INSERÇÃO DA CRIANÇA NO AMBIENTE ESCOLAR: SUAS ADAPTAÇÕES E VÍNCULOS

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Transcrição:

INSERÇÃO DA CRIANÇA NO AMBIENTE ESCOLAR: SUAS ADAPTAÇÕES E VÍNCULOS Acadêmica: Aline Piaia 1 - Celer Faculdades Patrícia Fátima Zanotto Bilhar 2 - Celer Faculdades Eixo Temático 3: Temas Livres da Psicologia Resumo Este trabalho teve como objetivo de estudo compreender como ocorre à adaptação e o vínculo da criança nos primeiros anos de vida, no ambiente escolar. Os resultados obtidos demonstram que após a inserção da criança no ambiente escolar ocorrem mudanças significativas no desenvolvimento físico, cognitivo e social, as quais são desenvolvidas vínculos com outras pessoas, no entanto, durante o processo de adaptação das crianças neste espaço, os familiares vivenciam um período de insegurança devido à separação que ocorrerá entre ambos enquanto a criança estiver na escola de educação infantil. Palavras-chave: Vínculos Familiares. Ambiente Escolar. Aprendizagem. 1. INTRODUÇÃO Esta pesquisa buscou apresentar como ocorre o processo de adaptação e desenvolvimento infantil quando as crianças iniciam as atividades escolares. Neste espaço, a criança passa a vivenciar diversas situações até se ambientalizar a nova realidade que esta sendo inserida, em função das questões referentes à realidade da família e, em relação a não poder ficar com o (a) filho (a), devido ao trabalho e por estar em uma fase do desenvolvimento cognitivo. No entanto, segundo o Ministério da Educação refere-se que são espaços educacionais que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou 1 Estudante do Curso de Psicologia da Celer Faculdades, atualmente exercendo a função de auxiliar de escritório no Município de Nova Itaberaba SC. E-mail: aline_piaia95@hotmail.com. 2 Docente da Celer Faculdades. Psicóloga. Especialista em Psicoterapia Corporal - HORUS/PR, Especialista em Gestão de pessoas pela UFSC/FEPESE. Especialista em Psicopedagogia UNOCHAPECÓ/SC. Especialista em Avaliação Psicológica- CELER FACULDADES/SC. Mestre em Educação UMA-PY. E-mail: pathipsico@hotmail.com. Revista Conversatio Volume 2 Número 2 Edição Especial Jan/Jun. 2017- ISSN 2525-9709 Página 66

parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2013). Neste contexto, afirma-se que os vínculos entre pais e filhos ocorrem por um processo contínuo, no qual, ambos passam por algumas dificuldades principalmente no primeiro momento de adaptação, porque a criança além de estar no meio familiar ela vai ser inserida em um espaço social. Assim, aponta-se a relevância, da participação de uma equipe multidisciplinar durante este processo de adaptação principalmente, em relação à inserção de profissionais da área da educação e psicólogos, no sentido de identificar determinadas características das crianças, as habilidades que são desenvolvidas, os medos, dificuldades e sentimentos que podem ser vivenciados no decorrer da educação infantil. Portanto, busca-se ter um melhor entendimento sobre as relações de vínculos familiares e afetivos que ocorrem nos primeiros anos de ensino escolar das crianças. 2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O objetivo geral desta pesquisa caracteriza-se por: Compreender como ocorre a adaptação e os vínculos da criança nos primeiros anos de vida, no ambiente escolar. Os objetivos específicos são a) Verificar os comportamentos e vínculos da criança, no período de adaptação escolar; b) Analisar como o pai e a mãe se sente ao deixar o filho na escola; c) Identificar quais as principais dificuldades que o pai e a mãe encontram ao deixar a criança na escola; d) Analisar como o pai e a mãe referenciam a introdução à vida da criança na escola. Os procedimentos metodológicos que foram utilizados na pesquisa caracterizaram-se como um estudo qualitativo, descritivo-interpretativa, sendo realizada uma entrevista semiestruturada com quatro famílias que possuem filhos (as) e frequentam o ensino de educação infantil, no município de Nova Itaberaba/SC. Para o delineamento da pesquisa utilizou-se de bibliografia, evidenciando conteúdos referentes ao tema estudado, em artigos de sites especializados e livros, além disso, utilizando-se da pesquisa a campo para obter informações através das entrevistas e observações, com finalidade de analisar os dados encontrados, buscou-se o método como estudo de caso. Os critérios de inclusão é que definem as principais características do público alvo, são incluídas neste grupo as pesquisas que têm por objetivo levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população (GIL, 2008, p. 28). Assim, para esse estudo são utilizados como critérios de inclusão: pais e mães com idades entre vinte Revista Conversatio Volume 2 Número 2 Edição Especial Jan/Jun. 2017- ISSN 2525-9709 Página 67

a quarenta anos e que possuem filhos, com idades entre seis meses a dois anos e, que frequentam o berçário. Em contrapartida, os critérios de exclusão referem ao subgrupo de indivíduos que, embora preencha os critérios de inclusão, também apresenta características ou manifestações que podem interferir na qualidade dos dados, assim como na interpretação dos resultados (LUNA, 1998, p. 06). Neste sentido, não participaram deste estudo, crianças que contempla a idade estabelecida ou crianças que estão matriculadas, mas que não frequentam a escola, ou seja, que não estão na ativa. Também, não irá fazer parte do estudo, pessoas que não são responsáveis diretamente pela criança tais como, babá ou cuidadores diversos. A coleta de dados transcorreu-se através da entrevista semiestruturada, sendo utilizados, além disso, instrumentos como caneta, folhas A4 e um gravador, em seguida, transcritos com a autorização dos mesmos. 3. RESULTADO E DISCUSSÃO Foram realizadas quatro entrevistas, contendo cinco questões semiestruturadas que foram aplicadas aos pais de crianças que frequentavam o ensino de educação infantil. No entanto, foi evidenciado que a pesquisa tinha a intenção de conversar com os pais, porém, as mães é que tiveram a representatividade. Os dados coletados referem-se à idade das crianças e de seus pais, gênero, escolaridade, estado civil, profissões exercidas pelos pais e também mencionando os indivíduos que compõem o grupo familiar. A partir das entrevistas observou-se que três já possuem filhos e apenas uma mãe relatou que é o primeiro filho do casal, sendo que uma delas é do gênero masculino e as outras três são femininas. Foi possível perceber com os relatos no que se refere às crianças quando iniciaram as atividades escolares que houve maior dificuldade por parte dos pais em correlação a adaptação no ambiente educacional do que por parte das crianças porque as crianças apresentavam-se estar vinculada ao ambiente escolar e descreveram ainda a importância da escola no desenvolvimento dos (as) filhos (as). Assim, os autores Rapoport e Piccinini (2001, p. 87), afirmam que é comum os pais se sentirem inseguros e desconfiados, principalmente quando se trata do primeiro filho e se for ainda bebê. No entanto, percebe-se a necessidade de cada pessoal e/ou família, quando há dificuldades em lidar com os filhos, onde os mesmos não conseguem resolver sozinhos, há a indicação da busca de um profissional do âmbito da Psicologia, onde com seu conhecimento poderá minimizar questões do desenvolvimento psicossocial Revista Conversatio Volume 2 Número 2 Edição Especial Jan/Jun. 2017- ISSN 2525-9709 Página 68

da criança, especialmente se ocorrer modificações de comportamentos trabalhando a(o) Psicóloga(o) com os sentimentos, compreendendo os relatos do paciente e a origem dos sintomas. Segundo Macarini, Martins e Vieira (2009, p. 232), descrevem que o profissional psicólogo (a) tem papel de extrema relevância no processo de mediação creche-família, no que tange, por exemplo, às estratégias de fornecimento e discussão de temas como práticas de cuidado, noção de infância, desenvolvimento infantil, entre outras. 4. CONCLUSÃO A partir desse estudo, foi possível ter uma melhor compreensão sobre como ocorre à adaptação da criança, quando é inserida em um espaço social de aprendizagem na educação infantil, na qual se caracteriza por um processo de modificações de comportamentos que não haviam sido vivenciadas por elas. Neste sentido, percebe-se que algumas crianças no início tiveram mais dificuldades em se adaptar a esse novo ambiente escolar, mas com o passar do tempo, gradativamente foi se adaptando, no entanto, outras crianças desde o primeiro momento não obtiveram dificuldades. Nesta perspectiva, expõe-se o convívio com outras pessoas como sendo um aspecto essencial para o desenvolvimento psicossocial da criança, pelo motivo de que, após a inserção neste espaço social, ocorre a progressão da aprendizagem, habilidades, independência, verificando as principais dificuldades, havendo como contribuintes a presença de profissionais que trabalham no ambiente educacional. Assim, durante as entrevistas, observou-se a alegria das mães ao relatar sobre o (a) filho (a), em correlação a maneira como se adaptou neste ambiente escolar e transmitindo como resultado uma superação, pois, compreende-se que muitas vezes se torna difícil para a família realizar esse processo de adaptação, devido a vários problemas que estão sendo evidenciados pela sociedade e que acaba se tornando como uma resistência. Portanto, conclui-se que durante o desenvolvimento da aprendizagem da criança, em relação à sua adaptação e de seus pais, é importante para esse novo ambiente que o (a) profissional psicólogo (a) proporcione um espaço de escuta e diálogo entre ambos, para identificar quais são as dificuldades que estão vivenciando ao deixar as crianças no ambiente escolar. Dessa forma, o psicólogo poderá orientar os pais para a compreensão a necessidade desses vínculos, entre as crianças, professores e a instituição de ensino. Revista Conversatio Volume 2 Número 2 Edição Especial Jan/Jun. 2017- ISSN 2525-9709 Página 69

CHILD INSERTION IN THE SCHOOL ENVIRONMENT: YOUR ADAPTATIONS AND LINKS Abstract The objective of this study was to understand how the adaptation and the bonding of the child in the first years of life in the school environment occur. The results show that after the insertion of the child in the school environment significant changes in physical, cognitive and social development, which develop links with other people, however, during the process of adaptation of the children in this space, the family members experience a period of insecurity due to the separation that will occur between both while the child is in kindergarten. Keywords: Family bonds. School environment. Learning. REFERÊNCIA GIL, Antonio Carlos Métodos e técnicas de pesquisa social. 6º edição. São Paulo: Atlas, 2008. LUNA, Bráulio Fº - Sequência Básica na Elaboração de Protocolos de Pesquisa. Arquivos brasileiros de cardiologia. Vol. 71, n.06. São Paulo: 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abc/v71n6/a01v71n6.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2017. MACARINI, Samira Mafioletti; MARTINS, Gabriela Dal Forno; VIEIRA, Mauro Luis Promovendo saúde e desenvolvimento na educação infantil: uma atuação da Psicologia. Paidéia, Vol. 19, n. 43, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/paideia/v19n43/10.pdf> Acesso em: 30 out. 2016. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Dúvidas mais frequentes sobre educação infantil; Coordenação Geral de Educação Infantil; Janeiro, 2013. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=81 69-duvidas-mais-frequentes-relacao-educacao-infantil-pdf&Itemid=30192> Acesso em: 21 out. 2016. RAPOPORT, Andrea; PICCININI, Cesar Augusto. O Ingresso e Adaptação de Bebês e Crianças Pequenas à Creche: Alguns aspectos críticos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2001. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/prc/v14n1/5209.pdf> Acesso em: 11 nov. 2016. Revista Conversatio Volume 2 Número 2 Edição Especial Jan/Jun. 2017- ISSN 2525-9709 Página 70