idade Expectativa de Sobrevida Idade Expectativa de Sobrevida 0 76,0 14 63,4 28 50,3 42 37,5 56 25,6 70 15,2 1 76,0 15 62,4 29 49,4 43 36,6 57 24,8 71 14,6 2 75,1 16 61,4 30 48,5 44 35,7 58 24,0 72 14,0 3 74,1 17 60,5 31 47,6 45 34,8 59 23,2 73 13,3 4 73,2 18 59,5 32 46,6 46 34,0 60 22,4 74 12,7 5 72,2 19 58,6 33 45,7 47 33,1 61 21,6 75 12,2 6 71,2 20 57,7 34 44,8 48 32,2 62 20,9 76 11,6 7 70,2 21 56,8 35 43,9 49 31,4 63 20,1 77 11,1 8 69,3 22 55,8 36 43,0 50 30,5 64 19,4 78 10,5 9 68,3 23 54,9 37 42,0 51 29,7 65 18,7 79 10,0 10 67,3 24 54,0 38 41,1 52 28,8 66 18,0 80+ 9,6 11 66,3 25 53,1 39 40,2 53 28,0 67 17,3 12 65,3 26 52,2 40 39,3 54 27,2 68 16,6 13 64,3 27 51,2 41 38,4 55 26,4 69 15,9 * Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas (DPE), Coordenação de População e Indicadores Sociais (COPIS).

TABELA DE EXPECTATIVA DE SOBREVIDA 2013

16,9 0,6371 OBS: Aplicação facultativa do FP no cálculo do B/41.

REGRA 85/95 90/100 Artigo 29-C da LB: O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for:

I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observado o tempo mínimo de contribuição de trinta anos. 1º Para os fins do disposto no caput, serão somadas as frações em meses completos de tempo de contribuição e idade.

ACRÉCIMO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO O segurado exerceu atividade no período de 13/10/1986 a 30/09/2001, exposto a Ruído de 91 db 13/10/1986 a 30/09/2001 = 14A/11M/18D 14A/11M/18D x 1,40 = 20A/11M/13D Acréscimo de: 5A/11M/25D

BENEFÍCIO REVISTO JUDICIALMENTE RMI Anterior: R$ 3.498,24 RMI Revista: R$ 4.821,17 Diferença Obtida: R$ 1.322,93 Diferença Pela ES (26,7): R$ 423.866,77

AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTOS

RESPONSABILIDADE X RECOLHIMENTO Artigo 30 da Lei 8.212/91: A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: I - a empresa é obrigada a: a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração; [...]

V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência; [...] Artigo 4 o da Lei n. 10.666/2003: Fica a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

Artigo 34 da Lei nº 8.213/91: No cálculo do valor da renda mensal do benefício, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão computados: I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso, os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis, observado o disposto no 5 o do art. 29-A; [...] III - para os demais segurados, os salários-de-contribuição referentes aos meses de contribuições efetivamente recolhidas.

SC X PRESUNÇÃO DE RECOLHIMENTO Artigo 33, 5º da Lei nº 8.212/91: O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei.

Artigo 32, 22 do Decreto nº 3.048/99: Considera-se período contributivo: I - para o empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso: o conjunto de meses em que houve ou deveria ter havido contribuição em razão do exercício de atividade remunerada sujeita a filiação obrigatória ao regime de que trata este Regulamento; II - para os demais segurados, inclusive o facultativo: o conjunto de meses de efetiva contribuição ao regime de que trata este Regulamento.

Artigo 33 da LC: À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos.

SC X SALÁRIO MÍNIMO Art. 35 e 36 da LB: Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso que mas não possam comprovar o valor de seus salários de contribuição, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição.

COMPROVAÇÃO DA REMUNERAÇÃO Artigo 10, II da Instrução Normativa 77/2015: a) contracheque ou recibo de pagamento contemporâneos ao período que se pretende comprovar, com a identificação do empregador e do empregado; b) ficha financeira; c) anotações contemporâneas acerca das alterações de remuneração constantes da CP ou da CTPS com anuência do filiado; ou d) original ou cópia autenticada da folha do Livro de Registro de Empregados ou da Ficha de Registro de Empregados, onde conste a anotação do nome do respectivo filiado, bem como das anotações de remunerações, com a anuência do filiado e acompanhada de declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e identificada por seu responsável. 1º e 2º: Declaração do empregador ou seu preposto contendo as remunerações quando estas forem o objeto da comprovação.

A INFLUÊNCIA DO VALOR MENSAL DO AUXÍLIO ACIDENTE NO CÁLCULO DAS APOSENTADORIAS E PENSÃO POR MORTE

SC X AUXÍLIO ACIDENTE Artigo 34 da Lei nº 8.213/91: No cálculo do valor da renda mensal do benefício, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão computados: [...] II - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do auxílio-acidente, considerado como salário de contribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria, nos termos do art. 31;

SC X AUXÍLIO ACIDENTE Artigo 31 da Lei nº 8.213/91: O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para fins de cálculo do saláriode-benefício de qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art. 29 e no art. 86, 5º.

SC X AUXÍLIO ACIDENTE APELAÇÃO CÍVEL 0009093-13.2014.4.01.3304/BA [...] 3. Dispõe o art. 31, da Lei 8.213/91 que o valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art. 29 e no art. 86, 5º. A IN 20, de 2007 do INSS por sua vez, dispõe que inexistindo período de atividade ou gozo de benefício por incapacidade dentro do PBC, o valor do auxílio-acidente não supre a falta do salário-de-contribuição.

SC X AUXÍLIO ACIDENTE 4. A Lei 8.213/91 disciplina que o valor do auxílio acidente integra o salário de contribuição para fins de cálculo da aposentadoria, ou seja, compõe o salário de contribuição não havendo restrição quanto ao uso isolado do mesmo na hipótese de inexistir salário de contribuição outro. A IN referida, assim, suplantou os limites estabelecidos pela Lei inovando no ordenamento jurídico em nítido prejuízo ao segurado.[...]

SC X AUXÍLIO ACIDENTE Artigo 29 da LB: O salário-de-benefício consiste: [...] 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo. *RE 583.834/SC

SC X AUXÍLIO ACIDENTE Conceito de Incapacidade laborativa: É a impossibilidade de desempenho das funções específicas de uma atividade, função ou ocupação habitualmente exercida pelo segurado, em consequência de alterações morfopsicofisiológicas provocadas por doença ou acidente (Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária).

REsp 1.243.760/PR PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. CÔMPUTO DO PERÍODO DE RECEBIMENTO APENAS DE AUXÍLIO-ACIDENTE PARA A CARÊNCIA NECESSÁRIA À CONCESSÃO DA APOSENTADORIA POR IDADE. POSSIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. [...] 2. In casu, é de ser observada a vetusta regra de hermenêutica, segundo a qual "onde a lei não restringe, não cabe ao intérprete restringir" e, portanto, não havendo, nas normas que regem a matéria, a restrição imposta pelo Tribunal a quo, não subsiste o óbice imposto ao direito à pensão por morte. [...]

Súmula 73 TNU: O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a previdência social.

Artigo 153, 1º, da IN: Tempo em gozo de benefício computado como carência. (ACP 0216249-77.2017.4.02.5101) AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 5007252-92.2018.4.03.6183 6ª Vara Previdenciária Federal de São Paulo AUTOR: INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO PREVIDENCIARIO (IBDP) RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

SB = R$ 2.577,92 RMI = R$ 2.577,92 x 85% (B/41) RMI = R$ 2.191,23 RMI Apurada pelo INSS= R$ 2.065,26

BIBLIOGRAFIA: ALENCAR, Hermes Arrais. Cálculo de Benefícios Previdenciários. Regime Geral de Previdência Social. Teses Revisionais. Da Teoria a Prática. 9ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2018. GEROMES, Sergio. Cálculo do Benefício Previdenciário na Prática. Teses Revisionais. 2ª ed. São Paulo: LTr, 2018. SAVARIS, José Antônio. Direito Processual Previdenciário. Curitiba: Editora Alteridade, 2018. Melissa Folmann e João Marcelino Soares. Revisões de Benefícios Previdenciários. Curitiba: Editora Juruá, 2011.