ANÁLISE DA CAPTAÇÃO PRECOCE E ACOMPANHAMENTO DAS GESTANTES PARA O PROGRAMA DE PRÉ-NATAL NO MUNICÍPIO DE PALOTINA PR

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Stefany Sanches Pinhal
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1 ANÁLISE DA CAPTAÇÃO PRECOCE E ACOMPANHAMENTO DAS GESTANTES PARA O PROGRAMA DE PRÉ-NATAL NO MUNICÍPIO DE PALOTINA PR Caren Salvi 1 Darhtila Patrícia Zanon Jéssica Pricila Zanon RESUMO A Estratégia Saúde da Família (ESF) deve permitir o vínculo entre equipe de saúde e a população, facilitando a captação precoce da gestante para o pré-natal. Assim, fez-se necessária a análise dos dados disponíveis das gestantes assistidas pela ESF de Palotina PR, com objetivo de analisar se estão de acordo com o Manual Técnico de Pré-natal e Puerpério do Ministério da Saúde. Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo de abordagem quantitativa, realizado por meio de dados disponibilizados no sistema informatizado SISPRENATAL. Das 161 (100%) gestantes cadastradas, 138 (85.7%) inciaram o pré-natal no primeiro trimestre, 22 ( 13.6%) gestantes no segundo trimestre e 1 (0.62%) gestante no terceiro trimestre. No segundo trimestre, 2 (4,1%) gestantes não realizam consulta, 7 (14,5%) consultaram uma vez, 18 (37,5%) consultaram 2 vezes, 21 (43,7%) consultaram três vezes e 1 (2,08%) consultou 4 vezes. No terceiro trimestre gestacional, 2 mulheres não consultaram (4,1%), 13 (27%) consultaram uma vez, 2 (4,1%) consultaram duas vezes e 42 (87,5%), três vezes. Entre as 48 mulheres, 45 realizaram no mínimo 6 consultas de pré-natal. A maioria das gestantes acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família no município, iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre e realizaram o número de consultas preconizadas. INTRODUÇÃO Todo município necessita dispor de uma rede organizada de serviços de atenção a gestante, sendo a Estratégia Saúde da Família (ESF) uma estratégia adequada para tal. Isto porque permite a criação de vínculo entre a equipe de saúde e a população acompanhada, facilitando a captação precoce da gestante para o programa de pré-natal e seu monitoramento contínuo. A mulher deve realizar como cuidados básicos da gestação: a primeira consulta de pré-natal até o 4 mês da gravidez, tendo no mínimo seis consultas de acompanhamento, sendo preferencialmente uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro trimestre, realizar consulta no puerpério, até quarenta e dois dias após o nascimento, exames laboratoriais preconizados pelo pré-natal, vacinação anti-tetânica 1 Enfermeira pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, atuante na Secretaria de Saúde de Palotina PR. Rua Ipê, n 140 Jd. Social. Fone: (44) carentai@yahoo.com.br 1

Assim, fez-se necessária a análise dos dados disponíveis das gestantes assistidas pela ESF de Palotina PR, com objetivo de analisar se estão de acordo com o Manual Técnico de Pré-natal e Puerpério do

2 caso não as tenha atualizadas, atividades educativas e ter referência para atendimento ambulatorial/hospitalar para os casos de risco (BRASIL, 2006). Neste sentido, fez-se necessária a análise dos dados disponíveis sobre a captação e acompanhamento das gestantes assistidas pela Estratégia Saúde da Família do município de Palotina PR, para verificar se há inclusão precoce das mulheres no prénatal e acompanhamento conforme preconizado pelo programa. OBJETIVOS Objetivo Geral Analisar se a captação e o acompanhamento das gestantes estão de acordo com o Manual Técnico de Pré-natal e Puerpério do Ministério da Saúde. Objetivos Específicos Verificar o número de consultas de pré-natal por gestante, realizadas a cada trimestre de gestação. Analisar a inclusão precoce das gestantes no programa de pré-natal. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo de abordagem quantitativa, realizado por meio de dados disponibilizados no sistema informatizado SISPRENATAL (Sistema de Informação sobre o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento), de uso obrigatório nas unidades de saúde, possibilitando a avaliação da atenção a partir do acompanhamento de cada gestante. O estudo foi realizado com dados das seis equipes atuantes da Estratégia Saúde da Família no município de Palotina PR. A população de estudo foi composta por 161 gestantes cadastradas no SISPRENATAL do município de Palotina PR, no período de 01 de janeiro de 2008 a 16 de agosto de Destas, 48 mulheres concluíram o pré-natal, das quais foi 2

verificar se há inclusão precoce das mulheres no prénatal e acompanhamento conforme preconizado pelo programa.

3 possível analisar também o total de consultas realizadas durante toda a gestação. Os dados foram analisados a partir de uma abordagem quantitativa e foram dispostos utilizando-se da estatística descritiva (gráficos). RESULTADOS Os dados obtidos sobre o trimestre de início do pré-natal e do acompanhamento gestacional representam a adequabilidade das ações de saúde da equipe da ESF. Os dados do gráfico abaixo (Figura 1) apresentam a captação das gestantes por trimestre em que iniciaram o pré-natal. Figura 1 Das 161 (100%) gestantes cadastradas no SISPRENATAL, 138 (85.7%) inciaram o pré-natal no primeiro trimestre, 22 ( 13.6%) gestantes realizaram a primeira consulta de pré-natal no segundo trimestre e 1 (0.62%) gestante que inciou o acompanhamento no terceiro trimestre. 3

RESULTADOS Os dados obtidos sobre o trimestre de início do pré-natal e do acompanhamento gestacional representam a adequabilidade das ações de saúde da equipe da ESF.

4 Quanto mais cedo for iniciado o pré-natal, maiores são as vantagens e a segurança oferecida para a mãe e o filho. Pelo programa a gestante é encaminhada para a realização de exames que detectam possíveis riscos e doenças que podem ser transmitidas da mãe para o feto. Nestes casos, existem tratamentos específicos que evitam ou diminuem esta possibilidade. É importante lembrar que a eficácia destes tratamentos é sempre maior quando iniciados precocemente. Quando há suspeita, a mulher deve procurar o serviço de saúde e fazer o exame que confirme a gravidez. A equipe de saúde deve estar atenta para a captação precoce das gestantes, uma vez que as mesmas nem sempre procuram o serviço de saúde no início da gravidez. Dentre as 48 (100%) mulheres que finalizaram o pré-natal, 11 (22,9%) não iniciaram consulta no primeiro trimestre gestacional, enquanto 20 mulheres fizeram uma consulta no primeiro trimestre, 16 (33,3%) consultaram duas vezes no primeiro trimestre e 2 (4,1%) consultam três vezes ou mais no mesmo trimestre, como demonstra o gráfico a seguir (Figura 2). Figura 2 4

Nestes casos, existem tratamentos específicos que evitam ou diminuem esta possibilidade. É importante lembrar que a eficácia destes tratamentos é sempre maior quando iniciados precocemente.

5 No segundo trimestre, 2 (4,1%) gestantes não realizam nenhuma consulta, 7 (14,5%) consultaram uma vez, 18 (37,5%) consultaram 2 vezes, 21 (43,7%) consultaram três vezes e 1 (2,08%) consultou 4 vezes, como mostra a figura 3 a seguir. Figura 3 No terceiro trimestre gestacional, 2 mulheres não consultaram (4,1%), 13 (27%) consultaram somente uma vez, 2 (4,1%) consultaram duas vezes e 42 (87,5%) consultaram três vezes, como mostra a figura 4. 5

Figura 4 O município de Palotina pactuou para o ano de 2008 uma proporção de 90% de nascidos vivos de mães com 4 ou mais consultas de pré-natal, sendo atingida neste ano a proporção de 93,75%.

6 Figura 4 O município de Palotina pactuou para o ano de 2008 uma proporção de 90% de nascidos vivos de mães com 4 ou mais consultas de pré-natal, sendo atingida neste ano a proporção de 93,75%. Entre as 48 mulheres, 45 realizaram no mínimo 6 consultas de pré-natal conforme preconizado pelo programa. CONCLUSÕES Por meio deste estudo foi possível perceber que a maioria das gestantes acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família no município de Palotina PR, iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre e realizaram o número de consultas preconizadas pelo Manual Técnico de Pré-natal e Puerpério do Ministério da Saúde e pactuado pelo município. 6

CONCLUSÕES Por meio deste estudo foi possível perceber que a maioria das gestantes acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família no município de Palotina PR,

7 BIBLIOGRAFIA BRASIL. Secretaria de atenção à saúde. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada Manual técnico/ministério da Saúde,

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