Nome do exame: Prader-Willi, Síndrome Pré-Natal - Análise de Microdeleções por FISH, Teste Citogenético Código: SPP Sinonímias: Síndrome de Prader-Willi (SPW) Síndrome de Prader-Labhart-Willi Obesidade Genética Prazo para resultado: 25 a 40 dias. Coleta, processamento, estocagem e envio do material biológico: Material: Vilosidades Coriônicas - Através da data da última menstruação ou ecografia recente, verificar se a gestante está na 12ª semana de gestação, período ideal para a coleta de vilosidades coriônicas, apesar desta poder ser coletada entre a 11ª e 13ª semana da gestação. Coletar 25 mg de vilosidade coriônica numa seringa estéril, com meio de cultura de células (o meio de cultura de células poderá ser fornecido pelo Genetika, mediante solicitação. Remeter o material refrigerado, em gelo reciclável, sem que a amostra entre em contato direto com o gelo, via SEDEX. Sugerimos que o material seja enviado IMEDIATAMENTE ao Genetika, devendo chegar em 24 horas, não podendo ultrapassar o prazo de 48 horas após a coleta. APÓS este prazo as chances de realização do exame são mínimas, devido a degradação do material. Material: Líquido Amniótico - Através da data da última menstruação ou ecografia recente, verificar se a gestante está na 16ª semana de gestação, período ideal para a coleta do líquido amniótico, apesar deste poder ser coletado da 15ª semana até o final da gravidez. Coletar 20 ml de líquido amniótico, (descartar o primeiro ml coletado), colocando em 2 seringas plásticas estéreis com 10 ml cada, numerando a 1ª e a 2ª. Vedar bem a seringa com agulha descartável e estéril. Remeter o material na própria seringa prendendo a agulha com esparadrapo, refrigerado, em gelo reciclável, sem que a amostra entre em contato direto com o gelo, via SEDEX. Sugerimos que o material seja enviado IMEDIATAMENTE após a coleta, sendo ideal a chegada no Genetika em 24 horas, não podendo ultrapassar o prazo de 48 horas após a coleta. APÓS este prazo as chances de realização do exame são mínimas, pela degradação do material. Material: Sangue fetal - Através da data da última menstruação ou ecografia recente, verificar se a gestante está entre a 18ª e 22ª semana de gestação, período ideal para a coleta de sangue fetal. Colher 5ml de sangue fetal em seringa heparinizada (heparina sódica = Liquemine da Roche) o suficiente para molhar as paredes da seringa. Deixar o sangue na própria seringa, tomando o cuidado de trocar a agulha e mantê-la coberta com a capa plástica. Importante: o excesso de heparina compromete a cultura, inviabilizando o estudo citogenético. Sugerimos que o material seja enviado imediatamente ao Genetika, devendo chegar em 24 horas, não podendo ultrapassar o prazo de 48 horas após a coleta (de 2ª a 5ª feira). Após este prazo as chances de realização do exame são mínimas. Remeter o sangue fetal, assim que for possível, a temperatura ambiente, ou em gelo reciclável, evitando o contato direto, via SEDEX. Evitar enviar exame Pré-natal na 6ª feira, preferindo sempre enviar na 2ª feira. Informações necessárias para envio deste exame: Dados da gestante: Nome, idade, sexo, endereço, telefone, dados clínicos, idade gestacional. Dados do Médico: Nome, endereço e telefone. Termo de Consentimento informado livre e esclarecido. Tipo de material coletado. Dados específicos para este exame. Causas de rejeição de amostras: Coleta e/ou estocagem e/ou envio impróprio do material. Falta de documentos exigidos pelo Genetika. Falta de dados do médico e/ou do paciente.
Metodologia: Coleta de vilosidade coriônica ou amniócitos ou sangue fetal, seguida de Hibridização in situ por Fluorescência (FISH). Análise de cromossomos metafásicos e núcleos em interfase para a detecção de anormalidades e alterações cromossômicas, como microdeleções e microduplicações, em 17p13.3. (Masuno M, et al. Am J Hum Genet. 59:441-443. 1995). Estratégia da análise genética: O teste Pré-natal para SPW somente deve ser realizado após a identificação exata do mecanismo genético que levou a SPW em algum membro da família e que o casal já tenha passado pelo aconselhamento genético e compreendido o risco do feto vir a herdar o defeito genético. Só os casos onde algum membro da família tem a síndrome de Prader-Willi causada por mutação na região de "imprinting" ou translocações cromossômicas, é que podem sugerir um diagnóstico pré-natal. A detecção Pré-natal de quase todas as alterações genéticas moleculares conhecidas na região 15q11-q13 que causam SPW é possível utilizando análise de DNA e/ou cromossômica/fish das células obtidas de amniocentese ou vilosidade coriônica ou sangue fetal. Para as gestações de baixo risco onde não existe história familiar de SPW, mas no qual se suspeita da deleção 15q em estudos citogenéticos pré-natais realizado por outra indicação, FISH é indicado. Se a deleção é corfirmada, estudo da origem dos cromossomos paternos deve ser realizado para determinar se a deleção é de origem materna (feto com Síndrome de Angelman) ou paterna (feto com SPW). Valores de referência: Normal: sem deleção Alterado: com deleção em um cromossomo 15 Interpretação dos resultados: O diagnóstico é confirmado pela identificação de deleção em 15q11.2. Um resultado normal não exclui totalmente a possibilidade deste diagnóstico, porém se o mecanismo causador de SPW já havia sido previamente detectado nesta família, reduz muito a possibilidade do feto vir a ser afetado. Sensibilidade/especificidade/taxa de detecção da análise: Taxa de detecção cerca de 100% dos casos em que a translocação já tenha sido detectada na família ou que tenha sido suspeitada no cariótipo pré-natal. Indicações do exame: Para detectar microdeleções paternas em gestações de baixo risco em que o cariótipo de líquido amniótico ou de vilosidade coriônica ou sangue fetal sugerem deleção em 15q11. Para situação onde já existam casos na família que comprovadamente foram causados por translocação cromossômica. Exames relacionados e oferecidos pelo Genetika: Prader-Willi Teste de Metilação, Código PRW, Setor de Genética Molecular. Prader-Willi Análise de dissomia uniparental pré-natal, Código A29, Setor de Genética Molecular. Prader-Willi - FISH para microdeleção em 15q11-q13, Código SPW, Setor de Citogenética. Prade-Willi - Análise de mutação no centro de "imprinting", Código DCI, Setor de Genética Molecular. Angelman Análise de dissomia uniparental, Código A01, Setor de Genética Molecular. Angelman - Análise do Padrão de metilação, Código ANG, Setor de Genética Molecular. Angelman - Sequenciamento do gene UBE3A, Código AGU, Setor de Genética Molecular. Angelman Análise de microdeleção por FISH, Cógigo SAN, Setor de Citogenética. Angelman - FISH para detecção de microdeleção em 15q11-q13 - Pré-Natal, Código SAP, Setor de Citogenética. Cariótipo de Líquido Amniótico, Código CLA, Setor de Citogenética.
Cariótipo de Vilosidade Coriônica, Código CVC, Setor de Citogenética. Cariótipo de Sangue Fetal, Código CFL, Setor de Citogenética. Resumo da doença: A Síndrome de Prader-Willi (SPW) é uma desordem neurocomportamental associada com deficiência mental leve a moderado. Os pacientes com SPW podem ter atividade fetal diminuída, com hipotonia pós-natal, hiperfagia, obesidade entre os 12 meses e 6 anos de idade, hipogonadismo, características faciais marcantes (diâmetro bifrontal estreito, fissuras palpebrais em forma de amêndoa, boca virada para baixo) e outras manifestações menos marcantes como: problemas de comportamento, sono pertubado, baixa estatura, hipopigmentação e mãos e pés pequenos. A Síndrome ocorre em 1 em 10.000 a 1 em 22.000 nascimentos. A base genética de SPW é heterogênea, tornando difícil o diagnóstico molecular desta desordem. Cerca de 70% dos casos são o resultado de uma deleção no cromossomo 15q11-q13 paterno. Aproximadamente 25% dos casos receberam duas cópias do cromossomo 15 materno e não de seus pais, etiologia esta denominada de Dissomia uniparental. E cerca de 4% dos casos tem uma anormalidade no processo de impressão genética ( imprinting ), o qual causa não expressão dos genes paternos na região específica do gene de SPW. Cerca de 1% dos casos tem uma translocação com ou sem deleção envolvendo 15q11. Detecção Pré-natal de quase todas as alterações genéticas moleculares conhecidas na região 15q11-q13 que causa SPW é possível utilizando análise de DNA e/ou cromossômica/fish das células obtidas de amniocentese (entre 16ª-18ª semana de gestação) ou vilosidade coriônica (10ª-12ª semana de gestação). Benefícios advindos da realização do exame: A Síndrome de Prader-Willi não tem cura. Mas, se diagnosticada cedo, intervenções precoces podem prevenir as complicações da doença. Terapia física e tratamento ortopédico e nutricional nos primeiros anos de vida podem ajudar, assim como o apoio neurológico e psiquiátrico. Confirmar a hipótese diagnóstica de indivíduos sintomáticos. Prevenção de complicações futuras. Melhora na capacidade de prognosticar, baseada na comparação com outros casos da doença descritos na literatura. Permite o aconselhamento genético adequado. Em muitos casos o teste pode fornecer informação diagnóstica à um custo menor e com menos risco do que outros procedimentos clínicos-laboratoriais. O teste diagnóstico pode ser realizado em indivíduos sintomáticos de qualquer idade. Vantagens competitivas do Genetika: O Genetika é o primeiro laboratório brasileiro de apoio especializado em genética a obter o Certificado de Qualidade ISO 9001/00 e possui mais de uma década de experiência na área de genética, já tendo realizado milhares de exames laboratoriais de genética. Aconselhamento genético pré e pós exame, feito por Médico especialista em Genética Clínica. Dedica toda a sua infra-estrutura para realizar exclusivamente exames da área de genética médica e Biologia Molecular. O resultado dos exames são facilmente compreendidos, e no laudo constam a metodologia utilizada, interpretação e conclusão. O diretor do laboratório revisa todos os resultados e assina o laudo final. Os resultados são imediatamente transmitidos por telefone ou enviados via fax, e-mail e/ou correio para o médico solicitante, sempre respeitando a privacidade e o sigilo das partes envolvidas no teste. Possui profissionais qualificados para a realização do exame, com Bioquímicos e Biológos com Mestrado e Doutorado que realizam o processamento das amostras e analisam os resultados obtidos. O Laboratório oferece uma tabela de exames com indicação dos testes mais adequados para cada tipo de caso (por exemplo: um teste para múltiplos agentes infecciosos, teste para uma mutação específica do gene, um painel de mutações ou o seqüenciamento completo do gene).
As informações sobre os exames são facilmente obtidas via fax, telefone, Serviço de Atendimento ao Cliente-SAC (ligação gratuita) ou pela Internet (web site ou e-mail). Possui laboratórios conveniados nas mais diversas localidades do País, que estão treinados para realizar a coleta e envio das amostras biológicas à sede do Genetika. Limitações do exame: Existem outros mecanismos diferentes da deleção que podem causar a SPW. Portanto um resultado negativo não exclui definitivamente o diagnóstico. Somente o gene implicado na doença será estudado. Alterações em outros genes não serão detectadas. Todo procedimento de diagnóstico Pré-natal tem um risco à gravidez, portanto, o consentimento informado é exigido em conjunto com o aconselhamento genético. Em muitos casos, antes de ser realizar o diagnóstico Pré-natal deve-se identificar a mutação(s) específica(s) em um parente afetado ou nos pais, se estes fossem portadores. Especialidades médicas com interesse no exame: Clínica Médica Dermatologia Dermatologia Pediátrica Endocrinologia Endocrinologia Pediátrica Fonoaudiologia Fonoaudiologia Pediátrica Neurologia Neurologia Pediátrica Obstetrícia Oftalmologia Oftalmologia Pediátrica Odontologia Odontologia Pediátrica Ortopedia Ortopedia Pediátrica Pediatria Psiquiatria Psiquiatria Pediátrica Referências bibliográficas preliminares: Flori E, Biancalana V, Girard-Lemaire F, Favre R, Flori J, Doray B, Louis Mandel J. Difficulties of genetic counseling and prenatal diagnosis in a consanguineous couple segregating for the same translocation (14;15) (q11;q13) and at risk for Prader-Willi and Angelman syndromes. Eur J Hum Genet. Mar;12(3):181-6, 2004. Bittel, D. C.; Kibiryeva, N.; Talebizadeh, Z.; Butler, M. G. : Microarray analysis of gene/transcript expression in Prader-Willi syndrome: deletion versus UPD. J. Med. Genet. 40: 568-574, 2003. Buiting, K.; Gross, S.; Lich, C.; Gillessen-Kaesbach, G.; El-Maarri, O.; Horsthemke, B. : Epimutations in Prader-Willi and Angelman syndromes: a molecular study of 136 patients with an imprinting defect. Am. J. Hum. Genet. 72: 571-577, 2003. Dykens E, Shah B. Psychiatric disorders in Prader-Willi syndrome: epidemiology and management. CNS Drugs. 17(3):176-178, 2003. Fong BF, De Vries JI. Obstetric aspects of the Prader-Willi syndrome. Ultrasound Obstet Gynecol. Apr;21(4):389-92, 2003. L'Hermine AC, Aboura A, Brisset S, Cuisset L, Castaigne V, Labrune P, Frydman R, Tachdjian G. Fetal phenotype of Prader-Willi syndrome due to maternal disomy for chromosome 15. Prenat Diagn. Nov;23(11):938-43, 2003. Paterson WF, Donaldson MD. Growth hormone therapy in the Prader-Willi syndrome. Arch Dis Child Apr;88(44):283-285, 2003.
Jackson L. Cytogenetics and molecular cytogenetics. Clin Obste Gynecol. Sep,45(3): 622-639, 2002. Nativio DG. The genetics, diagnosis and managment of Prader-Willi syndrome. J Pediatric Health Care. 16(6):298-303, 2002. Vogles A, Fryns JP. The Prader-Willi syndrome and the Angelman syndrome. Genet Couns. 13(4):385-396, 2002. Gunay-Aygun M, et al. The changing purpose of Prader-Willi syndrome clinical diagnostic criteria and proposed revised criteria. Pediatrics. Nov, 108 (5):E92, 2001.